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TRABALHO_BIOLOGIA E MICROBIOLOGIA AMBIENTAL

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Este documento é autorizado apenas para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estácio de Sá até março de 2016. Copiar ou publicar é violação dos 
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Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 
 
 
 
 
 
CASO: OIT-104 
DATA: 
11/01/2011 
 
FUNDOS HÍDRICOS: FINANCIANDO A HABILIDADE DA NATUREZA DE 
PROTEGER RECURSOS HÍDRICOS 
 
Uma oferta de água limpa e segura é essencial para a vida, a agricultura e para os negócios. A 
natureza tem um papel importante ao manter o fluxo e a pureza da água. As atividades humanas 
degradam a qualidade e/ou a quantidade de água circulando para os consumidores a jusante, 
considerando que a manutenção de ecossistemas em funcionamento pode ajudar a fornecer uma 
oferta de água limpa e confiável para consumidores de água a jusante. Os fundos hídricos são 
uma forma dos consumidores de água a jusante de preservar sua oferta de água ao pagar para 
restaurar e conservar ecossistemas naturais. 
 
SERVIÇOS AMBIENTAIS E ÁGUA 
 
Apenas 2,5 por cento da água no planeta Terra é doce e dois terços dela estão congelados em 
geleiras e calotas de gelo. De toa a água no planeta, só 0,77 por cento está em lagos, rios, 
aquíferos subterrâneos, solo, vida vegetal e na atmosfera. 
 
Serviços Ambientais 
 
O termo "serviços ambientais" se refere "as condições e processos pelos quais os ecossistemas 
naturais, e as espécies que os compõem, sustentam e satisfazem a vida humana".1
 
 Sistemas de 
água doce, como rios, lagos, aquíferos e pântanos, fornecem três tipos básicos de serviços 
ambientais. Eles são fonte de água para usos como beber, cozinhar, irrigar e processos de 
fabricação. Eles fornecem bens como peixes e aves aquáticas. Eles também proporcionam 
 
1 
Gretchen Daily, “Introduction: What Are Ecosystem Services,” in Gretchen Daily, ed. Nature’s Services: Societal 
 Dependence on Natural Ecosystems, (Washington, D.C.: Island Press, 1997), p. 198. 
David Hoyt e os professores Erica Plambeck e Gretchen Daily prepararam este caso como base para uma discussão 
em sala ao invés de ilustrar o manuseamento eficaz ou ineficaz de uma situação administrativa. 
 
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Fundos hídricos: Financiando a Habilidade da Natureza de Proteger Recursos 
Hídricos: OIT-104 
p. 2 
 
 
serviços como controle de inundação, transporte, recreação, geração de energia e proteção da 
qualidade da água. 
As atividades humanas podem ameaçar os benefícios proporcionados pelos ecossistemas de água 
doce de diversas formas. Por exemplo, construir represas muda o calendário e a quantidade dos 
fluxos fluviais, muda a temperatura da água, altera o transporte de nutrientes e sedimentos nos 
sistemas fluviais e interfere na migração dos peixes. O desflorestamento reduz a habilidade dos 
aquíferos subterrâneos de reabastecimento, aumenta a erosão, enche os rios e lagos de sedimento 
e reduz o controle natural de inundações. A pastagem de gado perto de córregos degrada os 
bancos dos córregos, aumentando a erosão e o fluxo sedimentos, bem como introduz micróbios e 
nutrientes neles. A drenagem de pântanos reduz o controle natural de inundações, o habitat para 
os peixes e aves aquáticas e a filtração natural da água.3 (Ver Apêndice 1 para descrição mais 
completa de ameaças humanas para os serviços ambientais de ecossistemas de água doce). 
 
Pagamento para Serviços Ambientais 
 
Nos últimos anos, o valor econômico dos serviços ambientais começou a ser reconhecido e 
diversos programas de "pagamentos para serviços ambientais" (PES) foram instituídos. Muitos 
desses foram programas governamentais. Por exemplo, desde 1997, o governo da Costa Rica 
paga aos latifundiários para conservar e restaurar a floresta para obter carbono e proteger bacias 
hidrográficas, biodiversidade e a beleza das paisagens.4 
 
A China implementou programas PES para restaurar ecossistemas e reduzir a erosão, reter água e 
controlar inundações. Além de pagar fazendeiros e madeireiros para restaurar od danos, os 
programas também os compensam para engajar em silvicultura ecologicamente benéfica e 
práticas agrícolas ecológicas.5 
 
