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Resumo valvulopatias

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Valvulopatia
Válvula Mitral
Função da válvula mitral
A válvula mitral se posiciona entre átrio esquerdo (AE) e o ventrículo esquerdo (VE) sendo categorizada juntamente com a Tricúspide como uma válvula atrioventricular. Na diástole essa válvula se abre permitindo o enchimento do ventrículo esquerdo, sem oferecer NENHUMA RESISTENCIA na passagem do sangue do átrio para o ventrículo. Na sístole a válvula se fecha direcionando a sangue para aorta, impedindo refluxo do ventrículo para átrio. Ou seja, ela se abre para passagem de sangue do AE para VE e se fecha para impedir refluxo do VE para AE.
Alterações na válvula mitral: Estenose e insuficiência
Estenose Mitral
Definição:Quando a válvula mitral se abre amplamente na diástole o sangue passa através de uma área de 4-6cm, essa área é chamada de área valvar mitral (AVM) normal. Podemos dizer que quando essa válvulaestá normal a pressão entre AV e VE são iguais no final da diástole ou seja é como se a câmara do ventrículo esquerdo e do átrio esquerdo fosse uma única câmara átrio ventricular nesse momento.Estenose mitralé quandoacontece uma restrição na abertura das válvulas, havendo uma redução na área valvar mitral, levando a formação de gradiente pressão diastólico. Para que isso acontece a área valvar tem que estar inferior a 2,5 cm, ou seja, uma estenose mitral mínima, não terá repercussão hemodinâmica. 
Classificação quanto a gravidade
LeveAVM= 1,5-2,5 cm
ModeradaAVM= 1,0-1,5 cm
GraveAVM= <1,0
Etiologia
· 95%Cardiopatia reumática crônica (febre reumática)
· Congênita
· Endocardite infecciosa
· Calcificação grave do anel mitral
· Lupus eritematoso
· Artritis reumatoide
Fatores de risco
· Hipertensão
· Diabete
· Dislipidemia
· Cardiopatia isquêmica
· Nefropatias
· Tabagismo
Fisiopatologia
Na estenose mitral, há uma obstrução fixa no fluxo de sangue do AE para VE durante a fase do enchimento ventricular – diástole. Mesmo com essa obstrução o corpo tenta manter o fluxo, gerando um gradiente de pressão transvalvar, que não existe em condições normais. Assim, esse gradiente causa um aumento de pressão atrial esquerda, esse aumento gera aumento de pressão venocapilar pulmonar o que leva a uma CONGESTÃO PULMONAR.
	Observação: A pressão venocapilar normal é 12mmHg, até 25 mmHg o paciente tolera sem apresentar sintomas, devido aos mecanismos compensatórios.
A congestão pulmonar é principal responsável pelos sintomas da estenose mitral, especialmente a dispneia de esforço e a ortopnéia. Um pulmão cheio de liquido torna-se pesado e dificulta o trabalho respiratório além de prejudicar a troca gasosa. 
	DISNEA DE ESFORÇO: Na atividade física o gradiente de pressão aumenta, assim aumenta a pressão atrial esquerda, gerando uma piora na congestão pulmonar e na respiração.
O aumento crônico da pressão venocapilar pulmonar é transmitido retrogradamente para leito arterial pulmonar, levando um aumento de pressão pulmonar (Hipertensão arterial pulmonar- HAP). A HAP tem suas consequências principalmente no ventrículo direto, você pensar que a artéria pulmonar sai do ventrículo direto uma HAP pode gerar um acumulo no átrio direto, nas cavas. Ou seja, HAP pode levar a uma Insuficiência ventricular direita, gerando edema sistêmico. Portanto esse paciente vai apresentar sintomas da Insuficiência ventricular direita ou Insuficiência cardíaca direita (ICD).Além disso o paciente comHAP pode se queixar de dor torácica. Em situações como exercício físico, gestação, febre, anemia, hipertireoidismo onde há o aumento da frequência cardíaca (FC) e do debito cardíaco. Isso faz piorar a congestão pulmonar. Se o debito cardíaco esta aumentado chega mais sangue no átrio esquerdo, aumenta o gradiente de pressão transvalvar promovendo a congestão pulmonar. O aumento da FC, taquicardia, reduz o tempo da diástole, dificultando o esvaziamento atrial, aumentando o gradiente de pressão transvalvar promovendo a congestão pulmonar.O aumento do átrio esquerdo pode causar compressão no nervo laríngeo recorrente esquerdo, gerando ronquidão. Se houver compressão do esôfago o paciente vai sentir disfagia para alimentos sólidos.Se houver rompimento de pequenas veias e capilares brônquicos, paciente pode apresentar tosse com hemoptise.
