NAP Rosemeire Peres I VD1

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Profa. Rosemeire Peres
Neuroaprendizagem e Atuação Psicopedagógica 
Unidade I
VD1
As neurociências, nos últimos dez anos têm intensificado as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro, principalmente, quanto aos princípios de como ELE aprende.
A psicopedagogia, em parceria com as neurociências, tem caminhado com o propósito de integrar as novas descobertas cerebrais com relação à Neuroaprendizagem, com intuito de aperfeiçoar suas práticas quanto ao foco de seu interesse: as dificuldades de aprendizagens.
NEUROAPRENDIZAGEM É O SEGMENTO DAS NEUROCIÊNCIAS QUE TRATA DA FORMA COMO O CÉREBRO APRENDE. (CLARO, 2017, p. 13)
Por que neuroaprendizagem na psicopedagogia? 
Foco ampliado do contexto psicopedagógico
O contexto psicopedagógico, tendo a aprendizagem como objeto de sua pesquisa constante, deve também assumir a neuroaprendizagem como foco de seu interesse, tendo em vista que: 
Os ambientes escolares necessitam de mediadores mais atuantes e conhecedores, numa abordagem interdisciplinar, de como se dá o processo da aprendizagem cognitiva, emocional e social organizado pelo principal órgão, norteador da vida, que é o cérebro. 
 (RELVAS, 2012, p.15) 
 
 
O cérebro, estrutura central do SNC, é o responsável pela aprendizagem do educando considerado assim como um “sujeito cerebral”, que necessita de um mediador para aprender. 
Segundo RELVAS (2012, p. 59) ensinar a um “sujeito cerebral” envolve uma habilidade nova implicando maximizar o potencial de funcionamento desse cérebro (...) em planejar (...) desafios e atividades que estimulem (...) a capacidade de aprender.
O cérebro é entendido como um órgão social que pode ser modificado pela prática pedagógica. (Ibidem, 2012, p.15)
Significado e implicações da neuroaprendizagem com a educação
As funções do cérebro, quanto à sua complexidade, são proporcionais às suas responsabilidades, que envolvem as informações vindas do próprio organismo quanto do meio ambiente, VIA NEURÔNIOS.
Sobre algumas funções do cérebro
 O cérebro é o centro de controle do movimento, sono, fome, sede e quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência. Emoções, como amor, ódio, medo, ira, alegria e tristeza, também são controladas por esse órgão, que ainda recebe e interpreta os inúmeros sinais enviados pelo organismo e pelo ambiente. (LENT, 2004, p. 17)
A responsabilidade do cérebro é captar informações que chegam, via neurônios, processá-las e transformá-las em ações necessárias.
O número de neurônios em cada área do cérebro varia significativamente. No cerebelo há 69 bilhões; no cérebro há 16 bilhões de neurônios. Lembrando que outras células existem, além dos neurônios. 
 
Responsabilidades e formação cerebral
 O cérebro, a localização e quantidade de neurônios 
 
Descobertas das neurociências confirmam a capacidade adaptativa do cérebro.
Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem de se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em virtude das necessidades e dos fatores do meio ambiente. (RELVAS, 2012, p. 119) 
Portanto, a neuroaprendizagem acontece a partir do caminho percorrido do processo de aprendizagem cognitiva, emocional e social organizado pelo cérebro do aluno, a MEDIAÇÃO daqueles que fazem parte do contexto em que o educando 
 vive. 
 
 
A neuroaprendizagem e a plasticidade cerebral
 
A prática psicopedagógica evidencia-se como importante quando o professor realiza atividades criativas e provocativas para o cérebro dos seus alunos.
A neuroplasticidade permite que os seres humanos aprendam novas habilidades e se recuperem de lesões do SNC ao reorganizar redes neurais em resposta a estímulos ambientais. O entendimento dos mecanismos relacionados à reorganização neural fornece uma base para o desenvolvimento de melhores estratégias de aprendizagem e intervenção. (SAMPAIO, 2019, p.86)
Esforços são necessários para compreender como se aprende, tendo como principal processo a inter-relação do sistema nervoso, as funções cerebrais, as funções mentais e o ambiente. (RELVAS, 2012, p.35)
 A prática psicopedagógica na neuroplasticidade
Enquanto a neurociência constitui-se como ciência do cérebro, a educação configura-se como ciência do ensino e aprendizagem. Apresentam relação de proximidade na medida em que o cérebro tem significância no processo de aprendizagem do indivíduo. (RUSSO, 2015, p. 19).
Portanto, conhecer o cérebro na Psicopedagogia torna-se imperativo. 
A proximidade entre o cérebro e o processo de aprendizagem legitima a neuroaprendizagem, vinculada às neurociências.
 
 
  Subsídios das neurociências
As neurociências estudam os neurônios, suas moléculas constituintes, os órgãos do sistema nervoso e suas funções específicas, e também as funções cognitivas e o comportamento, resultantes dessas estruturas. (COSENZA e GUERRA, 2011 , p.142)
Para entender como o cérebro aprende é necessário conhecer a estrutura do neurônio e a forma como ele realiza o seu papel quanto à comunicação entre as células. 
Os neurônios conduzem para o cérebro as informações do corpo e do meio externo. 
A neuroaprendizagem só acontece na presença de neurônios. Portanto, entender essa estrutura é ter a consciência da importância do papel mediador na prática psicopedagógica. 
A base funcional da neuroaprendizagem
De que forma incluir os estudos sobre o cérebro, enquanto fundamento da neuroaprendizagem, possibilita uma prática psicopedagógica potencializadora do desenvolvimento da aprendizagem do aluno?
 
Questão para reflexão
Livro-texto: Contexto histórico da neuroaprendizagem; 1.1 Subsídios das neurociências; 1.2 Base funcional da neuroaprendizagem.
Artigo: CHEDID, K. A. K. Psicopedagogia, educação e neurociências. Rev. psicopedag.,  São Paulo,  v. 24, n. 75, p. 298-300,   2007.  Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862007000300009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 12  set. 2019.
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