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Trabalho Unopar PEDAGOGIA LICENCIATURA - 2º SEMESTRE

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10
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia licenciatura - 2º semestre
TAtiana SIlva de Paula
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar
Belo Horizonte
 2019
Tatiana silva de paula
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: 
Psicologia da educação e da Aprendizagem, Ética, Política e Cidadania, Política Pública na Educação Básica, Metodologia Científica, Educação Científica, Educação e Diversidade, Práticas pedagógica- Gestão da Aprendizagem.
Professores: Mayra Campos Francisca dos Santos, José Adir Lins Machado, Natália Gomes dos Santos, Regina Célia Adamuz, Natália Gemano Gejao Diaz, Renata de Souza Franca Bastos de Almeida
Tutor eletrônico:Renata de Lima Torres Morinigo 
Belo Horizonte 
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	9
4 REFERÊNCIAS	10
17
1 INTRODUÇÃO
 
 O presente trabalho consiste em demonstrar o aprendizado que obtivemos através da elaboração destra produção textual, com finalidade em agregar mais conhecimentos e adotar novas formas de incluí-los ao ensino. 
 A escola, em sua função social, caracteriza-se como um espaço democrático que deve oportunizar a discussão de questões sociais e possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico. Para isso, faz-se necessário que o (a) professor (a) traga informações e contextualize-as, além de contribuir, oferecendo caminhos para que o (a) discente adquira mais conhecimentos. É também um ambiente de sociabilidade entre as crianças, o que acarreta na difusão sociocultural, 
 Partindo da ideia de que as questões de gênero são sociais e historicamente construídas e, portanto, podem ser transformadas e modificadas, cabe a nós profissionais da educação promover uma educação emancipatória capaz de formar cidadãos críticos, possibilitando-lhes identificar os estereótipos sexuais e questionar os fundamentos e representações engendrados nestas relações de poder. Agregando assim grandes contribuições para a prática docente, através da desmistificação de diferenças e preconceitos que são encontrados na sala de aula.
2 DESENVOLVIMENTO
 A consciência sobre a diversidade e a igualdade de gênero no espaço escolar é um tema importante para ser abordado em sala de aula, pois perpassa por muitos paradigmas construídos pela sociedade. No passado e no presente, nas mais diversas partes do mundo, homens e mulheres nunca deixaram de se organizar em sociedade e de se questionar sobre si e sobre o mundo que os cercam. É constitutivo das sociedades humanas apresentar um mecanismo diferenciador, ambos tem os direitos de conquistas, escolhas de ser valorizados nas realizações adquiridas ao longo de uma trajetória construção de ideias, valores contribuído para crescimento da sociedade. Quando falamos e é constitutivo das sociedades humanas apresentar um mecanismo diferenciador: gênero não estamos falando apenas em diferença mais em desigualdade. Quantas oportunidades são difundidas devido à estereotipação hierárquica na sociedade e família.
 A questão é muito mais complexa e matizada do que a polarização sobre quais cores de roupa são adequados para meninos e meninas não e fácil, mas não pode mais ser ignorado no contesto escolar. A questão de gênero já está na escola. Evitar o tema reforça a estrutura hierárquica da sociedade e propaga estereótipos, o gênero é uma categoria que nasceu nos anos de 1950 para questionar a naturalização de desigualdade ancorada no discurso biológico, de que as mulheres eram mais propensas em determinadas atividades, como cuidar de casa e dos filhos. Colocar em cheque a desigualdade de gênero hoje significa favorecer a transformação de relações de poder, em trocas e o convívio mais democráticos dignos entre as pessoas. A diferença de tratamento entre homens e mulheres traz consequências práticas para sociedade, que vão desde uma mulher receber menos que um homem na mesma função, passando pelas expectativas de aprendizagem diferentes para meninos e meninas na escola. 
 É importante lembrar que desigualdade de gênero e os estereótipos associados ao que é ser homem ou mulher, afetará meninas mas também os meninos, que eles possam aprender dançar sem que digam que isso é coisa de meninas, que eles possam chorar quando se sentir emocionado, que não lhe digam que e coisa de menina. 
O assunto porem nem sempre e fácil de ser abordado na sala de aula. Uma das primeiras barreiras é enfrentar o medo de não dar conta do tema. Outo medo comum é a reação contraria da família. De fato muitos pais podem sentir desconfiança em expressar o desejo do assunto, e acabam não abordando com seus filhos. Há ainda confusões, como entender que ao falar da importância da igualdade de gênero os professores vendaria pela sexualidade, ou falariam da educação sexual. 
