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BASICO CLINICO II – 1ª etapa Sara Monteiro de Moura HIPERTROFIA DE VENTRICULO DIREITO − Ocorre inversão do vetor do vetor do coração para o ventrículo direito Critério 1) desvio do eixo cardíaco para a direita Critério 2) R maior que S em V1 Critério 3) Onda R de V1 a V6 Critério 4) Onda S persistindo em V5 e V6 Critério 5) onda T invertida em V1 Critério 6) Alargamento do complexo QRS (> 0,12) ▪ V1 positivo (R > S) ▪ V6 negativo (S > R) ▪ Eixo desviado para a direita – D1 (-) e AVF (+) Sinal de Sodi-Pallaris − Altamente sugestivo de hipertrofia de ventrículo direito Sinais elétricos − R maior do que o S em V1 Principais causas: − Hipertensão pulmonar – destaque para DPOC ▪ HP primaria: exceção, rara. Paciente já nasce com aumento da pressão no pulmão ▪ HP secundaria: a mais comum. Causada por outra doença primaria (DPOC, esquistossomose, falência de ventrículo esquerdo, fibrose pulmonar) − Hipertensão sistêmica (a primaria é mais comum que a secundaria) − Estenose pulmonar Sinais radiológicos − Aumento da área cardíaca − Arco inferior esquerdo – pra fora e pra cima − “coração em tamanco” ou “coração em bota” − Convexidade do arco médio (imagem 1) − Aproximação da silhueta cardíaca esquerda do guardio costal − Em PA a o coração ocupa mais de 1/3 da imagem reto esternal HIPERTROFIA DE VENTRICULO ESQUERDO desvio do eixo para a esquerda – D1 (+), aVF (-) e D2 (-) Índice Sokolow-lyon – S(V1) + R(V5 ou V6) > 35 ▪ O índice de Sokolw-lyon mede o diâmetro do ventrículo Índice de Cornell – R(aVL) + S(V3) > 28 p/ homem ; 20 p/ mulher QRS alargado Alterações na onda T ▪ Achatada ou negativa (V5 e V6) – hipertrofia por excesso de pressão ▪ Apiculada ou positiva (V5 e V6) – hipertrofia por excesso de volume ▪ Negativa e simétrica sugere isquemia Padrão strain (onda T negativa) – quando a pressão arterial faz sobrecarga no ventrículo esquerdo. Principais causas: − Hipertensão arterial – a longo prazo gera hipertrofia − Estenose aórtica / coarctação de aorta (estreitamento) Sinais radiológicos − Arco inferior esquerdo – aumento para fora e para baixo − Aumento da área cardíaca − Dilatação do hilo pulmonar – sugere congestão pulmonar (dispneia paroxística noturna) ▪ O aumento do ventrículo esquerdo gera insuficiência do musculo, o que leva ao refluxo do sangue para a artéria pulmonar ▪ O aumento da pressão na artéria pulmonar leva à sobrecarga do ventrículo e atrio direito. ▪ Sobrecarga no atrio direito prejudica retorno venoso das veias jugular e cava, levando a uma turgência de jugular e edema de mebros inferiores − Aorta proeminente − Silhueta cardíaca a menos de 4 cm do seio costofrênico ➢ Sinal de Hoffman-rigler − Distancia da silhueta cardíaca direita para a veia cava inferior > 1,8 no raio X de perfil ARRITMIAS CARDÍACAS − Alteração na frequência ou no intervalo entre as sístoles − QRS normal: arritmia de origem atrial ▪ Urgência − QRS alargado: arritmia de origem ventricular ▪ Emergência ❖ Bradiarritmias Ritmos de escape: − Quando não é o nó sinusal quem define o ritmo cardíaco − Falha do nó sinusal − Rito mantido por áreas diferentes do tecido cardíaco 1. Ritmo juncional: o ritmo cardíaco é comandado pela junção atrioventricular ▪ QRS estreito ▪ FC maior que 40 e menor 60 ▪ Ausência de onda P ou ▪ Onda P invertida após o QRS • Causas: − Síndrome do nó sinusal doente ▪ Comum em idosos − Intoxicação por digitálicos − Estimulação vagal − Cardiopatia reumática − IAM de parede inferior 2. Bradicardia atrial multifocal (wandering atrial pacemaker): síndrome do marca-passo migratório − Dentro do átrio o marca-passo muda de lugar e gera