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Rotinas Cirurgia Pediátrica Hospital Infantil Albert Sabin

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CIRURGIA PEDIÁTRICA
Hospital Infantil Albert Sabin - Hias
Rotinas de
2017
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Rotinas de
Fortaleza - Ceará
2017
Hospital Infantil Albert Sabin-Hias
DIRETORA GERAL
Dra. Marfisa de Melo Portela 
DIRETORA CLÍNICA 
Dra. Patrícia Jereissati Sampaio 
DIRETORA TÉCNICA 
Dra. Fábia Maria Holanda Linhares Feitosa
GERENTE ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO 
Dr. Raimundo Farias Martins Amorim 
COORDENAÇÃO GERAL 
Dr. Antônio Aldo Melo Filho
COORDENAÇÃO EDITORIAL E CAPA
Diana de Vasconcelos Nunes
Francisco Macílio Oliveira
REVISÃO
Diana Vasconcelos Nunes
Dra. Olívia Andrea Alencar Costa Bessa
DIAGRAMAÇÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Apex Gráfica e Editora 
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
Hospital Infantil Albert Sabin - Hias
R842 Rotinas de cirurgia pediátrica: Hospital Infantil Albert Sabin – HIAS / 
Antônio Aldo Melo Filho, Olívia Andrea Alencar Costa Bessa 
 (organizadores). – Fortaleza: Apex, 2017
 160p.
 ISBN 978-85-98642-20-8
1. Cirurgia Pediátrica - Manual. 2. História da Cirurgia Pediátrica - Hospital
 Infantil Albert Sabin. 3. Afecções de cunho cirúrgico. 4. I. Antônio Aldo 
 Melo Filho. II. Olívia Andrea Alencar Costa Bessa. III. Título.
CDD 617.98
Copyright by Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Todos os direitos reservados
Catalogação na Fonte: Bibliotecária Jacquelline Campelo Jucá - CRB 3/677
“Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade;
outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade;
outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe;
outras, para serem edificadas, e isso é prudência;
outras, para edificarem os outros, e isso é caridade”
Santo Tomás de Aquino
Este manual é produto de incontáveis mãos e cérebros que se dedicam 
diuturnamente a oferecer o melhor tratamento possível às crianças que 
buscam o Hospital Infantil Albert Sabin com afecções de cunho cirúrgico. 
Neste sentido, é produto de esforço coletivo de diversas áreas da saúde e 
distintas especialidades médicas que atuam em parceria com a equipe de 
Cirurgia Pediátrica nesta instituição.
Face ao contínuo progredir do conhecimento médico, este manual 
não é uma obra definitiva, mas elemento em constante aperfeiçoamento. 
A ela, serão agregados, ao longo do tempo, diversos protocolos a serem 
construídos e que deverão ser alterados à medida que a literatura e a 
experiência adquirida na instituição determinarem, de modo inconteste, 
que novas opções de conduta sejam melhores que as pretéritas.
A todos que direta ou indiretamente colaboram e virão a colaborar 
para o desenvolvimento deste, o serviço de Cirurgia Pediátrica e as crianças 
por ele tratadas registram o mais sincero agradecimento.
Prof. Dr. Antônio Aldo Melo Filho
Serviço de Cirurgia Pediátrica - HIAS
Coordenador
Apresentação
Antônio Aldo Melo Filho
Cirurgião Pediátrico com Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia 
Pediátrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Doutor 
em Cirurgia pela UNICAMP. Membro Titular da Associação Brasileira de 
Cirurgia Pediátrica (CIPE) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). 
Membro Associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente 
Invasiva e Robótica (SOBRACIL). Professor adjunto da Faculdade de 
Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor do curso de 
Medicina da Universidade de Fortaleza-UNIFOR. Coordena o serviço de 
Cirurgia Pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin.
Olívia Andrea Alencar Costa Bessa
Pediatra com Residência Médica em Pediatria e Mestrado em Patologia 
das Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Ceará. Doutora em 
Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP. Especialista 
em Pediatria pela SBP/AMB e em Educação para as Profissões da Saúde 
pela Foundation for Advancement of International Medical Education 
and Research (FAIMER). Professora Adjunta do Curso de Medicina e do 
Programa de Mestrado em Ciências Médicas da Universidade de Fortaleza-
UNIFOR. Coordena o Núcleo de Pesquisa do Hospital Infantil Albert Sabin.
Organizadores
Aldaíza Marcos Ribeiro 
Ana Valeska Siebra e Silva
Antônio Aldo Melo Filho
Ariosto Martins de Araújo Costa Sobrinho
Augusto César Gadelha de Abreu
Augusto Cesar Gadelha de Abreu Filho
Carlos Alberto Sinimbú de Carvalho
Carlos Artur da Costa Moraes
Carlos Gustavo Hirth
Catarina Maria Soares Martins Maia
Clóvis Ney Pinheiro Macedo
Daniele Pimentel Fernandes
Danilo Santos Guerreiro
Edna Dias Marques Rocha
Eduardo Lima da Rocha
Elyne Lacerda Santana Girão
Eveline Campos Monteiro Castro
Fabiana Maria Coelho Silva
Fabiola Maria de Melo
Fátima Maria Castelo Branco Roque
Fernanda Diógenes Parente Coelho Demétrio
Francisco das Chagas Barros Brilhante
George Rafael Martins de Lima
Geysa Maria Monte Saraiva Câmara
Grace Mendes de Deus
Harley Silveira Menezes
João Henrique Freitas Colares
Colaboradores
José Holanda Maia Filho
José Ricardo Barbosa de Azevedo
Kathia Liliane da Cunha Ribeiro Zuntini
Larissa Rodrigues Chagas
Leila Verônica da Costa Albuquerque
Liana Monteiro Mendes
Maria Liduina da Silveira Jalles
Liliana Soares Nogueira Paes
Manoel Luiz Filgueira de Oliveira
Mara Cristina Coelho Silva
Maria do Perpétuo Socorro Saldanha da Cunha
Maria Júlia Teixeira
Marinis Sales Aragão
Mário Sérgio Macedo
Marta Rejane Costa Feitosa
Michelle Rafaelle Andrade Gurgel 
Mikaelle Severo Marques
Moema Diogo Pompeu Bezerra
Monika Maya Tsuji Nishikido
Osvaldo Barros Rebelo Neto
Paulo Sérgio Coutinho Barreto
Ricardo Viana Falcão
Rocino Marinho de Oliveira Neto
Rogério Cruz Saraiva
Sandra Mara Teixeira de Souza Campos
Sarah Arrais de Lavôr
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira
Thiago Silva Oliveira
Thyago Araújo Fernandes
Viviane Calheiros Chaves Gomes
Viviany de Oliveira Viana
Vladia Verusca Sampaio de Almeida
1. Cirurgia Pediátrica e o Hospital Infantil Albert Sabin........................17
Antônio Aldo Melo Filho
2. História da Cirurgia Pediátrica no Hospital Infantil Albert Sabin......21
Augusto Cesar Gadelha de Abreu
Augusto Cesar Gadelha de Abreu Filho 
3. Rotina para Decisão de Realização de Gastrostomia e/ou Cirurgia 
Anti-Refluxo em Crianças Neuropatas...............................................27
Antônio Aldo Melo Filho
João Henrique Freitas Colares
Mikaelle Severo Marques
Paulo Sérgio Coutinho Barreto
Sandra Mara Teixeira de Souza Campos
Elyne Lacerda Santana Girão
Marinis Sales Aragão
Sarah Arrais de Lavôr
 
4. Rotinas Pré e Pós-Operatórias e Preparo de Cólon
em Cirurgia Pediátrica......................................................................33
João Henrique Freitas Colares
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira
Thiago Silva Oliveira
Antônio Aldo Melo Filho
5. Icterícia Colestática e Atresia de Vias Biliares...................................41
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira
João Henrique Freitas Colares
Francisco das Chagas Barros Brilhante
Fabiana Maria Coelho Silva
Maria Júlia Teixeira
Antônio Aldo Melo Filho
Sumário 
6. Pancreatite........................................................................................47
Michelle Rafaelle Andrade Gurgel
Antônio Aldo Melo Filho
Rocino Marinho de Oliveira Neto
Mikaelle Severo Marques
João Henrique Freitas Colares
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira
Edna Dias Marques Rocha
7. Atresia de Esôfago.............................................................................51
Geysa Maria Monte Saraiva Câmara
Liliana Soares Nogueira Paes
Eveline Campos Monteiro Castro
Thyago Araújo Fernandes
Antônio Aldo Melo Filho
Francisco das Chagas Barros Brilhante
Osvaldo Barros Rebelo Neto
8. Hidronefrose e Estenose de Junção Ureteropiélica............................59
Rogério Cruz Saraiva
Augusto César Gadelha de Abreu Filho
George Rafael Martins de Lima
Daniele Pimentel Fernandes
Manoel Luiz Filgueira de Oliveira
Larissa Rodrigues Chagas
Monika Maya Tsuji Nishikido
9. Acesso Vascularpara Hemodialise no Paciente com IRCT................67
Antônio Aldo Melo Filho
Augusto César Gadelha de Abreu Filho
Káthia Liliane da Cunha Ribeiro Zuntini
10. Ultrassonografia de Vias Urinárias....................................................75
Antônio Aldo Melo Filho
Augusto César Gadelha de Abreu Filho
Kathia Liliane da Cunha Ribeiro Zuntini
Harley Silveira Menezes
15
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
11. Conduta no Empiema Pleural na Urgência........................................79
Antônio Aldo Melo Filho
José Ricardo Barbosa de Azevedo
Viviane Calheiros Chaves Gomes
Danilo Santos Guerreiro
Mara Cristina Coelho Silva
12. Rotinas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço........................................85
Clóvis Ney Pinheiro Macedo
Mário Sérgio Macedo
13. Fichas de Atendimento, Estadiamento e Anatomopatologia
para Tumores Sólidos mais Frequentes em Pediatria.........................91
Antônio Aldo Melo Filho
José Ricardo Barbosa de Azevedo
Maria do Perpétuo Socorro Saldanha da Cunha
Carlos Gustavo Hirth
Carlos Artur da Costa Moraes
Marta Rejane Costa Feitosa
Viviany de Oliveira Viana
Fabiola Maria de Melo
Eduardo Lima da Rocha
José Holanda Maia Filho
14. Atendimento Inicial de Criança com Dor Abdominal......................101
Antônio Aldo Melo Filho
Maria Liduina da Silveira Jalles
15. Conduta no Pós-Operatório de Apendicectomia por
Apendicite Aguda............................................................................105
Carlos Alberto Sinimbú de Carvalho
Antônio Aldo Melo Filho
Fernanda Diógenes Parente Coelho Demétrio
Ariosto Martins de Araújo Costa Sobrinho
Catarina Maria Soares Martins Maia
Fátima Maria Castelo Branco Roque
Leila Verônica da Costa Albuquerque
Liana Monteiro Mendes
Aldaíza Marcos Ribeiro
 
16
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
16. Manejo da Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) e
Síndrome Compartimental Abdominal (SCA)...................................107
Ricardo Viana Falcão
17. Hidratação, Medicações e Fluídos...................................................119
Fernanda Diógenes Parente Coelho Demétrio
Ariosto Martins de Araújo Costa Sobrinho
Catarina Maria Soares Martins Maia
Fátima Maria Castelo Branco Roque
Leila Verônica da Costa Albuquerque
Vladia Verusca Sampaio de Almeida
18. Segurança em Cirurgia Pediátrica...................................................123
Moema Diogo Pompeu Bezerra
Antônio Aldo Melo Filho
Grace Mendes de Deus
19. Instrumental em Videocirurgia Pediátrica........................................129
Antônio Aldo Melo Filho
20. Time de Acesso Vascular (TAV).......................................................141
Ana Valeska Siebra E Silva
Antônio Aldo Melo Filho
Auricélia Amarante De Andrade
Maria Cleonilce De Freitas
Suiany Magalhães Sousa
21. APÊNDICE I....................................................................................149
22. APÊNDICE II...................................................................................155
17
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
1 CIRURGIA PEDIÁTRICA E O HOSPITAL 
INFANTIL ALBERT SABIN 
Antônio Aldo Melo Filho
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Que especialidade é esta? 
