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TECNICAS_COMPORTAMENTAIS

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TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS 
TREINO RESPIRATÓRIO E RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA.
- Colocar a mão acima do estômago para sentir a expansão e a contração do diafragma e do abdome. 
- Inspirar lentamente pelo nariz, contando até 3 bem de vagar. 
- Prender a respiração, contando também até 3 bem de vagar.
- Exalar lentamente o ar pela boca, contanto até 6 bem devagar.
- Fazer com que o ar passe pelo diafragma, estufando o abdome durante a inspiração.
- Fazer com que o ar que exalado deixe o abdome cada vez mais encolhido.
- Fazer com o paciente procure o ritmo ideal da respiração dentro desse estilo. 
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
- Desenvolvida a partir dos trabalhos experimentais de Wolpe, no final da déc. 40, para tratar respostas de ansiedade, a dessensibilização sistemática foi uma de suas maiores contribuições.
- A técnica, utilizada para tratamento de respostas fóbicas, consiste na inibição recíproca da ansiedade pelo estabelecimento de uma resposta incompatível, que é o relaxamento.
- A remoção ou o enfraquecimento da ansiedade pelo processo de inibição recíproca é chamada supressão condicionada.
- Esse processo ocorre quando dois estímulos competitivos entre si estão presentes na mesma situação.
- Assim, se uma resposta antagonista à ansiedade puder ser estabelecida na presença do estímulo que evoca a ansiedade, de modo que essa resposta seja acompanhada pela supressão parcial ou total da ansiedade, o elo entre o estímulo e a resposta de ansiedade será enfraquecimento.
· Para aplicar a dessensibilização sistemática, é condição necessária que o paciente desenvolva habilidade para alcançar um bom grau de relaxamento e que seja capaz de visualizar, por meio de imagens, os estímulos ou as situações temidas.
- Wolpe aponta três passos de treinamento básico para o paciente antes de iniciar o uso da dessensibilização sistemática.
-Treino em técnicas de relaxamento.
-Treino no uso da escala de ansiedade (SUDs).
- Construção da hierarquia de medos, do estímulo mais temido por eliciar maior ansiedade para o estímulo menos temido por eliciar menos ansiedade, segundo a escala SUDs. 
- Para medir a magnitude da ansiedade, o paciente é treinado no uso da Subjective Units of Disturbance Scale (SUDs), uma escala graduada de 0 a 100 que permite quantificar os níveis de ansiedade gerados por diferentes estímulos ou situações.
- O treinamento consiste em solicitar ao paciente que identifique a mais ansiógena entre as situações remidas , à qual será atribuído grau 100. 
- Da mesma forma, deve ser identificada a situação mais agradável e acolhedora experimentada ou imaginada, à qual será atribuído o grau 0 de ansiedade.
- Seguindo esses dois limites, todas as situações temidas, geradoras de ansiedade, devem ser lembradas e graduadas com valor SUDs, para qual existe um referencial de valores.
0 = Nenhuma Ansiedade.
25 = Ansiedade Discreta.
50 = Ansiedade Moderada (baixa concentração percebida)
75 = Ansiedade Alta (pensamento de fuga)
100 = Pior ansiedade experimentada ou imaginada. 
-Após graduar todas as situações temidas, o terapeuta, com a ajuda do paciente, constrói a hierarquia de ansiedade, conforme o nível de desconforto desencadeado por cada situação, a ordem e a e a lógica estabelecidas pelo paciente.
- Em comum acordo, terapeuta e paciente decidem se iniciam o programa pela situação mais ou menos temida. 
- A estimulação ansiógena é associada ao estado de relaxamento e bem – estar do paciente até que as imagens temidas deixem de eliciar respostas de ansiedade.
- Inicialmente, o paciente é conduzido ao relaxamento para alcançar um nível muito baixo ou nulo de ansiedade.
- O terapeuta introduz a primeira cena ansiógena, que deve ser descrita da maneira mais realística possível.
- O paciente é orientado a sinalizar com um dedo quando experimentar qualquer ansiedade durante a visualização da cena.
- Desse sinal, o terapeuta interrompe a imagem, pede ao paciente para estimar o grau de ansiedade percebido e retorna aos comandos de relaxamento até que o paciente volte ao estado de tranqüilidade e bem – estar.
- Se ainda houver ansiedade , continua com o relaxamento; se a ansiedade for nula ou mais baixa, o terapeuta reintroduz a cena anterior e prosseguir com esse procedimento até que o paciente possa visualizar a cena por inteiro, sem ansiedade.
- Ao final do processo, terá ocorrido o contracondicionamento, ou seja, o organismo é dessensibilizado em relação ao estímulo inicialmente aversivo, que perde a força de controle sobre a resposta de ansiedade. Assim, um estímulo associado à ansiedade 20, ao ser reduzido para 15, faz com que o estímulo seguinte também diminua em cinco pontos seu grau de ansiedade.
- A dessensibilização sistemática é uma das principais formas de tratamento para fobia social ou específica (e para a síndrome do pânico).
TREINO DE ASSERTIVIDADE
- Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Salter, Wolpe (1982) desenvolveu o treinamento do comportamento assertivo para ensinar ao paciente formas socialmente adequadas de expressão verbal e motora de qualquer emoção diferente de ansiedade. 
- A prática assertiva inclui a expressão de afetos e opiniões de modo direto e a conquista de um tratamento justo, igualitário e livre de demandas abusivas.O princípio teórico pressupõe que comportamentos de preocupação e medo são aprendidos a partir de interação com modelos autoritários durante o desenvolvimento.
- Tais comportamentos inibem as respostas espontâneas e naturais da pessoa, que deixa de expressar suas emoções, evita contatos visuais diretos e teme apresentar suas opiniões aos outros.
- Segundo Wolpe, a expressão das emoções, especialmente de raiva, reduz a ansiedade pelo processo da inibição recíproca;
- De modo que a emissão de respostas mais assertivas nas relações sociais implicam gradual extinção de resposta de ansiedade;
- O treinamento assertivo é feito pela orientação ao paciente para emitir respostas adequadas em situações específicas ou pelo ensaio comportamental, que é o procedimento típico para o treino da assertividade.
- O ensaio comportamental inclui: 
- Conceito de comportamento assertivo e treino do paciente no reconhecimento de respostas assertivas, agressivas e passivas.
- Treino do paciente na identificação de situações nas quais inibe respostas positivas de auto – expressão, mostrando submissão inadequada ou agressividade.
-Treino de respostas adequadas em procedimento de ensaio comportamental (roleplaying), reproduzindo situações da vida real que geram desconforto. 
3.1 Emitir demandas adequadas à situação. 
3.2 Usar tom de voz apropriada, claro e calmo para evitar respostas defensivas 3.3 Expressar os próprios sentimentos na situação em vez de apontar comportamentos inadequados dos outros.
3.4 Descrever claramente o que deseja da outra pessoa, ao invés de sugerir vagamente uma mensagem. 
Por exemplo: “quando você precisar de auxílio em seu trabalho, gostaria que me perguntasse se posso ajudá-lo antes de passar suas tarefas para mim”, em vez de dizer apenas “Estou com serviço demais esse dias, ando tão cansado...”