Outro exemplo de PES apoiado pelo governo é a preservação de bacias hidrográficas pela cidade 
de Nova Iorque. De 1977 a 2010, a cidade gastou $541 milhões para preservar mais de 100,000 
acres de bacias hidrográficas que fornecem sua água potável. O investimento permitiu que Nova 
Iorque não construísse uma usina de filtragem de água estimada em $10 bilhões.6 
FUNDOS HIDRÍCOS 
 
Além de situações em que os governos pagam por serviços ambientais, grupos de interessados 
públicos e privados podem combinar e financiar projetos de ecossistemas que estimulam seus 
interesses. Isto está acontecendo cada vez mais na busca para proteger a qualidade e a quantidade 
da água. Esses "fundos hídricos" são mecanismos financeiros a longo prazo que restauram e 
preservam ecossistemas naturais que proporcionam água doce. 
 
Esses fundos pagam por projetos que preservam e restauram a habilidade dos ecossistemas 
naturais de filtrar e armazenar água, reduzindo a necessidade de unidades de tratamento caras e 
represas. 
 
2 
Sandra Postel and Stephen Carpenter, “Freshwater Ecosystem Services,” in Gretchen Daily, ed. Nature’s Services: 
Societal Dependence on Natural Ecosystems, (Washington, D.C.: Island Press, 1997), p. 198. 
3 
Ibid., p. 208. 
4 
Gretchen Daily, et al., “The Value of Nature and the Nature of Value,” Science, July 21, 2000, p. 1. 
5 
Jianguo Liu, et al., “Ecological and Socioeconomic Effects of China’s Policies for Ecosystem Services,” 
Proceedings of the National Academy of Sciences, July 15, 2008, p. 9477. 
6 
“NYC Buys More Upstate Watershed Land,” Crain’s New York Business.com, July 19, 2010. 
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Fundos hídricos: Financiando a Habilidade da Natureza de Proteger Recursos 
Hídricos: OIT-104 
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Componentes dos Fundos Hídricos 
Vários componentes foram identificados como necessários para um fundo hídrico eficiente:7 
 
1. Um mecanismo de serviço ambiental, incluindo a natureza e as pessoas. Por exemplo, em 
bacias hídricas no norte dos Andes, pastagens (páramo) e florestas em altitudes elevadas 
são importante para o armazenamento e a filtragem da água, mas estão sujeitas a 
alteração vindo rio acima de comunidades rurais de fazendeiros e rancheiros. 
 
2. Um mecanismo financeiro sustentável, com gestão transparente. Fundos hídricos têm 
sido estabelecidos frequentemente na forma de trustes, ondeum conselho tinha a 
responsabilidade fiduciária de gerir os fundos para atingir um conjunto de benéficos 
especificados. Acordos de fundos hídricos tem sido geralmente de longa duração - mais 
de 80 anos - em reconhecimento do fato que projetos de ecossistema devem ser mantidos 
a longo prazo para proporcionar os serviços desejados. 
 
3. Um mecanismo institucional para organizar participantes públicos e privados de fundos. 
Fundos hídricos têm sido caracteristicamente governados por um conselho de diretores, 
com cada contribuinte principal do fundo recebendo um cargo na diretoria. 
 
4. Um conjunto de atividades de conservação específicas que o fundo poderia financiar para 
gerar benefícios para tanto as comunidades rio acima quando consumidores de água a 
jusante. Estas têm sido caracteristicamente na forma de proteção, reflorestamento, 
restauração, práticas silvipastoris e colocação de cercas e estão descritas abaixo. 
 
5. Um sistema de responsabilização para assegurar que os serviços sejam feitos e os 
ecossistemas naturais, protegidos. Desde 2010, os fundos hídricos podiam prestar contas 
do dinheiro gasto e do andamento dos projetos. Entretanto, os métodos de monitoração da 
eficácia dos projetos de fundo hídrico para melhorar a qualidade e o fluxo da água ainda 
estavam sendo desenvolvidos. 
 
6. Os interessados com meios financeiros e interesse de participar. Os investidores de fundo 
hídrico em vários fundos ativos em 2010 incluíam: agências públicas, como empresas de 
serviços hídricos; empresas privadas como empresas cervejeiras e de água engarrafada; 
associações agrícolas; organizações ambientais; e cidadãos, através de doações 
voluntárias em suas contas de água ou através de impostos e taxas. Em locais onde os 
interessados a jusante são pobres (como em muitas bacias hídricas africanas), qualquer 
financiamento para serviços ambientais devem vir de doadores privados ou fundos de 
desenvolvimento. 
 