A Cirurgia Pediátrica é uma subespecialidade médica da Cirurgia Geral. 
Para receber o título de especialista na área, o médico precisa concluir 
dois anos de Residência Médica em Cirurgia Geral e, depois, mais 3 anos 
específicos em Cirurgia Pediátrica.
A atuação da especialidade envolve o diagnóstico e tratamento de 
crianças com doenças potencialmente cirúrgicas que podem acometer 
sítios anatômicos diversos (tratos digestório, urinário, respiratório e lesões 
cervicais, entre outros), sejam de caráter benigno ou maligno. 
A Cirurgia Pediátrica acompanha a Pediatria no entendimento que crianças 
devem ser tratadas de forma particular, pois várias doenças que as acometem 
se apresentam e evoluem de modo diferente que nos adultos. Neste 
sentido, uma importante característica da área é a busca de condutas mais 
conservadoras e tratamentos menos agressivos. Ao contrário do adulto, a 
criança é um ser em desenvolvimento e algumas situações podem mesmo 
ser resolvidas sem operação. 
DECLARAÇÃO DA CIRURGIA PEDIÁTRICA
Kyoto, Japão
World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS)
A criança não é apenas um adulto em miniatura e apresenta problemas e 
necessidades médicas e cirúrgicas, muitas vezes bastante diversas daquelas 
encontradas pelo médico de adultos.
18
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Lactentes e crianças merecem o melhor atendimento médico disponível. 
Todo lactente ou criança que apresenta uma doença tem o direito de ser 
tratado em um ambiente adequado por um especialista em pediatria ou 
cirurgia.
O cirurgião pediatra é um profissional especialmente treinado, com ampla 
experiência e conhecimentos no tratamento do lactente e crianças de todas 
as idades (do nascimento à adolescência), portadores de afecções cirúrgicas. 
Em virtude de sua formação específica, os especialistas em cirurgia pediátrica 
oferecem extensa gama de opções terapêuticas e cuidados do mais alto 
padrão à criança.
O cirurgião pediatra diagnostica, trata e acompanha as necessidades 
cirúrgicas da criança, o que inclui o tratamento cirúrgico dos defeitos 
congênitos, traumatismos graves, tumores sólidos da infância, quadros 
clínicos que requerem endoscopia e procedimentos minimamente invasivos.
Visando proporcionar o melhor tratamento cirúrgico possível a lactentes 
e crianças, os procedimentos cirúrgicos pediátricos complexos devem ser 
realizados em centros especializados, com unidades de terapia intensiva 
adequadamente equipadas, de plantão 24 horas, nos sete dias da semana. 
Além dos cirurgiões pediatras, estas unidades devem contar com outros 
especialistas em pediatria, com radiologistas, anestesiologistas e patologistas.
APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE CIRURGIA PEDIÁTRICA
O serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) é 
o principal serviço na área do estado do Ceará e um dos principais do país. 
Os profissionais deste serviço realizam intervenções cirúrgicas eletivas e 
de urgência/emergência (atendimento 24 h/dia), principalmente de média 
e alta complexidade. São atendidas crianças com doenças benignas até 
tumores malignos complexos, de diversas faixas etárias incluindo recém-
nascidos. São tratadas crianças com afecções cirúrgicas do trato digestório 
(Gastrocirurgia), trato urinário (Urologia), trato respiratório (Torácica) e 
região de cabeça e pescoço, entre outros. Por ser centro terciário de alta 
complexidade, os cirurgiões pediátricos do HIAS se dividem, no âmbito 
eletivo, em subáreas para melhor atender à demanda de pacientes. Desta 
19
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
forma, eles se dividem na Gastrocirurgia, Urologia, Torácica, Cabeça e 
Pescoço, Neonatal e Oncologia. Atualmente, o serviço de Cirurgia Pediátrica 
do HIAS é chefiado pelo Prof. Dr. Antônio Aldo Melo Filho.
O HIAS possui programa de Residência Médica (RM) em Cirurgia 
Pediátrica, com duração de 3 anos, credenciado pela Comissão Nacional 
de Residência Médica (CNRM/MEC). São ofertadas 2 vagas anuais, com 
admissão através de Seleção Unificada para Residência Médica – PSU/
RESMED/CE. Atualmente, o programa de RM de Cirurgia Pediátrica do 
HIAS é coordenado pelo Dr. Augusto César Gadelha de Abreu Filho.
O serviço colabora ainda na formação de residentes de Cirurgia Geral e 
residentes de Urologia de programas conveniados e de alunos de graduação 
em Medicina de diversas instituições de ensino do estado do Ceará.
O serviço de Cirurgia Pediátrica participa de diversas reuniões científicas 
internas ou em parceria com outras unidades assistenciais do HIAS e 
mesmo extramuros. Semanalmente, há reuniões científicas sobre Urologia 
Pediátrica, Oncologia Pediátrica, (em conjunto com a Radiologia), Cirurgia 
de Cabeça e Pescoço, discussão sobre temas gerais em Cirurgia Pediátrica 
com os residentes e discussão de casos clínicos com os internos e residentes. 
Além disto, em toda quarta-feira, há uma sequênciade reuniões ao longo 
do mês: discussão de casos com a Pediatria Geral, para discussão de 
artigo científico em Cirurgia Pediátrica, discussão de casos entre Urologia 
e Nefrologia Pediátrica e sessão de morbimortalidade. No final de cada 
mês, o serviço participa ainda de uma reunião por videoconferência para 
discussão de casos clínicos junto com os principais serviços do país, sob 
a égide da Sociedade Paulista de Cirurgia Pediátrica (CIPESP), através da 
Rede Universitária de Telemedicina (RUTE).
21
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
2 HISTÓRIA DA CIRURGIA PEDIÁTRICA NO 
HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN 
Augusto Cesar Gadelha de Abreu 
Augusto Cesar Gadelha de Abreu Filho 
O serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital infantil Albert Sabin (HIAS) 
foi idealizado e criado pelo Dr. Luiz Carvalho de Souza no ano de 1978, 
dois anos após a inauguração do hospital. Fizeram parte do primeiro grupo 
de cirurgiões, juntamente com o Dr. Luiz Carvalho, o Dr. Augusto Cesar 
Gadelha de Abreu e o Dr. João Fortes. Logo em seguida foram incorporados 
ao serviço: Dr. Jussier Figueiredo Filho, Dr. Aurélio Pinheiro e Dr João 
José de Vasconcelos Matos, médicos esses que já eram funcionários do 
próprio hospital.
Também em 1978, o Dr. Augusto César Gadelha de Abreu criou o serviço 
de Oncologia Pediátrica, chefiando e atuando como único cirurgião do 
serviço por 10 anos. Hoje, este setor é referência oncológica no Norte-
Nordeste. 
Com o crescimento do serviço foram chegando novos cirurgiões que, ao 
concluírem suas formações, se uniram ao serviço, como Dr. Henrique 
Ramalho, Dr. Porfírio Acioly, Dr. Francisco Walter Frota e Dr. Francisco 
Albano.
Em primeiro de fevereiro de 1989, sob a égide do Dr. Luiz Carvalho e 
Dr. Cesar Abreu, foi dado um grande passo para o crescimento do serviço 
como um todo: a criação da Residência Médica (RM) de Cirurgia Pediátrica 
do HIAS. Até hoje é a única do estado do Ceará, uma das poucas do Norte-
Nordeste e referência para todo o Brasil. Até o momento, a RM em Cirurgia 
Pediátrica do HIAS formou 25 cirurgiões pediátricos, vários inseridos no 
serviço e alguns espalhados por vários estados do país (Apêndice II).
22
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Em 1º de março de 1989, houve uma troca na chefia do serviço. Saiu o Dr. 
Luiz Carvalho de Souza e assumiu o Dr. Augusto Cesar Gadelha de Abreu, 
acumulando a chefia do serviço com a coordenação da RM de Cirurgia 
Pediátrica. A partir de 1992, ele realizou uma grande revolução no serviço 
com a setorização por especialidades cirúrgicas integradas as respectivas 
especialidades pediátricas que trouxe um grande ganho para o atendimento 
integrado clínico-cirúrgico das crianças. Os pediatras, cirurgiões e residentes 
passaram a atuar se especializando cada vez mais em áreas específicas de 
cada subespecialidade clínica e cirúrgica, mas sem perder nunca a visão do 
atendimento global pediátrico.
Com isso os cirurgiões do serviço foram distribuídos nas subespecialidades:
Dr. Augusto Cesar Gadelha de Abreu – Cirurgia Oncológica,
Dr. Francisco Walter Frota e Dr. Porfirio Acioly – Gastrocirurgia,
Dr. Aurélio Pinheiro – Cirurgia Neonatal 
Dr. João José de Vasconcelos Matos – Cirurgia Urológica,
Dr. Francisco Albano – Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
Dr. Jussier Figueiredo Filho – Cirurgias ambulatoriais.
Dr. Henrique Ramalho – Cirurgias de Urgência.
A medida que os novos residentes concluíam suas formações, eles iam 
ingressando no serviço em uma área de atuação. Como por exemplo:
Gastrocirurgia:
Dr. Ricardo Cesar Vieira Madeiro,
Dr. Sergio Oceliano da Silveira Moreira.
Dr. Rocino Marinho de oliveira Neto, 
Cirurgia Oncológica:
Dr. Lazaro Antônio de Matos Jales,
Cirurgia Neonatal:
Dr. Manoel Helder Pinto, 
Dr. Francisco das Chagas Barros Brilhante, 
Dra. Marcia Maria de Holanda Góes Bezerra,
23
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Cirurgia Urológica:
Dr. Rogério Cruz Saraiva, 
Dr. Augusto Cesar Gadelha de Abreu Filho,
Dr. Manoel Luiz Filgueira de Oliveira,
Cirurgia de Cabeça e Pescoço:
Dr. Clovis Ney Pinheiro Macedo,
Dra. Alessandra Pamplona Botelho Venturini,
Cirurgia de Urgência:
Dr. Francisco Caetano Porfírio dos Santos,
Dr. Claudio Pinheiro Dias,
Dr. João da Cruz Saraiva Neto,
Dra. Micaelle Jozinne Gonçalves Cardoso.