ritmos diferentes a cada batida − Quando o marca-passo muda de lugar, muda também o vetor cardíaco ▪ Gera 3 ou mais morfologias de onda P na mesma derivação ▪ QRS estreito ▪ FC entre 40 e 60 bpm • Causas: alguma coisa mexeu no sistema elétrico ou no musculo cardíaco − Idade − Drogas − Infarto − Sobrecarga 3. Ritmo idioventricular: ritmo cardíaco mantido pelo ventrículo − Falha do átrio e junção AV ▪ FC menor que 40 bpm – paciente pode evoluir para uma arritmia maligna (parada cardíaca) ▪ QRS alargado / aberrante ▪ ausência de onda P − Pode ser acelerado (bradicardia ventricular / taquicardia ventricular) – os dois são igualmente fatais ✓ O ritmo idioventricular normalmente possui caráter de urgência maior em relação às outras arritmias (ritmo juncional e marcapasso migratório), no entanto, deve ser analisado o estado hemodinâmico do paciente. Ritmos de escape Ritmo juncional Marcapasso migratório Ritmo idioventricular Onda P Ausente Morfologias diferentes Ausente QRS Normal Normal Aberrante FC 40-60 40-60 < 40 Bradicardias sinusais 1. Bradicardia sinusal: redução fisiológica da frequência cardíaca ▪ Onda P normal ▪ FC menor que 60 bpm ▪ Intervalo regular entre as sístoles − Podem ser bradicardias, arritmias ou bloqueios atriais • Benignas: não causam baixa no debito cardíaco ▪ Bradicardia fisiológica de atletas ▪ Sono ▪ Hipotireoidismo ▪ Sincope vaso-vagal (hipotensão ortostática) ▪ Uso de drogas cronotrópicas negativas • Malignas: pausas sinusais mais longas, causam baixa no debito cardíaco ▪ Bloqueio sinoatrial ▪ Doença do nodo sinoatrial − Tratar a doença base ou uso de marcapasso 2. Arritmia sinusal: alteração no intervalo entre as sístoles ▪ Onda P fisiológica ▪ QRS estreito ▪ Intervalos irregulares entre as sístoles • Arritmia sinusal respiratória – Geralmente tem relação com a respiração (comum em ciranças) – benigno ▪ Acelera na inspiração ▪ Diminui na expiração − Raramente pode não ter relação com a respiração – doença do nó sinusal 3. Bloqueio sinoatrial: grande pausa entre duas sístoles − Esse intervalo maior que 3 segundos pode indicar coisas graves − Os bloqueios sinoatriais de 1º e 3º grau não podem ser indicados no ECG − O intervalo de pausa no bloqueio geralmente é múltiplo do intervalo antecessor • Bloqueio de 2º grau: − Tipo 1: reduz progressivamente o intervalo entre as sístoles (intervalo P-P) ▪ Fenômeno Wenckeback ▪ As sístoles se aproximam gradativamente antes da pausa − Tipo 2: não há redução nos intervalos PP antes da pausa 4. Doença do nó sinusal: pode causar bradicardia e/ou taquicardia − Mais comum em mulheres acima dos 65 anos − Doença degenerativa – causada pelo desgaste com o tempo ✓ Síncope Vasovagal: surge após sintomas prodrômicos – náuseas, sudorese fria, palpitações (taquicardia) ▪ Desencadeada por estresse ▪ Posição ortostática − Grande vasodilatação com bradicardia − Causa: grande contração ventricular em câmara com baixo volume de sangue – não chega sangue no SNC ✓ Hipersensibilidade do seio carotídeo: pressão não seio carotídeo pode gerar hipotensão ou bradicardia − Utilizado como reversão de arritmia supra paroxística – resposta cardioinibitória − Bradicardia: pode causar pausa sinusal fatal ( > 3 segundos) ▪ Pode causar sincope ▪ Utilização de marcapasso definitivo dupla-câmara ▪ A pausa sinusal se difere do bloqueio sinusal pela ausência de correlação matemática entre a pausa e o intervalo anterior − Causa importante de sincope em idosos − Utilização de marcapasso • Bradicardia sinusal: FC menor que 60 bpm • Pausas sinusais: intervalo prolongado entre duas sístoles maior que 3 segundos • Bloqueio sinoatrial: intervalo entre duas sístoles