3.5 Evitar suposições sobre possíveis motivos que os outros teriam para tratá-lo de uma ou de outra maneira; supor leva à conclusão que se sabe o motivo do outro e isso lava a enganos, impede o diálogo e o esclarecimento. 
- Feedback das respostas verbais e expressivas do paciente. 
- Antecipação das possíveis conseqüências do comportamento assertivo, de modo que o paciente assegure-se de que saberá fazer a melhor opção no manejo e o melhor uso dos resultados de seu comportamento. 
- Experimentação no ambiente natural onde as situações indesejáveis ocorrem.-- - Apresentação de feedback ao paciente para determinação da eficácia do procedimento, com análise dos antecedentes, das características da resposta emitida e de seus conseqüentes. 
- O treinamento assertivo, associado ao relaxamento, tem sido apontado como uma das técnicas mais eficazes no tratamento da fobia e da ansiedade social. 
PARADA DO PENSAMENTO
- A interrupção de um pensamento incômodo, perseveranteou obsessivo é uma técnica de auto – controle de fácil treino e manejo pelo paciente.
- A presença de pensamento irreais ou improdutivos costuma favorecer a ocorrência de comportamentos indesejáveis, compulsivos ou de esquiva, bem como dificultar a realização de tarefas desejáveis.
- O paciente, em geral, queixa-se de “não conseguir parar de pensar”. 
- Esses pensamentos podem ser flashbacks, como observado no transtorno de estresse pós- traumático; preocupação ininterruptos sobre a segurança dos filhos que estejam em viagem ou iniciando treinamento de motoristas, ou pensamentos intrusivos e ameaçadores, como ocorre no transtorno obsessivo-compulsivo.
- A parada do pensamento consiste em formular claramente o pensamento indesejável e depois pedir ao paciente que inicie atentamente esse pensamento.
- Iniciando o pensamento-alvo, o paciente sinaliza que ele está em curso e terapeuta estão ordena repentinamente em tom de voz forte e firme “pare!”, enquanto bate palma ou bate as mãos em uma mesa. 
- O objetivo é surpreender o paciente com o grito e o barulho de modo a atrapalhar o curso do pensamento.
- Pergunta-se ao paciente se o pensamento foi interrompido quando a ordem foi ouvida.
- Depois, pede-se a ele que retome o mesmo pensamento e que informe com que facilidade conseguiu fazê-lo.
- Em geral, o paciente nota que tem dificuldade para voltar a pensar da mesma maneira após o episódio.
- Esse procedimento deve ser repetido diversas vezes e, após o treino pelo terapeuta, deve ser solicitado ao paciente que ele próprio tente o comando, inicialmente em voz alta, como fez o terapeuta, e depois subvocalmente.
- Na seqüência, o paciente é orientado a dar o comando de “pare” tão logo o pensamento surja para impedir sua evolução.
- Outra variação interessante dessa técnica é estabelecer uma seqüência de três passos a serem seguidos pelo paciente:
- Emitir o comando “pare”.
- Fazer a respiração diafragmática, lenta e profunda para relaxamento.
- Criar uma imagem prazerosa (Raich, 1996).
- Nesse seqüência, associa-se o reforçamento positivo oferecido pelo relaxamento e a visualização, logo após a remoção do pensamento por reforço negativo. 
 
TREINO EM HABILIDADES SOCIAIS
- A habilidade social é a capacidade de emitir respostas eficazes e adequadas a situações específicas. 
- O comportamento socialmente habilidoso pode ser conceituado em termos de sua efetividade em uma situação específica em dado momento, e não em termos de sua topografia.
- O treinamento em habilidades sociais surgiu sob influência dos trabalhos de Wolpe e Lazarus sobre treinamento assertivo e inclui uma variedade técnicas como instrução, modelação, ensaio comportamental, reforço social positivo, prompts e feedback.
- As respostas mais freqüentemente encontradas na literatura como metas do treinamento em habilidades sociais, para diferentes tipos de pacientes, inclusive portadores de esquizofrenia, são resumidas por Caballo (1996).
- iniciar e manter conversações. 
- Falar em publico. 
- Expressar amor, agrado e afeto. 
- Defender os próprios direitos. 
- Pedir e receber favores. 
- Recusar pedidos. 
- Aceitar e fazer elogios. 
- Desculpar-se e aceitar críticas. 
- Sorrir r fazer contato visual. 
 - Fazer entrevistas para solicitar emprego. 
- Solicitar mudanças de comportamento do outro. 
- Expressar opiniões pessoais, mesmo divergentes e desagrados. 
- Durante o treinamento, é importante diminuir os níveis de ansiedade do paciente e identificar o contexto e a categoria de pessoas diante dos quais o comportamento é esperado. 
- Hoberman e Clarke (1993) enfatizam pelo menos quatro contextos sociais específicos que devem ser avaliados e incluído no treinamento com estranhos, com amigos, com parentes ou em interação social e no trabalho ou na escola:
Déficit de habilidade; Ansiedade condicionada.; Avaliação cognitiva: 
-Segundo esse modelo, o paciente sobe o quê, por que e como falar, mas assume pensamentos de inadequação que impedem a emissão da resposta adequada.
- Há pensamentos como “ele pode ficar ofendido”; “pode deixar de gostar de mim” ou “pode achar que estou falando besteira”.
Discriminação imprópria: 
- O paciente apresenta o comportamento adequado em seu repertório, mas não sabe que resposta selecionar. 
- Portadores de transtornos de personalidade evitativa, com ênfase na identificação de situações que causam ansiedade e treino na tolerância ao desconforto; e tratamento de portadores de esquizofrenia, com ênfase no treino de soluções de problemas e de habilidades sociais. 
- Hope e Heimberg (1993) apresentam uma técnica de atendimento grupal para o treino de habilidades sociais;
- Segundo os autores, oferece a vantagem extra de permitir a aprendizagem vicariante, mostrar outros com igual problema fazendo uma comunicação em público e trabalhar com vários parceiros durante o ensaio comportamental. 
EXPOSIÇÃO
- A técnica de exposição a estímulos temidos foi desenvolvida por Meyer, nos anos 60.
- A técnica consiste na exposição direta do paciente aos estímulos ou às situações temidas e evitadas por serem desencadeadores de ansiedade.
- A exposição é feita repetidamente, de forma abrupta ou grupal, ao vivo ou imaginativa, conforme mais indicado pela avaliação do sintomas e do contexto.
- O tempo de exposição deve ser longo o bastante para permitir o aumento crescente da ansiedade até um máximo e depois sua redução na seqüência natural.
- Esse tempo de permanência do paciente exposto ao estímulo viabiliza os processos de habitação e de extinção.
-A habilitação é um processo elementar de aprendizagem, no qual uma resposta, aprendida ou não, enfraquece após ser emitida repetidamente em um determinado contexto.
- Em outras palavras, o organismo deixa de responder diferencialmente a determinada estímulo porque se “acostuma” com ele.
- A extinção por outro lado, ocorre devido à repetida exposição do organismo a uma situação na qual a presença de um estímulo ou a conseqüência aversiva não ocorre de fato. 
