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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA CURSO MBA GESTÃO EMPRESARIAL
DIEGO ANTONIO BARON DE VARGAS
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Trabalho apresentado para a conclusão do 
Curso de Mba Gestão Empresarial do Centro Universitário Estácio de Santa Catarina.
Orientador: Prof. M.Sc. Antônio Bonanomi Neto
SÃO JOSÉ, 2016/2
Sustentabilidade Empresarial: Praticas Sustentáveis no ambiente corporativo
Diego Antônio Baron de Vargas[footnoteRef:1] [1: Diego Antonio Baron de Vargas, Acadêmico do Curso de ........ da Faculdade Estacio de Sa.diegobaron006@gmail.com.] 
RESUMO: Percebe-se atualmente um enorme crescimento sobre os assuntos e ações voltados a reflexoes sobre a sustentabilidade empresarial, destacando a importância e a necessidade da preservação do meio ambiente. O cenário atual passou a exigir uma mudança de paradigma tanto dos cidadãos quanto das organizações, sendo necessário reinventar os modelos de produção e consumo adotados pelo ser humano. Assim, surgem novas formas de organização, como a sustentabilidade empresarial. A pesquisa procurou evidenciar as oportunidades que a sustentabilidade empresarial oferece para as empresas e seus negócios. O presente trabalho tem como objetivo uma análise mais aprofundada sobre o tema visando uma maior compreensão e divulgação de como as organizações estão se posicionando frente ao desenvolvimento sustentável, destacando os benefícios ao meio ambiente através de casos reais sobre a importância da sustentabilidade nas empresas, bem como seus resultados em relação a competitividade e lucros das organizações. Realizou-se uma ampla pesquisa bibliográfica em revistas, artigos de periódicos, livros e artigos de congressos acadêmicos, tendo como referência a sustentabilidade das organizações, nas quais a satisfação das necessidades atuais de produção e consumo não comprometem o meio ambiente e as gerações futuras.
 
PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade. Desenvolvimento sustentável. Organizações. Meio Ambiente.
1.INTRODUÇÃO 
No cenário atual, o desenvolvimento sustentável vem sendo cada vez mais evidenciado, sendo um assunto bastante discutido e priorizado pelas organizações, onde todas concordam quanto a necessidade da redução da poluição ambiental, além de minimizar os desperdícios e reduzir os índices de pobreza e desigualdade social. Assim, a preocupação com a sustentabilidade faz com que as empresas passem a buscar práticas mais responsáveis de negócios e eficientes em termos econômicos.
De acordo com Barbiere et al (2010), as ações de uma gestão voltadas a Sustentabilidade Empresarial estão diretamente relacionadas com a competitividade do mercado atual, sendo necessário, por parte das organizações ressignificar suas práticas e investir em novas práticas organizacionais. 
Ainda segundo o autor, as constantes pesquisas sobre o tema sustentabilidade que apontam sua necessidade para a sociedade se fazem necessárias para as indústrias, uma vez que buscam integrar os três pilares de estratégia, os quais contemplam as dimensões econômica, social e ambiental, mostrando-se como um desafio para as empresas encontrar uma gestão que atenda a todos esses pilares, na qual deve aproximar às expectativas das organizações sem deixar de considerar os aspectos econômicos e socioambientais .
Assim , destaca-se nesta pesquisa os incentivos a novas tecnologias que empresas nacionais e internacionais vêm efetuando atualmente no conceito de sustentabilidade, demonstrando o impacto tanto financeiro quanto competitivo das empresas e os benefícios ao meio ambiente.
Justifica-se a importancia deste assunto, uma vez que esta tematica vem sendo bastante valorizada no mercado atual, sendo necessario demonstrar os benefícios e a importância do desenvolvimento sustentável na indústria para a preservação do meio ambiente, destacando as ações que as organizações vem realizando, nas quais visam à redução de impactos ambientais .
 1. SUSTENTABILIDADE 
Sustentabilidade é a capacidade de se auto-sustentar, de se auto-manter. Uma atividade sustentável qualquer é aquela que pode ser mantida por um longo período indeterminado de tempo, ou seja, para sempre, de forma a não se esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem vir a ocorrer durante este período. Pode-se ampliar o conceito de sustentabilidade, em se tratando de uma sociedade sustentável, que não coloca em risco os recursos naturais como o ar, a água, o solo e a vida vegetal e animal dos quais a vida (da sociedade) depende (PHILIPPI, 2001, p.209). 