Um conjunto de condições de capacitação para fundos hídricos é 
fornecida no Apêndice 2. O Desafio da Incerteza Quanto a Eficácia 
Um desafio encontrado pelos fundos hídricos tem sido medir os resultados e demonstrar que os 
benefícios atingidos justificam o investimento. Muito da justificação tem se relacionado aos 
custos evitados 
 
7 
Baseado em Rebecca Goldman, Silvia Benitez, Alejandro Calvache, and Aurelio Ramos, “Water Funds: 
Protecting Watersheds for Nature and People,” The Nature Conservancy, Arlington, VA, 2010, p. 6. O sexto 
componente foi adicionado pelo autor do caso. 
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como demonstrado pela compra da Cidade de Nova Iorque de bacias hidrográficas para evitar a 
construção de uma usina de tratamento. Calcular o benefício econômico de um projeto de 
conservação em particular era uma ciência bastante inexata em 2010. Os fundos hídricos podiam 
dizer os interessados que eles tinham instalado uma quantidade especifica de cercas, mas ainda 
não podiam responder a pergunta de quantos benefícios isso iria proporcionar aos interessados e 
quão rápido os benefícios seriam atingidos. 
 
Cientistas pesquisavam a eficácia de projetos de fundo hídrico em microescala, estudavam o 
impacto de várias intervenções (como a colocação de cercas) em parâmetros como sedimentação 
e níveis de bactéria. Levar isso ao nível do impacto geral nos consumidores a jusante foi uma 
tarefa mais difícil, como muitos fatores influenciavam a qualidade e quantidade de água e era 
mais difícil de atribuir mudanças definitivamente aos projetos de fundo hídrico - particularmente 
durante as fases iniciais do fundo, quando projetos de conservação impactavam apenas uma 
pequena parte da bacia hídrica. 
 
Essa incerteza contrastou com soluções de engenharia - engenheiros podiam dizer com grande 
confiança o quanto uma usina de tratamento ia custar, a quantidade de água após o tratamento e 
quando os benefícios da usina seriam desfrutados. 
 
O Desafio dos Objetivos Diversos dos Interessados 
 
Um segundo desafio para os fundos hídricos foi que os diferentes interessados têm diferentes 
objetivos. Por exemplo, uma cervejaria está interessada na qualidade da água, a prioridade de 
uma fazenda pode ser o fluxo hídrico da época de seca e a prioridade de uma organização de 
conservação pode ser preservar a biodiversidade. Cada fundo hídrico tinha uma quantidade de 
dinheiro limitada para investir e tinham que fazer concessões entre possíveis projetos de 
conservação para atender as necessidades de seus vários interessados. 
 
Atividades dos Fundos Hídricos 
 
Fundos hídricos podem empreender em uma vasta gama de atividades para atender seus vários 
objetivos de serviços ambientais. Para exemplificar, vamos considerar os fundos criados no 
norte dos Andes bacias hidrográficas da Colômbia, Peru e Equador. Grande parte do ecossistema 
natural nessa área é floresta e páramo (pastagens em altitude elevada). 
 
Páramo e florestas são igualmente importantes para a qualidade e fluxo água e ambos 
proporcionam controle de erosão e retenção de água eficaz. Quando a chuva cai na terra, escoa 
rapidamente, erosando o solo e carregando sedimentos para o rio ou córrego mais próximo. 
Entretanto, raízes de páramo e árvores se ligam ao solo, retendo água durante estações úmidas e 
a liberando durante períodos de seca. Elas ajudam a água a penetrar na terra, onde irá 
reabastecer rios, córregos e lagos durante períodos de seca, ao invés de ser desperdiçada como 
escoamento durante as tempestades. Florestas e pastagens são eficazes na capturarão de água da 
neblina. Elas também são habitats importantes para manter a biodiversidade da região. 
 
Esses serviços ambientais foram ameaçados quando as florestas e o páramo foram convertidos 
em ranchos e fazendas. Isso fez com que os consumidores a jusante, governos e organizações 
de conservação considerassem desenvolver fundos hídricos. Atividades de conservação incluíam 
a colocação de cercas, reflorestamento, práticas silvipastoris e a fiscalização de áreas protegidas. 
(Apêndice 3 proporciona impactos representativos de várias atividades em diferentes terrenos). 
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Colocação de Cercas 
A colocação de cercas para manter o gado e outros animais longe dos córregos e dos bancos de 
córregos protegidos foi uma atividade altamente eficaz financiada por fundos hídricos para evitar 
erosão e para filtrar água de escoamento.8 As cercas também mantiveram rebanhos fora das 
florestas, pastagens e outras áreas sensíveis do ponto de vista ambiental. Em áreas servidas pelos 
fundos hídricos, as cercas eram geralmente na forma de "cerca viva", onde três árvores eram 
plantadas e arame farpado era colocado entre as árvores. O uso de arvores proporcionou 
benefícios ambientais comparados a estacas de cerca convencionais, pois elas capturavam água e 
criavam raízes que se ligavam ao solo. Cercas vivas também duravam mais e exigiam menos 
manutenção que cercas convencionais. 
 