2.1 Gênero e desconstrução de estereótipos
 A educação escolar é uma fonte principal e importante para ajudar a refletir e conscientizar acerca da igualdade de gênero, possibilitando que o concretize conforme a realidade, portanto a partir do conhecimento os cidadãos problematizam, atuam de forma consciente. O aluno pode desenvolver “o entendimento, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, respeitando e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sua cultura seus saberes, identidades, seu potencial sem preconceitos de qualquer natureza”
 Podemos notar que a escola possibilitará a desconstrução e reconstrução de ideias, padrões, competências, para que seja possível a formação de alunos responsáveis, solidários, participativos, críticas, amável, livres de estereótipos, preconceitos, colaborando, para a construção de uma sociedade, justa, igualitária sem exclusão.
Considerando o eixo relações de gênero fica notório na apresentação que ele, “propicia o questionamento de papéis rigidamente estabelecidos a homens e mulheres na sociedade, a valorização de cada um e a flexibilização desses papéis.” (PCN, v. 8 p. 35).
 A partir da compreensão sobre as diferenças corporais e sexuais, culturalmente se cria na sociedade, ideais e valores sobre o que é ser homem ou mulher. Esta diferenciação se denomina representações de gênero. Desse modo, as questões de gênero encontram-se diretamente relacionada à forma como as pessoas concebem os diferentes papéis sociais e comportamentais relacionados aos homens e às mulheres, estabelecendo padrões fixos daquilo que é “próprio” para o feminino bem como para o masculino, de forma a reproduzir regras como se fosse um comportamento natural do ser humano, originando condutas e modos únicos de se viver sua natureza sexual. Isso significa que as questões de gênero têm ligação direta com a disposição social de valores, desejos e comportamentos no que tange à sexualidade.
Nesse sentido, a escola tem um papel fundamental na desmistificação destas diferenças, além de ser um importante instrumento na construção de valores e atitudes, que permitam um olhar mais crítico e reflexivo sobre as identidades de gênero, ao invés de ser um lugar de práticas de desigualdades e de produção de preconceitos e discriminações como destaca Louro (1997, p. 57):
Diferenças, distinções, desigualdades... A escola entende disso. Na verdade, a escola produz isso. Desde seus inícios, a instituição escolar exerceu uma ação distintiva. Ela se incumbiu de separar os sujeitos — tornando aqueles que nela entravam distintos dos outros, os que a ela não tinham acesso. Ela dividiu também, internamente, os que lá estavam, através demúltiplos mecanismos de classificação, ordenamento, hierarquização.
 A escola/professor (a) lida com a relação de gênero no seu cotidiano, mas na maioria das vezes não percebe suas influências na constituição das subjetividades nas crianças que quase sempre são identificadas (de acordo com o gênero) como meninos e meninas. Um exemplo dessa evidência ocorre dentro da sala de aula quando o (a) docente conta quantos meninos e quantas meninas têm na sala e depois pergunta o total. Nesse sentido, é possível observar que as relações de gênero tem sido alvo de ensinamento dos adultos em relação às crianças, no qual definem o que pode e o que não pode ser feito pelas crianças na vivência de sua sexualidade.
Sendo assim, a sexualidade é algo definido pelos adultos em que não se permite que a criança fale, pense ou sinta tudo o que ela deseja, mas determina o modo de meninos e meninas tratarem com a sexualidade. Para tanto, é importante explicitar que a criança elabora suas próprias respostas e teorias para estas questões sexuais. Com afirma Camargo e Ribeiro, (1999, p. 34):
[...] a infância é falada na voz do adulto e de acordo com seu pensar[...], esquecendo-se de que a sexualidade é uma dimensão da existência, que não tem idade[...] e esquecendo-se também de que a criança elabora suas próprias teorias sexuais de acordo com suas vivências em um estilo pessoal, individual, único.
A escola reproduz esse modelo definido pela sociedade, inibindo a crianças dos seus desejos e restringindo-as a uma única possibilidade de viver a sexualidade. Com isso, a criança encara a sexualidade como algo que deve ser escondido, controlado e principalmente evitado. Assim, é necessário conhecer como significados masculinos e femininos presentes em nossa sociedade interferem ou não nas concepções de professoras e professores e na relação que devem manter com alunos e alunas.
 A cultura, o conhecimento, a educação que as crianças recebem no âmbito familiar são elementos que acompanham o trabalho do educador e possibilitam a criação de determinadas expectativas em relação aos alunos. Porém, o (a) docente deverá evitar a criação de estereótipos dentro da sala de aula que definem as meninas como comportadas, delicadas, sensíveis, vaidosas, elegantes, frágeis em contraposição os meninos serão autoritários, esportivos, viris, agressivos.
Este processo é enraizado nitidamente no ambiente familiar. É relevante saber que nem sempre essa dicotomia sexista existiu desta maneira no berço familiar. 