Se o paciente for afastado da situação ansiógena, ou se o estímulo for removido durante o período de aumento ou de pico de ansiedade, pode ocorrer o reforçamento do comportamento de fuga da situação ansiógena, devido à conseqüente terminação do evento e obtenção do alívio da tensão.Isto é o quie ocorre naturalmente na maioria dos casos fóbicos, quando o paciente foge da situação ou a evita, obtendo alívio ou reforço, seguido ao comportamento de saída ou da situação. 
- Nessa técnica, o paciente é exposto diretamente ao estímulo em toda sua dimensão, ao vivo por imaginação.
-O tempo de exposição varia na proporção inversa da intensidade da ansiedade. 
EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTAS 
- A exposição e prevenção de respostas inclui a técnica de exposição mais o bloqueio da resposta compulsiva para tratar pacientes portadores do transtorno obesessivo-compulsivo (TOC). 
- O procedimento consiste basicamente em expor o organismo por longos períodos de tempo a uma hierarquia de estímulos ansiógenos e, ao mesmo tempo, prevenir a emissão de resposta compulsiva e ritualística. 
- Rachman e colaboradores (1976) compararam o alívio obtido por pacientes com obsessão de conferência pela realização da conferência e o alívio obtido por pacientes instruídos a resistir à necessidade de conferir. 
- Alguns estudos sugerem que os resultados obtidos quando a técnica é controlada pelo terapeuta, é similar aos resultados obtidos quando o próprio paciente controla a exposição. 
- Esses achados incentivam o procedimento de instrumentalizar o paciente no manejo da técnica, por meio de treinamento supervisionado, otimizando o alcance de resultados e reduzindo os custos do tratamento.
- O inicio do tratamento requer o controle realizado pelo terapeuta até que o paciente observe evidência de sucesso com o uso da técnica, adquira confiança em realizar as exposições e reconheça sua competência no enfrentamento e no manejo da ansiedade quando previne a emissão da resposta compulsiva.
- Pacientes portadores de compulsão por conferência, quando orientadospassar por situações críticas realizando apenas duas conferências, podem realizar somente as duas conferência e, na seqüência, ser conduzidos a não conferir, ou já podem deixar de realizar as duas conferências nessa etapa, fazendo total prevenção da resposta. 
- Parece ser mais eficaz utilizar aproximações sucessivas do que estabelecer a completa prevenção de uma só vez. 
A.C.A.L.M.E-S.E.
- As instruções para a estratégia acalme-se exige que ela deva ser lida em voz alta pelo paciente, com o terapeuta interrompendo freqüentemente para ressaltar, sublinhar e explicar detalhadamente casa aspecto.
- O primeiro aspecto importante a ressaltar diz respeito à aceitação das sensações.
- O cliente já leu nos textos que essas sensações são apenas sinais de ansiedade ou de uma ativação simpática, que é uma reação primitiva de luta ou fuga, necessário para a sobrevivência dos organismos em situação de perigo.
- Outros aspecto importante diz respeito à idéia de que essas sensações parecem antecipações de “perigo” (morrer sufocado ou de ataque cardíaco, perde o controle, ficar louco, desmaiar).
- Na verdade, não são antecipações, mas conseqüências dos pensamentos que ele tem a partir de suas sensações.
- A maior evidência disso é que nunca foram confirmadas. 
- Cada passo da palavra A.C.A.L.M.E-S.E representa um passo necessário para o manejo adequado de uma situação percebida como ameaçadora, como a iminência de novas sensações corporais.
Primeiro passo: 
O mais importante, diz respeito ao paciente aceitar as suas sensações.
Segundo passo: 
Corresponde a provocar uma distração das sensações e do pensamento catastrófico que estão martelando em sua mente.
· Distrair-se, descrevendo detalhadamente o ambiente em que está (a sua sala de estar, o seu quarto), ler os ingredientes dos produtos em um supermercado, fazer contas com as placas dos automóveis à sua frente podem ser soluções momentâneas para diminuir o desconforto das sensações.
· Isto também pode permitir que ele descubra que as sensações aumentam e diminuem, ao invés do seu pensamento que elas vão aumentando sem parar até “matá-lo”. 
Terceiro passo: 
- Agir como se não estivesse ansioso(a)”.
- Isto é possível, desde que a pessoa o faça bem devagar, pois, se agir rápido, estará aumentando suas sensações corporais.
Quarto passo:
- Diz respeito a trabalhar a respiração.
- Pode-se propor um experimento para verificar o que acontece quando ela e o terapeuta respiram de forma ofegante.
- Assim, ele descobrirá que as suas sensações diminuem rapidamente e descobrirá que (1) respirar rápido produz sensações semelhantes às de pânico e (2) ele tem um método eficaz para diminuir essas sensações. 
A – Aceitar a sua ansiedade. 
C – Contemplar as coisas à sua volta. 
A – Aja com sua ansiedade – Se fugir, a sua ansiedade diminuirá, mas o seu medo aumentará.
L – Libere o ar de seus pulmões, bem devagar!
M – Mantenha os passos anteriores. 
E – Examinar seus pensamentos – Antecipação de coisas catastróficas, que nunca aconteceu nada do que pensou que aconteceria, isto pode ser desagradável, mas não é perigoso.
S – Sorria, você consegui!
E – Espere o futuro com aceitação. 
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
- D`Zurilla e Goldfried (1971) propuseram a técnica de solução de problemas para ensinar aos pacientes formas adequadas de enfrentamento de situações da vida real. 
- Similarmente à técnicas de auto – instrução, ao mesmo tempo em que treina o paciente para procurar essas respostas eficazes, a técnica também o treina no processo de escolha daquela que, entre várias, parece ser a resposta mais adequada a cada tipo de situação.
- O paciente é treinado para assumir a responsabilidade de tomar decisões em situações difíceis e aprender a lidar com a ansiedade, ao invés de ser protegido contra ela.
- É especialmente útil para pacientes que apresentam dificuldades para responder em situações diversificadas
- Uma vez que um de seus objetivos promover um aprendizado que resulte em generalização para outras situações problemáticas.
- Um programa de treinamento nessa técnica pode ser delineado a partir dos seguintes passos adaptados da propsta de D’ Zurilla e Goldfried (1971).
Reconhecimento e descrever o problema. 
- A clareza do problema, suas dimensões e conseqüências na vida da pessoa ajudam a definir metas claras a serem alcançadas. 
Apontar as especificidades do problema em partes e determinar os objetivos.
- A indentificação dessas especificidades inclui as variáveis externas envolvidas e as reações impulsivas que o paciente tem frente ao problema.
- Isto permite a seleção de estratégias específicas direcionadas para o manejo dessas variáveis-alvos no contexto em que ocorrem e permite o controle de respostas habituais e disfuncionais que, embora infrutíferas, repetem-se a inviabilizam a solução adequada do problema.
Propor possíveis estratégias de ação para alcançar os objetivos, as quais devem ser viáveis e estar ao alcance da realidade pessoal e contextual do paciente.
- Soluções incompatíveis com os recursos disponíveis, mesmo eficazes para algumas situações, serão infrutíferas e mantenedoras as dificuldade para o paciente. 
Ponderar sobre possíveis conseqüências de cada estratégia proposta analisando ganhos e perdas a curto e médio prazo. 