Manifestações Clínicas
Após a exposição reumática o paciente tem um período de latência em torno de 20 anos.
· Dispneia de esforço
· Dispneia paroxítica noturna
· Ortopnéia
· Edema periférico (ICD)
· Hemoptise
· Ronquidão
· Disfagia
· Dor torácico
· Fatiga 
	Observação:A ausculta cardíaca na estenose mitral. No foco mitral, pode se auscultar a tríade clássica: sopro diastólico, estalido de abertura e Hiperfonese em B1. O sopro diastólico não é patognomônico da estenose mitral, pode acontecer na insuficiência mitral e aórtica. Hiperfonese em B1 ocorre pela vibração no fechamento dos folhetos da valvula estenosada. O estalido de abertura ocorre no momento da abertura com os folhetos tensos, quanto mais próximo o estalido de B2, mas grave a estenose.
Exame físico
Pulso arterial: normal ou diminuído
Ausculta: 
Foco mitral
Sopro diastólico
Hiperfonese de B1 (R1 aumentado)
Estalido de abertura (chasquido de apertura)
Exame complementar 
Eletrocardiograma:
Fibrilação atrial (FA) (complicação)
Raio X de tórax:
Crescimento do átrio esquerdo. 
Pode haver graus variáveis de congestão pulmonar
Ecocardiograma:consegue observar a mobilidade e espessamento das cúspides
Diagnóstico diferencial
· Insuficiência mitral
· Comunicação interatrial
· Mixomaatrio esquerdo
Insuficiência Mitral
Definição: Durante a sístole a válvula mitral tem a obrigação de evitar o refluxo de sangue para o átrio esquerdo, direcionando fluxo para a aorta. Para se manter fechada os folhetos mitrais devem estar íntegros, devido a incompetência do fechamento da válvula mitral há um refluxo do VE para AV, isso é o que chamamos de insuficiência mitral.
Etiologia:Aguda/crônica 
Aguda:
· Endocardite infecciosa (estafilocócica)
· Ruptura espontânea de cordas
· Febre reumática aguda
· IAM
· Síndromes isquêmicas agudas
· Miocardites agudas
Crônicas
· Degeneração mixomatosa
· Cardiopatia reumática crônica
· Calcificação do anel mitral
· Dilatação ventricular esquerda
· Doença isquêmica do miocárdio
Fisiopatologia
É fácil perceber que a IM traz uma sobrecarga de volume no átrio esquerdo. Essa câmera recebe retorno venoso proveniente das veias pulmonares mais o fluxo regurgitante do VE. Porém VE também recebe uma sobrecarga volumétrica por que volume regurgitado para AE volta para VE na diástole somado ao retorno venoso, ou seja, AE e VE sofrem sobrecarga volumétrica.
· Insuficiência mitral crônica: fase compensada e fase descompensada
· Insuficiência mitral aguda
Insuficiência mitral crônica fase compensada
A IM crônica cursa assintomática por muitos anos na presença de alterações fisiopatológicas que comprometem a função cardaca. Os mecanismo compensatórios responsáveis por essa adaptação cardíaca são:
1. Aumento da complacência esquerda
2. Aumento da complacência ventricular esquerda
3. Redução de Pós Carga ventricular
4. Aumento de pré carga ventricular
1. A parede atrial esquerda aumenta sua elasticidade para suportar a sobrecarga de volume sem aumentar a pressão, e assim IM crônica cursa com grandes átrios.