com duração múltipla do intervalo PP anterior • Síndromebradicardia-taquicardia: paciente apresenta eletro com taquicardia e bradicardia ao mesmo tempo ▪ Pausa longa após uma taquicardia Sindrome de stroke Adams − Perda de consciência ou crise convulsiva por bradicardia − Ocorre principalmente por bloqueios Bloqueios atrioventriculares (BAV) − Bloqueio no nó atrioventricular 1. BAV de 1º grau: ▪ Alargameto do intervalo PR ( > 0,20) – PR longo ▪ Uma onda P para cada QRS ▪ Ritmo regular • Causas: febre reumática ▪ Propranolol ▪ Hipopotassemia ▪ Doença coronariana ▪ Cardiopatias congênitas ▪ Estenose tricúspide 2. BAV 2º grau: ▪ Onda P sem QRS. − Pode causar morte súbita por parada cardíaca caso o ritmo não volte após o bloqueio − Mobitz tipo I: PR aumenta progressivamente até bloqueio da onda P ▪ Fenômeno Wenckebach . • Causas: intoxicação por digitálicas ▪ Febre reumática ▪ Infarto de parede inferior ▪ Pós cirúrgico ▪ Idosos ▪ Atletas − Mobitz tipo II: PR bloqueia subitamente ▪ O PR depois do bloqueio é igual ao PR antes do bloqueio ▪ Não há “aviso” da onda P para bloquear o QRS • Causas: quase sempre indica lesão estrutural cardíaca ▪ Grande chance de evolução para BAVT – bloqueio atrioventricular total ▪ Grande causa de sincope ▪ Grande causa de morte súbita ▪ QRS alargado – marcapasso definitivo (diferença entre Mobitz tipo I e II: fenômeno wenckebach) 3. BAV 3º grau (BAVT): não há nenhuma associação entre átrio e ventrículo − Átrio e ventrículo se despolarizam de forma independente ▪ P sem associação com QRS ▪ Frequência menor que 40 bpm • Causas: doença de Lenegre – doença degenerativa do sistema de condução ▪ Infarto agudo do miocárdio ▪ Cardiomiopatias ▪ Lúpus neonatal – mãe lúpica passa anticorpo (anti-RO) pela placenta que atinge sistema de condução da criança causando BAVT (mãe lúpica com anti-RO e bebê com frequência cardíaca de 90bpm – BAVT) • Consequências: sindrome de Stoke-Adams ▪ Morte súbita • Tratamento: marcapasso definitivo (urgente) BAV 1º grau BAV 2º graus Mobitz I BAV 2º grau Mobitz 2 BAVT PR PR longo, > 0,2s Wenckeback (+) até bloqueio do QRS Bloqueio súbito do QRS Dissociação entre onda P e QRS Sintomas Assintomático Assintomático ou palpitação Assintomático ou palpitação Síncopes Tratamento Observação Observação Marcapasso Marcapasso Bloqueio de Ramo direito − Pode ser congênito ou adquirido por uso de droga ou doença − O ventrículo direito despolariza após o ventrículo esquerdo − Ventrículo esquerdo despolariza normalmente e o impulso se difunde para o ventrículo direito • Critérios elétricos: ▪ V1: rSR’ – atraso no batimento do ventrículo direito o V1 normal – rS o V1 em M ou orelha de coelho ▪ V5 ou V6: qRS – presença de onda S profunda e empastada o V6 normal - qR (critérios de bloqueio de ramo direito: r e R’ em V1 – ou orelha de coelho – e onda S profunda e empastada em V5 ou V6 – ou qRS) Bloqueio de ramo direito completo (ou de 3º grau): QRS > 0,12seg ▪ Onda R em meseta • Causas: cor pulmonale – sofrimento do ventrículo direito causado por uma doença pulmonar (DPOC) ▪ Cardiopatias congênitas (criança com clinica de bloqueio de ramo direito) ▪ Hipertensão arterial ▪ Doença coronariana Bloqueio de Ramo esquerdo − Atraso pequeno na despolarização do ventrículo esquerdo − Ventriculo direito despolariza primeiro e propaga o impulso para o ventrículo esquerdo − Como o ventrículo direito é menor, o impulso é propagado mais rapidamente que no bloqueio d ramo direito ▪ V1: rS – S alargado ou duplo o V1 em W (QRS duplo) ▪ V5 ou V6: RsR’ – atraso na formação do QRS o V5/V6 em M ou em torre ▪ Inversão da onda T – ocorre atraso na repolarização devido ao