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ESTUDO DIRIGIDO: Anatomia da Cavidade Pulpar 1. INCISIVOS SUPERIORES Incisivo central superior: Raiz única Câmara pulpar alargada no sentido mésio-distal e estreita no sentido vestíbulo- palatino Apresenta dois divertículos bem pronunciados Pode apresentar canais laterais ou secundários Canal radicular único, amplo e reto Terço apical: circular Terço médio: ovóide Terço cervical: triangular Incisivo lateral superior: Raiz única, relativamente fina, com suave achatamento no sentido mésio-distal Câmara pulpar alargada no sentido mésio-distal e estreita no sentido vestíbulo- palatino Apresenta dois divertículos bem pronunciados Canal radicular único em 97% dos casos Raramente pode apresentar dois canais (V e P) que se unem no terço apical para terminarem em um único forame Terço apical: circular Terço médio: ovóide Terço cervical: Triangular ou ovóide 2. INCISIVOS INFERIORES Incisivo central inferior: Câmara pulpar achatada no sentido vestíbulo-lingual no nível incisal e achatada inversamente no sentido mésio-distal nas proximidades do colo anatômico Divertículos não são nítidos Canal de pequenas dimensões, quase sempre único (73,4%) e retilíneo Pode apresentar dois canais em 26,6% dos casos Canal radicular bastante achatado no sentido mésio-distal e acentuada dimensão vestíbulo-lingual Seu grande achatamento mésio-distal pode causar uma divisão do canal radicular em dois (vestibular e lingual). Esses canais convergem para um único forame apical na maioria das vezes. Em alguns casos seguem trajetórias independentes e terminam apicalmente em forames separados. Terço cervical, médio e apical: Elipsóide Incisivo lateral inferior: Câmara pulpar achatada no sentido vestíbulo-lingual no nível incisal e achatada inversamente no sentido mésio-distal nas proximidades do colo anatômico Divertículos não são nítidos Canal de pequenas dimensões, quase sempre único e retilíneo, achatado no sentido mésio-distal Pode apresentar dois canais (menor possibilidade que o incisivo central superior) Terço cervical, médio e apical: Elipsóide 3. CANINOS SUPERIORES E INFERIORES Caninos superiores: Raiz única, de forma cônico-piramidal, com secção quase triangular Porção apical da raiz possui curvatura no sentido distal e, às vezes, no sentido vestíbulo-distal Câmara pulpar reproduz a forma externa da coroa Possui pronunciado divertículo Canal radicular único, amplo, com dimensão vestíbulo-palatino bem maior que a mésio-distal Terço apical: Circular Terço médio: ovóide (com discreto achatamento na proximal) Terço cervical: cônico-triangular Caninos inferiores: Raiz única, na maioria dos casos (94%), fortemente achatada no sentido mésio- distal Pode ocorrer duplicidade de raízes em 6% dos casos (raiz vestibular e lingual) Cavidade pulpar semelhante a do canino superior, porém mais achatada no sentido mésio-distal e com acentuada dimensão vestíbulo-lingual Possui divertículo Canal único em 88,2% dos casos com dimensão vestíbulo-palatina maior que a mésio-distal O achatamento mésio-distal da raiz leva a uma divisão do canal radicular em dois ramos (vestibular e lingual) em 11,8% dos casos. Estes ramos podem seguir trajetórias independentes ou unir-se em alturas variáveis para terminar em um forame único Terço cervical e médio: ovóide, diâmetro vestíbulo-lingual avantajado e achatamento mésio-distal Terço apical: circular 4. PRÉ-MOLARES SUPERIORES Primeiro pré-molar superior: Apresenta duas raízes (vestibular e palatina) em 61% dos casos, uma raiz em 35,5% dos casos e três raízes em 3,5% dos casos. Apresentam em sua maioria dois canais radiculares (vestibular e palatino), em 84,2% dos casos. Um canal em 8,3% dos casos. Podem ser encontrados três canais (2 vestibular e 1 palatino) em 7,5% dos casos Terço apical: Circular, totalmente separadas Terço médio: circular separadas por uma ponte de dentina Terço cervical: elíptica, unidas por um istmo Segundo pré-molar superior: Apresenta raiz única em 94,6% dos casos. A câmara pulpar acompanha a forma externa da coroa, com forte achatamento mésio-distal e bastante alongada no sentido vestíbulo-palatino Apresenta 2 divertículos bem pronunciados Canal único em 53,7% dos casos, fortemente achatado no sentido mésio-distal e amplo no sentido vestíbulo-palatino Dois canais em 46,3% dos casos Pode haver duplicidade de canais em uma raiz única, com variadas conformações que terminam em forame único ou independentes Pode haver duplicidade de canais em raiz bifurcada em vários níveis ou em duas raízes Canal único: Terço apical: Elíptica ou circular Terço médio: Elíptica, alongada no sentido V-P Terço cervical: elíptica, alongada no sentido V-P com achatamento proximal Dois canais: Terço apical: Circular, totalmente separados Terço médio: Circular, separados por ponte de dentina Terço cervical: Elíptica, unidos por istmo 5. PRÉ-MOLARES