Verificar os resultados do processo de decisão, avaliar o grau de satisfação do paciente com os resultados e avaliar se a alternativa. O treinamento é conduzido por meio da modelagem de habilidades para resolver situações da vida real trazidas pelo paciente e situações típicas simuladas durante a sessão. O grau de dificuldade das situações são hierarquizados de modo a ensinar o paciente a manejar primeiro situações simples e depois, gradualmente, situações avaliadas como mais difíceis ou complexas.
DIÁLOGO SOCRÁTICO 
- Em psicologia, atualmente, o diálogo socrático (também denominado Método Socrático ou Questionamento Socrático) se refere à exploração cooperativa de determinado tema. 
- Tem um papel fundamental na prática da terapia Cognitiva e pode, inclusive, ser considerado uma de suas principais características. 
- Pode ser definida como uma série de questões cuidadosamente elaboradas para levar a conclusões lógicas em relação a um problema e para fornecer diretrizes adequadas para futuras ações. 
- Em vez de fornecer respostas, confrontar, debater percepções ou interpretações, o terapeuta cognitivo formula questões;
- Visa dirigir a atenção do cliente para uma área específica e avaliar as suas respostas em relação ao tema, esclarecer ou definir o problema, auxiliar a identificar pensamentos, imagens e crenças, examinar o significado atribuído pelo cliente aos eventos e avaliar as conseqüências de pensamentos ou comportamentos.
- Essa exploração cooperativa auxilia na modificação de padrões disfuncionais de pensamentos, facilitando mudanças comportamentais, ambientais e biológicas.
DESCRIÇÃO: O Diálogo Socrático contém três componentes básicos: 
Questionamento Sistemático. 
Raciocínio Indutivo. 
Definições Universais. 
QUESTIONAMENTO SISTEMÁTICO
- O questionamento sistemático envolve a formulação de uma série de questões cujo objetivo é desenvolver, no cliente, habilidades para pensar de forma independente. 
-(“quando o problema começou”);
Tradução (“o que isso significa para você”);
 Interpretação (“o que essas duas situações difíceis têm em comum?”);
Aplicação (“o que você já tentou fazer para lidar com esse problema”);
Análise (“o que torna essa situação pior? E o que a torna mais fácil?”);
Síntese (“de que forma você pode encarar essa situação?”) e;
Avaliação (“o que você espera desse relacionamento?”).
Cinco elementos são identificados por Overholser (1993) em relação ao questionamento sistemático como processo: 
- Questões principal.
- Explicação.
-Defesa.
Progressão seqüencial.
-Seqüência curtas.
RACIOCÍNIO INDUTIVO
- Raciocínio indutivo é o processo “de derivar inferências e princípios gerais a partir de observações particulares”
- O desenvolvimento de inferências gerais a partir da experiência com eventos específicosauxilia o cliente a “ir além da sua experiência e construir uma visão mais ampla da realidade”.
- A análise de semelhanças e diferenças entre situações específicas auxilia ainda a “desenvolver expectativas realistas e estratégicas de enfrentamento em um nível abstrato”.
DEFINIÇÕES UNIVERSAIS.
- Definições universais se refere à descrição de um conceito e de suas propriedades, de forma que ele possa ser utilizado e compreendido mesmo quando as circunstâncias variam. 
- A utilização de definições universais durante o processo terapêutico auxiliam a “reduzir ambigüidades e vieses” assegurando que o terapeuta e o cliente tenham a mesma compreensão acerca dos conceitos discutidos. 
- Freqüentemente, é importante auxiliar o cliente a definir conceitos (por exemplo, agressividade, justiça, sucesso, fracasso) e a necessidade de auxiliar o cliente a criar definições mais adequadas.
EXEMPLOS DE TÉCNICA DE QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO COM ADULTOS
Cliente: “Que é que tem o remédio?”
Terapeuta: “Tem algumas coisas que eu gostaria de perguntar sobre isso. Primeiro: você está usando exatamente a dose que o dentista passou ou está tomando amais? Você está domando o remédio no horário que deve tomar ou com uma freqüência maior?”
Cliente: “Não se preocupe, estou fazendo tudo direitinho”
Terapeuta: “Não como uma droga. É uma droga. É um narcótico leve.”
Cliente: “E eu poderia ficar dependente?”
Terapeuta: “Isso mesmo. E você sabe por que eu estou preocupado com a quantidade e freqüência com que você está tomando o remédio?” 
Cliente: “Não”
Terapeuta: “Pense um pouco. Por que você acha que a gente deveria estar preocupado com isso?”
Cliente: “Não sei”
Terapeuta: “Bom, talvez você não saiba exatamente o porquê, mas será que pode tentar pensar em algum motivo? Eu vou dizer os meus motivos, ,as gostaria que você me dissesse primeiro o que pensa.”
Cliente: “Acho que é porque se eu tomar mais do que devo posso ficar dependente mais depressa?.”
Terapeuta: “Isso mesmo. O que mais?”
AUTO INSTRUÇÃO
- O treino de auto – instrução, desenvolvido por Meichenbaum em 1971, é uma versão experimental da terapia racional emotiva de Ellis;
- Consiste em ensinar ao paciente a desenvolver pensamentos adequados á situação temida e realísticos quanto às possíveis conseqüências do comportamento. 
- Um paciente com ansiedade social que teme perguntar o preço de um produto em um estabelecimento comercial, sob o argumento de que poderia parecer inconveniente e incomodar o vendedor, seria treinado a se auto-instruir da seguinte forma: “Se eu perguntar o preço, independentemente de querer ou não, estarei exercendo meu papel de consumidor, e o vendedor, seu papel de comerciante”. 
Modelação cognitiva: 
-O terapeuta, diante do estímulo temido, fala a si próprio em voz alta sobre como enfrentar o estímulo. 
-Reprodução do Modelo: A criança reproduz o mesmo comportamento verbal sob a orientação do terapeuta. 
Treino em auto-instrução: A criança desempenha o mesmo comportamento enquanto orienta a se próprio em voz alta. 
 Esvanecimento: A criança repete o passo anterior apenas sussurrando para si próprio a orientação que deve seguir.
Auto-instrução:A criança desempenha o comportamento, usando apenas auto-instrução silenciosa.A auto-instrução tem sido utilizada em combinação com vários procedimentos delineados para alterar percepções, pensamentos, imagens e crenças por meio de manipulação e da reestruturação de cognições não – adaptativas.
Partindo do pressuposto teórico de que cognições não – adaptativas levam a comportamentos também não – adaptativos, as modificações nas cognições deve levar a modificações comportamentais.
Entre as principais aplicações da técnicas, estão tratamentos da ansiedade para falar, impulsividade e hiperatividade infantil, modificação de comportamento inadequados de portadores de esquizofrenia e fobias em crianças. 
DISTRAÇÃO DE PENSAMENTO
- Esta técnica é muito utilizada em pacientes com sintomas de ansiedade, “quando a pessoa tende a se concentrar nas várias sensações corporais desconfortáveis e nas cognições (pensamento automático) concomitantes. 
- Conforme Knapp L. Jr e Baldisserotto (2001), essa técnica se baseia na mudança de foco da atenção do mundo interno para o ambiente externo.