A vegetação em bancos de córregos evitava erosão e apanhava, sedimentos que poderiam ser 
levados pela água da chuva e transportados para o córrego. Quando era permitido que rebanhos 
acessassem os córregos, eles danificavam a vegetação e soltavam o solo nos bancos dos 
córregos, que erodia e mandava sedimento para dentro do sistema fluvial.Sedimentos 
degradam a qualidade da água potável, fazendo que unidades de tratamento caras sejam 
necessárias. Os sedimentos também reduziam a capacidade de armazenamento, exigindo 
dragagens. 
 
A vegetação em bancos de córregos filtra nitratos e fosfatos dos fertilizantes usados na 
agricultura e dos resíduos dos animais de pasto. Quando a vegetação foi removida, esses 
químicos contaminaram o córrego, fazendo que o tratamento a jusante fosse necessário. O 
rebanho contaminava as águas do rio e o córrego com nutrientes e bactérias. Isso prejudicava os 
consumidores a jusante e não era saudável para o rebanho também, que poderia adquirir doenças 
ao ficar em, e beber, água contaminada. 
 
Reflorestamento e Restauração 
As florestas e a vegetação natural podiam ser degradadas pelo abate das árvores, conversão para 
agricultura ou pasto, construção de ruas ou trilhas, recolhimento de lenha e outras atividades 
humanas. Como descrito acima, florestas e vegetação natural eram importantes para diminuir a 
erosão e melhorar a retenção da água. 
 
Duas atividades que reverteram esses impactos negativos foram a reflorestação (restauração de 
áreas gravemente desmatadas da floresta) e a restauração (restauração de vegetação nativa em 
áreas degradadas que podiam incluir a plantação de árvores ou a restauração de plantas nativas 
de sub-bosque).
9
 O efeito disso foi visto no caso do Reservatório Poza Honda no Equador, que 
foi construído em 1971. O desflorestamento na bacia hidrográfica que alimentava o reservatório 
resultou em um fluxo de sedimentos que o deixaria inutilizável bem antes da vida útil planejada 
de 50 anos. Um programa de reflorestamento foi implementado que estendeu a longevidade do 
reservatório para seu tempo previsto. O programa custou apenas $1.8 milhões, gerando um 
benefício estimado em $30 milhões.
10
 
 
8 Gado com acesso restrito aos rios e córregos precisou ter acesso a fontes de água alternativas. Isso é 
caracteristicamente benéfico para o gado, pois uma fonte de água potável, limpa e exclusiva é mais saudável do que 
beber de um rio contaminado. 
9 
Essas definições são baseadas no uso pelo The Nature Conservancy e pelo Natural Capital Project. Enquanto 
o reflorestamento é mais comummente definido como o replantio das árvores em áreas desmatadas, nesse caso 
estudado nós usaremos as definições da TNC. 
10 
Norman Myers, “The World’s Forests and Their Ecosystem Services,” in Daily, op. cit., p. 281. 
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Sistemas Silvipastoris 
Sem gestão cuidadosa, os rebanhos degradam a terra em que pastam. Quando a terra era 
degradada, podia dar apoio a menos animais, diminuindo então a eficiência econômica dos 
rancheiros. Isso levou a um ciclo de expansão de terras de pastagem e degradação do ecossistema 
natural. 
 
Converter as terras degradadas em "sistemas silvipastoris" eficientes, permitir que o rebanho 
crescesse sem degradar o ambiente, exigiu diversos investimentos. Primeiro, cercas 
(preferencialmente cercas vivas) foram instaladas para manter os animais de pasto longe das 
áreas ambientais sensíveis. Segundo, a área de pastagem foi melhorada, por exemplo, ao plantar 
árvores que estimulavam a retenção da água e o crescimento de forragem no pasto. Quando isso 
foi feito, as áreas de pastagem puderam ser mais produtivas ao suportar o gado mesmo que ele 
tivesse acesso a menos espaço de terra. 
 
