No dia 15 de março de 2017, por volta das 23h30min, em um hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Eugenópolis, PAULO ALBERTO, médico do referido hospital, solicitou, para si, diretamente, o valor de R$3.000,00 (três mil reais) referente ao pagamento de uma cirurgia de urgência, à paciente ELEONORA, que se encontrava internada no hospital sob seus cuidados com hemorragia interna. A vítima alegou não ter condições de pagar o procedimento. Diante da negativa do médico na realização da cirurgia sem o pagamento solicitado, este solicitou a transferência de ELEONORA para o hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itamuri, aonde o procedimento cirúrgico foi realizado por outro médico, sem qualquer ônus a ELEONORA. Dos fatos, PAULO ALBERTO restou denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública. Em defesa afirmou não ter solicitado valores para realização cirurgia, mas que apenas referiu que se fosse fazer a cirurgia seria de forma particular e custaria R$3.000,00 (três mil reais). Disse, ainda, que era médico contratado pelo hospital e, portanto, não poderia ser considerado funcionário público, conforme relatado na denúncia. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada:
a) A alegação de PAULO ALBERTO de que não pode ser caracterizado funcionário público deve prosperar?
b) Qual a correta tipificação da conduta de PAULO ALBERTO? Ainda, o fato de ELEONORA não ter feito o pagamento solicitado possui alguma relevância?
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