Com o passar dos anos, o serviço foi crescendo e novos profissionais 
vindos de formações em outros serviços, de estados diferentes, foram se 
incorporando a este, tais como:
Dr. João Henrique Freitas Colares – Gastrocirurgia,
Dr. José Ricardo Azevedo – Cirurgia Torácica e Cirurgia Oncológica.
Dr. Antônio Aldo Melo Filho – Cirurgia Oncológica.
Dra Maria do Socorro – Cirurgia de Urgência,
Dr. George Rafael Martins – Cirurgia Urológica,
Dr. Mario Sergio Macedo– Cirurgia de Cabeça e Pescoço,
Dra. Daniele Pimentel – Cirurgia Urológica.
Dr. Osvaldo Rebelo Neto – Cirurgia Urológica.
Com a participação e dedicação de todos esses profissionais e o comando 
do Dr. Cesar Abreu o serviço cresceu muito e hoje é um dos serviços de 
maior referência do país e um dos mais procurados por novos profissionais 
para realizarem sua formação em Cirurgia Pediátrica.
Em janeiro de 2010, outro marco importante para o serviço ocorreu: a 
organização do internato em Cirurgia Pediátrica de forma continuada. 
Até então, o serviço recebia alunos apenas de forma esporádica. A partir 
deste momento, o serviço passou a receber mensalmente internos e foi 
organizada programação científica e de ensino, incluindo avaliação ao 
24
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
final do mês, específica para os mesmos. Esta ação foi coordenada pelo 
Prof. Antônio Aldo Melo Filho, em parceria com instituições universitárias 
locais. Esta ação vem, não apenas ampliando os conhecimentos de alunos 
de graduação em doenças cirúrgicas pediátricas, mas colaborando em 
fomentar a especialidade entre os futuros médicos.
Em 2012, com a aposentadoria do Dr. Cesar Abreu, assumiu a chefia do 
serviço o Dr. Antônio Aldo Melo Filho que convidou o Dr. Augusto Cesar 
Gadelha de Abreu Filho para coordenar a RM do serviço. Ambos vêm 
atuando para o crescimento do serviço e da RM, seguindo os passos de 
seus antecessores e confirmando o serviço de Cirurgia Pediátrica do HIAS 
como um dos mais importantes do país.
25
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PROTOCOLOS
GASTROCIRURGIA PEDIÁTRICA
27
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
3 ROTINA PARA DECISÃO DE REALIZAÇÃO 
DE GASTROSTOMIA E/ OU CIRURGIA
ANTI-REFLUXO EM CRIANÇAS NEUROPATAS
Antônio Aldo Melo Filho
João Henrique Freitas Colares
Mikaelle Severo Marques
Paulo Sérgio Coutinho Barreto
Sandra Mara Teixeira de Souza Campos
Elyne Lacerda Santana Girão
Marinis Sales Aragão
Sarah Arrais de Lavôr
28
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
FLUXOGRAMA
Crianças neuropatas com potencial para gastrostomia e/ ou cirurgia anti-refluxo
29
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
20 
 
 
1) Dieta líquida completa (eventualmente progressão lenta para dieta pastosa bastante liquidificada) 
por, pelo menos, 1 semana.
Quando aceitando bem dieta líquida (em geral após 36-48h da cirurgia)
Medicações Anti-emético e analgésico EV de horário por 24h; Manter IBP EV; Suspender domperidona
Protocolos – Gastrocirurgia
Serviço de Cirurgia Pediátrica
Hospital Infantil Albert Sabin
Pós-operatório
Nissen por Vídeo-Laparoscopia
Antibiótico Cefazolina por 24h
Início de dieta Após 12h, iniciar dieta líquida restrita e, após 24h, líquida completa; se uso de medicação relacionada 
a afecção neurológica, permitida sua administração VO antes de 12h
Previsão de alta
Medicações Anti-emético e analgésico EV de horário por 24h; Manter IBP EV; Suspender domperidona
Importante!
Família deverá ser orientada pela Nutrição e/ou Enfermagem sobre como manusear a gastrostomia 
(curativo, limpeza da sonda per se, administração de dieta etc)
De preferência, deixar SGT aberta por 12h. Se uso de medicação relacionada a afecção neurológica e 
ausência de acesso venoso para tal ou ausência de droga similar EV, é permitida a utilização da SGT 
para administração de tais medicamentosantes destas 12h (neste caso, fechar a SGT por certo 
período após o uso)
Uso da SGT
2) Sobre medicação para refluxo, deixar apenas IBP (dependendo do caso, trocar comprimido por 
solução oral manipulada)
3) Retorno ao ambulatório de cirurgia na semana seguinte
Orientações na 
alta hospitalar
Nissen + Gastrostomia por Vídeo-Laparoscopia
Antibiótico Cefazolina por 24h
Quando boa aceitação da dieta em seu volume final (em geral após 48h da cirurgia)
Orientações na 
alta hospitalar
1) Orientação sobre manuseio e administração da dieta e medicações por SGT; enfatizar suspensão de 
qualquer dieta ou medicação VO
2) Sobre medicação para refluxo, caso empregasse no pré-op, deixar apenas IBP pela SGT (do modo 
como já utilizava no pré-operatório)
4) Retorno ao ambulatório de Fonoaudiologia na semana seguinte
Gastrostomia Endoscópica ou por Vídeo-Laparoscopia
Dieta
Solicitar parecer da Nutrição para definição do TIPO e VOLUME final de dieta que a criança receberá 
em casa; em casos excepcionais de não disponibilidade do profissional acima, considerar a 
possibilidade de empregar a mesma dieta (e mesmo volume) que a família já vinha administrando por 
sonda no pré-operatório
Dieta (progressão)
1) Após 24h, iniciar com 20-30% do volume final da dieta (ou SG 5%) a ser alcançado de 3/3h
2) Após 3 administrações, se boa aceitação, progredir a dieta (não utilizar mais SG 5%) em cerca de 
20% a cada administração até alcançar o volume final
Situação-exemplo: criança recebia no pré-op 160ml de dieta de 3/3h por SNG; Prescição no pós-op, 
após 24h: dieta xxx 35ml de 3/3h por gastrostomia. Se RG baixo após 3 administrações, progredir, nas 
administrações seguintes, para 70ml, 100ml, 130ml e 160ml.
3) Retorno ao ambulatório de cirurgia na semana seguinte
Previsão de alta
PROTOCOLO - GASTROCIRURGIA
Serviço de Cirurgia Pediátrica
Hospital Infantil Albert Sabin
Pós-operatório
30
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Folheto de Orientação para Familiares
de Crianças Portadoras de Gastrostomia
31
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Folheto de Orientação para Familiares
de Crianças Portadoras de Gastrostomia
33
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
4 ROTINAS PRÉ E PÓS-OPERATÓRIAS E 
PREPARO DE CÓLON EM CIRURGIA 
PEDIÁTRICA
João Henrique Freitas Colares 
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira 
Thiago Silva Oliveira 
Antônio Aldo Melo Filho 
RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO
PRÉ-OPERATÓRIO:
	Internar no dia anterior (operação de manhã) ou no mesmo dia 
(operação à tarde)
- Dieta líquida restrita
- até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã
- até 6h da manhã se cirurgia à tarde
- Solicitar Rx de abdome em AP
- Se houver retenção fecal, administrar clister na boca proximal e 
na boca distal até retorno com fezes não endurecidas naquela e 
limpo nessa (considerar uso de clister glicerinado na boca distal) 
+ hidratação venosa basal
	Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
PÓS-OPERATÓRIO:
	Cefazolina e Metronidazol por 48h pós-operatório;
	Iniciar dieta líquida restrita após 24 horas da operação, se condições 
clínicas do paciente permitirem;
	Iniciar dieta líquida completa na manhã seguinte, se boa aceitação da 
dieta líquida restrita;
	Alta hospitalar se boa aceitação da dieta líquida completa e término da 
antibioticoprofilaxia;
	Orientar dieta líquida por 72 horas após a cirurgia e evolução da dieta 
em casa, no 3º dia pós-operatório.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Abaixamento e Correção de Malformação Anorretal
PRÉ-OPERATÓRIO
Abaixamento com colostomia
Idade/ peso mínimo 6 meses após colostomia/ peso adequado para a idade
Exames pré-op 
necessários para 
a cirurgia
Sangue Hemograma + Coagulograma + Eletrólitos + Proteínas
Imagem Enema Opaco
Outros
Histopatológico (sucção se enema clássico, 
convencional, se enema duvidoso) + 
congelação na sala em todos 
Abaixamento sem colostomia (endoanal)
Idade/ peso mínimo
1-4 meses (a depender da presença de 
zona de transição adequada) com peso 
apropriado para idade
Exames pré-op 
necessários para 
a cirurgia
Sangue Hemograma + Coagulograma+ Eletrólitos+ Proteínas
Imagem Enema Opaco
Outros
Histopatológico (sucção se enema clássico, 
convencional se enema duvidoso) + 
Congelação na sala em todos 
Mini-Peña para fístula perineal (opção), SEM colostomia
Peña para fístula baixa (i.e. vestibular), COM colostomia
Idade/ peso mínimo 2 meses com peso apropriado
Exames pré-op 
necessários para 
a cirurgia
Sangue Hemograma + Coagulograma
Imagem US Abdome + ECO + Rx Coluna Lombossacra (AP)
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Peña para fístula alta (i.e. vestibular), COM colostomia
Idade/ peso mínimo 6 meses
Exames pré-op 
necessários para 
a cirurgia
Sangue Hemograma + Coagulograma+ Proteínas
Imagem
Rx Coluna Lombossacra (AP/ perfil) +US 
Abdome + ECO + Alçograma (colografia 
distal)
Outros Sumário de Urina
Para todos: Tipagem + reserva de sangue no banco de sangue
Abaixamento com ou sem colostomia
Antibiótico Cefazolina + Metronidazol por 48h
Início da dieta 24-48h a depender de presença de ruídos (aval.Clínica) 
Sonda vesical Retirar com 24h
Alta Quando com dieta plena e evacuando
Abaixamento e Correção de Malformação Anorretal
PÓS-OPERATÓRIO
Mini-Peña para fístula perineal (opção), SEM colostomia
Antibiótico Cefazolina + Metronidazol por 48h
Início da dieta 24-48h a depender de presença de ruídos (aval.Clínica) 
Sonda vesical Retirar com 24h
Alta Quando com dieta plena e evacuando
Peña para fístula baixa (i.e. vestibular), COM colostomia
Antibiótico Cefazolina + Metronidazol por 48h
Início da dieta 24h
Sonda vesical Retirar com 24h
Alta Quando com dieta plena e evacuando
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PREPARO DE COLÓN PRÉ-OPERATÓRIO EM PEDIATRIA
Idade Vela
	Iniciar na segunda semana pós-op 2x dia. 
Progredir 1 mm cada semana.