INFERIORES Primeiro pré-molar inferior: Raiz achatada no sentido mésio-distal, geralmente única (82% dos casos) Pode haver divisão da raiz no nível apical em 18% dos casos Raramente apresenta três raízes (2V e 1L) Câmara pulpar cubóide Canal único em 66,6% dos casos, sendo amplo e com maior diâmetro V-L Pode apresentar dois (31,3% dos casos) ou três canais (2,1% dos casos). Essa divisão ocorre ao nível médio ou apical, dificulta o acesso e o tratamento Apresenta dois divertículos, sendo o vestibular bem pronunciado e o lingual extremamente reduzido Terço cervical: Ovalada ou elíptica Terço médio: Ovalada Terço apical: Circular Segundo pré-molar inferior: Anatomicamente semelhante ao primeiro pré-molar inferior, mas possui menos variações quanto ao número de canais A raiz é única em 92% dos casos Apresenta câmara pulpar cubóide Canal único em 89,3% dos casos, sendo ele amplo e com maior diâmetro V-L Apresenta dois canais em 10,7% dos casos Possui dois divertículos (vestibular e lingual) Terço cervical: ovalada ou elíptica (com achatamento proximal) Terço médio: ovalada Terço apical: circular 6. MOLARES SUPERIORES Primeiro molar superior: Três raízes bem diferenciadas (2 vestibular e 1 palatina) Raiz mésio-vestibular: achatada no sentido M-D e ampla no sentido V-P, apresentando curvatura para distal. Secção transversal: ovóide Raiz disto-vestibular: Menores dimensões, forma cônica. Não apresenta curvaturas acentuadas. Raiz palatina: é a mais volumosa. Possui forma cônica. Secção transversal: circular ou ligeiramente ovóide. Quando curva, a curvatura é para vestibular Câmara pulpar trapezoidal, ampla. Alongada no sentido V-P e estreita no sentido M-D Assoalho pulpar convexo e de aspecto regular, triangular ou trapezoidal com base maior para vestibular e menor para palatina Possui três divertículos bem definidos Apresenta três canais em 30% dos casos e quatro canais em 70% dos casos Canal palatino: Amplo, de fácil acesso, podendo ser retilíneo ou apresentar leve curvatura para vestibular Canal disto-vestibular: Bastante atresiado, pode ou não apresentar curvatura Apresenta dois canais na raiz M-V em 70% dos casos. Canais mésio- vestibular e mésio-lingual, tendo ao total quatro canais Em 30% dos casos apesenta três canais Canal M-V e canal M-P: unem-se em alturas variáveis e terminam em forame único ou apresentam trajetórias independentes até o ápice e forames separados Terço apical: Elíptica ou circular Terço médio: MV: Elíptica; DV e P: Ovalada ou circular Terço cervical: MV: vírgula (1 canal) ou “oitóide” (2 canais); DV e P: Ovalada ou circular Segundo molar superior: Câmara pulpar com morfologias diferentes devido à forma de compressão (achatamento proximal) Assoalho pulpar triangular, com achatamento proximal Três ou quatrodivertículos Apresenta três canais em 50% dos casos ou quatro em 50% dos casos. O quarto canal ocorre com menor freqüência que no primeiro molar superior, mas em percentual expressivo Pode apresentar um ou dois canais em raras ocasiões Terço apical: Elíptica ou circular Terço médio: MV: elíptica; DV e P: ovalada ou circular Terço cervical: MV: vírgula (1 canal) ou “oitóide” (2 canais); DV e P: Ovalada ou circular 7. MOLARES INFERIORES Primeiro molar inferior: Câmara pulpar semelhante a um cubo, com divertículos bem marcados Assoalho convexo, de forma trapezoidal, com base maior para mesial e menor para distal Três canais em 56% dos casos: dois na raiz mesial (MV e ML) e um na raiz distal (D) Canal distal amplo, de forma oval (V-L) e com suave curvatura ou reto Quatro canais em 36% dos casos: dois na raiz mesial (MV e ML) e dois na raiz distal (DV e DL) Canais distais com dimensões mais reduzidas Dois canais em 8% dos casos Terço cervical: Elíptica (achatamento proximal) Terço médio: Elíptica Terço apical: Circular Segundo molar inferior: Duas raízes não tão diferenciadas, podendo fusionar-se total ou parcialmente A anatomia da cavidade pulpar é igual ao do primeiro molar inferior Câmara pulpar semelhante a um cubo, com divertículos bem marcados Apresenta três canais em 72,5% do casos: dois na raiz mesial (MV e ML) e um na raiz distal (D) Canal distal amplo de forma oval (V-L) e com suave curvatura ou reto Pode apresentar dois canais em 16,2% dos casos: um na raiz mesial e outro na raiz distal. A forma dos canais é variável Com menor freqüência pode apresentar quatro canais (11,3% dos casos): dois na raiz mesial (MV e ML) e dois na raiz distal (DV e DL) Os canais distais possuem as dimensões mais reduzidas Raramente pode apresentar um canal devido ao fusionamento das raízes REFERÊNCIAS: LEMOS, M.E. Anatomia Interna. Disponível em: <http://endo-e.com> SOARES, I.J.; GOLDBERG, F. Configuração interna do elemento dental. In: Endodontia: técnicas e fundamentos. 2.ed. Porto Alegre: ARTMED. 2011. Cap. 4, p.41-55
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