2. A parede ventricular esquerda aumenta sua elasticidade parasuportar a sobrecarga de volume, sendo capaz de albergar grandes volumes diastólicos, sem aumentar a pressão enchimento. Assim VE aumenta sem haver IC
Insuficiência mitral crônica fase descompensada
Após anos com IM crônica grave assintomática o miocárdio vai degenerando e a sua contratilidade vai reduzindo e gerando uma espécie de remodelamento cardíaco devido a sobrecarga volumétrica. E com aumento das pressões, leva uma congestão pulmonar gerando disnea e ortopnéia.
Insuficiência mitral aguda
Uma lesão mitral aguda que leve a uma sobrecarga abrupta sobre AE e VE. A consequência imediata é aumento de pressão ventricular e atrial, levando a uma grave síndrome pulmonar congestiva. O edema agudo de pulmão é sintoma mais comum daIM AGUDA. Alguns casos evoluem para shock cardiogênico. 
Manifestações Clínicas 
· Dispneia de esforço
· Dispneia paroxística noturna ou de repouso
· Fatiga muscular al esforço
Exame físico
Pulso:normal na ausência de IC
Auscultação: 
Foco mitral
Se ausculta sopro holossistólico
O sopro se inicia em B1 que pode ser normo ou hipofonético e prolonga em B2
Se regurgitação for pelo folheto anterior irradia para axila
Sinal de Carvalho:para diferenciar sopro de IM da EM utiliza a manobra de Carvalhoonde o sopro não se altera na inspiração profunda
Sopro de Graham Steell:É um murmúrio agudo e soprando com uma configuração decrescendo. Pode aumentar em intensidade durante a inspiração e ser melhor ouvido sobre o segundo e terceiro espaços intercostal esquerdos. O sopro termina antes do início da sístole (S1).
Exame complementar 
Eletrocardiograma:
Ritmo sinusal
Dilatação ventricular e atrial
Raio X:
Crescimento do atrioesquerdo e ventrículo esquerdo
Pode haver sinais de congestão pulmonar ouinsuficiênciacardíaca
Ecocardiograma:é capaz de diagnosticar a etiología na maioria das vezes
Diagnóstico diferencial
Estenose Mitral
Válvula Aórtica
Função da válvula aórtica
A válvula aórtica se posiciona entre o ventrículo esquerdo e a aorta, sendo categorizada juntamente com a pulmonar válvula ventrículo-aórtica. Função dessa válvula é o fechamento completo na diástole permitindo enchimento ventricular e abertura completa na sístole permitindo a passagem do sangue do ventrículo para aorta. Para garantir sua abertura é necessário elasticidade e mobilidade, para seu fechamento além disso é necessária uma boa integridade da raiz da aorta.
Alterações na válvula aórtica: Estenose e insuficiência
Estenose aórtica
Definição: Estenose aórtica (EA)é uma condição onde há uma restrição na abertura dos folhetos valvares, havendo uma redução da área valvar aórtica, que normalmente é de 2,5-3,5 cm. Levando a formação de gradiente entre ventrículo esquerdo e a aorta.Pode ser uma estenose supra valvular, estenoses subvalvular ou a nível daválvula aórtica.
Classificação quanto a gravidade
LeveAVM= > 1,5 Velocidade de ejeção < 3
ModeradaAVM= 1,0-1,5 Velocidade de ejeção 3-4
GraveAVM= <1,0 Velocidade de ejeção >4
Etiologia:
	Observação: Válvula bicúspide congênita é a causa mais comum de EA em crianças, adolescentes e adultos menores de 65 anos. É uma anomalia congênita onde os dois folhetos encontram-se fundidos, tendo duas cúspides. Essa estenose ela pode acontecer da própria anomalia na infância e adolescência ou na fase adulta por degeneração calcifica precoce. JÁ a Degeneração calcifica é comum em idosos, nesse caso a válvula é tricúspide, por fatores desconhecia ocorre uma degeneração por depósitos de cálcio, impedindo abertura adequada. A hipercolesteremia e diabetes mellitus está relacionada a essa EA. Cardiopatia reumática crônica é mais comum no sexo masculino, muitas vezes apresenta lesão dupla tanto na válvula mitral quanto na válvula aórtica.
