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Trabalho Portifolio - Desafios e possibilidades de Igualdade de gênero no espaço escolar

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 2º SEMESTRE
MARIA APARECIDA CELINO FERREIRA
Produção textual Interdiciplinar 
NOVA LIMA
CIDADE
2019
MARIA APARECIDA CELINO FERREIRA 
Produção textual Interdiciplinar 
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Psicologia da Educação e Aprendizagem, Ética, Politica e Cidadania, Politicas Públicas da Educação Básica, Metologia Cientifica, Educação e Diversidade, Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem
 Professores: Natalia Gejão
Mayra Campos Frâncica dos Santoso 
José Adir
Natália Gomes 
Tutora eletrônica: Dalila Cristina de Campos Gonçalves
NOVA LIMA
CIDADE
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	09
4 REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO 
 Neste trabalho abordaremos o assunto sobre o trabalho Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar para podermos consolidar uma consciência sobre igualdade de gênero no espaço escolar. 
A história da sociedade brasileira é marcada pela diversidade, mas também pelas desigualdades e as discussões sobre direitos ganharam espaço no final do século XX, com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Além de ter o direito à igualdade de gênero assegurado na legislação, ainda é preciso avançar para que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades e condições de atuação na sociedade.
 A diferença de tratamento entre homens e mulheres traz consequências práticas para a sociedade, que vão desde uma mulher receber menos do que um homem pela mesma função, passando pelas expectativas de aprendizagem diferentes para meninos e meninas na escola até o feminicídio.
As questões de gênero já estão nas escolas e evitar o tema reforça a estrutura hierárquica da sociedade e propaga estériotipos.
Portanto cabe no espaço escolar, não somente abordar como trabalhar este tema na conscientização do mesmo, pois as consequências serão vividas diariamente em nosso cotidiano e pode ser mudada a partir disto e consequentemente será refletido não somente no ambiente familiar como na sociedade como um todo.
 2. DESENVOLVIMENTO 
O tema Desafios e possibilidades de igualdade de gênero no espaço deve ser trabalho com intuito para possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos e para consolidar uma consciência sobre igualdade de gênero no espaço escolar.
 O gênero é uma categoria que nasceu nos anos 1950 para questionar a naturalização de desigualdades ancorada no discurso biológico de que as mulheres eram mais propensas a determinadas atividades, como cuidar da casa e dos filhos; não existe nenhum fator biológico que justifique discriminar, reduzir, segregar e punir uma mulher por ser mulher e um homem por ser homem.
Em 2017, a pesquisa Percepções sobre Educação Sexual, realizada pelo Ibope sob encomenda da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, mostrou que 67% dos entrevistados concordavam plenamente com a escola falar sobre igualdade entre homens e mulheres.
É também preciso considerar que os papéis sociais também mudam ao longo do tempo. No início do século 20, por exemplo, as mulheres não podiam votar, muitas eram proibidas de estudar e ficavam restritas ao trabalho doméstico. Hoje, no século 21, o quadro é bem diferente, mas ainda persistem grandes desafios.
Durante a discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ele foi suprimido do texto após pressão de alguns grupos. Inserir o tema no currículo poderia gerar uma crise de identidade nos alunos, afetando a família e a integridade moral e intelectual dos jovens. Também defenderam o ponto de vista de que o gênero não é uma construção social e trouxeram um argumento técnico; como esses temas estavam fora do Plano Nacional de Educação (PNE), acrescentá-los na BNCC iria contrariar o que foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2010. Posto isso, o MEC retirou da terceira versão da Base os termos “gênero” e “orientação sexual”, afirmando que o tema gênero havia provocado muita controvérsia.
O assunto, porém, nem sempre é fácil de entrar na sala de aula e uma das primeiras barreiras é enfrentar o medo de não dar conta do tema. Em 2007, o MEC produziu o curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE) - Formação de Professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais, atualmente indisponível, sendo possível buscar materiais na internet e estudar por conta própria. 
Outro medo comum é a reação contrária da família, muitos pais e mães podem sentir desconfiança e expressar o desejo de que o assunto não seja abordado com os seus filhos. Há ainda confusões, como entender que, ao falar da importância da igualdade de gênero, os professores enveredariam pela sexualidade ou falariam de Educação Sexual.
Uma pesquisa realizada pela agência Énóis Inteligência Jovem, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvão, revelou que 39% das jovens mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de preconceito na escola ou faculdade relacionado ao seu gênero.
A diversidade não pode ser tomada como adjetivo, qualidade, empecilho ou defeito, mas, sim, como parte da condição humana e fator constituinte de seus agrupamentos. É na complementaridade dos diferentes que nos fazemos humanos. Não existe sociedade sem diversidade. Mais que isso, diversidade é a condição para atribuir a qualquer organização humana o status de grupo, com sua identidade reconhecida.
Mais que um espaço permeado por diferenças, a escola é onde a discriminação e o desrespeito pelas diferenças podem e devem ser tratados desde os primeiros anos de vida dos estudantes. Marcada por relações, conflitos, vínculos e encontros, a escola é o lugar onde a prática educativa pode desencadear um processo de formação ética e de construção de um olhar para o outro, voltado para a justiça, a diversidade e a igualdade.
Diante de tantos desafios para a escola brasileira e tantos conteúdos que os alunos devem aprender, há espaço para falar de gênero? “Evidentemente, a situação é dramática, mas todas as disciplinas são importantes. Alfabetização não é mais importante do que gênero. O mundo tal como é precisa de muitos campos de conhecimento e habilidades, além de espaços de diálogo variados.
Alguns temas podem ser trabalhados nas diferentes fases de aprendizagem dos alunos, na Educação Infantil por exemplo:
Promova com as crianças brincadeiras como limpar a casa, trabalhar ou dirigir; todos devem assumir o papel que quiserem;
Reforce que os amigos podem ser de qualquer sexo. Se surgir a frase “são namoradinhos”, explique que crianças não namoram. Crianças brincam e têm amigos;
Disponibilize todos os tipos de brinquedos para as crianças e amplie o repertório com jogos, instrumentos e outras opções menos marcadas pela questão de gênero.
No Fundamental I:
Discuta características associadas às mulheres (como a fragilidade) e aos homens (como a força). Debata: essa forma de julgar as pessoas limita a vivência delas? Por quê?
Dialogue sobre a responsabilidade de todos para superar a desigualdade de gênero: o que é possível fazer na escola? Os estudantes enxergam desigualdades em quais situações?
Converse com as crianças sobre a existência de diferentes formas de ser menina e menino. As regras sobre isso podem e devem ser mudadas.
No Fundamental II:
Questione como os relacionamentos podem ser afetados por desigualdades de gênero. Por exemplo: meninas podem ser proibidas de usar determinadas roupas?
Como a cultura e os papéis de gênero impactam a criação de filhos e filhas? Como é na família de cada um? Há diferenças de responsabilidade para meninos e meninas?
Incentive os estudantes a refletir sobre seus valores pessoais e a analisar criticamente a atuação de instituições para a desconstrução da desigualdade.
Refletirsobre essas assimetrias permite combater as relações autoritárias e questionar os padrões de conduta estabelecidos. Diariamente, a escola é chamada a lidar com situações de discriminação e dar as respostas adequadas, a fim de evitar a reprodução dessas injustiças.
Portanto a escola precisa desenvolver este tema tão importante no dia a dia dos alunos, conscientizando-os e colocando-os como os protagonistas da sua historia e na luta por mais igualdade e equidade.
	