Ou seja, é um conjunto de ações que uma empresa na qual visa o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. No entanto, para que esta seja de fato considerada sustentável ambientalmente e socialmente, deve adotar atitudes éticas, além de práticas que permitam seu crescimento econômico sem prejudicar o meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Podemos consolidar o conceito de desenvolvimento sustentável como sendo também: “o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades” (PINTO et al., 2011,p. 26 ).
 Segundo Barbieri e Cajazeira (2009), uma empresa sustentável é aquela que busca incorporar os conceitos e objetivos relacionando-os com o desenvolvimento sustentável em suas políticas e práticas de maneira consistente. Tem como objetivo contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento sustentável, onde ao incorporar esses objetivos, a empresa passa a desenvolver estratégias e atividades que atendam às necessidades das empresas atuais, valorizando e preservando os recursos que serão necessários futuramente.
1.1 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Neste contexto de preservação ambiental e sustentabiliade empresarial surgem os chamados indicadores de desenvolvimento sustentável, que possuem o objetivo de avaliar, medir e estabelecer padrões para uma análise do desenvolvimento sustentável na esfera ambiental, econômica e social, como meio de proporcionar uma base sólida para a tomada de decisão em todos os níveis e contribuir para a auto-adaptação dos sistemas adotados para o desenvolvimento sustentável (PINTO et al., 2011). 
Esses indicadores analisam a eficiência da organização em relação aos desempenhos operacional e gerencial. Assim, os indicadores de desempenho operacional abrangem os aspectos ambientais da empresa como o consumo de energia, de água, de matérias-primas e insumos; emissões atmosféricas, ruídos e vibrações, lançamento de efluentes líquidos e geração de resíduos, entre outros. Já os indicadores de desempenho gerencial apresentam informações sobre à capacidade e os esforços da empresa para gerenciar treinamentos, requisitos legais, custos e compras, documentação e ações preventivas ou corretivas que influenciam o desempenho ambiental da empresa. 
O alcance da sustentabilidade implica basicamente na conservação do meio ambiente, controle do crescimento populacional, redução do consumismo e transformação do pensamento de que, se ganhando lucro individual, se obtém prejuízo coletivo (FERNANDEZ, 2005). 
O tema sustentabilidade no meio empresarial vem ganhando reconhecimento internacional, onde as organizações que contribuem para a criação de um modelo referência de desenvolvimento sustentável buscam considerar os fatores sociais, ambientais e econômicos. 
Dessa forma, a indústria passa a desempenhar importante papel para o desenvolvimento econômico, sendo fundamental e relevante no que diz respeito ao atendimento as necessidades da população, onde crescem junto com a geração de emprego. Porem vale ressaltar que tais atividades podem apresentar diversos fatores que prejudicam o meio ambiente se não administradas adequadamente. 
Laville (2009) destaca que as mudanças pelas quais as empresas passaram nos últimos anos, relacionadas à globalização e às inovações tecnológicas, foram acompanhadas pelos avanços no acesso à informações pela sociedade como um todo e pelo grande aumento no nível de conscientização dos clientes,exigindo cada vez mais dos produtos e serviços oferecidos, considerando também a imagem da empresa. 
2. IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Destaca-se a necessidade da preservaçao e respeito ao meio ambiente no meio empresarial, uma vez que a sustentabilidade empresarial permite modificar de maneira positiva a imagem das empresas junto aos consumidores. Devido ao aumento do consumismo e consequentemente dos problemas ambientais gerados por esse crescimento nas últimas décadas, os consumidores passaram a se preocupar mais e estão cada vez mais conscientes sobre a necessidade de preservar o meio ambiente. Assim, passam a buscar por produtos e serviços de empresas sustentáveis e preocupadas ambientalmente.
 	No entanto, ressalta-se que a sustentabilidade empresarial vai além de pequenas atitudes superficiais na qual visam somente o marketing, pois as práticas adotadas por uma empresa devem apresentar resultados práticos e significativos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
 Pode-se destacar algumas vantagens das práticas empresariais sustentáveis:
- Melhor imagem da empresa para aos consumidores e a sociedade.
 - Redução de custos de produção, gerando economia para a empresa. Ou seja, por meio de ações como a reciclagem, reutilização da água, reaproveitamento de matéria-prima e economia de energia elétrica consegue-se reduzir o consumo e consequentemente as despesas.