· Válvula bicúspide congênita
· Degeneração calcifica
· Cardiopatia reumática crônica
Fisiopatologia
Estenose aórtica se apresenta emfase compensada e fase descompensada
Fase Compensada: sem os mecanismos de compensação cardíacas EA levaria a uma drástica redução do débito cárdico, haveria uma disfunção sistólica levando uma IC, isso não acontece por que EA é um processo crônico permitindo mecanismo compensatórios onde o principal dele é hipertrofia ventricular concêntrica esquerda, que leva a um aumento da contractilidade miocárdica, e a redução do diâmetro cavitário isso evita aumento excessivo de pós carga e mantem o debito cardíaco. Com esses mecanismos a pessoa vive anos com EA sem sintomas.
Fase Descompensada:Nessa fase após anos de sobrecarga de pressão o miocárdio sofre ação lesiva que reduz a reversa coronariana, levando a uma isquemia cardíaca apresentando ANGINA. Já não consegue manter o debito cardíaco, tendo debito cardíaco fixo e em esforço físico não supre a demanda havendo baixa perfusão cerebral o que leva a SÍNCOPE. E a fibrose gerada associada a própria hipertrofia ventricular, gera uma resistência na complacência ventricular o que leva a uma ICC, tendo como sintoma inicial DISPNEIA.
Manifestações clinicas
· Angina(sobrevida 3 anos é de 25 – 30%)
· Síncope (sobrevida 2 anos é de 22-23%)
· Dispneia(sobrevida 1 ano é de 20% ou menos)
Exame físico
Pulso: parvustardus, parvus-fraco e tardus-lento
Auscultação:
Foco aórtico
Sopro mesossistólico (intenso no meio da sístole) irradia para carótida
Ruído R2 pode estar aumentado hiperfonético, porem na EA calcifica ele vai estar inaudível
Fenômeno de Gallavardin: quando sopro EA irradia para o foco mitral (se diferencia com ECC)
Exame complementar 
Eletrocardiograma: Sugestivo de hipertrofia ventricular esquerda
Ecocardiograma: é capaz de avaliar se é bicúspide ou tricúspide, se tem calcificação e sua mobilidade.
Raio x: Calcificação da válvula é o achado mais comum
Diagnóstico diferencial
Sopro mitral
Comunicação interventricular
Cardiomiopatia hipertrófica
Insuficiênciaaórtica
Definição: é quando ocorre uma incompetência no fechamento da válvula aórtica, causando uma regurgitação de sangue da aorta para ventrículo. 
Classificação quanto a gravidade – Fração regurgitante (FR)
Mínima FR 20
LeveFR 20-40
ModeradaFR 40-60
GraveFR >60
Etiologia:causas que acometem raiz da aorta ecausas que acometem válvula
Raíz da aorta: 
· Aterosclerose da aorta
· Dissecção aórtica 
· Degeneração cística da capa media
· Síndrome de Marfan
· Válvula aórtica bicúspide
· Aneurisma familiar não sindrómico
· Aortitis sifilítica
· Hipertensão
Válvula aórtica
· Cardiopatia reumática crônica
· Válvula bicúspide congênita
· Espondilitis anquilosante
· Mixomatosa- prolapso
· Traumático 
Fisiopatologia
Na diástole além do sangue recebido pelo átrio o ventrículo recebe também o sangue regurgitado da aorta isso gera uma sobre carga de volume, que de forma crônica se adapta com os seguintes mecanismos: Aumento da elasticidade ventricular esquerda, capaz de alberga grandes volumes diastólicos levando ao um aumento do débito cardíaco; Hipertrofia ventricular excêntrica, em razão da sobrecarga de volume gera hipertrofia para melhorar a forca de trabalho. Em razão desses mecanismos paciente vive anos sem sintomas. Todavia, começa a haver lesão até chegar na fase descompensada, que é marcada por sintomas de ICC e isquemia miocárdica. 
