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ELETROCARDIOGRAMA Andréa S. B. Ceccatto Estágio Profissional em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória O que é? Registro do funcionamento da atividade elétrica cardíaca. Papel de Registro 0,04 seg. 1 mm Registro no ECG Repouso Interior das células NEGATIVO REPOLARIZAÇÃO Contração Interior das células POSITIVO DESPOLARIZAÇÃO Ondas Sistema de Condução Nó SinoAtrial (SA) Nó AtrioVentricular (AV) 1/10 seg Feixe de His R. D. R. E. Fibras de Purkinje Derivações ECG Padrão (Standard) 6 Periféricas: DI, DII, DIII, AVR, AVF, AVL Braço Esquerdo Braço Direito Perna Esquerda TRIANGULO DE EINTHOVEN DI DII DIII AVR AVL AVF Plano Frontal - + + + - - Derivações ECG Padrão (Standard) 6 Precordiais: V1, V2, V3, V4, V5 e V6 Plano Horizontal Ponto de união de todos os vetores: Nó AV V1 e V2: Lado Direito do Coração V3 e V4: Septo Interventricular V5 e V6: Lado Esquerdo do Coração Leitura do ECG O que olhar??? Frequência Ritmo Eixo Hipertrofia Infarto Frequência Nó SinoAtrial (60 – 100 bpm) FOCOS ECTÓPICOS Auricular AtrioVentricular Ventricular 75 bpm 60 bpm 30 – 40 bpm Em Situações Patológicas: FC de 150-250 bpm (Frequência de Urgência) Frequência TAQUICARDIA BRADICARDIA FC > 100 bpm FC < 60 bpm Com ritmo NORMAL (Fornecido pelo Nó SinoAtrial) Ritmo Arritmia Interrupção da regularidade no ritmo normal do coração. Arritmia Ritmo Rápido Ritmo Variável Bloqueios Cardíacos Bat. Suplementares e Pausas Arritmia Sinusal Marca-passo Migratório Fibrilação Ventricular Extra Sístoles Bat. de Escape Parada Sinusal Taquicardia Paroxística Flutter Auricular Flutter Ventricular Fibrilação Auricular Fibrilação Ventricular Bloqueio SA Bloqueio AV Bloqueio de Ramo Auricular Nodal Ventricular Parassístole ESV sobre Onda T Auricular Nodal Ventricular Ritmo Variável Arritmia Sinusal Nó SA Todas as ondas P normal R-R’ irregular Marca-passo Migratório Diferentes Focos Auriculares Todas as ondas P formas variáveis R-R’ irregular Ritmo Variável Fibrilação Auricular Focos Auriculares múltiplos (Simultâneos) Ausência de ondas P verdadeiras Nem todos os impulsos atravessam o nó AV R-R’ irregular Ritmo Variável Bat. Suplementares e Pausas Extra Sístole Batimentos Prematuros Focos Ectópicos Ondas Normais ou Bizarras Extra Sístole Auricular Foco ectópico auricular Onda P anormal prematura Despolarização ventricular prematura Bat. Suplementares e Pausas Extra Sístole Nodal Foco ectópico nodal (nódulo AV) Despolarização ventricular prematura Ausência de onda P ou onda P invertida (Condução Retrógrada) Bat. Suplementares e Pausas Extra Sístole Ventricular Foco ectópico ventricular Despolarização ventricular prematura QRS alargado (impulso não passa pelo Feixe de His) Deflexões maiores (despolarização dos ventrículos não ocorrem simultaneamente) Pausa Compensatória Bat. Suplementares e Pausas Bat. Suplementares e Pausas Bigeminismo: 1 bat. Normal + 1 ESV Mais de 6 ESV em 1 minuto Patológico Bat. Suplementares e Pausas Trigeminismo: 2 bat. Normais + 1 ESV Bat. Suplementares e Pausas Quadrigeminismo: 3 bat. Normais + 1 ESV Bat. Suplementares e Pausas Salva: descargas rápidas e repetidas de um foco ectópico Mais que 4 salvas sucessivas Taquicardia Ventricular Bat. Suplementares e Pausas Parassístole Ritmo duplo = Foco supraventricular + Foco ventricular Bat. Normais + Extra Sístole Bat. Suplementares e Pausas E. S. V. sobre onda T Período vulnerável Pode fazer com que um foco ectópico comece a disparar repetidamente Bat. Suplementares e Pausas Batimentos de Escape Descarga de foco ectópico quando há uma pausa do marcapasso normal (nó SA) por mais de 2 ciclos Bat. Suplementares e Pausas Batimento de Escape Auricular Foco ectópico auricular (Onda P diferenciada) Despolarização ventricular normal (QRS normal) Bat. Suplementares e Pausas Batimento de Escape Nodal Foco ectópico nodal (nó AV) Ausência de onda P e QRS normal Bat. Suplementares e Pausas Batimento de Escape Ventricular Foco ectópico ventricular Ausência de onda P e QRS alargado Assemelha-se a uma E.S.V. Bat. Suplementares e Pausas Parada Sinusal Falha súbita do marcapasso sinusal Após a pausa, nova área do próprio marcapasso sinusal assume o ritmo, mas não acompanha a frequência precedente Bat. Suplementares e Pausas Bloqueio de Saída Sinusal Não há atividade auricular por bloqueio ou inexistência do nódulo SA Foco Ectópico Bradicardia Ausência de onda P Ritmo Rápido Taquicardia Paroxística (Súbita) Início Súbito Marcapasso Ectópico FC: 150 – 250 bpm Ritmo Rápido Taquicardia Auricular Paroxística (TAP) Foco ectópico auricular (Onda P diferenciada) FC: 150 – 250 bpm Impulso chega ao nó AV (QRS normal) Taquicardia Supraventricular Ritmo Rápido TAP com Bloqueio Nem todos os impulsos chegam ao nó AV (mais de uma onda P antes do QRS) Onda P pontiaguda Revela Intoxicação Digitálica Ritmo Rápido Taquicardia Nodal Paroxística Foco ectópico no nó AV (Ausência de onda P ou onda P invertida) FC: 150 – 250 bpm Taquicardia Supraventricular Ritmo Rápido Taquicardia Ventricular Paroxística Foco ectópico ventricular FC: 150 – 250 bpm QRS alargado sem onda P (assemelha-se à E.S.V.) Pode significar doença de artéria coronariana Flutter Auricular Foco auricular ectópico Várias ondas P idênticas (único foco) e não verdadeiras (por serem de origem ectópica) em sucessão rápida Freq: 250 – 350 bpm Linha de base em “dente de serra” (devido à existência de varias ondas P sucessivas) Ritmo Rápido Ritmo Rápido Flutter Ventricular Único foco ectópico ventricular Freq: 200 – 300 bpm (O sangue não tem tempo para chegar ao ventriculo de forma adequada, diminuindo o DC) Ondas SINUSÓIDES Geralmente evolui para uma Fibrilação Ventricular Ritmo Rápido Fibrilação Auricular Muitos focos auriculares ectópicos (ritmo irregular) Sem onda P (linha de base irregular) com QRS também irregular, pois os estímulos que chegam ao nódulo AV também são irregulares Ritmo Rápido Fibrilação Ventricular Muitos focos ventriculares ectópicos Não há contração efetiva dos ventrículos (Contração Vermicular) Traçado totalmente irregular Parada Cardíaca Bloqueios Cardíacos Bloqueio SA Parada por pelo menos 1 ciclo do nódulo SA Após a pausa há retomada do ritmo, pelo mesmo marca-passo (nódulo SA ) Bloqueios Cardíacos Bloqueio AV Retardo do impulso no nódulo AV, provocado uma pausa maior que a normal antes que a estimulação dos ventrículos Prolonga o intervalo P-R por mais de um quadrado grande (0,2 seg) 1° grau: P-R maior de 0,2 seg. (maior q um quadrado grande) Bloqueios Cardíacos 2° grau: Mais q 2 estímulos auriculares (onda P) para estimular resposta ventricular (QRS) e pode ser 2:1 ou 3:1 Mobitz I (Fenômeno Wenckebach) Aumento P-R Ausência QRS Mobitz II Sem aumento P-R Ausência QRS Síndrome de Stokes-Adams: perda de consciência em decorrência da diminuição do fluxo sanguíneo cerebral por diminuição das contrações ventriculares. Bloqueios Cardíacos 3° grau (Completo): nenhum dos estímulos SA estimula o nódulo AV, sendo necessário o ventrículo se estimular por si só (marcapasso ectópico) QRS normal: idionodal QRS alargado: idioventricular Dissociação AV: Frequências auricular e ventricular são independentes Bloqueios Cardíacos V1 e V2: Ramo Direito V5 e V6: Ramo Esquerdo