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar esta produção textual o Desafios e possibilidade de Igualdade de gênero no espaço escolar podemos observar a importância do professor para atuar de forma efetiva aguçando o sentidos e as percepções de uma sociedade enraizada pelo preconceito e conscientizar que tudo começa nos mínimos detalhes, mesmo dentro de casa, e não percebemos.
Provocar o questionamento e o debate vai levá-los a ter uma autocrítica e poder fazer a diferença na mudança de consciência e atitudes dentro do seu coditidiano e isto consequentemente refletirá na sociedade como um todo.
E a escola sim, é um espaço e a oportunidade para que este tema seja trabalhado de forma a realizar mudanças efetivas. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALLEIRO, Eliane dos S. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2002.
Caderno Orientações técnicas de Educação em Sexualidade para o Cenário Brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem, da Unesco, Vanessa Leite (CLAM) e César Nunes (Unicamp e Abrades)
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO. Currículo da Cidade. São Paulo, 2017. Disponível em: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Page/PortalSMESP/Publicacoes-Institucionais. Acesso em: 18 abr. 2019.
.Sites acesso: 
https://novaescola.org.br/conteudo/16418/garanta-o-direito-de-todos-os-alunos-ao-promover-igualdade-de-genero 
 https://respeitarepreciso.org.br/wp-content/uploads/2019/10/diversidade-e-discriminacao.pdf

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