	Quando OK, fechar colostomia. Após, manter 
1x dia; 3/3 d; 2x/sem; 1x/sem por 1 mês e 1x 
mês por 3 meses
1-4m #12
4-8m #13
8-12m #14
1-3a #15
3-12a #16
>12a #17
Dilatação com velas de Hegar
Peña para fístula alta, COM colostomia
Antibiótico Cefazolina + Metronidazol por 48h (+cefalexina profilático enquanto sonda vesical)
Início da dieta 24h
Sonda vesical Retirar no 5º PO
Alta Após retirada da sonda (5-6º PO)
Para todos: Tipagem + reserva de sangue no banco de sangue
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PREPARO 1
CIRURGIA DE PEÑA (ARPSP) COM FÍSTULA ALTA (“TRIPLEX”)
Protocolo:
Internação dois dias antes da operação
D1: - Dieta líquida sem resíduos
- Clister na boca proximal 4x dia e Clister na boca distal 1x dia
D2: - Dieta líquida restrita (até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã)
- Clister na boca proximal 4x dia e Clister na boca distal 2x dia
- Hidratação venosa basal
Dia da operação: Dieta zero (se cirurgia pela manhã) OU Dieta líquida 
restrita até 6h da manhã (se cirurgia à tarde) - Hidratação venosa - 
Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
Pós-operatório: Cefazolina e Metronidazol por até 48h pós-operatório
PREPARO 2 
CIRURGIA DE PEÑA (ARPSP) CONVENCIONAL (FÍSTULA BAIXA) EM 
PACIENTE COM COLOSTOMIA PRÉVIA
Protocolo:
Internação dois dias antes da operação
D1: - Dieta geral
- Clister na boca distal 1x dia
D2: - Dieta geral até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã
- Clister na boca distal 2x dia
- Hidratação venosa basal após jejum
Dia da operação: Dieta zero (se cirurgia pela manhã) OU Dieta líquida 
restrita até 6h da manhã (se cirurgia à tarde) - Hidratação venosa - 
Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
Pós-operatório: Cefazolina e Metronidazol por até 48 h pós-operatório
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PREPARO 3 
ABAIXAMENTO ENDOANAL DE CÓLON (SEM COLOSTOMIA)
Protocolo:
Internação dois dias antes da operação
D1: - Dieta líquida sem resíduos
- Clister via retal 4x dia
D2: - Dieta líquida restrita (até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã)
- Clister via retal 4x dia - Hidratação venosa basal
Dia da operação: Dieta zero (se cirurgia pela manhã) OU Dieta líquida 
restrita até6h da manhã (se cirurgia à tarde) - Hidratação venosa - 
Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
Pós-operatório: Cefazolina e Metronidazol por até 48h pós-operatório
PREPARO 4 
ABAIXAMENTO CONVENCIONAL DE CÓLON COM COLOSTOMIA 
PRÉVIA
Protocolo:
Internação três dias antes da operação
D1: - Dieta líquida sem resíduos
- Clister na boca proximal 4x dia e Clister na boca distal 1x dia
D2: - Dieta líquida sem resíduos
- Clister na boca proximal 4x dia e Clister na boca distal 1x dia
D3: - Dieta líquida restrita (até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã)
- Clister na boca proximal 4x dia e Clister na boca distal 1x dia
- Manitol a 20% (10 ml/kg se <1 ano; 20 ml/kg se >1ano - máximo 
= 500 ml - diluído em igual quantidade de suco de laranja VO ou 
por SNG em 4h) OU Colon Peg (50 ml/Kg/4h) no dia anterior à 
operação
- Ringer Lactato 20 ml/kg EV em 4h (durante o uso do manitol)
- Hidratação venosa basal
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Dia da operação: Dieta zero (se cirurgia pela manhã) OU Dieta líquida 
restrita até 6h da manhã (se cirurgia à tarde) - Hidratação venosa - 
Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
Pós-operatório: - Cefazolina e Metronidazol por até 48h pós-operatório
PREPARO 5
ALVO: Abaixamento convencional de cólon ou Cirurgia de Peña (ARPSP) 
convencional (fístula baixa) em paciente SEM colostomia prévia; Transposi-
ção de cólon; Ampliação de bexiga com cólon
Protocolo:
Internação três dias antes da operação
D1: - Dieta líquida sem resíduos + Clister via retal 4x dia 
D2: - Dieta líquida sem resíduos + Clister via retal 4x dia 
D3: - Dieta líquida restrita (até 22h se cirurgia no outro dia pela manhã)
- Clister via retal 4x dia 
- Manitol a 20% (10 ml/kg se <1 ano; 20 ml/kg se >1ano - máximo 
= 500 ml – diluído em igual quantidade de suco de laranja VO 
ou por SNG em 4h) OU Colon Peg (50 ml/Kg/4h) no dia anterior à 
operação
- Ringer Lactato 20 ml/kg EV em 4h (durante o uso do manitol)
- Hidratação venosa basal
Dia da operação: Dieta zero (se cirurgia pela manhã) OU Dieta líquida 
restrita até 6h da manhã (se cirurgia à tarde) - Hidratação venosa - 
Cefazolina e Metronidazol na indução anestésica
Pós-operatório: Cefazolina e Metronidazol por até 48h pós-operatório
Atenção: Modo de realização de clister:
1. Clister da boca proximal: Uso de solução salina 40 ml/Kg/dose (dividido 
em 2 infusões seguidas) 4x dia (sugestão: 8h/ 11h/ 15h/ 18h)
2. Clister da boca distal: Uso de solução salina 20 ml/Kg/dose (dividido 
em 2 infusões seguidas) 1x dia
3. Clister via retal: Uso de solução salina 40 ml/Kg/dose (dividido em 2 
infusões seguidas) 4x dia (sugestão: 8h/ 11h/ 15h/ 18h)
Obs.: Quando houver só uma boca de colostomia, o clister da boca 
distal é realizado VIA RETAL.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
5 ICTERÍCIA COLESTÁTICA E ATRESIA
DE VIAS BILIARES
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira 
João Henrique Freitas Colares 
Francisco das Chagas Barros Brilhante 
Fabiana Maria Coelho Silva 
Maria Júlia Teixeira 
Antônio Aldo Melo Filho
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Fonte: Departamento Científico de Gastroenterologia.
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PROTOCOLO - ICTERÍCIA COLESTÁTICA (SBP)
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PROTOCOLO - ATRESIA DE VIAS BILIARES
Serviços de Gastroenterologia e Cirurgia Pediátrica - Hias
PRÉ-OPERATÓRIO: Toda criança com colestase neonatal representa uma 
urgência em Gastroenterologia, necessitando solicitar avaliação do serviço 
de Gastroentoerologia/ Hepatologia Clínica do Hias.”
	Paciente com colestase e hipocolia ou acolia persistentes, idade < 60 
dias de vida:
- Biópsia hepática guiada por US.
- Se paciente com idade inferior a 3 semanas de vida e biópsia in-
conclusiva, repetir o procedimento após 15 dias se o paciente per-
sistir sem diagnóstico.
SITUAÇÃO ESPECIAL: Na impossibilidade de realizar a biópsia prontamente, 
seja qual for o motivo, encaminha-se o paciente para a colangiografia intra-
operatória.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
	Paciente com colestase e hipocolia ou acolia persistentes, entre 60-90 
dias de vida:
- Colangio intra-operatória:
Se alterada g Kasai, incluindo biópsia hepática.
Se normal g realizar biópsia por agulha e prosseguir investigação 
clínica.
	Paciente com colestase e hipocolia ou acolia persistentes com idade > 
90 dias de vida:
- Biópsia hepática guiada por US.
- Encaminhamento ao transplante hepático.
PROTOCOLO ATRESIA DE VIAS BILIARES
Serviços de Gastroenterologia e Cirurgia Pediátrica - HIAS
PÓS OPERATÓRIO
• Antibióticos:
- Ampicilina + Sulbactan por 7 dias EV.
- Antibiótico profilático só será usado após 1º episódio de colangite 
(cefalexina).
• Ácido ursodeoxicólico:
- Dose 20 mg/kg/dia em duas tomadas e deverá ser iniciado quando 
paciente estiver liberado do jejum. Deverá ser suspenso quando 
BD < 2.
• Dieta:
- Leite materno pode ser liberado assim que o paciente apresentar 
ruídos hidroaéreos.
- A partir do 3º PO, se fórmula. Iniciar com líquida restrita e, depois, 
progredir para líquida completa (neste momento poderá ser usado 
leite humano pasteurizado).
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
• Acompanhamento clínico-laboratorial: 
- Medir PA, com manguito adequado, a cada consulta. 
- Colher 1x/mês por seis meses:
AST/ALT, FALC/GGT, colesterol, eletroforese de proteínas séricas ou 
proteínas totais e albumina, coagulograma (com INR), hemograma 
completo, bilirrubina total e frações, cálcio/fósforo, glicemia. Após, 
colher a cada três meses.
• Colangite: 
- Excluir outras causas (pedir TORCHS), fazer PCR (proteína C 
reativa) no início e ao final do tratamento.
- Tratamento: Ampicilina + Sulbactan por 10-14 dias.
- Após o tratamento deverá ser iniciado uso de antibiótico profilático: 
cefalexina, dose única diária, até completar 3 anos de idade.
• Manejo nutricional:
- Leite materno exclusivo até 6 meses, com acompanhamento 
mensal.
- Considerar suplementação se baixo ganho ponderal.
- Fórmula ideal: hidrolisado proteico (Pregomin).
- Leite desnatado + sucralose + TCM com AGE.
- Crianças maiores: suplemento.
- Reposição vitamínica.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
6 PANCREATITE
Michelle Rafaelle Andrade Gurgel 
Antônio Aldo Melo Filho 
Rocino Marinho de Oliveira Neto 
 Mikaelle Severo Marques 
João Henrique Freitas Colares 
Sérgio Oceliano da Silveira Moreira 
Edna Dias Marques Rocha 
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
INICIAL 1
2
3 ULTRASSONOGRAFIA
Sangramento gastrointestinal
Insuficiência renal
Insuficiência pulmonar
Choque
GRAVE COMPLICAÇÃO SISTÊMICA PERSISTENTE COM FALÊNCIA ORGÂNICA
Complicações locais:
Coleção intrapancreática
Necrose pancreática ( > 30% do parênquima ou > 3 cm)
Pseudocisto pancreático
Complicações sistêmicas (critérios de SIRS; 2 de 4)
Temperatura: < 36Cº ou > 38ºC
Leucócitos: < 4000 ou > 12000 ou 10% de bastões
FR: >20 ipm 
FC: > 90 bpm
Falência orgânica:
CLASSIFICAÇÃO
LEVE SEM COMPLICAÇÕES LOCAIS OU SISTÊMICAS
MODERADA COM COMPLICAÇÃO LOCAL E/OU SISTÊMICAS TRANSITÓRIAS (até 48h)
Valores variam de 0 a 10. Se >6 = Pancreatite grave
Grau de inflamação
Grau A: Pâncreas de aparência normal - 0 pontos
Grau de necrose
Nenhuma - 0 pontos
Até um terço - 2 pontos
Até 50% - 4 pontos
> 50% - 6 pontos
CRITÉRIOS DE BALTAZAR
Grau B: Aumento focal ou difuso do pâncreas - 1 ponto
Grau C: Grau B mais alterações peripancreáticas - 2 pontos
Grau D: Coleção fluida única - 3 pontos
Grau E: Duas ou mais coleções fluidas ou presença de gás - 4 pontos
Se preencher 2 dos 3 critérios acima = pancreatite
Se apenas 1 critério e dúvida diagnóstica: solicitar TC com contraste na admissão
Solicitar ultrassonografia abdominal para avaliar vias biliares intra e extra-hepáticas
LABORATÓRIO
Amilase (aumento de 3x do valor normal)
Lipase
PROTOCOLO – PANCREATITE
HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN
DIAGNÓSTICO
CLINICO (Dor abdominal aguda e constante localizada em epigástrio ou quadrante superior)
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
12
3
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6
7
8
Se ausência de coledocolitíase, realizar colangio intra-op.
