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América Inglesa
Era a região dos Estados Unidos onde foram estabelecidas colônias de povoamento da Inglaterra.
O processo tardio de colonização, a natureza espontânea da ocupação dos territórios e as características do litoral norte-americano como pontos fundamentais na compreensão da colonização inglesa.
A América Inglesa contava com regiões relativamente autônomas e foi habitada em razão dos conflitos que aconteciam na Inglaterra por causa das disputas do comércio com o Oriente.
Os motivos que levaram a ingleses a buscar uma nova vida no Novo Mundo foram, os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a reforma anglicana (A reforma anglicana representou uma ruptura muito mais política do que religiosa. A doutrina e os ritos anglicanos são muito parecidos aos do catolicismo, além da hierarquia do clero ser mantida. Por ter semelhanças com a Igreja Católica), 
No governo da rainha Elizabeth I (1558 – 1603), a Inglaterra ingressou na economia mercantilista ao investir na construção de novas embarcações e no comércio marítimo. Nesse contexto, a pirataria se tornou uma importante fonte de lucros sustentada no assalto de navios espanhóis que saíam do Caribe com destino à Europa. 
Nesse mesmo período tentaram empreender a colonização de região norte-americana com a organização de três expedições comandadas por Walter Raleigh.
A intensificação do processo colonizador se daria apenas na metade final do século XVII. Comerciantes ingleses em conjunto com o Estado passaram a formar companhias de comércio marítimo, destacando-se a Companhia das Índias Orientais, o que intensificou os contatos com as terras americanas. Outro estímulo da Coroa inglesa foi dado às ações de pirataria nas águas do Atlântico.
Um grande impulso a esse comércio foi conseguido com a aprovação, em 1651, dos Atos de Navegação, que estipulavam que poderiam desembarcar nos portos ingleses apenas as mercadorias dos navios britânicos ou da nacionalidade de origem das mercadorias.
O insucesso dessas primeiras expedições só foi revertido com a criação da colônia de Virgínia, em 1607, nome dado em homenagem à rainha Elisabeth I, que era solteira. Depois disso, o processo de colonização britânico ganhou força com a política de cerceamentos (consistiu em uma crescente ação de privatização de terras que eram de uso comum dos camponeses, através do cercamento desses locais realizado por poderosos senhores locais), que expulsou os pequenos agricultores de suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Na colônia da Virgínia, os ingleses investiram na produção do tabaco, que era um produto altamente lucrativo no mercado europeu
No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra.
Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Haviam três grandes regiões, com características diversas.
Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor.
Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de plantations estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África.
Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica
A América Inglesa teve treze colônias, dividas em Colônias do Norte, Colônias do Centro e Colônias do Sul. Eram elas:
1. Carolina do Norte
2. Carolina do Sul
3. Connecticut
4. Delaware
5. Geórgia
6. Rhode Island
7. Massachusetts
8. Maryland
9. New Hampshire
10. Nova York
11. Nova Jérsei
12. Pensilvânia
13. Virgínia
As colônias eram administradas por governadores nomeados pelo rei inglês. Os governadores recebiam assessoria de uma assembleia eleita por colonos que ficava responsável pelo recolhimento de tributos. Desde o início, as colônias inglesas na América tiveram autonomia política e administrativa, se comparadas ao modelo espanhol e português.
Isso acabou gerando uma consciência nos colonos de que eles não precisavam da Inglaterra para se desenvolverem. Dois séculos mais tarde, este pensamento seria o indutor do processo de Independência.

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