Manifestações clínicas
· Disnea de esfuerzo
· Ortopnéia
· Disnea paroxística nocturna
· Edema periférico
· Fatiga
· Tontura 
· Angina noturna
Exame físico
Pulso: PA divergente, PA sistólica elevada e PA diastólica diminuída
Sinal de Musset: pulsação da cabeça 
Sinal de Muller: pulsação de úvula 
Pulso de Corrigan: Um pulso que tem uma elevação ampla e um colapso abrupto. (Pulso em martelo d´agua)
Sinal de Traube: ruídos sistólicos e diastólicos na artéria femoral
Sinal de Duroziez: sopro sistólico na artéria femoralna compressão proximal e sopro diastólico na compressão distal
Sinal de Quincke: Pulsação dos capilares subungueais
Auscultação cardíaca: 
Foco aórtico acessório
Sopro protodiastólico ou holodiastólico
Sopro de Austin-Flint: ruflar diastólico semelhante ao sopro da estenose mitral o que diferencia é ausência de Hiperfonese B1 e estalido de abertura.
Exames complementares
Eletrocardiograma: Sugestivo de hipertrofia ventricular
Ecocardiograma: Avalia a etiologia
Raio x:Achado mais comum é a cardiomegalia
Válvulatricúspide
Função da Válvulatricúspide
A válvula tricúspide se posiciona entre átrio direito (AD) e o ventrículo direito (VD) sendo categorizada juntamente com a mitral como uma válvula atrioventricular. Na diástole essa válvula se abre permitindo o enchimento do ventrículo direito, sem oferecer NENHUMA RESISTENCIA na passagem do sangue do átrio para o ventrículo. Na sístole a válvula se fecha direcionando a sangue para artéria pulmonar,impedindo refluxo do ventrículo para átrio. Ou seja, ela seabre para passagem de sangue do AD para VD e se fecha para impedir refluxo do VD para AD.
Alterações na válvula tricúspide: Estenose e insuficiência
Estenose Tricúspide 
Definição: Quando a válvula tricúspide se abre amplamente na diástole o sangue passa através de uma área de 4-6cm, essa área é chamada de área valvar tricúspide (AVT) normal. Podemos dizer que quando essa válvula está normal a pressão entre AD e VD são iguais no final da diástole ou seja é como se a câmara do ventrículo direito e do átrio direito fosse uma única câmara átrio ventricular nesse momento. Estenose tricúspideé quandoacontece uma restrição na abertura das válvulas, havendo uma redução na área valvar tricúspide, levando a formação de gradiente pressão diastólico. Para que isso acontece a área valvar tem que estar inferior a 2,0 - 2,5 cm.
Etiologia
· Cardiopatia reumática crônica (geralmente lesão dupla)
· Congénita 
· Infecciosa 
· Mixomatosa
· Sx. Carcinoide
· Trauma
· Hipertension pulmonar
· Isquemia infarto
Fisiopatologia
Na estenose tricúspide, há uma obstrução fixa no fluxo de sangue do AD para VD durante a fase do enchimento ventricular – diástole. Isso gera um gradiente pressão venosa central, esse aumento gera aumento de pressão o que leva a uma CONGESTÃO SISTEMICA. 
	Observação: a estenose tricúspide reduz a congestão pulmonar da estenose mitral por diminuir o fluxo de sangue para os pulmões.
Congestão sistêmica leva a vários sintomas de ICD (Insuficiência cardíaca direita)
Manifestações clínicas
· Turgescência jugular
· Ascite
· Hepatomegalia
· Edema de membros inferiores
· Associação congestão pulmonar
· Disnea
Exames complementares
Eletrocardiograma: sugere aumento atrial direito e as vezes esquerdo
Ecocardiograma: confirma o diagnóstico
Raio x: Discreto aumento atrial
Diagnóstico diferencial
Síndrome anasarca cardiogênica 
Insuficiencia tricúspide
Definição:Durante a sístole a válvula tricúspide tem a obrigação de evitar o refluxo de sangue para o átrio direito, direcionando fluxo para a artéria pulmonar. Para se manter fechada os folhetos tricúspides devem estar íntegros, devido a incompetência do fechamento da válvula tricúspideshá um refluxo do VD para AD, isso é o que chamamos de insuficiência tricúspide (IT).