- Segundo Rangé, podem-se usar vários recursos para isso, tais como:
- Prestar atenção no meio ambiente, especialmente em detalhes do mesmo.
- Iniciar uma conversa neutra.
-Sair do ambiente.
- Envolver-se em tarefas domésticas como uma fonte de distração positiva e que também aumenta a auto-estima.
- Declamar um poema, ou algo parecido.
-Iniciar atividades lúdicas com jogos que exijam atenção.
REGISTRO DIÁRIO DOS PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS:
- De acordo com Caballo (1999), pode-se ensinar os pacientes a auto-registrar suas cognições com o registro diário de pensamento disfuncionais (RPDs).
- A observação e o registro dos pensamentos aumentarão a conscientização do paciente sobre o “fluxo de pensamento” e o desfile de imagens e os sentimentos. 
- Baseando-se no auto-registro dos pensamentos automáticos, o terapeuta e o paciente podem trabalhar juntos para identificar as situações que disparam os pensamentos automáticos negativos e descobrir o laços entre cognição e emoção.
-Tal instrumento pode permitir, também, identificar certos momentos do dia que são particularmente problemáticos e esboçar alguns planos de enfrentamento.
 
CONTINUUM COGNITIVO
- Esta técnica é utilizada para modificar as crenças que refletem os pensamentos polarizados ou as avaliações em forma de “tudo o nada”. 
- “O terapeuta constrói um continuum, situando no extremo mais baixo 0% de sucesso e no mais alto 100% de sucesso.
- Em seguida, solicita ao paciente que especifique características ou comportamentos que se incluem nas classificações mais baixas e mais alta do continuum. Após isso ter sido feito, paciente e terapeuta discutem acerca de comportamentos e características que estão em um nível intermediário desse continuum.
- De uma forma bem realista, o paciente pode avaliar suas características e comportamentos, percebendo que pode ser bem-sucedido mesmo não atingindo o nível extremo do continuum. 
DESCATASTROFIZAÇÃO
- Primeiramente, vale lembrar que catastróficos são indivíduos que decidem se concentrar no resultado negativo de qualquer situação.
- Já a descatastrifização consiste em desafiar os pacientes a levar seus medos até o mais alto grau de ansiedade por entrar em contato imaginário com as conseqüências futuras últimas de determinadas situações temidas.
O terapeuta pode ajudar o paciente formulando algumas questões.
Exemplo: “Qual é a coisa que pode acontecer? E se isso vier a acontecer, será assim tão horrível?”.
QUESTIONAMENTO DA EVIDÊNCIA OU COMPROVAÇÃO DA REALIDADE
- Questiona-se o paciente a respeito das evidências reais que ele possui em relação às suas declarações. 
- A comprovação da realidade o ajuda a obter uma perspectiva mais realista dos acontecimentos.
Por exemplo, pode-se perguntar a ele:“- Se você tivesse de comprovar que esse pensamento é correto, como o faria?” Ou ainda: “Quais as evidências reais que você tem que comprovam a veracidade desse pensamento?”.
- Perguntas como as descritas logo abaixo levam à comprovação da realidade: 
“Que evidências tenha dessa pensamento?”
“Existe uma forma alternativa de ver a situação?”
 “Há alguma explicação alternativa?”
“Está esquecendo fatos relevantes ou centrando-se excessivamente em fatos irrelevantes?”
“Preciso encontrar mais evidencias sobre a realidade desse pensamento?”.
ROTULAÇÃO DAS DISTORÇÕES
- Através da rotulação das distorções, os pacientes podem identificar automaticamente quaisquer pensamento disfuncionais e monitorar seus padrões cognitivos;
- O terapeuta pode fazer uso de rótulos advindos da interação terapêutica com o próprio paciente;
- Um paciente que relata perder o controle e ser impulsivo com muita freqüência pode ser rotulado consensualmente pelo seu terapeuta de “explosivo e impulsivo”. - O objetivo dessa técnica é formar mecanismos metacognitivos que permitamao paciente se controlar diante de possíveis situações impulsivas futuras: “Sou impulsivo; talvez tenha de pensar um pouco melhor antes de agir”. 
SIGNIFICADO IDIOSSINCRÁTICO
- Essa técnica consiste em o paciente esclarecer alguns termos por ele utilizados para o terapeuta possa ter um alto nível de compreensão de sua realidade. 
- O que significam, na semântica, para os pacientes, as formulações verbais proposicionais surgidas ao longo do tratamento? Exemplo: “sou um fracasso”.
- Qual a dimensão dessa afirmativa na vida do paciente? 
- O que significa? - Como aparece no dia-a-dia. 
FLECHAS DESCENDENTES
- Essa técnica (Burns,1980) envolve identificar, de maneira usual, uma situação – problema e as emoções desagradáveis experimentadas nessa situação.
- Por meio dele, pode-se procurar o significado pessoal da crença do paciente.
- São usadas flechas apontadas para baixo a fim de ajudá-lo compreender a lógica e a seqüência de seu raciocínio.
- O primeiro passo é identificar o pensamento automático que se suspeita estar ligado a uma crença importante;
- Depois pergunta-se ao paciente o que isso significaria, supondo que o paciente automático seja verdadeiro.
- O terapeuta utiliza a pergunta 
“Se for assim, o que pode acontecer?”
- A partir do raciocínio do paciente, segue: “Supondo-se que isso fosse verdade, o que significaria para você? O que isso diria a seu respeito? O que aconteceria então? Se fosse assim, o que haveria de tão ruim nisso?” 
- Questionamento como esses são repetidos até que seja possível formular uma afirmação geral o suficiente para englobar não só a situação-problema original, mas também outras situações em que a mesma regra se faz operante.
Isso gera uma seqüência de pensamentos e crenças, até que se atinja o significado central da experiência do paciente. 
INOCULAÇÃO DO ESTRESSE
- O estresse, segundo Lazarus e Folkman (1984), é uma relação entre a pessoa e o ambiente, avaliada por ela como exigente ou excedente a seus recursos pessoais de enfrentamento e ameaçadoras de seu bem – estar. 
- Variáveis cognitivas influenciam a interpretação dada ao evento estressante, que é, em si, mais relevante do que o evento propriamente dito.-
A percepção que a pessoa tem da ameaça contida na situação, sua própria vulnerabilidade e habilidade de enfrentamento definem a ocorrência e o nível do estresse.
- A vulnerabilidade é a percepção da falta de recursos para manejar uma situação estressante. 
- A habilidade de enfrentamento é o conjunto de esforços cognitivos e comportamentais flexíveis e ajustáveis para lidar com demandas internas e externas específicas, avaliadas como de alta demanda ou excedentes aos recursos pessoais 
- A técnica de inoculação de estresse foi proposta por Meichenbaum, na década de 80, para treinar o paciente na vivência antecipada de uma situação estressante, de modo a desenvolver recursos pessoais de enfrentamento a serem utilizados durante uma situação temida real.
-O treinamento é programado conforme a queixa, as características e as necessidades de cada paciente e realizado em três etapas: 
Preparação: 
- O terapeuta informa e educa o paciente com relação ao conceito e à etiologia da ansiedade e do medo.