 	- Contribuir para a preservação das condições ambientais do planeta, uma vez que todos os empresarios possuem uma familia que dependem de suas ações para viver num mundo futuramente melhor ou pior, depende de suas atitudes na atualidade.
- Satisfação de seus colaboradores. Devido a consciência ambiental muitos funcionários sentem uma maior satisfação em fazer parte e trabalhar em empresas sustentáveis.
 	- Reconhecimento e valorização das ações nas bolsas de valores. É crescente o número de investidores que tem procurado investir suas ações em empresas sustentáveis socialmente e ambientalmente.
A literatura apresenta diferentes razões para que as organizações busquem a sua sustentabilidade empresarial. Destaca-se nesse sentido, os quatro conjuntos de motivadores, desenvolvidos por Hart e Milstein (2003) os quais auxiliam as empresas a identificar estratégias e desenvolver práticas que contribuem para um mundo mais sustentável e, simultaneamente, visando ainda a geração de valores para a empresa. 
 
Figura 1 - Modelo de valor sustentavel (HART,S. E MILSTEIN, M., 2003, p.7)
Os autores destacam a crescente industrialização e suas conseqüências tais como consumo de matérias-primas, poluição e geração de resíduos – pois ao mesmo tempo em que a industrialização produz enormes benefícios econômicos, ela também gera enormes quantidade de poluentes, consumindo matérias-primas, recursos, combustíveis fósseis de maneira crescente. A eficiência de recursos e a prevenção de poluição são, dessa forma, cruciais para o desenvolvimento sustentável;
Ressalta ainda interligação dos stakeholders[footnoteRef:2] com a sociedade, organizações não governamentais (ONGs) e demais grupos da sociedade civil vem assumindo o papel de monitores dos padrões sociais e ambientais, atuando na construção de uma consciência voltada para sustentabilidade ao mesmo tempo em que denunciam e alertam toda a sociedade sobre empresas que agridem o meio ambiente; [2: Segundo ABNT (2004), stakeholders são definidos como qualquer pessoa ou grupo que tem interesse ou possa ser afetado pelas ações de uma organização. Por exemplo, Público interno, fornecedor, consumidor, cliente, instituição pública, comunidade, proprietários, banqueiros, sindicatos, órgãos governamentais, entre outros. 
 ] 
Apontam também o surgimento de tecnologias emergentes, como genoma, biomimética, nanotecnologia, tecnologia da informação e energia renovável que consistem em soluções poderosas e revolucionárias que podem tornar obsoletas.
E por fim, demonstram o avanço das preocupações atuais rumo ao futuro, no qual torna-se fundamental mobilizar esforços para o desenvolvimento sustentável no qual considerem o crescimento e sua trajetória de atuação, levando em conta as necessidades não satisfeitas. Tais motivadores referem-se a aspectos sociais como pobreza, desigualdade, em que o crescimento esta relacionado à trajetória que vem sendo traçada ao longo dos anos pela sociedade.
Sao práticas sustentáveis nas empresas:
- Reaproveitamento de água e sistemas de tratamento da água.
- Uso consciente da água e energia elétrica. 
- Reciclagem do lixo.
- Reutilização da matéria-prima.
- Ações e projetos educacionais e culturais que visem a preservação do meio ambiente na comunidade.
- Utilização de materiais recicláveis para a confecção de embalagens dos produtos.
- Utilização de sacolas biodegradáveis, como em supermercados, por exemplo.
- Uso de filtros que diminuem os poluentes emitidos pelas indústrias.
- Não descartar esgoto ou qualquer outro resíduo químico em rios ou lagos.
- Não poluir os solos
- Não utilizar o trabalho infantil, forçado ou escravo.
- Respeitar todas as leis ambientais do país.
- Utilização de fontes de energia limpa e renovável nos processos de produção, sempre que possível.
- Evitar qualquer forma de discriminação ao selecionar seus funcionários, respeitando sempre os princípios de igualdade de direitos no processo seletivo.
- Respeitar às leis trabalhistas do país, garantindo todos os direitos dos trabalhadores.
- Utilização de práticas de produção que visem a total segurança no trabalho.
- Não colocar em risco a saúde e a segurança física ou psicológica dos consumidores.
  
3. ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Foi a partir da década de 90 que a sustentabilidade empresarial começou a ganhar força, onde começaram a ser criadas várias entidades voltadas para o tema. Em 1992, criou-se o WBCSD – World Business Council for Sustainable Development, e em 1997, teve-se a fundação do CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e, no ano de 1998, a fundação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. 	