atraso na despolarização do ventrículo esquerdo Bloqueio de ramo esquerdo completo: QRS > 0,12seg ▪ uma das causas é o crescimento do VE • Causas: hipertensão arterial ▪ Doenças coronarianas ▪ Problema no coração esquerdo – doença valvar aórtica Bloqueio de ramo direito Bloqueio de ramo esquerdo V1 r e R’ – orelha de coelho Onda S empastada V5 ou V6 Onda S empastada QRS alargado em M ou torre Onda T Normal Invertida ❖ Delay intraventricular: atraso na condução do ventrículo − Assume as características dos dois tipos de bloqueio de ramo, mas não é nem um e nem outro ▪ V1: assume características de bloqueio de ramo direito ▪ V2: assume características de bloqueio de ramo esquerdo Hemibloqueios − O ventrículo esquerdo é muito grande, por isso o ramo esquerdo do feixe de His se divide em anterior e posterior 1. Hemibloqueio anterior esquerdo: bloqueio do ramo anterior do feixe de Hiss − Se a divisão anterior está bloqueada a posterior funciona mais puxando o eixo para tras e para a esquerda − Ocorre desvio do eixo para a esquerda entre +30° e -90° ▪ DI positivo ▪ aVF negativo ▪ DII negativo − Diagnostico quando não outro sinal de desvio do eixo cardíaco (ex.: sem indícios de hipertrofia de ventrículo esquerdo) 2. Hemibloqueio posterior esquerdo: bloqueio do ramo posterior do feixe de Hiss − Desvio do eixo cardíaco para a direita sem causa aparente (ex.: DPOC, hipertensão, etc.) ▪ DI negativo ▪ aVF positivo bloqueio bifascicular/trifascicular: paciente apresenta bloqueio alternado em mais de um fascículo. − Quando um falha o outro funciona − Se todos falharem ao mesmo tempo pode ser fatal TAQUICARDIAS − Taquiarritmias supraventriculares: origem atrial ou juncional − Taquiarritmias ventriculares: origem ventricular Taquiarritimias supraventriculares 1. Taquicardia sinusal: aumento benigno da frequência cardíaca ▪ FC entre 100 e 160 bpm ▪ Enlace atrioventricular mantido ▪ Presença de onda P sinusal ▪ Ausência de onda F (flutter) ▪ QRS estreito (exceto em bloqueio de ramo associado) • Fisiológica: infância, ansiedade, exercício, emoções • Farmacológica: atropina, adrenalina ▪ Café, fumo, álcool • Patológica: choque, infecções, anemia, hipertireoidismo, insuficiência cardíaca 2. Taquicardia atrial unifocal: caracterizada pela alteração na morfologia da onda P, mas todas iguais entre si ▪ P(+) aVL e P(-) em V1 – o foco está no átrio esquerdo ▪ P(-) aVL e P(+) em V1 o foco esta no átrio direito ▪ QRS estreito ▪ FC aumentada ▪ Intervalos regulares 3. Taquicardia atrial multifocal: caracterizada pela alteração na morfologia das ondas P. − Ondas P diferentes entre si (semelhante à sindrome do marcapasso migratório) ▪ Onda P alterada ▪ QRS estreito ▪ FC aumentada ▪ Intervalos regulares Taquicardia supraventricular paroxística − Possui inicio e termino súbito − Podem se reverter sozinhas − frequência cardíaca entre 120 e 220 bpm − Inicio e termino súbito − Geralmente sucede extrassistole atrial ▪ QRS estreito ▪ Intervalo entre as sístoles (R-R) regular ▪ Onda P não-sinusal (inexistente / depois do QRS / invertida) − 3 tipos: reentrada nodal ▪ Acessória ortodrômica – FC 150-250 ▪ Acessoria antidrômica – QRS alargado − Reversão: massagem de seio carotídeo ▪ Adenosina (diferencia-se da taquicardia atrial unifocal pelo inicio e termino súbito e maior FC) Fibrilação atrial − Taquiarritmia crônica mais comum − Aumento progressivo com a idade − Mais prevalente em homens ▪ FC entre 90 e 170 bpm (método de contagem – nº de QRS em 15 quadrados x 20) ▪ Intervalo RR irregular ▪ Ausência de onda P ▪ QRS estreito − Ritmo ventricular não acompanha o ritmo atrial − A fibrilação atrial impede que todo o sangue