- A preparação é feita de modo que o paciente possa identificar e compreender as respostas físicas, comportamentais e cognitivas da ansiedade, bem como a interação entre essas respostas. 
2 – Treinamento em habilidades básicas: 
- O paciente, inicialmente, antecipa a situação crítica e descreve o evento estressante.
- Aprende e ensaia respostas adequadas de auto-instrução para enfrentamento dessas situações sobre a maneira mais adequada de conduzir a seqüência de fatos possíveis.
- Depois, antecipa a situação tornando-a mais estressante até um nível no qual geralmente perde o controle e segue com auto-instrução sobre a maneira adequada de manejar a situação-problema até remove-la.
- Ao final, congratula-se por ter conseguido enfrentar e reduzir o estresse.
- O treinamento de habilidades para manejo do estresse e da ansiedade é realizado em três áreas:
 física, com treino de controle da respiração e relaxamento; 
comportamental, com modelação e role-playing; 
cognitiva, com treino de parada do pensamento e auto-instrução.
Terceira etapa: 
- O paciente é confrontado com situações reais, reconhecidas como estressantes, nas quais terá a oportunidade de aplicar suas habilidades. 
- A inoculação do estresse tem sido utilizado no tratamento do pânico e de fobia específicas, no tratamento de estresse pós-traumático, na ansiedade generalizada, no alcoolismo, no controle da dor.
AULA 2 DEFINIÇÃO DA TERAPIA COGNITIVA.
- Afeto e comportamento do individuo: são determinados pelo modo como ele estrutura o mundo. 
- As cognições baseiam-se em atitudes ou pressuposições (esquemas) desenvolvidos a partir de experiências anteriores. 
- Os problemas psicológicos são percebidos como tendo sua origem em processo corriqueiros tais como: 
· Aprendizagem
· Realização de inferência incorretas.
· Distinção inadequada entre imaginação e realidade.
- Os indivíduos freqüentemente formulam regras ou padrões excessivamente rígidos e absolutos, baseados eu suposições erradas.
- Esquemas: são padrões complexos de pensamento que determinam como as experiências serão percebidas.
- Crenças e regras: representam os conteúdos dos esquemas e por conseguinte determinam o conteúdo do pensamento, afeto e comportamento. 
- Devido aos esquemas a crenças surgem os pensamentos automáticos ou disfuncionais.
Teoria Cognitiva de Personalidade
- Para a teoria cognitiva a adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado que são os esquemas.
- Considera que a personalidade baseia-se na operação coordenada de sistemas complexos que foram selecionados ou adaptados para assegurar a sobrevivência.
- Os esquemas são essencialmente estruturas de significado conscientes e inconscientes.
Existem três níveis de cognição:
Nível pré consciente: involuntária, não intencional pensamentos automáticos.
Nível consciente: respostas e comportamentos sem monitoração do paciente.
Nível meta cognitivo: respostas realísticas, racionas e adaptativas.
O nível meta- cognitivo seleciona, avalia e monitora o desenvolvimento adicional de esquemas para os problemas. Este nível regular os níveis cognitivos inferiores. Este nível envolve pensamentos sobre o pensamento. Permite que a pessoa forme intenções conscientes incluindo alcance de seus objetivos ao longo prazo. 
- A diferença entre nível consciente e o meta- cognitivo é feita em termos de monitoração ativa versos passiva da experiência consciente.
Terapia Cognitiva.
- Baseia-se no modelo cognitivo que relata a hipótese de que “as emoções e comportamentos” das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos. 
- Não é uma situação por ai só que determina o que as pessoas sentem, e sim o modo como elas interpretam uma situação. 
- A situação em si não determina diretamente como as pessoas se sentem. 
- A reação emocional é intermediada por sua percepção da situação. 
O QUE SÃO ESQUEMAS?
- Um esquema é um padrão extremamente estável e duradouro que se desenvolve durante a infância e é aperfeiçoado durante toda a vida do indivíduo.
- Nós vemos o mundo por meio dos nosso esquemas. 
- Os esquemas são crenças e sentimentos importantes sobre si mesmo e o ambiente que o indivíduo aceita sem questionar. 
- Eles são autoperpetuadores e muito resistentes à mudanças. 
- Por exemplo, as crianças que desenvolvem um esquema de que são incompetentes raramente questionam esta crença, esmo quando adultos. 
- O esquema não desaparece sem terapia. 
- Um sucesso esmagador na vida da pessoa não é suficiente para mudar o esquema. 
- O esquema luta pela própria sobrevivência e, em geral, tem sucesso. 
Crenças
- Infância: {sobre si mesmo} 
- Desenvolve crenças {sobre as outras pessoas e seus mundos} 
Crenças centrais: 
· São entendimentos fundamentais e profundos que as pessoas não os articulam, sequer para si mesmo. 
· Estas idéias são consideradas “verdadesabsolutas”.
- As interações da pessoas como o mundo e com outras pessoas conduzem a determinados entendimentos ou aprendizagens, suas crenças, que podem variar em precisão e funcionalidade. 
- Para a T. C. interessa as crenças disfuncionais que podem não ser aprendidas. 
- Novas crenças mais embasadas na realidade e funcionais podem ser desenvolvidas e aprendidas através da T. C.
Crenças Irracionais
· “Uma pessoa deve ser estimada ou aprovada por todas as pessoas importantes em sua vida”. 
· “Uma pessoa deve ser plenamente competente adequada e realizada sob todos os aspectos possíveis, para se considerar digna de valor”.
· “Certas pessoas são más, perigosas ou desprezíveis, e deveriam ser censuradas e punidas por suas maldades”.
· “É horrível e catastrófico quando as coisas não acontecem exatamente do modo como a pessoa gostaria que acontecesse”.
Saúde Psicológica: Ellis e Dryden ( 1987) definiram 13 critérios para que ocorra saúde mental: 
· Auto- interesse.
· Interesse social.
· Auto- direção.
· Alta Tolerância á frustração.
· Flexibilidade.
· Aceitação de incerteza.
· Procura de alternativas criativas para o problema.
· Pensamentos científicos.
· Auto aceitação.
· Aceitação de fatores de risco não auto piedade.
· Auto responsabilidade.
Emoções apropriada: Frustração, irritação, aborrecimento, remorso, tristeza, pesar e infelicidade.
Emoções desapropriadas: Raiva, ansiedade, depressão, desespero, culpa. 
Pensamentos Automáticos
- São pensamentos rápidos e não decorrentes de deliberação ou raciocínio.
- Surgem de repente, são rápidos e breves. 
- Geralmente as pessoas ficam pouco cientes destes pensamentos, estando mais cientes das emoções que se segue.
- É provável portanto que as pessoas aceitam seus pensamentos automáticos como verdadeiros. 
- Podemos identificar nossos pensamentos automáticos prestando atenção á mudanças de afeto. 
- Identificando os pensamentos automáticos podemos avaliar a validade dos nossos pensamentos. 
- Quando os pensamentos disfuncionais são sujeitos á reflexões racional, nossas emoções em geral mudam. 
- De onde surgem os pensamentos automáticos?