 Buscando incentivar as empresas a desenvolverem ações voltadas a sustentabilidade, foram criados os Índices de Sustentabilidade .Foi criado em 2005 no Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e uma carteira de ações de empresas que atendem, anualmente, as exigências do questionário desenvolvido pela BOVESPA que é apresentado todos os anos desde então. 
É cada vez maior o interesse das empresas em adotar práticas sustentáveis em seus processos , pois acreditam que tais ações podem trazer ganhos enormes para a empresa futuramente.
Assim, com toda essa preocupação com a sustentabilidade empresarial, criaram-se esses indices que avaliam a valorização das ações de empresas que investem em responsabilidade social e ambiental, as quais podemos destacar a criação, em 1999, nos EUA, o Dow Jones Sustainability Index (DJSI – Índice de Sustentabilidade Dow Jones), primeiro índice a avaliar o desempenho financeiro das empresas líderes em sustentabilidade. 	
Talvez por medo de maiores perdas nos acidentes ambientais ou reputaçao social , algumas empresas sao levadas a atender as normas de regulação ambiental. No entanto, é grande o numero de organizações que vem adotando práticas voltadas a sustentabilidade , passando uma imagem de uma empresa ambientalmente preocupada. Dessa forma, são recompensadas no mercado por tomarem estas medidas, principalmente por meio da redução de seu custo de capital. Visando valorizar as ações destas empresas é que criou-se os índices de sustentabilidade em diversos países . 
 Os estudos apontam que a sustentabilidade vem sendo tratada como ponto fundamental para a sobrevivência das organizações. Há algum tempo atrás houve um crescimento dos investidores pela procura por empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos, denominados “investimentos socialmente responsáveis” (SRI). Consideramque as empresas sustentáveis conseguem gerar valor a longo prazo, uma vez que estão preparadas para enfrentar os riscos tanto econômicos, como sociais e ambientais. 
Coral apresenta um modelo de sustentabilidade a ser aplicado pelas empresas (Figura 3).
Figura 2: Modelo de sustentabilidade empresarial CORaL, (2002, p. 129.)
O tripé da sustentabilidade apresentado pela autora tornou-se amplamente conhecido entre as empresas e os pesquisadores, sendo uma ferramenta útil , pois ilustram a necessidade de uma visão mais ampla. Vale ressaltar que questões sociais e ambientais nao podem ser tratadas separadamente. 
Assim, quando uma organização torna-se ecologicamente sustentável, atuará também de forma socialmente responsável, atendendo os interesses de todos os envolvidos direta ou indiretamente por suas atividades.
4. ECOEFICIÊNCIA
 
Uma outra forma de conseguir a efetivação da sustentabilidade empresarial pode ser por meio da ecoeficiência. Ser ecoeficiente é desenvolver bens e serviços que atendam as necessidades dos consumidores causando menores impactos ecológicos, alem de poderem ser absorvidos pela natureza. 
A ecoeficiência atingi-se através da oferta de bens e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que, pelo menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta Terra. (WBCSD apud, RICCO e ZAMBON, 2000, p.15): 
 
São diversas as oportunidades para que as empresas tornem-se ecoeficientes. Reorientação dos processos, revalorização dos subprodutos e a recolocação nos mercados podem apresentar um novo posicionamento estratégico, uma nova orientação mercadológica e também uma oportunidade para novos negócios (WBCSD apud RICCO e ZAMBON, 2000, p.16). 
No entanto, ser uma empresas ecoeficientes implica em uma nova postura , onde seus processos devem estar voltados para a conservação dos ecossistemas, exigindo constantes inovações mudanças. Nesse sentido, Almeida (2002, p.82) afirma que: 
[...] Cabe às empresas, de qualquer porte, mobilizar sua capacidade de empreender e de criar para descobrir novas formas de produzir bens e serviços que gerem mais qualidade de vida para mais gente, com menos quantidade de recursos naturais. [...] A inovação, no caso, não é apenas tecnológica, mas também econômica, social, institucional e política [...].
Acredita-se que futuramente a ecoeficiência passe a ser condição para que as empresas consigam sobreviver no mercado que, além da competitividade encontram-se cada vez mais conscientes e altamente sustentáveis.
 Assim, se faz necessário a mudança de paradigmas e novas estratégias empresariais, visando conciliar o crescimento econômico com desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente. 