Os rancheiros muitas vezes queriam desenvolver sistemas silvipastoris, mas não tinham 
treinamento nem capital para investir. Além disso, a transição para sistemas silvipastoris levou 
no mínimo um ano para ficar completa. Os fundos hídricos podiam fornecer o capital necessário, 
bem como o treinamento e apoio contínuo. 
 
Preservação de Áreas Protegidas 
Algumas áreas de bacias hidrográficas eram protegidas como parte de um parque nacional ou outra 
área de acesso restrito. Entretanto, elas eram geralmente subfinanciadas e um objetivo importante dos 
fundos hídricos era assegurar que a estabilidade financeira a longo prazo dessas áreas protegidas. 
 
A Denominação não evitou os danos das atividades humanas e animais. Aldeões locais podiam 
cortar as árvores para lenha e outros fins. O gado podia entrar em áreas protegidas para pastar, ou 
beber dos córregos, degradando então a pastagem e os bancos dos córregos. Os fundos hídricos 
foram capazes de contratar guardas para ajudar a proteger essas áreas do uso fora da lei e danoso. 
Esses guardas eram contratados normalmente das comunidades locais, trazendo dinheiro para as 
comunidades e ajudando a alinha-las com os objetivos dos fundos hídricos. 
 
Modelando os Ecossistemas e Atividades de Conservação 
Decidir qual conjunto de atividades de conservação seria mais eficiente para um fundo hídrico 
em particular dependia do terreno, das ameaças e dos objetivos dos fundos. Especialistas 
técnicos aconselharam os conselhos dos fundos nesses assuntos, mas a otimização era impossível 
sem modelos informáticos detalhados. O Natural Capital Project
11 
desenvolveu uma ferramenta 
de modelagem informática que poderia ser usada para determinar como atingir de forma melhor 
os objetivos de conservação do fundo. Essa ferramenta, chamada InVEST (avaliação integrada 
de serviços e compromissos ambientais), dividiu o terreno em vários lotes. Cada lote foi 
definido com base na vegetação, profundidade do solo, uso atual, distancia para a massa de água 
mais próxima, elevação, inclinação e outros parâmetros importantes. Atividades de conservação, 
como reflorestamento, restauração, colocação de cercas ou práticas silvipastoris, foram 
designadas aos lotes baseadas no comportamento passado dos proprietários e investimentos 
eficazes anteriores por investidores de fundos hídricos. (Ver Apêndice 4 para exemplos de 
mapas da InVEST). 
 
O modelo ajudou a determinar os projetos de conservação que otimizariam o retorno dos serviços 
ambientais, dado a restrição do orçamento do fundo. A otimização foi mostrara na forma de 
 
 
11 
O Natural Capital Project é um parceiro do TNC, da Stanford University’s Woods Institute for the Environment, 
do World Wildlife Fund, e da University of Minnesota Institute on the Environment. 
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mapa, mostrando os setores que foram impactados pelas várias atividades em potencial. O 
modelo usado também gerou curvas de compromisso que mostravam as relações entre usos 
alternativos - por exemplo, quanta madeira podia ser cortada antes de causar sérios danos 
financeiros ou dos recursos para outros (como danos de inundação, perda de energia hidroelétrica 
ou habitat necessário para manter a biodiversidade). 
 
O Envolvimento de Comunidades Rio Acima 
 
Projetos para proteger ou restaurar bacias hidrográficas não podiam ter sucesso sem o 
envolvimento ativos das comunidades rio acima que implementavam os projetos. Essas 
comunidades muitas vezes obtinham benefícios palpáveis diretamente de projetos de 
conservação. Por exemplo, a colocação de cercas para prevenir o rebanho de usar os córregos 
melhorou a qualidade da água dos rancheiros e também melhorou a saúde dos animais. Porém, as 
comunidades rio acima geralmente recebiam outros benefícios como parte dos projetos de fundo 
hídrico. Por exemplo, o fundo hídrico podia conduzir programas de educaçãopara ajudar os 
fazendeiros e rancheiros a aumentar a produtividade. 
 
Os fundos hídricos também proporcionavam fontes de renda sustentável adicional aos 
fazendeiros e rancheiros. No norte dos Andes, os fundos hídricos proporcionavam benefícios as 
comunidades rio acima como fornecimento de grãos e treinamento para as famílias plantarem 
vegetais que melhoravam a nutrição e segurança alimentar da família, ou as davam porquinhos 
da índia para criar (porquinhos da índia são uma fonte de alimento comum nos Andes). 
 