- O que faz uma pessoa interpretar uma situação diferente de uma outra?
- Porque a mesma pessoa pode interpretar um evento idêntico de forma diferente em um momento e em outro? 
Está relacionamento a fenômeno cognitivos mais duradouros que são “As Crenças”
Erros típicos de pensamentos automáticos: Distorções cognitivas.
Pensamento do tipo tudo ou nada: O paciente vê uma situação em apenas duas categorias Ex.: sucesso ou fracasso.
Catastrofizando- Adivinhação: O paciente prevê o futuro negativamente sem considerar outros resultados mais prováveis.Ex.: Eu ficarei tão aborrecida que não serei capaz de agir direito. 
Desqualificando ou desconsiderando o positivo: O paciente diz pra si mesmo que experiências ou atos e qualidades positivas não contam. Ex.: “Eu apenas tive sorte”.
Argumentação emocional: O paciente pensa que algo é verdadeiro porque sente isto de maneira convincente que acaba desconsiderando evidências contrárias. Ex.: “Sei que faço muitas coisas certas no trabalho, mas ainda me sinto como se fosse um fracasso”.
Rotulação: é rotular todas as situações que estão a sua volta bem como as pessoas e a si mesmo.Ex.: “Eu sou um perdedor.”; “Ele não presta.”
Magnificação / minimização: Aumenta o negativo e diminui o positivo. Ex.: “Receber nota alta não significa que eu sou inteligente”.
Filtro mental – Abstração seletiva: Paciente preste atenção indevida a um detalhe negativo em vez de considerar o quadro geral. Ex.: “Porque eu tirei nota baixa na minha avaliação, isto significa que eu estou fazendo um trabalho deplorável”.
Leitura mental: O paciente acha que sabe o que os outros estão pensando. Ex.: “ele está pensando que eu não sei nada sobre este projeto” 
Supergeneralização: Você tira uma conclusão negativo radical que vai muito além da situação atual. Ex.: “Porque eu me senti desconfortável no encontro eu não tenho o que é necessário para fazer amigos”. 
Personalização: O paciente acredita que os outros estão se comportando devido á você. Ex.: “O encanador foi rude comigo, porque eu fiz algo errado”. 
Declarações do tipo “ Eu deveria” ou “eu devo” Ex.: “É terrível que tenho cometido um erro. Eu deveria dar sempre o melhor de mim”. 
Visão em Túnel: o paciente vê apenas os aspectos negativos e uma situação. Ex.: “O professor de meu filho não sabe fazer nada direito”. 
Decidindo quanto a modificar uma crença:
- Tendo identificado uma crença, o terapeuta determina se a crença intermediária é central ou mais periférica.
- Será modificada se o paciente tiver aprendido as ferramentas para identificar e modificar seus pensamentos automáticos e tenha obtido algum alivio dos sintomas. 
- A modificação de P.A vem antes da modificação da crença intermediária, e esta vem antes da modificação da crença central.
Educando os pacientes sobre as crenças:
Exemplo:T: Já identificamos algumas de suas crenças:
“È terrível fazer um trabalho medíocre”
“Eu tenho que fazer tudo de maneira excelente”
Onde você pensa que aprendeu essa idéia?
P: Ao crescer, eu acho.
T: todas as pessoas tem estas mesmas crenças?
P: Sim, minha prima. Acho que ela pensa que ser perfeito é ser medíocre. Ela está mais interessada em se divertir.
T: Então ela aprendeu crenças diferentes?
P: Eu acho que sim.
T: Então você atualmente tem um conjunto de crenças que não está mais lhe trazendo muita satisfação, certo? Porém se você aprendeu este conjunto de crenças, você pode desaprende-lo e talvez aprender outras crenças, que tal? 
Formulando uma nova Crença :
- O terapeuta formula claramente para si, qual seria uma crença mais adaptativa. 
- Ele pergunta para si mesmo: “Que crença seria mais funcional para o paciente?”
- Construir uma crença nova é um processo colaborativo, porém o terapeuta formula mentalmente estratégias para mudar a velha crença. 
- A nova crença deve ser tematicamente relacionada à crença disfuncional anterior.
Crenças Antigas: 
- Se meu desempenho não é tão bom quanto dos outros, eu sou uma fracassada.
-Se eu peço ajuda, isso é um sinal de fracasso.
- Se eu falho no trabalho ou estudo, eu sou um fracasso como pessoa.
- Modificando as crenças centrais e centrais e fortalecendo as novas
- Tendo identificado a crença central negativa, o terapeuta projeta uma nova crença mais realista e funcional e orienta o paciente em uma direção. 
- Uma crença relativamente positiva é, em geral mais fácil para um paciente adotar do que uma crença que está em um extremo.
Crença Central Antiga
“Eu não sou completamente querida”.
“Eu sou má”. 
“Eu sou impotente”.
“Eu não sou perfeita”.
“Se eu falho no trabalho ou estudo, eu sou um fracasso como pessoa”.
“Eu deveria ser capaz de me destacar em tudo que experimento”. 
“Eu deveria sempre trabalhar e dar o melhor de mim”.
“Se eu não trabalhar duro o tempo todo, eu falharei”.
Novas Crenças Central
Eu sou geralmente uma pessoa querida.
Eu sou uma pessoa digna com características positivas e negativas.
Eu tenho controle sobre muitas coisas.
Eu sou normal, tanto com pontos fortes como pontos fracos.
O paciente do eixo I pode acreditado na “nova” crença central durante grande parte de sua vida,portanto ela é relativamente fácil de ser especifica.
Crenças Novas
- Se o meu desempenho não é tão bom quanto o dos outros, eu não sou uma fracassada, sou apenas humana.
- Se eu peço ajuda quando preciso dela eu estou mostrando boas habilidades de resolução de problemas {o que é um sinal de força} 
- Se eu falho no trabalho ou estudo, isto não é reflexo do meu eu enquanto pessoa. O meu eu inclui muitos outros fatores.
AULA 3 TERAPIA COGNITIVA PARA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
-Embora haja diferenças conceituais entre ansiedade e medo não se tem concluído que a distinção seja útil na hora de definir um tratamento;Uma vez que a ansiedade é um transtorno emocional generalizado e o medo uma emoção aversiva provocada por um estimulo externo especifico;
- Desta forma é importante discutir os aspectosmais importantes encontrados no sistema cognitivo dos pacientes ansiosos;
- Bem como alguns aspectos de avaliação e uma breve descrição das técnicas comportamentais e cognitivas empregadas mais frequentemente com os sintomas de ansiedade.
Aceitação, Competência e Controle
Aceitação
- É a crença de que o paciente necessita de aceitação de todo mundo, a fim de conseguir o bem-estar ou a felicidade e que a rejeição representa uma importante ameaça;
-A pessoa preocupada com a aceitação encontra-se excessivamente vigilante aos sinais de rejeição e pode esperar também que todo o mundo proporcione sinais claros de aceitação;
- “A critica significa rejeição pessoal” , “Não há nada se não me amam”, “Tenho que agradar aos demais”;
- Assim como no caso de pacientes deprimidos, as respostas racionais às suposições se centram no desenvolvimento do valor de si mesmo, independente das fontes externas de aprovação;
Competência
- Os pacientes preocupados com a competência tem a crença de que são inferiores devido a algum defeito que pode ser de caráter físico, que pode atribuir-se à inferioridade do intelecto ou da personalidade ou, inclusive, à raça ou ao sexo;
- Suas cognições automáticas condizem freqüentemente a uma subestimação de suas capacidades e a um exagero de suas fraquezas. Vigiam em excesso a ameaça de critica.;
- Exemplos de suposições típicas são: “ Só existem ganhadores e perdedores nesta vida” ou “Se cometo um erro, fracassei”. 