Para tanto, as oportunidades geradas através da ecoeficiência torna-se uma grande vitrine para o desenvolvimento dos mercados nas próximas décadas, onde caberá aos empresarios aproveitar esta situação, transformando os problemas sociais e ambientais em negócios rentáveis e sustentáveis. 
5. O RETORNO FINANCEIRO DAS AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 
A pesquisa apontou algumas evidências de que as ações de sustentabilidade empresarial conseguem gerar inúmeros retornos para as empresas, os quais pode-se destacar: imagem, vendas, produtividade e satisfaçao dos funcionários e lucratividade, onde obtem-se vantagens através de atitudes e processos empresariais sustentáveis. 
Porem, vale ressaltar que, apesar de todas estes beneficios, nem todas as empresas adotam este tipo de prática , pois demanda de grandes investimentos em alguns casos ou, até mesmo pela cultura organizacional existente que dificulta e resistem as mudanças. 
Recentemente uma reportagem na Revista Exame apresentou as 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2016, das quais duas companhias brasileiras integram a nova edição do The Global 100: a Natura (61ª) e o Banco do Brasil (75ª).
A Corporate Knights divulgou a sua tradicional lista The Global 100, na qual contempla as empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa.
O levantamento criado em 2005 apresenta anualmente durante o Fórum Econômico Mundial as 100 melhores empresas sustentáveis de todos os setores com base em 12 indicadores principais: São eles energia: emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos, segurança do trabalho, percentual de mulheres na gestão e o chamado “bônus por desempenho”.
 	Acredita-se que este último está de alguma forma, atrelada ao desempenho de sustentabilidade empresarial, como uma bonificação que auxilia os executivos a estimular suas práticas.
A lider da lista de 2016 é a BMW, destacando-se de maneira notável nas áreas de energia, resíduos e redução no uso de água, além de uma nota máxima em “bônus por desempenho”. 
Vale destacar porém, a empresa Natura , uma empresa de cosméticos comprometida com a sustentabilidade desde sua criação em 1969.Líder na fabricação de cosméticos com matérias-primas vindas de fontes renováveis que tem seu cultivo, extração e processamento feitos dentro das regras de sustentabilidade.
Terra (2009) destaca que a Natura, uma das poucas empresas brasileiras que compõe o ranking, pode ser considerada uma das marcas nacionais com fortes características de sustentabilidade e que não foram adotadas atualmente. A empresa nasceu com esta filosofia de trabalho, na qual a sustenta até os dias atuais. Desde 1950 a Natura é uma empresa responsável e projetada a longo prazo por seus fundadores, a qual explica o sucesso de sua marca nos dias de hoje.
Ainda de acordo com o autor:
O marketing da Natura já estava sendo trabalhado nos anos 50 quando as informações sobre empresas e produtos eram praticamente indisponíveis para o consumidor, ou quando estes não tinham muitas ferramentas de acesso. Mesmo assim, a Natura investia muito em seu aspecto técnico para se diferenciar em um mercado pouco explorado até então. Duas décadas depois a empresa iniciava uma nova abordagem baseada em emoção e que começou a criar vínculo com os consumidores. (TERRA apud DINIZ, 2010, p.6)
Hoje, percebe-se que a empresa continua engajada nas causas envolvendo a sustentabilidade como poucas empresas do Brasil, pois percebe que os consumidores estão cada vez mais preocupados não somente com o meio ambiente, mais com o futuro de seus filhos, das gerações futuras. 
 Empresas como a Natura nos passam a certeza de que o produto que estamos consumindo são sustentáveis e contribuem para o bem-estar do meio ambiente, onde passam a incentivar a população a consumí-los e a consequentemente aumentar a sua produção, mantendo é claro, a mesma linha de conduta.
 	Esses produtos são uma forma de reduzir os impactos ambientais causados pela má utilização das matérias-primas e o descaso com a produção do lixo e o destino que será dado a ele.
Com essa redução certamente teremos uma natureza mais sadia, ar puro e águas mais limpas, além de recursos naturais até pouco tempo considerados inesgotáveis e hoje encontrados em risco que são essenciais à nossa vida. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho nos permitiu uma maior reflexão e análise sobre a importância da sustentabilidade empresarial, bem como a conclusão de que questões sociais e ambientais não podem ser tratadas separadamente.