Muitos fundos hídricos em operação ou em desenvolvimento em 2010 não faziam pagamentos 
regulares aos fazendeiros ou rancheiros participando nos projetos de conservação. Isso gerou 
uma questão sobre sustentabilidade a longo prazo e as possíveis penalidades para participantes 
que falhassem ao seguir com seus comprometimentos - como um rancheiro que removeu uma 
cerca para aumentar o espaço de pastagem e o número de gado em seu rancho. Rebecca 
Goldman, a cientista principal da The Nature Conservancy trabalhando em fundos hídricos na 
época, disse "O que impedirá essas pessoas de arrancar suas cercas em dois anos? Nós não 
temos uma medida repreensiva convincente".
12 
Desde 2010, porém, os fundos não tiveram 
problemas em relação de falta de cooperação contínua. 
 
Um fundo hídrico no Brasil, entretanto, fez pagamentos mensais para participante rio acima 
como uma forma de proporcionar compensação constante - pagamentos que podiam ser 
encerrados se os projetos de conservação não fossem mantidos pelo fazendeiro ou rancheiro. 
Mesmo que não tenham ocorrido problemas desde o final de 2010, a compensação abriu a 
possibilidade para os consumidores de água reféns de exigências financeiras de comunidades rio 
acima. 
 
Exemplos de Fundos Hídricos 
 
Em 2010, os fundos hídricos tinham sido planejas ou já estavam operando em várias partes do 
mundo. Em Santa Fé, Novo México, o Serviço Florestal dos Estados Unidos se juntou ao 
fornecimento de água da cidade para proporcionar gestão de incêndio para a bacia hídrica 
florestal que abastecia a cidade. O investimento de aproximadamente $200,000 
 
 
12 
Entrevista com o autor (Hoyt). 
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por ano em gestão foi estimado para prevenir custos relacionados ao fornecimento de água de 
mais ou menos $22 milhões que teriam resultado de um único incêndio de 7,000 acres.. 
 
Em 2010, havia 13 projetos de fundos hídricos ou em operação ou em desenvolvimentos nos 
norte dos Andes (ver Apêndice 5). O mais antigo, estabelecido em 2000, foi em Quito, Equador. 
Os interessados incluíam a cidade, a fornecedora de água em Quito, uma companhia elétrica, 
uma empresa de cerveja, uma empresa de água engarrafada e organizações ambientais. As 
companhias de água e elétrica fizeram, cada, contribuições anuais baseadas em suas vendas e 
lucros. O fundo de Quito usou dinheiro vindo de contribuições para construir uma dotação, com 
pagamentos para serviços ambientais feitos de rendimentos gerados pelas contribuições. Isso 
limitou o dinheiro que podia ser gasto durante os anos iniciais do fundo, quando as contribuições 
eram poucas. Depois, os fundos normalmente usavam dinheiro de primeiras contribuições tanto 
para financiar projetos e construir uma contribuição. 
 
Dois outros fundos no norte dos Andes serviam Bogotá, Colômbia, e o leste do Valle del Cauca 
da Colômbia. O maior interessado do fundo do leste do Valle del Cauca, estabelecido no início 
de 2010, era uma associação de plantadores de cana de açúcar que estava interessada em 
preservar as pastagens do páramo no alto da bacia hidrográfica para melhorar o fluxo hídrico no 
período de seca. O foco do fundo de Bogotá, também estabelecido no início de 2010, era reduzir 
os sedimentos na fonte de água da cidade, deste modo evitando a necessidade de adicionar 
unidades de tratamento. Os maiores interessados corporativos nesse fundo eram do fornecimento 
de água da cidade e uma empresa de cerveja local que precisava de um fluxo hídrico constante e 
de água de alta qualidade. 
 
QUESTÕES DE ESTUDO 
 
1. Que medidas deveriam ser usadas para avaliar o sucesso de um fundo hídrico? Quais são 
os méritos de, e problemas em potencial em cada medida? 
2. Quais são os méritos relativos de um modelo de fundo hídrico que paga comunidades rio 
acima de modo regular versus fazer investimentos iniciais, mas sem pagamentos em 
dinheiro? 
3. O modelo de fundo hídrico poderia ser usado para quais outros serviços ambientais? 
Quais são mais favoráveis a este modelo e por quê? 
4. Imagine começar um fundo de serviço ambiental em uma área onde você viveu ou 
trabalhou. Além dos tipos de investidores mencionados no caso, quem mais poderia se 
interessar? Quais seriam seus incentivos para participar no seu fundo? Qual horizonte 
temporal teria cada investidor? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 Esses custos vieram da dragagem de fuligem e sedimentos de rios e de acessar uma fonte de água 
alternativa enquanto a fonte principal não estava disponível. Dados de: Laura McCarthy, “Financial 
Management Plan” chapter of Santa Fe Municipal Watershed Plan, 2010-2029, February 19, 2009. 
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Anexo 1 
Ameaças Humanas para Serviços Ambientais Aquáticos 
 