Bloqueio de Ramos Bloqueio de um dos ramos do Feixe de His Não despolarização do ventrículo correspondente Contração ventricular não simultânea (sobreposição de QRS alargado e com duas ondas R ) B. R. D. B. R. E. Eixo Direção da Despolarização Vetor médio do QRS: Direção geral da despolarização ventricular (Origem: nódulo AV e a direção é para o VE, ou seja, para baixo, para a esquerda e para trás) O vetor pode se alterar nas seguintes situações: obesidade, hipertrofia ventricular, IAM,... Eixo Se o QRS for POSITIVO na DI, o vetor está apontado para a ESQUERDA. Se o QRS for NEGATIVO na DI, o vetor está apontado para a DIREITA. Se o QRS for POSITIVO na AVF, o vetor está apontado paraBAIXO. Se o QRS for NEGATIVO na AVF, o vetor está apontado para CIMA. Eixo Eixo Se o QRS for POSITIVO em V2, o vetor está apontado para FRENTE. Se o QRS for NEGATIVO em V2, o vetor está apontado para TRÁS. Hipertrofia Aumento da massa muscular, aumento da espessura da parede de determinada cavidade cardíaca. Hipertrofia Auricular Onda P DIFÁSICA Se a componente inicial for maior: Hipertrofia Auricular DIREITA Se a componente terminal for maior: Hipertrofia Auricular ESQUERDA V1 (Fica sobre as aurículas) Hipertrofia Ventricular Normal V1: onda S > onda R Hipertrofia Ventricular DIREITA onda R grande (V1) Hipertrofia Ventricular ESQUERDA Grandes deflexões em QRS Onda S grande (V1) Onda R grande (V5) Soma (R + S) > 35 mm Infarto Isquemia de porção do músculo cardíaco por obstrução de uma ou mais artérias coronárias O VE é o que sofre mais com a diminuição da irrigação sanguínea pois é mais espesso A área infartada não possui mais atividade elétrica Tríade Clássica Isquemia Lesão Infarto Infarto Isquemia Diminuição do aporte sanguíneo Onda T invertida (Isquemia sem infarto) V1 a V6 (pois estão mais próximas dos ventrículos) Infarto Lesão Infarto agudo ou recente Supradesnivelamento do segmento ST Infradesnivelamento do segmento ST Infarto subendocárdico Digitális Infarto subendocárdico: Não compromete toda a espessura do ventrículo Digitális: medicamentos utilizados em ICC, quando utilizados por muito tempo podem ser tóxicos * Infarto Infarto Presença de onda Q Ondas Q insignificantes Em algumas derivações são normais o aparecimento de pequenas ondas Q (DI, DII, V5 e V6) Onda Q Patológica Largura de 1 mm (1 quadradinho: 0,04 seg.) 1/3 da altura de QRS Cuidado! Em AVR a onda Q é invertida Infarto Infarto (Onda Q) ANTERIOR V1, V2, V3 e V4 LATERAL DI E AVL INFERIOR (Diafragmático) DII, DIII E AVF POSTERIOR AGUDO Onda R grande Infradesnivelamento de ST ANTERIOR AGUDO Onda Q Supradesnivelamento de ST V1 e V2 Infarto A. Coronária DIREITA A. Coronária ESQUERDA R. Cinrcunflexo R. Descendente Anterior Infarto LATERAL Infarto ANTERIOR Infarto POSTERIOR Arritmias Perigosas! Infarto INFERIOR (Depende da artéria dominante) Suprimento Sanguíneo do Coração Infarto Hemibloqueio Bloqueios da divisão anterior ou posterior do ramo ESQUERDO Nódulo AV Feixe de His Ramo Direito Ramo Esquerdo Divisão Anterior Geralmente associado ao IAM Divisão Posterior Infarto Hemibloqueio Anterior QRS alargado Q1S3 Onda Q em DI Onda S larga/profunda em DIII Bloqueio na DIVISÃO ANTERIOR do ramo Esquerdo Infarto Hemibloqueio Posterior Raro, pois, a divisão posterior possui irrigação dupla S1Q3 Onda S larga/profunda em DI Onda Q em DIII Difícil diagnosticar Infarto Bloqueios Bifasciculares Bloqueio de Ramo Direito (BRD) + Hemibloqueio Anterior Bloqueio de Ramo Direito (BRD) + Hemibloqueio Posterior Hemibloqueio Anterior + Hemibloqueio Posterior Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) Caso Clínico