 	Sabe-se que obter o maior lucro possível é o principal objetivo das empresas, porém, com as mudanças no cenário atual, em relação aos problemas ocasionados ao meio ambiente, as empresas passam a ter que se adequar a essa responsabilidade; onde comprovados os ganhos e a competitividade, as indústrias começam a incentivar projetos e processos com produtos voltados ao desenvolvimento sustentável pelo ganho econômico, sociale ambiental.
 	O ISE é um índice que tem o objetivo de fornecer um selo que garante à empresa que a mesma possui os critérios de sustentabilidade estabelecidos pela BOVESPA. O resultado apresentado mostra que investimentos socialmente responsáveis das empresas tem se mostrado bastante favoráveis, gerando vantagens e retorno financeiro proporcionado pelo ISE. Estas organizações apresentam melhor reputação, conseguindo melhor valor no mercado, alcançando melhores resultados aos seus acionistas, pois estão mais preparadas para enfrentar os riscos econômicos, sociais e ambientais.
Pode-se concluir que o trabalho em questão oportunizou evidenciar que uma organizaçao sustentável é aquela que incorpora em suas atividades os conceitos relacionados com o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social em suas políticas, utilizando estratégias e práticas de modo consistente. 
As discussões sobre o desenvolvimento sustentável do mundo está cada vez mais presente no dia-a-dia e, no sentido de refletir sobre o tema e, principalmente sobre a sustentabilidade no meio corporativo é que esta pesquisa foi realizada. 
Para que o desenvolvimento do paradigma da sustentabilidade ocorra de fato, deve existir uma ação conjunta e coordenada dos cidadãos, empresas e governos. Os investimentos em sustentabilidade oferecem inúmeras vantagens para as empresas, onde pôde-se constatar que todas as práticas sustentáveis proporcionam uma série de retornos para a empresa.
Assim, conclui-se que através de ações inovadoras voltados a sustentabilidade podem ser criadas novas oportunidade para novos negócios, alem de contribuir para o crescimento da empresa. Por fim, pode-se verificar que as empresas estão encontrando em seus segmentos um mercado altamente competitivo, onde buscam destacar-se ao dirigir seus esforços ao reduzir os desperdícios, melhorar os produtos e aprimorar seus processos, destacando-se no atual mercado competitivo.
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Fernando. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 
BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2009. 
BARBIERI, J. C. et al. Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e Proposições. Revista RAE, FGV, 2010. 
. 
BOVESPA. Índice de Sustentabilidade Empresarial: o que a bolsa tem a ver com sustentabilidade? Disponível em: < http://www.bovespa. com.br/pdf/Indices/ResumoISENovo.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2017.
CORAL, Elisa. Modelo de planejamento estratégico para a sustentabilidade empresarial. 2002. 282f. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, 2002.
DINIZ, Aline. Empresas Sustentáveis.Disponivel em: http://www.administradores.com.br/produca.o-academica/empresas-sustentaveis/360. Acesso em: 22 jan 2017.
FERNANDEZ, F. Aprendendo a lição de Chapo Canyon: do desenvolvimento a uma vida sustentável. Revista Reflexão, São Paulo, v. 6, n. 15, p. 13-19, 2005. 
HART; Stuart L; MILSTEIN, Mark B. Criando valor sustentável. RAE Executivo, v. 3, n. 2, p. 65 – 79, mai./jul. 2003.
LAVILLE, E. A empresa verde. 1. ed. São Paulo: OTE, 2009.
PINTO, B. D. L. et al. Indicadores de desenvolvimento sustentável para caracterização de melhoria contínua em processos de certificação ambiental. Meio Ambiente Industrial, São Paulo, ed. 92, ano XVI, p. 18-28, 2011.
 
PHILIPPI, Luiz Sérgio. A Construção do Desenvolvimento Sustentável. In.: LEITE, Ana Lúcia Tostes de Aquino; MININNI-MEDINA, Naná. Educação Ambiental (Curso básico à distância) Questões Ambientais – Conceitos, História, Problemas e Alternativa. 2. ed, v. 5. Brasília:Ministério do Meio Ambiente, 2001.
WORLD BUSINESS COUNCIL FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT (WBCSD). Disponível em http://www.wbcsd.org. Acesso em 19 jan.2017.
ZAMBON, Bruno Pagotto.RICCO, Adriana Sartório. Sustentabilidade Empresarial: Uma oportunidade para novos negócios. Disponivel em: http://portal.ifrn.edu.br/pesquisa/editora/livros-em-pdf/sustentabilidade-empresarial-praticas-em-cadeias-produtivas. Acesso em 20 jan 2017.
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