Etiologia
Primária
· Doença reumática crônica 
· Endocardites infecciosa 
· Mixomatosa
· Carcinoide
· Radiación
· Congénita (síndrome de Ebstein)
· Traumática
Secundária
· Dilatação do ventrículo direito do anel 
· Hipertensão pulmonar
· Marca-passo crônico o vértice do ventrículo direito
Fisiopatologia
É fácil perceber que a IT traz uma sobrecarga de volume no átrio direito. Essa câmera recebe retorno venoso proveniente das veias cavas mais o fluxo regurgitante do VD, isso gera uma congestão sistêmica, diminuindo o débito cardíaco.
Manifestações clínicas
· Turgescência jugular
· Anasarca cardiogênica
· Hepatomegalia
· Edema de membros inferiores
· Fatiga
· Disnea
Exame físico
Auscultação: 
Foco tricúspide
Sopro holossistólico
Exames complementares
Eletrocardiograma: sugere aumento atrial direito e fibrilação atrial (FA)
Raio x: Aumento atrial direito e aumento ventricular direito
Ecocardiograma:Pode verificar refluxo da tricúspide e confirmar o diagnóstico
Diagnóstico diferencial
Válvula Pulmonar
Função da válvula pulmonar
A válvula pulmonar se posiciona entre o ventrículo direto e a artéria pulmonar, sendo categorizada juntamente com a aórtica válvula ventrículo-pulmonar. Função dessa válvula é o fechamento completo na diástole permitindo enchimento ventricular e abertura completa na sístole permitindo a passagem do sangue do ventrículo para o tronco pulmonar. 
Alterações na válvula pulmonar: Estenose e insuficiência
Estenose pulmonar
Definição: Estenose pulmonar (EP)é uma condição onde há uma restrição na abertura dos folhetos valvares, havendo uma redução da área valvar pulmonar. Levando a formação de gradiente entre ventrículo direito e a artéria pulmonar.
Classificação quanto a gravidade 
Leve <30mmHg
Moderada 30 - 50 mmHg
Grave > 50 mmhg
Etiologia
Congênita
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Leve
Geralmente assintomático
Moderado
Dispneia de esforço e fatiga de começo precoce
Dor retroesternal anginoso 
Sincope
Pulso venosos
Exame físico
Ausculta
Sopro mesossistólico encontrado ocasionalmente
Exames complementares
Eletrocardiograma: sugere hipertrofia ventricular direito 
Raio x: hipertrofia ventricular direito 
Diagnóstico diferencial
Insuficiência pulmonar
Definição: é quando ocorre uma incompetência no fechamento da válvula pulmonar, causando uma regurgitação de sangue da artéria pulmonar para ventrículo direto. Pode surgir comoresultado de anomalias primarias da válvula, aumento do anel ou uma combinação de ambos fatores.
Etiologia
Congênita 
Fisiopatologia
Na diástole além do sangue recebido pelo átrio o ventrículo direito recebe também o sangue regurgitado da artéria pulmonar isso gera uma sobre carga de volume, que de forma crônica se adapta com os seguintes mecanismos: Aumento da elasticidade ventricular direita, capaz de alberga grandes volumes diastólicos levando ao um aumento do débito cardíaco; Hipertrofia ventricular excêntrica, em razão da sobrecarga de volume gera hipertrofia para melhorar a forca de trabalho. Em razão desses mecanismos paciente vive anos sem sintomas. Todavia, começa a haver lesão até chegar na fase descompensada, que é marcada por sintomas de ICC direita. 