seja ejetado de forma correta para os ventrículos, fazendo com que ocorra um acumulo no átrio − Esse acumulo de sangue pode formar um trombo – uma das principais cuasas de AVE •Causas: hipertensão arterial ▪ Lesão na válvula mitral ▪ Sobrecarga de ventrículos ▪ Libidação alcoólica ▪ Hipertireoidismo Sindrome do coração de feriado: ingestão excessiva e isolada de álcool em pouco tempo − Gera fibrilação atrial • Quadro clinico: piora hemodinâmica ▪ Palpitação ▪ Dispneia ▪ Sudorese ▪ Desconforto torácico • Complicações: tromboembolismo ▪ Causa mais comum de AVE isquêmico ▪ Infarto mesentérico – dor ao se alimentar ▪ Embolia femoral • Estratégias no Tratamento: controle da frequência e prevenção do trombo ▪ Controle do ritmo • Prevenção do tromboembolismo: drogas antiplaquetárias ▪ Drogas anticoagulantes ▪ Oclusão do apêndice atrial esquerdo ▪ Cardioversão química / elétrica • Estratificação de risco: CHADS2 ▪ C – Insuficiência cardíaca ▪ H – Hipertensão ▪ A – Idade (age) ▪ D – diabetes mellitus ▪ S2 – AIT ou AVC prévio − CHADS2 ≥ 2 = anticoagulante − CHADS2 1 ou 0 = antiagregante plaquetário − Pacientes com contraindicação: oclusao do apêndice atrial esquerdo Flutter atrial − Frequência atrial = 300 − Frequência ventricular/cardíaca = 150 bpm − Pode ser 3x1 ou 4x1 (4 ondas F para 1 QRS) − Não tem linha isoelétrica entre as linhas atriais ▪ Presença de onda F – aspecto de dente de serra ▪ Intervalo R-R regular ▪ QRS estreito ▪ Ausência de onda P e onda T fisiológicas • Causas: hipertireoidismo (principal causa) ▪ Doença estrutural do coração ✓ Insuficiência cardíaca ✓ Lesao de válvula mitral ✓ CIA (comunicação interatrial) ✓ Doença do nó sinusal • Tratamento: cardioestimulação trans-esofágica Flutter típico 2x1 Síndrome de Wolf-Parkinson-White (WPW) − Taquicardia sinusal com intervalo P-R curto − Sindrome de pré-excitação − Feixe de Kent: feixe elétrico acessório ▪ Encurta a distância entre o átrio e o ventrículo – sístoles mais rápidas ▪ Pathway – atalho − Ocorre aumento da frequência cardíaca • ECG: PR curto ( < 0,12 ) ▪ Presença de onda delta – “culotinho” do QRS ▪ Onda P normal ▪ QRS alargado • Tratamento: procedimento de ablação do feixe acessório ▪ Cateter especial é utilizado para eliminação do feixe • Complicações: fibrilação atrial ▪ Flutter atrial ▪ Fibrilação ventricular ▪ Morte súbita Arritmia FC Onda P QRS Ritmo Taquicardia sinusal 150 Sinusal Estreito Regular Taquicardia atrial unifocal 140-150 Morfologia alterada (todas iguais) Estreito Regular Taquicardia atrial multifocal 140-150 Morfologia alterada (3 ou mais diferentes) Estreito Regular Taquicardia supraventricular paroxistica Pode chegar até 220 Ausente, dentro do QRS ou após Estreito Regular Fibrilação atrial 90-170 Ausente Estreito Irregular Flutter atrial 4x1, 3x1, 2x1 (150 bpm) Onda F (ausência de linha isoelétrica) Estreito Regular Extra sístole atrial − Ocorre uma sístole extra dentro de um intervalo RR − Aproximação de duas sístoles no ECG − Após a extra-sístole ocorre uma pausa compensatória para retomar o ritmo normal ▪ Enlace A/V constante ▪ Onda P prematura de morfologia diferente na sístole estranha ▪ QRS normal • Causas: doenças valvares ▪ Hipertensão arterial sistêmica ▪ Coronariopatia ▪ Pode ocorrer em pessoas normais ✓ Ansiedade ✓ Café ✓ Cigarro ✓ Chá ✓ Descongestionante nasal • Diagnóstico: feito através do router (mapeamento de eletro) ▪ Esporádica: menos que 200 extra sístoles em 24h ▪ Discreta: entre 201 e 3% QRS em 24h ▪ Moderada: entre 3% e 10% QRS em 24h ▪ Intensa: entre 10% e 30% QRS em 24h ▪ Muito intensa: acima de 30% QRS em 24h
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