Contra- indicações: falta de maturidade da parede do cisto, pancreatite necrotizante e 
pseudoaneurisma 
Cirúrgico: na falha da endoscopia, ou impossibilidade de realizá-la
Radiologia: impossibilidade de realizar cirurgia ou endoscopia ou no paciente com choque séptico 
Se pancreatite biliar, preferencialmente colescistectomia durante a internação
Solicitar novo US pré-op para avaliar vias biliares. Se coledocolitíase, solicitar CPRE pré-op.
Pseudocisto pancreático
Manejo conservador: 1a. opção sempre
Requer tratamento definitivo se:
> 6 cm após 6 semanas E/OU
Clinica de dor abdominal persistente, infecção, ruptura ou sangramento ou não atinge equilíbrio 
nutricional
Tratamento
Endoscópico: 1a. opção
Se, após 4 semanas, houver persistência de quadro grave ou piora de moderado + imagem com 
necrose ou coleção
Drenagem guiada por TC
Drenagem guiada por endoscopia
Necrosectomia cirúrgica: Última abordagem
Critérios para definir infecção
Piora clínica - 2 semanas após ínicio dos sintomas (febre, leucocitose, piora da dor abdominal)
Se tiver gás junto à coleção ou necrose na TC = antibiótico
Antibiótico: Meropenem por 14 dias
Solicitar TC com contraste após 2 dias para determinar a gravidade, se persistência dos sintomas. 
Repetir se piora clínica.
Solicitar marcadores de atividade inflamatória (PCR, VHS, alfa 1 glicoproteina), função hepática, 
hemograma e eletrólitos
Controle da dor: opiódes (nalbufina, tramadol na dose de 1mg/kg a cada 6 horas), evitar morfina
Hidratação: Fase rápida com reposição de fluidos com RL (20ml/kg em 30min, c/reavaliação da 
diurese, PA e FC), pelo menos, 1,5x a manutenção. Quando iniciar manutenção, RL (5-10 ml/kg)
Nutrição: introdução precoce da dieta (24-72h após o diagnóstico)
Se leve → via oral
Se moderada → enteral (SNG ou SNE)
Se grave → enteral (por SNG ou SNE); se não tolerar, iniciar nutrição parenteral
Nutrição oral a ser iniciada quando melhora da dor e queda dos marcadores inflamatórios
Se grave → admissão em UTI
Se presença de colangite associada → CPRE de urgência (em 24h)
COMPLICAÇÕES
Pancreatite infectada
TRATAMENTO
Monitorização contínua de sinais vitais - respiratória, cardíaca e renal
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BAI HX; LOWE, M.E.; HUSAIN SZ. What have we learned about acute pancrea-
titis in children? Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, vol. 52, p. 
262-70, 2011.
MORINVILLE, V.D.; HUSAIN, S.Z.; BAI, H.; BARTH, B.; ALHOSH, R.; DURIE 
P.R. et al. Definitions of pediatric pancreatitis and survey of present clinical prac-
tices. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr., vol. 55, p. 261-5, 2012.
OLIVEIRA NETO, R.M.; SOUZA, E.F.; MELO FILHO, A.A.; ABREU FILHO, 
A.C.G. Pancreatite Aguda em Pediatria: Revisão da Literatura. Revista CIPERJ, v. 
III, p. 5-9, 2015.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
7 ATRESIA DE ESÔFAGO
Geysa Maria Monte Saraiva Câmara 
Liliana Soares Nogueira Paes 
Eveline Campos Monteiro Castro 
Thyago Araújo Fernandes 
Antônio Aldo Melo Filho 
Francisco das Chagas Barros Brilhante 
Osvaldo Barros Rebelo Neto
INTRODUÇÃO
	 Anomalia congênita mais comum do esôfago.
	 Associação com outros defeitos congênitos: cardíaco (35%) e do trato 
digestório (15%), principalmente em prematuros.
	 VACTER-L: defeitos Vertebrais, atresia Anal, Cardíaco, fístula Traqueoesof 
c/ atresia Esofágica, defeitos Renais, displasia radial do membro (Limb)
CLASSIFICAÇÃO DE GROSS
A - Atresia de esôfago sem fístula (5-7%)
B - Atresia de esôfago com fístula proximal
C - Atresia de esôfago com fístula distal (85-90%)
D - Atresia de esôfago com fístula distal e proximal 
E - Fístula traqueoesofágica isolada, sem atresia de esôfago (2-6%)
	 Tipo A e B: ausência de ar em alça intestinal
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL
	Ultrassonografia
- Presença de polidrâmnio (principal)
- Ausência ou diminuição da bolha gástrica
- Escassez de líquido no intestino
- Coto esofágico proximal dilatado
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
DIAGNÓSTICO NEONATAL
	Tentativa de passagem de sonda nasogástrica no 8, sem sucesso (Tipos 
A-D)
- A SNG não avança mais que 10 – 12 cm (não forçar) 
- Usar sonda no 8 (sondas menores podem enrolar-falso positivo)
	Secreção salivar “espumosa” pela boca e/ou narina
	Aspiração para a via aérea respiratória (comprometimento respiratório)
 - Tosse - Cianose - Dispneia - Sufocação 
	Abdômen distendido (com fístula)/ Abdômen escavado (sem fístula)
	Roncos disseminados, estertores subcrepitantes, considerar pneumonia
	Pesquisar anomalias associadas
DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO SEM CONTRASTE
	Rx panorâmico (visualizar tórax e abdômen)
- Observar SNG parando no fundo cego da “coluna de ar esofágica”
- Observar presença de pneumonia
- Observar TGI (presença de ar e/ou malformações associadas)
- Observar malformações vertebrais, cardíacas e outras 
coluna de ar em 
fundo cego (sng) 
presença de ar no 
tgi
malformação 
vertebral
ausência de ar
no tgi
pneumonia
DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO COM CONTRASTE
	Conectar seringa de 3 ou 5 ml com contraste iodado a uma sonda no 8 
e preencher todo o trajeto da sonda com contraste antes de introduzir 
na criança
53
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
	Posicionar a sonda por via oral no coto esofágico proximal, sem 
desconectar da seringa.
	Injetar 0,5 ml de contraste iodado
	Fazer o Rx panorâmico com o RN inclinado em, no mínimo, 45o.
	Logo após o Rx, aspirar e retirar a SNG sob aspiraçãocontínua.
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
	Manter temperatura adequada (36,5-37,4 ºC)
	Passagem de PICC
	Hidratação venosa básica até instalação da NPT
	Antibióticos
	Se RN nascido na unidade neonatal e sem sinais de infecção ou risco 
por outra condição, cefotaxima ou ampicilina com sulbactam que será 
mantido por 24h após o procedimento cirúrgico.
	Se RN nascido na unidade neonatal e com sinais de infecção ou risco 
por outra condição (exemplo: rotura de bolsa prolongada), ampicilina 
e gentamicina.
	Se RN nascido em outra unidade e com sinais de infecção, considerar 
início de antibioticoterapia conforme protocolo da unidade de origem.
o Instalar sonda oroesofágica sob aspiração contínua (replogue em 
casos de saliva espessa)
	Introduzir um cateter duplo-lúmen 7F, numa SNG no8
	Conectar um lúmen na aspiração a vácuo, sob pressão de 60 a 80 
cmH2O; se a secreção for muito espessa, conectar o outro lúmen a um 
SF0.9% com infusão de 15 a 20 ml/h de fluxo
o Instalar a sonda oroesofágica sob aspiração contínua (saliva fluida)
	Introduzir até o final uma SNG nº6 em uma SNG nº 8 e conectar a 
SNG n º 6 sob aspiração contínua
o Evitar ventilar sob pressão positiva
	CPAP, Ambu-máscara (para evitar distensão gástrica)
o Proceder com intubação orotraqueal apenas se houver desconforto 
respiratório significativo
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
o Se RN não estiver intubado, manter o RN posicionado com cabeceira 
elevada (30o – 45o) e com sonda oroesofágica sob aspiração contínua
o Solicitar
	Hemograma, coagulograma, uréia, creatinina, sódio, potássio e 
cálcio séricos, glicemia de jejum e gasometria arterial
	Radiografia panorâmica (tórax e abdome)
	Ecocardiograma SEMPRE antes da cirurgia e USG de abdômen total 
(investigar posicionamento do arco aórtico e demais anomalias - 
VACTERL)
	EcG
CONDUTA CIRÚRGICA
o Não é emergência cirúrgica (Estabilização clínica + Eco antEs da 
cirurGia)
o Toracotomia com esofagoplastia (fio absorvível) e passagem de SNE 
trans-anastomótica, ressecção e ligadura da FTE (fio inabsorvível) e 
drenagem torácica fechada em selo d’água
	Técnica extrapleural: o dreno não oscilará
	Técnica transpleural: o dreno oscilará
CLASSIFICAÇÃO DE SPTIZ
grupo
peso 
(gramas)
malformações cardíacas 
graves
expectativa de sobrevida 
(%)
i > 1500 não 96
ii = 1500 sim 60
iii < 1500 sim 18
CONDUTA PÓS-OPERATÓRIA
	Mínimo manuseio do RN
	Manter em VM + TOT, sob sedação contínua por 3 a 5 dias (Fentanil 
+ Midazolan)
55
Rotinas de CirurgiaPediátrica
	Manter curarizado por 72h
• Vecurônio – frasco de 10 mg (pó), diluir para 5 ml AD
- Ataque: 0,1 mg/Kg
- Manutenção: 0,1 mg/Kg/h
	Não manipular e não tentar repassara SNE/ SOG (em caso de perda)
	Manter em cabeceira elevada com flexão cervical para reduzir a 
tensão sobre a anastomose. Não hiperestender o pescoço
	Manter os cuidados para RGE (Ranitidina, Bromoprida)
	Iniciar NPT precocemente
	Iniciar dieta enteral após 48h, caso a SNE esteja em posição pós-
pilórica; se permanecer gástrica, não iniciar dieta pela SNE, manter 
somente em NPT
	Fazer esofagograma entre o 7o e 10o DPO.
	Sem fístula = iniciar dieta oral
	Com fístula = manter por mais 7 a 10 dias a conduta incial e depois 
repetir o esofagograma
COMPLICAÇÕS PÓS-OPERATÓRIAS
	Precoce
- Deiscência com fístula da anastomose esofágica (15 – 20%) – a 
maioria fecha espontaneamente (manter dreno de tórax, aspiração 
contínua e dieta zero)
- Fístula traqueal (rara) – manter dreno de tórax, aspiração contínua e 
dieta zero; reoperação em caso de falha clínica.
	Tardias 
- Estenose da anastomose (30-40%) – programar dilatações endoscó-
picas
- RGE (60 a 80%) – medidas para DRGE ou fundoplicatura
- Traqueomalácia (5%) – geralmente se resolve em 2 a 4 meses de 
vida
- Sintomas respiratórios até os 5 anos de idade.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AA, REBELO-NETO OB. Atresia de esôfago: diagnóstico perinatal e assistência 
perioperatória – protocolo da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Submeti-
do à publicação.