 
 
Atividade Humana Impacto no Ecossistema 
Construção de Represa Altera o calendário e a quantidade dos fluxos fluviais, a temperatura 
da água, o transporte de nutrientes e sedimentos e o 
reabastecimento delta. Bloqueia a migração dos peixes. Danifica o 
habitat, a pesca e a manutenção de deltas. 
Construção de 
Represas e Diques 
Destrói a conexão da água entre o rio e o habitat da planície aluvial 
Danifica o habitat, a pesca, a fertilidade natural da planície aluvial, 
o controle natural de inundações. 
Desvios de Rios Esgota os fluxos dos córregos. 
Danifica o habitat, a pesca, a recreação, a diluição poluente, a 
hidrelétrica, o transporte. 
Drenagem de Pântanos Elimina componentes chaves do ambiente aquático. 
Prejudica o controle natural de inundações, o habitat para pescarias e o 
fluxo da água, a recreação e a filtragem natural da água. 
Desflorestamento Altera os padrões de escoamento da água, inibe o reabastecimento 
natural de águas subterrâneas, enche massas de água com lodo. 
Prejudica a qualidade e a quantidade da água, dos peixes, do habitat 
da vida selvagem e o controle de inundações. 
Poluição Incontrolada Reduz a qualidade da água. 
Danifica a fonte de água, o habitat, a pesca e a recreação. 
Colheira Excessiva Esgota os recursos vivos. 
Prejudica a pesca, as aves aquáticas e outros recursos vivos. 
Introdução de 
Espécies Estrangeiras 
Elimina as espécies nativas, aletra o clico de produção e dos nutrientes. 
Danifica a pesca, as aves aquáticas, a qualidade da água, o habitat. 
Liberação de Metais 
e Poluentes 
Produtores de Ácido 
Altera a química dos rios e lagos. 
Danifica o habitat, a pesca e a recreação. 
Emissões de Gases 
Estufa 
Potencial para mudanças dramáticas nos padrões de escoamento 
devido ao aumento da temperatura e mudanças na pluviosidade. 
Danifica o fornecimento de água, a hidrelétrica, o transporte, o habitat, a 
diluição da poluição, a recreação, a pesca e o controle de inundações. 
Crescimento da 
População e do Consumo 
Aumenta a pressão para represar a água e desviar rios, drenar pântanos,Aumenta a poluição da água, a chuva ácida, potencial para mudança 
climática. Danifica praticamente todos os serviços ambientais aquáticos. 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Postel and Carpenter in Nature’s Services, op. cit., p. 208. 
Este documento é autorizado apenas para revisão do educador por Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estácio de Sá até março de 2016. Copiar ou publicar é violação dos 
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Anexo 2 
Condições que Possibilitam Fundos Hídricos 
 
Baseado na sua experiência desenvolvendo fundos hídricos, principalmente na América do Sul, 
membros da equipe do The Nature Conservancy desenvolveram a seguinte lista com oito 
condições que possibilitam que os fundos hídricos sejam bem sucedidos. 
 
