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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
ANDRESSA DA SILVA MOREIRA - GRR 20181708 
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes 
Curso de Psicologia 
Disciplina: Neuropsicologia I (2020.1) 
Docente: Tatiana Izabele Jaworski de Sa Riech 
 
FICHAMENTO: SÉRIE DOCUMENTAL BABIES 
 
INTRODUÇÃO: 
O presente fichamento visa relatar sobre os primeiros 6 episódios da série 
documental “Babies” ou “Bebês em foco” (produção da Nutopia para a Netflix), a qual 
teve como principal objetivo investigar cientificamente o desenvolvimento neurológico 
no primeiro ano de vida do bebê. Para isso, houve a participação de cientistas 
renomados mundialmente. Dentre esses cientistas, cujas descobertas serão apresentadas 
ao decorrer deste texto, estão: Ruth Feldman, da IDC Herzliya, de Israel; Michael 
Georgieff, da Universidade de Minnesota; Susan Lynch, da Universidade da Califórnia, 
em São Francisco; Mariana Barbu; Michelle Lampl; Rebecca Spencer, da Universidade 
de Massachusetts; Erich Jarvis, da Universidade de Rockefeller; Nadia Dominici, da 
Universidade de Amsterdam, países baixos. Essa série buscou investigar desde o 
primeiro vínculo entre os pais e o bebê no nascimento, á primeira fase de alimentação, o 
momento de engatinhar, ás primeiras palavras, á importância do sono para o 
desenvolvimento, até os primeiros passos do bebê. 
 