HOLLAND AJ, FITZGERALD DA. Oesophageal atresia and tracheo-oesophageal 
fistula: current management strategies and complications. Paediatr Respir Rev; 
11: 100-106. 2010.
HOUBEN CH, CURRY JI. Current status of prenatal diagnosis, operative mana-
gement and outcome of esophageal atresia/tracheo-esophageal fistula. Prenat 
Diagn; 28: 667-675, 2008.
LOPES PJ, KEYS C, PIERRO A, ET AL. Oesophageal atresia:improved outcome in 
high risk groups? J Pediatr Surg; 41:331-4, 2006.
WARRIS A. Prophylactic antibiotics should be used in children with repaired 
esophageal atresia/tracheo-esophageal fistula: The case against. Paediatr Respir 
Rev;18: 62–3, 2016. 
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PROTOCOLOS
CIRURGIA PEDIÁTRICA
UROLÓGICA
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
INTRODUÇÃO
A hidronefrose se caracteriza pela dilatação do rim e pelve renal e que 
já pode ser vista no período antenatal, com incidência de 0,5 a 1% da 
população gestacional. Trata-se da anomalia mais frequente do trato 
urinário, identificada a partir 15ª semana de gestação. 
O exame ultrassonográfico (US), no período gestacional, trouxe outra 
dimensão na detecção das anomalias fetais, entre elas, a hidronefrose. O 
acesso mais fácil da população a esse exame, o avanço tecnológico com 
aparelhos de alta resolução, bem como o progressivo nível de aprendizado 
profissional contribuíram, decisivamente, no diagnóstico de anomalia fetal.
O ultrassom fetal nos mostra e classifica a hidronefrose em grau de I à IV 
de acordo com a intensidade da dilatação pelve-renal, sendo grau 1: pelve 
levemente dilatada; grau 2: pelve moderadamente dilatada; grau 3: pelve 
muito dilatada, parênquima preservado; grau 4: pelve dilatada, parênquima 
diminuído. Consoante o diâmetro ântero-posterior (AP) da pelve, classifica-
se ainda a hidronefrose como leve (entre5 e 10 mm), moderada entre (10 e 
15 mm) e grave (acima de 15 mm). Importante também a determinação da
espessura do parênquima renal e sua ecogenicidade.
8 HIDRONEFROSE E ESTENOSE DE JUNÇÃO 
URETEROPIÉLICA
Rogério Cruz Saraiva
Augusto César Gadelha de Abreu Filho
George Rafael Martins de Lima
Daniele Pimentel Fernandes
Manoel Luiz Filgueira de Oliveira
Larissa Rodrigues Chagas
Monika Maya Tsuji Nishikido
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
ABORDAGEM PRÉ-NATAL DA HIDRONEFROSE
A hidronefrose é diagnosticada no período antenatal graças ao uso do exame 
US em gestante. Tem com causa mais frequente a obstrução da junção 
uretero-piélica (JUP), tendo, também, a válvula de uretra posterior (VUP), as 
malformações císticas renais e o refluxo vésico uretral (RVU) como outras 
patologias urinárias causadoras.
A hidronefrose unilateral, com rim contralateral normal, sem oligoidrâmnio, 
se preconiza aguardar o parto normal para a abordagem pós-natal, descrita 
posterior.
A hidronefrose bilateral com líquido amniótico normal nos credencia a 
acompanhar esta gravidez com US até o seu término.
A hidronefrose bilateral com oligoidrâmnio tem grande perspectiva da 
presença de displasia renal associada e hipoplasia pulmonar fetal. Em geral, 
não justifica a intervenção durante a gravidez, pelos seus riscos, mas indica 
acompanhar com US seriado até o parto.
A abordagem cirúrgica fica relativamente reservada em gestação de bom 
prognóstico com imaturidade pulmonar e que consiste na derivação intra-
útero. Porém, é consenso, que na grande maioria das hidronefroses fetais, 
o procedimento cirúrgico não beneficia a função renal fetal, que é afetada 
precocemente. Pode ainda antecipar o trabalho de parto, tem alto risco 
O exame US prenatal informa ainda a quantidade do líquido amniótico, 
se a hidronefrose é uni ou bilateral, evidencia dilatação ureteral e avalia 
a bexiga, de maneira a mostrar o seu conteúdo e espessamento de sua 
parede. O oligohidrâmnio pode sugerir patologia obstrutiva urinária fetal de 
prognóstico reservado pelo comprometimento da função renal.
É possível empregar ainda o exame US para guiar punção de pelve renal e 
bexiga com intuito de coleta de urina fetal para exames, como: osmolaridade, 
dosagem de sódio, cloro e betamicroglobulina. Níveis urinários dessa 
última proteína acima de 13 mg/l podem definir inviabilidade fetal por 
insuficiência renal.
61
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
de infecção, bem como não nos mostra dados para realizar diagnóstico 
diferencial. Ademais, este procedimento deve ser feito em centro de 
Medicina Fetal e por profissional habilitado.
Diante de tudo que foi exposto, se conclui que a melhor conduta na 
hidronefrose fetal é acompanhar a gestação com US até o parto normal e 
abordar a criança após o nascimento.
ABORDAGEM PÓS-NATAL DA HIDRONEFROSE
A criança nasce e, geralmente, é acolhida pelo neonatologista que faz todo 
exame de sua rotina, podendo, no exame físico, já perceber abaulamento 
abdominal, em nível de flanco, representando, assim, a hidronefrose.
A quimioprofixia se faz com cefalexina: 20 mg/ kg, dose única diária e esta 
indicada no recém nascido com hidronefrose fetal graus III e IV ou nas 
crianças que não fizeram seu US antenatal, mas que, nos realizados no pós-
natal, foram observados esses graus de hidronefrose. A profilaxia deve ser 
mantida até a resolução da estase urinária.
A criança, com hidronefrose fetal graus III e IV deve realizar, também, 
hemograma (HC), ureia (U), creatinina (Cr) e sumario de urina (SU), colhida 
por saco coletor ou punção suprapúbica.
A hidronefrose fetal deverá ser confirmada com US após 48-72 horas de 
nascido, em virtude de um “falso negativo” que pode advir da desidratação 
do trabalho do parto. Estes USdever ser repetido ainda com 30 dias.
Após o estudo com US seriado confirmar a hidronefrose, realizamos a 
uretrocistografia miccional (UCM) para o estudo da uretra, bexiga e para 
avaliar a presença, ou não, de refluxo vésico-ureteral, outra causa de 
hidronefrose. Indicamos a realização deste exame em todo recém-nascido 
com hidronefrose e após duas semanas de vida. Vale ressaltar que este 
procedimento é feito na vigência de quimioprofilaxia. Em cerca de 10% dos 
casos se observa a associação de refluxo vesico-ureteral e estenose de JUP.
O terceiro pilar de avaliação da hidronefrose é a cintilografia renal, que 
pode ser com DMSA, DTPA ou MAG-3. Só deve ser feita após 60 dias de 
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Diante do que foi estabelecido e descartando RVU, podemos conduziralgumas possibilidades de maior frequência diante da suspeita de estenose 
de JUP:
- Hidronefrose unilateral com rim contralateral normal: se os US mostrar 
que a hidronefrose é leve ou moderada, DTPA evidencia processo obstrutivo 
e o DMSA se encontra entre 10 e 40 %, indicamos a pieloplastia. Porém, se 
a hidronefrose é grave e o DMSA nos informa que a contribuição funcional 
(CF) está abaixo de 10%, indicamos pielostomia por punção, guiado por US 
e um novo estudo com DMSA é feito, com 30 dias após a punção, assim, com 
valor agora acima de 10%, indicamos a pieloplastia. No entanto, se persiste 
a CF no DMSA abaixo de 10% podemos lançar mão de nefrectomia ou 
acompanhamento com US desta unidade renal. A conduta será expectante 
e acompanha com US, se a DMSA mostrar que a CF se encontra acima de 
40%, visto que a estenose de JUP pode ter resolução espontânea.
- Hidronefrose unilateral, com exclusão funcional ou agenesia do rim 
contralateral: se a hidronefrose for leve ou moderada (US) e os níveis de Ur 
e Cr mantidos, aguardando a realização das cintilografias (DMSA e DTPA) 
para definir conduta. Porém, na hidronefrose grave, mesmo sem alteração 
da função renal, indicamos a pielostomia como conduta inicial e uma nova 
avaliação com 30 dias se faz para definir a melhor conduta.
vida, em virtude na imaturidade do sistema urinário e possível dano renal 
devido ao radioisótopo. O DMSA é um exame estático, que nos mostra, 
principalmente a função diferencial renal, que normalmente varia de 45 a 
55%. É de importância expressiva na indicação cirúrgica.
A cintilografia renal com DTPA feita em criança bem hidratada e com sonda 
vesical, associada à furosemida, faz o diagnóstico de obstrução urinária alta 
através da análise morfofuncional do trato urinário (TU). Tem como básico a 
filtração e excreção do radioisótopo no tempo médio (T1/2) de 15 minutos, 
normalmente, sendo que este acima de 20 minutos nos indica padrão 
obstrutivo do trato urinário (TU). Os valores entre 15 e 20 minutos são 
atribuídos á obstrução de JUP parcial e com ajuda do US e da cintilografia 
com DMSA, indicamos tratamento conservador ou pieloplastia.O MAG -3 
tem a mesma finalidade do DTPA, porém não dispomos em nosso meio. 
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- Hidronefrose Bilateral: com níveis de Ur e Cr normais, sendo leve ou 
moderada, aguardamos a idade para a realização do estudo cintilográfico para 
conduzir esta criança. Porém, se a hidronefrose for grave unilateralmente, 
optamos por realizar a pielostomia descompressiva inicialmente desta 
unidade renal. Se os níveis de Ur e Cr forem alterados nos levam a realizar 
derivação urinária por punção, bilateralmente e, na idade indicada, após 
os 60 dias de vida, realizar o estudo cintilografico para definir conduta 
cirúrgica.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA ESTENOSE DE JUP
Técnica: A pieloplastia desmembrada de Anderson-Hynes é técnica de 
escolha para tratamento da estenose de JUP e, consiste, na remoção do 
segmento adinâmico desde setor, com ou sem modelagem da pelve renal. 
A reconstrução do trânsito urinário é realizada através da anastomose da 
pelve com o ureter que deve ser espatulado na região lateral e preservado, 
ao máximo, sua irrigação sanguínea, evitando possível isquemia ureteral.
Pré operatório: Solicitamos hemograma completo, ureia, creatinina, sumário 
de urina e coagulograma. No internamento solicitamos novo sumário 
de urina e se for detectada alguma alteração, suspendemos a cirurgia, 
solicitamos urocultura com antibiograma, tratamos ITU e remarcamos o 
procedimento.
Acesso cirúrgico: Classicamente usamos alombotomiacom abordagem 
principal, em criança maior. Podemos também, optar pelo acesso posterior, 
paravetebral, em criança menor.
Outra via de acesso é a laparoscopia transabdominal notadamente para 
criança acima de dois anos de idade, de acordo com a experiência do 
cirurgião. Não obstante se preserva a técnica de Anderson-Hynes.