- As pessoas temem perder o controle se centram na ameaça dos demais ou nos acontecimentos que os dominam;
- Temem perder o controle e “ficar loucos” ou converter-se em escravos de uma pessoa com autoridade; 
- Normalmente atribuem sua ansiedade a estímulos externos, porem um exame mais minucioso revela que não é a situação em si o que se teme, mas sim uma possível perda de controle;
- Comportalmentamente o temor de perder o controle em uma determinada área pode manifestar-se como um excesso de controle em outra área.
- “Sou o único que pode solucionar meus problemas”, “Não posso suportar que os demais me digam o que tenho que fazer” .
- Estes pacientes mostram um desejo de um grau de controle pouco realista e, por esta razão, se beneficiam se estruturam seu mundo não em termos de controle mas, pelo contrario, em termos de escolhas. Os sinais fisiológicos de ansiedade, as manifestações comportamentais e as cognições: 
Técnicas Comportamentais
-Comportamentos de evitação e comportamentos ritualizados
- A resposta de evitação é uma retirada direta do estimulo temido, enquanto o comportamento ritualizado serve ao propósito de reduzir temporariamente o nível de ansiedade.
- O tratamento correspondente para a evitação é a aproximação, ritualizado é a restrição.
Dessensibilização Sistemática
- Dessensibilização sistemática é uma técnica onde os pacientes constroem uma hierarquia das situações temidas e se imaginam nas diversas situação sob um estado de relaxamento, incompatível com o estado de ansiedade, também chamado de aproximação;
- Nos tratamentos baseados na aproximação, dois conceitos são de crucial importância: a exposição gradual e a exposição em vivo ao estimulo temido.
O treinamento em relaxamento
- Dois métodos, o relaxamento muscular progressivo e o relaxamento autógeno são igualmente aconselháveis como parte da dessensibilização sistemática ou como uma parte independente do tratamento;
- O relaxamento progressivo consiste em tensionar e relaxar sucessivamente grupos específicos de músculos;
- O treinamento autógeno induz relaxamento sugerindo sensações de calor e peso no corpo , e mais cognitivo do que o relaxamento progressivo;
- Pode-se praticar em horários pré-estabelecidos ou como resposta para afrontar o estimulo temido;
- Respiração diafragmática .
A distração
- As imagens podem levar a comportamentos ritualizados ou ter um efeito paralisante e deste modo, precisam ser desconectadas”.
- A distração parece ser a técnica mais eficaz neste assunto . 
- Pode-se dizer aos pacientes que se centrem intensamente em algum objeto externo.
- A distração pode tomar outras formas , como o exercício físico, o dedicar-se a outra atividade.
-Pode ser útil empregar um “Termômetro de Medo”, antes e após o exercício de distração, para vigiar a redução da ansiedade de maneira mais objetiva. 
Técnicas cognitivas
Este enfoques de tratamento se agrupa em três categorias principais: modificar a reação afetiva à ansiedade, descatastrofizar e desenvolver mecanismos de enfrentamento. 
-Os pacientes que apresentam transtornos de ansiedade freqüentemente tem ansiedade por estar ansiosos. Atitudes comuns sobre a ansiedade incluem: 
“A ansiedade não me deixa viver,
“A ansiedade me deixa louco”.
-Os pacientes experimentam , com freqüência, uma elevada vergonha em manifestar a ansiedade e exageram o grau em que as pessoas ao seu redor percebem seus sintomas;
- O que os pacientes temem é a ansiedade em si, provocada por uma determinada situação; 
- Quando os indivíduos apresentam essa percepção tão catastrófica de encontrar-se num estado de ansiedade, o terapeuta pode incentivá-los a aceitarem as sensações de ansiedade como adaptativas;
- Ao abandonar o controle sobre suas sensações de ansiedade, os pacientes vêem que são capazes de utilizá-la como um sinal adaptativo; 
- Ao aceitar a ansiedade, o paciente faz com que esta diminua;
- Para aumentar a tolerância à ansiedade, os pacientes podem começar a incrementar gradualmente o tempo que passam sem dedicar-se a comportamentos ritualizados , como fumar ou comer;
-Podem empregar autoverbalizações como:
 “Posso fazê-lo” ou “Não é tão ruim como pensava”. 
- A aceitação das sensações de ansiedade não implica a resignação de maneira alguma. 
- Simplesmente desdramatiza a experiência de ansiedade e libera o paciente para experimentar e ser mais atrevido. 
- Em ver de converter os pacientes em indivíduos mais passivos, os tornam mais ativos
Descatastrofizar 
Nas raízes de um temor , freqüentemente, subjaz uma cena catastrófica.
- Pode-se tranqüilizar os pacientes dizendo-lhes que, de fato, muita gente que sofre transtornos de ansiedade tem pensamentos e imagens estranhas sobre a pior situação ou cena possíveis
“O que é o pior que pode acontecer?” “O que aconteceria se ocorresse o que você mais teme?”
- Uma vez identificada a cena catastrófica, é possível modifica-la.
- Projeção no tempo para descatastrofizar certos problemas.
- Pode-se pedir a uma pessoa que tem medo de uma determinada cirurgia que imagine si mesma dois meses após a cirurgia , quando estiver totalmente recuperada. 
- O descentralizar é outra técnica desenvolvida para proporcionar contra-argumentos à crença de que alguém é o centro da atenção dos demais.
- Tem um objetivo mais definido que consiste em perceber que ele não é ponto central da atenção.
Estratégias de afrontamento
A imaginação dirigida 
-O paciente pode imaginar-se enfrentando a situação temida “como se” não estivesse ansioso.
-Se o paciente achar impossível imaginar a si mesmo afrontando a situação, a imagem pode centrar-se, a principio em outra pessoa que a enfrenta. 
-Quanto mais rica em detalhes, como sons, odores,cores, etc. seja a imagem, mais absorvente será a técnica.
- A imaginação projetada implica em pedir ao paciente que se imagine onde quer estar e como gostaria de estar em uma data determinada;
- Esta técnica serve a dois propósitos: primeiro, para delinear objetivos realistas sobre os quais o paciente possa ter controle e, segundo, para imaginar-se em um estado mais desejável faz com que o paciente perceba este estado mais a seu alcance.
A repetição e o emparelhamento de estímulos
- Quanto mais freqüente se ensaie a imagem positiva, mais eficaz ela se torna com a imagem, como palavras (“tranqüilo”), cores(“azul”) ou inclusive slogans; 
- Tais estímulos podem ser incorporados às autoverbalizações do paciente, seja em momentos específicos do dia, como ao levantar-se pela manha, seja quando se encontra frente a uma situação difícil.

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