Manifestações clínicas
Leve ou moderado: assintomático
Grave
Fatiga
Dispneia de esforço
Pletora/timpanismo abdominal 
Edema de extremidades pélvicas
Exame físico
Auscultação
Sopro de Graham Steell
	Difícil diferenciar do sopro de insuficiência aórtica 
Exames complementares
Eletrocardiograma: Sugestivo de hipertrofia ventricular direita
Diagnóstico diferencial
Insuficiência aórtica 
Tabela de Valvulopatias
	
Valvulopatias
	Estenose mitral
	Insuficiência mitral
	Estenose aórtica
	Insuficiência aórtica
	Estenose tricúspide
	Insuficiência tricúspide
	Estenose pulmonar
	Insuficiência pulmonar
	Acometimento
	Esquerdo
	Esquerdo
	Esquerdo
	Esquerdo
	Direito
	Direito
	Direito
	Direito
	Definição 
	Restrição na abertura da válvula Mitral
	incompetência no fechamento da válvula Mitral
	Restrição na abertura da válvula aórtica
	incompetência no fechamento da válvulaaórtica
	Restrição na abertura da válvula Tricúspide
	incompetência no fechamento da válvulaTricúspide
	Restrição na abertura da válvula Pulmonar
	incompetência no fechamento da válvulapulmonar
	Etiologia 
	FR
CongênitaEndocardite infecciosa
Calcificação grave do anel mitral
Lúpus eritematoso
Artrites reumatoide
	FR
Congênita
Rupturas de cordas
IAM
Síndromes isquêmicas agudas
Miocardites agudas
Mixedema
	Válvula bicúspide congênita
	Degeneração calcifica
	Cardiopatia reumática crônica
	Raiz da aorta
Aterosclerose da aorta
Dissecção aórtica 
Degeneração cística da capa media
Síndrome de Marfan
Aortitis sifilítica
Hipertensão
Válvula aórtica
Cardiopatia reumática crônica
Válvula bicúspide congênita
Espondilitis anquilosante
Mixomatosa- prolapso
Traumático
	Cardiopatia reumática crônica (geralmente lesão dupla)
Congénita 
Infecciosa 
Mixomatosa
Sx. Carcinoide
Trauma
Hipertensão pulmonar
Infarto isquêmico
	Primária
Doença reumática crônica 
Endocardites infecciosa 
Mixomatosa
Carcinoide
Radiação
Congénita (síndrome de Ebstein)
Traumática
Secundária
Dilatação do ventrículo direito do anel 
Hipertensão pulmonar
Marca-passo crônico o vértice do ventrículo direito
	
Congênita
	Pode surgir como
resultado de anomalias primarias da válvula, aumento do anel ou uma combinação de ambos fatores.
	Manifestações clinicas
	Dispneia de esforço
Dispneia paroxítica noturna
Ortopnéia
Edema periférico (ICD) 
Hemoptise
Ronquidão
Disfagia
Dor torácico
	Dispneia de esforço
Dispneia paroxística noturna ou de repouso
Fatiga muscular al esforço
	Angina 
Síncope
Dispneia 
Pulso: parvustardus, 
	Disnea de esfuerzo
Ortopnéia
Disnea paroxísticanoturna
Edema periférico
Fatiga
Tontura
Angina noturna
Sinal de Musset
Sinal de Muller Pulso de Corrigan
Sinal de Traube
Sinal de Duroziez
Sinal de Quincke
		Turgescência jugular
Ascite
Hepatomegalia
Edema de membros inferiores
Associação congestão pulmonar
Disnea
	
Turgescência jugular
Anasarca cardiogênica
Hepatomegalia
Edema de membros inferiores
Fatiga
Disnea
	
Leve
Geralmente assintomático
Moderado
Dispneia de esforço e fatiga de começo precoce
Dor retroesternal anginoso 
Sincope
Pulso venosos
	
Leve ou moderado: assintomático
Grave
Fatiga
Dispneia de esforço
Pletora/timpanismo abdominal 
Edema de extremidades pélvicas
	Ausculta
	Foco mitral
Sopro diastólico
Hiperfonese de B1 (R1 aumentado)
Estalido de abertura (chasquido de apertura)
	Foco mitral
Sopro holossistólico
O sopro se inicia em B1 
irradia para axila
Sinal de Carvalho
Sopro de Graham Steell
	Foco aórtico
Sopro mesossistólico irradia para carótida
Ruído R2 pode estar aumentado hiperfonético, 
Fenômeno de Gallavardin
	Foco aórtico acessório
Sopro protodiastólico ou holodiastólico
Sopro de Austin-Flint
	
	Foco Tricúspide
Sopro holossistólico

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