No séc XVII, de acordo com estudo de Nunes e Silva (2000), meninos e meninas brincavam de bonecas, balanços e cavalos de pau, não existindo uma identificação rígida com papéis sexuais e muito menos indícios de preconceito. Porém, no decorrer do processo histórico surgiram tais estereótipos sexistas que hoje são incutidos nas crianças sem ao menos os pais terem noção disso.
A partir daí, a escola se torna um local para se detectar e pensar os estereótipos sexuais, pois nela se manifesta de forma notável a diferença de comportamento entre meninos e meninas. Como pontua Robert Connell (1995, p.189 apud Louro 1997) “[...]no gênero a prática social dirige corpos[...]”, sendo assim a escola como espaço socializador tem a missão de desmistificar as questões atribuídas ao gênero. Connell evidencia ainda que o menino aprende a conduta masculina e desta forma se afastam do comportamento feminino, iniciando-se o processo de diferenciação no qual o homem é superior a mulher.
2.2 Políticas Públicas Educacionais em Gênero e Diversidade Sexual
 Nas últimas três décadas foram sancionadas novas leis e diretrizes que abarcam a temática de gênero e educação. Portanto, ressalta-se a importância desse campo investigativo, no intuito de colaborar para o conhecimento dos modos como tem sido os debates em torno das desigualdades entre homens e mulheres e a contribuição de ações governamentais na construção de um mundo mais justo e igualitário. 
 As políticas públicas apresentam-se como ferramentas governamentais de atuação em determinadas situações, apresentando-se como meio para tentar atingir a demanda social. 14785 Conforme Souza (2006), não existe uma única, nem melhor definição sobre o que seja política pública, resumindo-a da seguinte forma:
 [...] Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações (variável dependente). A formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real (SOUZA, 2006, p. 24). 
Trata-se, então, de um conjunto de programas, ações e decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou municipais) que visam garantir determinados direitos para sociedade ou determinado segmento social, cultural, étnico. Conforme Azevedo (2003, p. 38) “é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões”.
Neste sentido, Bucci diz “política pública como um conjunto de ações ou normas de iniciativas governamentais, visando à concretização de direitos.” (2002, p. 94). 
 Diante disso, consideramos a política pública, como mecanismo que deve buscar a efetivação de direitos e reduzir as desigualdades sociais, ou seja, ajudar na construção de relações igualitárias para todos. A compreensão do debate de igualdade de gênero propicia ao entendimento de que a igualdade de direitos deve considerar as diferenças entre os sexos, mas não fazer destas diferenças um motivo para continuidade das desigualdades.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A escola é uma importante instância social de transformação da sociedade, assim não pode deixar de assumir sua responsabilidade acerca da construção das identidades de gênero. Com este estudo buscamos ampliar nossos conhecimentos e estratégias com as relações de gênero na prática educativa. 
 Nos dias atuais, há uma busca muito grande por aceitação da diversidade. No entanto, apesar da sociedade está passando por mudanças, o preconceito ainda se faz presente em todos os lugares. 
A escola precisa de sensibilidade para desmistificar essa diferença entre meninos e meninas, precisa incluir e acima de tudo ensinar a inclusão.
 Não é tarefa fácil, já que essa diferença vem desde o nascimento, onde se escuta o mito da sociedade “que bom é uma menina, elas são calmas!” Não são: temos meninas e meninos, calmos e agitados independentes do sexo. A escola não deve se posicionar em estereótipos formados por gêneros. Deduzimos que o maior desafio dos educadores é se posicionar de forma neutra e conseguir implantar na comunidade escolar o pensamento que meninos e meninas se diferem sim, pelo caráter individual, cultura trazida desde a infância, comportamentos, estilos de vida, isso é único não é o gênero que determinará a forma de agir de uma pessoa. 
 Enfim, é importante salientar que a escola como transmissora e produtora do saber social tem uma grande importância na construção da cidadania, pois esta é fundamental na mudança da concepção à respeito da igualdade entre os sexos e determinante na forma como os conteúdos sociais serão absorvidos pela criança, que por sua vez representa a renovação da sociedade. A escola pode contribuir muito para que aconteça uma mudança na concepção de gênero, possibilitando a construção de novas relações entre homens e mulheres pautados em princípios de igualdade e justiça, culminando assim no desenvolvimento de uma cultura democrática e participativa.
4 REFERÊNCIAS 
CAMARGO, Ana Maria Faccioli de; RIBEIRO, Cláudia. Sexualidade(s) e Infância(s): a sexualidade como tema transversal. Campinas, SP: Moderna, 1999.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade, educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
NUNES, César; SILVA, Edna. A educação sexualda criança: polêmicas do nosso tempo.Campinas, SP: Autores associados, 2000.
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, a. 8, n. 16, p. 20-45, jul/dez 2006. 
SOUSA, Lúcia Aulete Búrigo, GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas de Educação, 27 a 29 de maio de 2014, p. 7.

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