Fio: Nossa preferência na confecção da anastomose é o PDS, 5.0 ou 6.0, 
com instrumental de microcirurgia.
Cateteres, Sondas e drenos: utilizamos o cateter duplo J, de tamanho e 
diâmetro adequados para idade, com cuidado de passar o mesmo do ureter 
até a bexiga, confirmando sua localização com Raios X transoperatório. Esse 
permanece por um período de 4 a 8 semanas, sendo retirado via endoscopia 
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COMPLICAÇÕES
Ainda no pós-operatório imediato pode-se observar fístula urinária. 
Esta normalmente tem cura espontânea no período de 3-5 dias, com 
drenagem da loja renal através do dreno de Penrose. A infecção urináriaé 
também vista como complicação importante, que sendo diagnosticada 
precocemente comsumário de urina (SU) e urinocultura(UC)se pode 
tratar com antibiótico adequado e de maneira eficaz. É também de 
importância considerável averiguar a contribuição de sondas e cateter 
para a manutenção da ITU,podendo assim ser removido antes do tempo 
estabelecido. A manutenção da estenose de JUPé notada mais tardiamente 
e se deve geralmente realizar a ressecção generosa do segmento adinâmico 
através de nova pieloplastia ou, a depender da experiência e habilidade no 
cirurgião e com a disposição de material necessário, uma endopielotomia.
ACOMPANHAMENTO APÓS PIELOPLASTIA
A alta se faz com a criança bem, sem sinais de ITU (exame clínico, SU e UC), 
com a ferida cirúrgica sem sinais de infecção, sem uso de quimioprofixalia, 
com agendamento para retirada endoscópica do duplo J (4 a 8 sem), 
bem como solicitação de USpara 30 dias, ocasião da primeira consulta 
urológica. Na falta de duplo J adequado, usar como segunda opção a sonda 
de moldagem em Calha, que deve permanecer drenando de 7 a 10 dias.
O dreno de Penrose tem seu espaço no sentido de drenar secreções da loja 
renal manipulada e também, extravazamento de urina que, normalmente se 
resolve no tempo de 3 a 5 dias. O dreno deve ser manipulado diariamente 
e retirado após a parada de saída de urina ou secreções.
A sonda vesical de demora é colocada no ato operatório e retirada após 48 
horas. Permite-nos aumentar gradiente de pressão pelve/bexiga, facilitando 
drenagem de urina neste sentido, bem como serve para avaliação de débito 
urinário, aspecto da urina e detecção de ITU precoce.
Antibiótico: damos preferência a quimioprofilaxia com a Cefazolina na 
dose de 50 a 100 mg/Kg, dose única diária, iniciando na indução anestésica 
e mantendo por 48h. Após isso, iniciar Cefalexina na dose profilática.
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ambulatorial pós-operatória. No ambulatório, a criança é seguida com US 
em cada consulta, que progressivamente obedece ao sequencial de 30 dias, 
três meses, seis meses, e um ano. Claro que a depender da evolução do 
paciente, se pode antecipar a visita ao cirurgião.
Importante que o exame de USseja realizadopor profissional experiente e 
que nos forneça dados importantes para o acompanhamento desta unidade 
renal operada.
Podemos dispor, a depender do resultado dos US, das cintilografias (DMSA 
e DTPA) para elucidar alguma intercorrência que venha a surgir neste 
acompanhamento.
Este acompanhamento deve prosseguir, no mínimo, até cinco anos após o 
tratamento preconizado.
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9 ACESSO VASCULAR PARA HEMODIALISE 
NO PACIENTE COM IRCT 
Antônio Aldo Melo Filho 
Augusto César Gadelha de Abreu Filho 
Káthia Liliane da Cunha Ribeiro Zuntini
CRITÉRIOS PARA IMPLANTE DE CATETER NO PLANTÃO
Considerando que pacientes com IRCT necessitam da diálise por tempo 
indeterminado, as indicações para obtenção ou troca de acesso vascular 
para diálise devem ser tratadas como URGÊNCIA e não podem ser 
agendadas de forma eletiva apenas para os dias em que há sala cirúrgica 
da Cirurgia Pediátrica dedicada à Urologia. Mesmo um paciente com 
cateter funcionando, mas infectado, necessita remoção ou troca logo que 
possível para minimizar efeitos deletérios desta infecção. Neste sentido, 
os implantes/ trocas e, em caso de infecção, remoções de cateteres de 
hemodiáliseserão realizados por equipe eletiva disponível naquele dia e, 
quando indisponível, pelos plantonistas do turno.
No sentido de auxiliar os plantonistas em relação a definição de prioridades 
nos diversos procedimentos a serem realizados, há situações que já são 
emergência dialítica.
São indicações de EMERGÊNCIA para diálise:
	Hiperpotassemia refratária grave
	Acidose metabólica grave sem condições de correção (paciente anúrico)
	Sobrecarga hídrica em paciente anúrico
	Congestão cardiopulmonar grave.
	Sintomas de uremia
	Derrame pericádico/ pericardite
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Situações que são urgência dialítica em um primeiro momento tendem a 
se tornar emergência à medida que há demora na obtenção de um acesso 
vascular para hemodiálise.
Situações duvidosas, contactar Nefrologista e/ou Pediatra que está 
acompanhando a criança.
INDICAÇÕES DE TROCA DE CATETER DE HEMODIÁLISE
Em caso de indicação de troca por obstrução COM infecção, não tentar 
desobstruir o cateter. Retirá-lo e repassar outro cateter em outro sítio 
anatômico.
Em caso de indicação de troca por obstrução SEM infecção, autorizado a 
troca do cateter com fio guia no mesmo sítio anatômico.
Situações duvidosas, contactar Nefrologista e/ou Pediatra que acompanha 
a criança.
* O serviço de Nefrologia Pediátrica disponibilizará no prontuário do 
paciente:
Um desenho gráfico do corpo humano com a anatomia dos vasos (MAPA 
DE ACESSO) onde será registrado cada acesso realizado no referido 
paciente e a data. Será o histórico gráfico dos acessos vasculares do 
paciente;
Uma ficha de controle para cada acesso com informações sobre o implante, 
seu funcionamento, complicações ou intercorrências clínicas ocorridas e 
motivo de retirada.
VISITA PRÉ-CIRÚRGICA
Antes do implante de um cateter de hemodiálise, o cirurgião deverá realizar 
uma visita pré-cirúrgica ao paciente para, entre outros, analisar registros dos 
acessos prévios e condição vascular, bem como condição clínica, exame 
físico e exames laboratoriais do paciente no sentido de melhor planejar o 
procedimento.
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Todo paciente a realizar acesso vascular para hemodiálise necessita aferição 
de hemoglobina, hematócrito, plaquetas, TAP e TPTa recentes. Se estiver 
em situação de emergência diálitica, é importante ainda valores recentes de 
uréia, creatinina, Na, K e Ca.
ESCOLHA DE SÍTIO ANATÔMICO
- Prioridade: Preferência JUGULAR direita ou esquerda
- Se acesso em recém-nascido ou jugulares obstruídas, considerar 
implante na FEMORAL.
- Contraindicado acesso em subclávia, pois compromete confecção e 
funcionamento futuro de fístula arteriovenosa no membro superior. 
Casos de exceção serão avaliados em discussão conjunta entre equipes 
clínica e cirúrgica.
- ATENÇÂO: Em casos com histórico de punção ou dissecção de ambas 
as veias jugulares internas e femorais, deve ser solicitado previamente 
pelo médico pediatra ou nefrologista assistente, um ultrassom doppler 
de jugulares e femorais (com avaliação proximal dos vasos em busca 
de trombos) para planejar sítio a ser implantado o cateter.
De todo modo, importante lembrar que o informe de um doppler livre de 
trombos não significativa que inexista um trombo em posição mais proximal 
que possa vir a impossibilitar a diálise. Exemplo: um cateter aposto em 
femoral livre de trombo é passível de ser implantado, mas um trombo em 
entrada deste vaso com veia cava deve impossibilitar o fluxo necessário 
para a hemodiálise.
ESCOLHA DO TAMANHO DO CATETER
Recomenda-se checar previamente a disponibilidade do cateter para 
hemodiálise (diâmetro e comprimento) adequado ao paciente, antes de 
iniciar procedimento anestésico para implante.
A tabela abaixo é um referencial por peso para escolha do cateter. No 
entanto, nesta escolha, é importante ainda considerar estatura da criança, 
tamanho do tórax, deformidades anatômicas, obesidade e vaso selecionado 
para implante.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Relação peso da criança x diâmetro ideal do cateter de hemodiálise
PESO DA CRIANÇA DIÂMETRO DO CATETER
≤ 5 Kg 7 Fr x 10 cm
6 - 14 Kg 8 Fr x 12,5 cm
15 - 25 Kg 9 Fr x 13 cm
25 - 55 Kg 11 Fr x 15 cm
> 55 Kg 12,5 Fr x 20 cm
Procedimentos OBRIGATÓRIOS a serem realizados pelo cirurgião, logo 
após o implante, ANTES DE ACORDAR O PACIENTE:
- Teste de fluxo do cateter
- O fluxo do cateter deve ser testado com aspiração de sangue por 
seringa de 20 ml. É necessário que a aspiração do sangue ocorra 
sem turbilhonamento. Do contrário, se houver turbilhonamento do 
fluxo, isto significa que o aparelho de hemodiálise não conseguirá 
puxar adequadamente o sangue e essa será mal-sucedida. Em caso 
de turbilhonamento, reposicionar o cateter, introduzindo-o ou 
tracionando-o. Em caso de recém-nascido, testar com seringa de 10 ml.
- Controle radiológico
 - Raio X de Tórax ou Abdome (consoante sítio de implantação) para 
checar posicionamento do cateter. Se cateter mal posicionado, introduzir 
ou tracionar o mesmo. É necessáriaa documentação radiológica de 
posicionamento adequado do cateter, antes de acordar o paciente.
 - O exame radiográfico deve mostrar o cateter localizado no lado 
direito do mediastino, na VCS, com a extremidade dístal do cateter 
paralela à parede da veia cava e a sua ponta distal posicionada a um 
nível acima da veia ázigos ou da carina da traquéia, dependendo de 
qual se veja melhor.
 - Deve-se sempre buscar contemplar que o cateter esteja na melhor 
localização possível e com fluxo adequado. Não adianta um cateter 
totalmente bem posicionado do ponto de vista anatômico em que 
71
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
não seja possível obter fluxo adequado, através do teste de fluxo do 
cateter explicado anteriormente. Também, não é possível que um 
cateter tenha bom fluxo, mas esteja subindo para segmento cefálico 
ou entrando muito em câmaras cardíacas com alto risco de arritmia.
 - Alerta a caminhos anômalos que o cateter tenha feito para risco de ter 
feito falso trajeto.
- Heparinização
 - Diluir heparina (5000 UI/ml) 1ml + 4ml de água destilada g solução 
com 1000 UI/ml.
 - Na parede do lúmen de cada via do cateter, há inscrição da quantidade 
de heparina exata a ser infundida para preencher cada um dos lúmens 
(vermelho – arterial e azul – venoso). Cuidado para não injetar volume 
maior pelo risco de alteração de coagulação secundária à heparina em 
circulação sistêmica.
- Fixação do cateter e Curativo
- A fixação do cateter de hemodiálise deverá ser feita com pontos na 
“borboleta” designada para fixação.