DESENVOLVIMENTO: 
De acordo com a cientista Ruth Feldman, o relacionamento que os pais têm com 
a criança é uma experiência muito significativa e contem um grande impacto em relação 
a como o bebê se desenvolve e vivencia o mundo. Ruth Feldman, no ano de 2001, deu 
início a sua pesquisa sobre o papel da ocitocina no vínculo entre “pais e bebês”. Nesse 
experimento foram recrutadas 80 mães, das quais foram coletadas amostras durante o 
período de gestação e depois no primeiro mês pós- nascimento. Com isso, foi 
descoberto que os níveis de ocitocina aumentam ao decorrer de toda a gravidez e logo 
após o nascimento também. Num segundo estudo, para saber o impacto que havia da 
ocitocina nos pais, foram recrutados 80 casais e medidos os níveis de ocitocina neles 
nos primeiros meses após o nascimento do bebê. O resultado encontrado foi que os 
níveis de ocitocina nos pais e nas mães são idênticos. Isso significa que quanto mais 
tempo os pais ficam com os bebês, se envolvem realmente com seu papel parental 
(cuidam, dão banho, alimentam), mais o sistema de ocitocina será ativado. A 
pesquisadora, ao analisar o cérebro da mãe, descobriu que a amigdala, que é responsável 
por deixar a mãe vigilante, é ativada durante a gravidez e nascimento do bebê e continua 
ativa para sempre, não importa a idade de seu filho. Já na figura paternal é ativado 
somente cerca de ¼ do que é visto na mãe. No entanto, ao analisar um grupo de casais 
homossexuais homens (a saber, 48 casais) que tiveram um filho por meio da barriga de 
aluguel e que tiveram contato com o bebê desde seu primeiro dia de vida, foi descoberto 
que a ativação de suas amigdalas é a mesma ativação encontrada nas mães. Logo, com 
todo esse estudo, foi possível observar que o cuidado dedicado dos pais ativam seus 
cérebros na mesma medida que a gravidez, o nascimento e a amamentação ativam os 
cérebros das mães. 
Michael Georgieff descobriu que os metais (ferro, zinco e cobre) afetam a 
complexidade do cérebro e são fundamentais para o aprendizado e memória. A 
quantidade de ferro necessária para o bebê é estocada no útero para que ele nasça com 
seu corpo e mente saudável e permaneça assim até seus primeiros quatro meses. No 
entanto, Georgieff analisou que mães com pressão alta, diabetes ou fumantes não 
transferiam a quantia necessária de ferro para o feto. Crianças com deficiência de ferro 
apresentavam problemas de memória. O pesquisador queria saber se isso também 
acontecia nos bebês. Levando- se em consideração que o bebê precisa ter a capacidade 
de diferenciar a voz da mãe a de um estranho, Michael Georgieff fez uma experiência 
onde, por meio de uma rede de EEG (que mede a atividade elétrica vinda do cérebro) 
objetivou saber se o bebê apresentava um padrão encefalográfico diferente ao ouvir a 
voz da mãe e a voz de um estranho. Com isso, o cientista descobriu que bebês com a 
quantidade de ferro necessária apresentava um padrão de atividade elétrica diferente 
para a voz da mãe e a voz estranha e o bebe com falta de ferro não conseguia 
discriminar as diferenças existentes entre a voz da mãe e a voz desconhecida. Isso 
mostra que o bebê com ferro suficiente tem uma ótima memória, uma vez que obteve 
sucesso em memorizar e diferenciar as duas vozes, já o bebê com deficiência de ferro 
sugere que seu hipocampo (área envolvida no aprendizado e memória) não há um 
funcionamento adequado. Michael Georgieff relatou que há mais de dois bilhões de 
pessoas no mundo com deficiência de ferro. Por conta dessa descoberta da grande 
importância do ferro para o desenvolvimento cerebral, a saúde pública de pré e pós- 
natal começaram a garantir que as mães recebessem a quantidade adequada de ferro 
para ser estocado no útero. 
Outra descoberta incrível foi feita pela cientista Susan Lynch, ela descobriu que 
bebês que não convivem com animais em seus lares tem uma maior probabilidade de 
desenvolver asma na infância. Em contraste, bebês que convivem com cães e, em menor 
escala com gatos, estão mais protegidos de desenvolver asma, uma vez que lares com 
animais há uma maior diversidade de bactérias que ajudam na imunidade da criança. 
No que diz respeito ao processo de engatinhar de um bebê, Mariana Barbu 
descobriu que o sistema nervoso, tão importante e necessário para que o bebê 
desenvolva o movimento dos braços e pernas e se impulsione para engatinhar, já está 
pronto em bebês recém- nascidos. Michelle Lampl observou que cada bebê tem um 
tempo diferente, uma trajetória diferente para engatinhar. 
Erich Jarvis, da Universidade de Rockefeller, queria descobrir se as vias 
cerebrais que controlam o comportamento de aprendizagem vocal dos pássaros canoros 
(melhor espécie não humana com habilidade de imitação vocal) eram ou não similares 
aos dos humanos. Para isso, Jarvis deixou os pássaros cantarem e escaneou seus 
cérebros para ver quais as áreas que eram ativadas. Com isso, o pesquisador descobriu 
que quando os pássaros cantavam, as áreas cerebrais ativadas eram iguais às regiões 
cerebrais que os seres humanos tinham para o discurso. Além disso, o cientista 
descobriu que o movimento das asas dos pássaros ativavam as regiões de aprendizado 
vocal, isso significa que havia uma ligação entre as áreas de movimento e as áreas que 
controlavam a língua falada. De acordo com a teoria motora da origem do aprendizado 
vocal de Jarvis, os caminhos cerebrais que controlam o discurso tiveram sua evolução a 
partir da duplicação das vias cerebrais que controlam o movimento. Por fim, a pesquisa 
de Erich Jarvis em aves canoros, que tinha como intuito compreender como os bebês 
adquiriam uma língua, concluiu que o circuito de aprendizado vocal dos pássaros 
canoros, e o circuito de aprendizado vocal dos humanos eram um circuito motor e, por 
esse motivo, as crianças tinham a capacidade de compreender uma língua antes mesmo 
de obter a habilidade de falar. 
A pesquisadora Rebecca Spencer descobriu, por meio de um experimento com 
os bebês, que os múltiplos períodos de sono do bebê (cochilos e o sono da noite) são 
fundamentais para seu aprendizado e memória, uma vez que o hipocampo dos mesmos é 
menor em relação aos dos adultos, o que acaba que o bebê precisa carregar informações 
de curto prazo para seu local permanente (memória de longo prazo) com mais 
frequência em relação á pessoas adultas. 
Nadia Dominici queria saber se o bebê já nascia com a habilidade inata para 
andar ou se era uma habilidade aprendida e, se a marcha reflexa, que já era 
característica inata de um bebê recém- nascido, era o fundamento para que o bebê 
adquirisse ahabilidade de andar sozinho. Para isso, ela realizou um experimento que 
comparava a atividade muscular de um recém- nascido com a de uma criança que sabia 
andar de maneira independente. A partir desse experimento houve a descoberta de que 
os bebês conservavam os padrões básicos de marcha reflexa de seu nascimento, o que 
comprova que os bebês já nascem com a habilidade inata para andar. Além dos padrões 
da marcha reflexa, foram encontrados outros dois padrões quando os bebês começavam 
a andar, um deles era relacionado ao apoio e o outro a propulsão, o movimento de 
impulsionar. 
 
CONCLUSÃO: 
A série “bebês em foco” contribuiu muito para um melhor entendimento acerca 
do desenvolvimento cerebral dos bebês e de como é importante que esse 
desenvolvimento aconteça da maneira adequada para que essas crianças cresçam fortes 
e saudáveis. Além disso, foi possível compreender alguns dos variados riscos que essas 
crianças enfrentariam ao decorrer de sua infância e também em sua vida adulta caso não 
tivessem o cuidado necessário durante a gestação e após seu nascimento. 
 
REFERÊNCIAS: 
Babies. Produção: Nutopia. Estados Unidos: Netflix, 2020. Disponível em: 
https://www.netflix.com/br/.

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