- Não é recomendado a colocação de ponto no orifício de saída do 
mesmo, pois usualmente ocasionará inflamação e/ou granuloma do 
local, favorecendo infecção com risco de bacteremia e perda do cateter. 
Também, evitar passar fio de sutura ao redor do cateter (“bailarina”), pois 
face ao cateter ser maleável, tal procedimento favorece seu pinçamento 
e/ou deformidade local, ocasionando fluxo sanguíneo inadequado e/
ou sangramento local que impactam negativamente na hemodiálise.
- O curativo a ser utilizado por ocasião do implante será o IV-FIX com 
gaze. A colocação deste deverá seguir a técnica asséptica utilizada 
durante o implante.
- Após 24h, o curativo IV-FIX deve ser trocado por técnica asséptica, por 
enfermeira treinada, por curativo transparente sem gaze (exceto, se 
ainda houver sangramento pelo óstio) para permitir a visualização do 
óstio de entrada.
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
ACESSO VASCULAR PARA HEMODIALISE NO PACIENTE COM IRCT 
FICHA DE CONTROLE
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ACESSO VASCULAR PARA HEMODIALISE NO PACIENTE COM IRCT 
FICHA DE CONTROLE 
1. NOME PACIENTE:_____________________________________________________________ 
2. PRONTUÁRIO:_____________ 3. NASCIMENTO: _____/_____/____ 4. PESO:_______ Kg 
5. DATA DO IMPLANTE: _______/_______/______ 
6. ACESSO VASCULAR: 
Tipo do cateter ( ) CVL ( ) Permicath 
Tamanho do cateter: ( ) 7F x 10cm ( ) 8F x 12,5cm ( ) 9Fr x 13cm ( ) 11Fr x 15cm( ) 12,5Fr x 20cm ( ) Outro Tamanho: ________________________ 
Sítio anatômico: ( ) JUG D ( ) JUG E ( ) FEM D ( ) FEM E ( ) SC D ( ) SC E 
 ( ) Outro Vaso: ____________________________________ 
Método: ( ) Punção convencional ( ) Punção guiada por ultrassom 
 ( ) Punção guiada por radioscopia ( ) Punção guiada por US e radioscopia 
 ( ) Dissecção ( ) Outra:________________________ 
Fixação: No OSC ( ): na borboleta ( ) no Catéter ( ) 
 Cateter exteriorizado ______cm: ( ) Distante do OSC ( ) na borboleta ( ) no Catéter 
7. INTERCORRÊNCIAS DURANTE IMPLANTE: ( ) Não ( ) Sim 
7.1 Punção de Artéria: ( ) Não ( ) Sim: ( )CTD ( )CTE ( )FMD ( )FME ( )SCD ( )SCE 
7.2. Punção de Veia Obstruída: ( ) Não ( ) Sim ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 
 ( )JGD ( )JGE ( )FMD ( )FME ( )SCD ( )SCE ( )Outra 
7.3. Outra:_____________________________________________________________________ 
8. POSICÃO - CATÉTER JUGULAR: (Rx Tórax): ( ) VCS: ( ) Projeção do AD ( ) Alto ( ) Baixo 
 Outro Vaso: ( ) Horizontalizado ( ) Para cima OUTRO: _____________________ 
9. INTERCORRENCIAS APÓS IMPLANTE: ( ) Não ( ) Sim 
9.1 ( ) Hemotórax 9.2- ( ) Sangramento OSC 9.3- ( ) Dor torácica DATA____/____/___ 
9.4 ( ) Ausência de fluxo 9.5- ( ) Baixo fluxo DATA_____/____/_____ 
9.6 ( ) Infecção OSC 9.7-( ) Granuloma OSC 9.8-( ) Bacteremia DATA____/___/____ 
10. RETIRADA DO CATÉTER: DATA_____/____/_____ 
MOTIVO: 10.1- ( ) Alta DA HD 10.2-( ) Bacteremia 10.3- ( ) Infecção OSC 
 10.4-( ) Ausência ou baixo fluxo 10.5- ( )TVP 10.6- Outro( ) ___________________ 
 
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
58 
 
MAPA DE ACESSO VASCULAR 
 
1. NOME PACIENTE:__________________________________________________________ 
2. PRONTUÁRIO:_____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
10 ULTRASSONOGRAFIA DE VIAS 
URINÁRIAS
Antônio Aldo Melo Filho
Augusto César Gadelha de Abreu Filho
Kathia Liliane da Cunha Ribeiro Zuntini
Harley Silveira Menezes
IDENTIFICAÇÃO
Nome: _____________________________________ Prontuário: __________
Tamanho Espessuracortical
Diâmetro AP 
da pelve renal
Rim Direito ______x______x______cm ______cm ______cm
Rim Esquerdo ______x______x______cm ______cm ______cm
Ecogenicidade parênquima renal: Direito: ( ) Normal ( ) Alterada
 Esquerdo: ( ) Normal ( ) Alterada
Ureter Direito: ( ) Não identificado ( ) Dilatação _____ mm
 Esquerdo: ( ) Não identificado ( ) Dilatação _____ mm
Bexiga: ( ) Normal ( ) Parede espessa - _______ mm
Outras observações
Médico Radiologista
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PROTOCOLOS
CIRURGIA PEDIÁTRICA
TORÁCICA
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
11 CONDUTA NO EMPIEMA PLEURAL NA 
URGÊNCIA 
Antônio Aldo Melo Filho 
José Ricardo Barbosa de Azevedo 
Viviane Calheiros Chaves Gomes 
Danilo Santos Guerreiro 
Mara Cristina Coelho Silva
80
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
CONDUTA NO EMPIEMA PLEURAL NA URGÊNCIA
Serviços de Cirurgia Pediátrica e Pneumologia Pediátrica
Hospital Infantil Albert Sabin
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
CONDUTA NO EMPIEMA DRENADO
Serviços de Cirurgia Pediátrica e Pneumologia Pediátrica
Hospital Infantil Albert Sabin
83
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PROTOCOLOS
CIRURGIA DE
CABEÇA E PESCOÇO
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PRÉ-OPERATÓRIO
Programação para operação no turno da tarde
	Internar no mesmo dia da cirurgia
	Conferir exames
	Dieta pré-operatória:
- Até às 6h da manhã: dieta sólida ou derivado de leite
- Entre 6h e 10h: permitido líquido sem resíduo - máximo de 150 ml
- Após 10h: dieta zero
- Obs: líquidos sem resíduos: água, chá gelado, água de coco
	Em caso de traqueostomia:
- Preencher a ficha indicada para documentação dos casos de 
traqueostomia
- Se criança já entubada, solicitar 3 (três) tamanhos de cânula 
endotraquel: mesmo tamanho do tubo endotraqueal, 0,5 a mais e 
0,5 a menos.
PÓS-OPERATÓRIO
Afecções da Tireoide e de Glândulas Salivares e Doenças Congênitas
	Imediato
- Dieta líquido-pastosa 6 horas após o término da operação, podendo 
progredir de acordo com a tolerância do paciente.
- O curativo deve ser trocado sempre que se notem as gazes molhadas 
de sangue (situação comum). CUIDADO para não puxar o dreno 
penrose da ferida operatória.
12 ROTINAS EM CIRURGIA DE CABEÇA E 
PESCOÇO
Clóvis Ney Pinheiro Macedo 
Mário Sérgio Macedo
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
- ATENÇÃO: Se presença de hematoma na ferida operatória ou 
desconforto respiratório, comunicar IMEDIATAMENTE o médico da 
equipe
	PO1 (dia seguinte)
- Retirar dreno penrose na troca de curativo (exceto se especificação 
em contrário na evolução cirúrgica do momento da operação)
- Alta hospitalar pela manhã com as seguintes orientações:
o Administrar dipirona se dor ou febre no pós-op
o Retirar pontos com 7 dias
o Retorno com 1 mês ao ambulatório
o Retornar antes, a qualquer momento, se drenagem de secreção ou 
febre mantida, notadamente após o 4º dia pós-operatório
Se TIREOIDECTOMIA TOTAL:
	Prescrever a levotiroxina (em jejum)
- Recém-nascido: 5 a 6 mcg/kg/dia; Criança: 3 mcg/kg/dia
	Em caso de sinais ou sintomas de hipocalcemia (formigamento e 
adormecimento perioral e das extremidades; crises de tetania), procurar 
um serviço de emergência para receber gluconato de cálcio venoso.
Situações Específicas Adicionais
Linfangioma – Aplicação Picibanil (OK-432)
Transoperatório
	Diluir o pó (liofilizado) com o solvente (2 ml) enviado pelo fabricante 
em uma seringa de 20 ml
	Realizar punção guiada por ultrassom, sob anestesia, com a seringa 
na qual se encontra diluída a medicação. Aspirar até no máximo de 
20 ml (quantidade máxima da seringa) e em seguida injetar todo 
o conteúdo na lesão. CUIDADO: Não retirar todo conteúdo do 
linfangioma, pois se pode perder o plano para injetar a medicação
87
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
Pós-operatório
	Iniciar dieta líquida-pastosa quando criança estiver bem acordada
	PO1 (dia seguinte)
- Alta hospitalar pela manhã com as seguintes orientações:
	Administrar dipirona se dor ou febre no pós-op
	Orientar a família sobre o esperado aparecimento de processo 
inflamatório importante no local associado a febre
	Retornar com 7 dias ao ambulatório
Traqueostomias (Eletivas)
Pós-operatório
	Observar sangramento. Usualmente, sangramentos pequenos podem 
ser controlados com a elevação da cabeceira do leito, troca dos 
curativos e compressão local. Por sua vez, sangramentos maiores 
devem ser tratados em ambiente cirúrgico, para uma adequada revisão 
da hemostasia, com ligadura dos vasos sangrantes. 
	Cuidado para não decanular o paciente. O desposicionamento da 
cânula é mais problemático quando ocorre nos primeiros 5 (cinco) 
dias, pois ainda não há um trajeto delimitado da pele até a luz traqueal.
	Não retirar os fios de reparo que são deixados nos bordos da abertura 
traqueal e exteriorizados. Esses são úteis em caso de necessidade de 
reposicionamento da cânula.
89
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
PROTOCOLOS
CIRURGIA PEDIÁTRICA
ONCOLÓGICA
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Rotinas de Cirurgia Pediátrica
13 FICHAS DE ATENDIMENTO, 
ESTADIAMENTO E ANATOMOPATOLOGIA 
PARA TUMORES SÓLIDOS MAIS 
FREQUENTES EM PEDIATRIA.
Antônio Aldo Melo Filho 
José Ricardo Barbosa de Azevedo 
Maria do Perpétuo Socorro Saldanha da Cunha 
Carlos Gustavo Hirth 
Carlos Artur da Costa Moraes 
Marta Rejane Costa Feitosa 
Viviany de Oliveira Viana 
Fabiola Maria de Melo 
Eduardo Lima da Rocha 
José Holanda Maia Filho
92
Rotinas de Cirurgia Pediátrica
70 
 
 
93
Rotinas de Cirurgia Pediátrica71 
 
Tumor de Wilms 
 
Nome:
Pront:
Não Sim Assinalar a que for queixa principal Sim
Massa palpável Hemograma
Hipertensão Sumário de Urina

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