 Liderança Forte. É preciso um líder local que possa mobilizar os interesses dos vários 
interessados, incluindo consumidores de água, governos locais e o setor privado. 
 Vários consumidores de água compartilhando da mesma bacia hídrica. Se existe apenas um 
consumidor de água (ou um consumidor dominante), esse consumidor pode executar 
atividades de conservação por si mesmo, como visto no caso da cidade de Nova Iorque. 
Quando existem múltiplos consumidores, esforços cooperativos através de um fundo hídrico 
podem ser necessários. 
 Uma imagem clara e palpável de onde a água vem. Os consumidores da água devem 
entender a fonte de sua água, para que eles sejam capazes de identificar ameaças e 
oportunidades de benefícios, bem como atividades que vão melhorar a quantidade e 
qualidade da água. 
 A água está sendo usada de fluxos de superfície ao invés de poços. O projeto de um fluxo de 
lençol freático é difícil, então é mais fácil focar nos fluxos de superfície que podem ser 
estudados e monitorados mais sistematicamente para assegurar que as ações de conservação 
produzam os benefícios antecipados. 
 Engajar grandes consumidores de água desde o início. É mais provável que um fundo hídrico 
seja bem sucedido se os maiores consumidores estiverem envolvidos em estudos de 
viabilidade iniciais ao invés de serem pedidos dinheiro no estado avançado do processo. 
 Trabalho existente na bacia hídrica. Se o trabalho de conservação já estiver em curso em uma 
bacia hidrográfica, é mais provável que tanto as comunidades rio acima quanto as a jusante 
percebam os benefícios do fundo hídrico e estejam dispostas a participar. 
 Existe alguma ameaça para a qualidade e/ou quantidade da água que tem consequências 
negativas para os participantes do fundo. Os participantes do fundo hídrico precisam de uma 
razão para investir nele. Eles precisam ver práticas existentes como prejudiciais para seu 
futuro e praticas de conservação como importantes para garantir recursos hídricos essenciais. 
 Os custos de transação são relativamente baixos. Seria difícil estabelecer um fundo hídrico 
em um ambiente como uma rede de organizações complexa envolvida na distribuição e 
regulamentação da água. Além disso, fundos hídricos são mais práticos quando há menos 
consumidores grandes a jusante com dependência financeira significativa no fornecimento de 
água. Nessa situação, os custos da transação são relativamente baixos ao organizar e operar 
o fundo. 
 
Fonte: Baseado em um projeto de lista desenvolvido por Siliva Benitez, Alejandro Calvache, Rebecca Goldman e 
Aurelio Ramos no TNC. 
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Apêndice 3 
Impacto das Atividades de Conservação na Erosão e no Rendimento Hídrico 
 
 
O impacto aproximado de várias atividades no rendimento hídrico e na erosão. Esses dados são 
direcionais por natureza e tem por objetivo apenas representar o impacto relativo das atividades. 
Os impactos reais dependem na natureza precisa do terreno e outras considerações. A coluna 
"condição" diz respeito ao terreno. "Superior Plano" diz respeito ao páramo alto na bacia 
hidrográfica. "Fase Média" diz respeito ao terreno gravemente inclinado entre o páramo e as 
cidades. "Inferior Plano" representa o terreno perto da cidade na porção mais baixa da bacia 
hídrica. 
 
 
 
 
 Rendimento 
Hídrico 
Erosão 
Atividade Condição (mm/yr) (tons/yr) 
Silvipastoril Superior 
plano 
-700 -0,001 
 Fase média 60 -0,01 
 Inferior 
plano 
-200 -0,005 
Reflorestamen
to 
Superior 
plano 
-800 -0,005 
 Fase média -300 -0,05 
 Inferior 
plano 
-200 -0,01 
Colocação de 
Cercas 
Superior 
plano 
-600 -0,01 
 Fase média -200 -0,1 
 Inferior 
plano 
800 -0,05 
Preservação Superior 
plano 
-800 -0,005 
 Fase média -300 -0,05 
 Inferior 
plano 
-200 -0,01 
 
 
 
 
 
Fonte: Estimativas do Natural Capital Project, 2010. 
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Apêndice 4 
Mapa de Otimização da InVEST 
 
 
 
 
 
Bacia hidrográfica típica envolvida nos fundos hídricos dos Andes. O modelo de avaliação 
digital (A) enfatiza o padrão de áreas de elevação relativamente planas e altas na nascente de um 
rio, seguidas de uma área intermediária acentuada em meio a bacia hidrográfica e uma área de 
planície plana mais perto das cidades. Nesse caso representativo, todos os beneficiários 
(membros do fundo hídrico) estão localizados na cidade de Tuluá. O mapa de uso e ocupação do 
terreno (B) mostra uma visão simplificada de uma variedade de opções de gestão usadas em um 
terreno e (C) mostra a quantidade de erosão (kg/pixel/yr) associada com a situação do uso atual 
da área (B). 
 
 
 
 
 
Fonte: Natural Capital Project 2010. 
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Apêndice 5 
Fundos Hídricos do Norte dos Andes, 2010 
 
 
Fundos hídricos em operação ou planejamento no norte dos Andes em 2010. 
 
Bacia hidrográfica ou 
Área da Cidade 
Associada em 
um Fundo 
Hídrico 
(hectares) 
Pessoas 
Beneficiadas 
(2008) 
Data de 
Criação 
Fundos 
(2010) 
($ 000) 
Fundos 
Antecipados 
em 2016 
($ 000) 
Quito, Equador 
(FONAG) 
500.000 2.093.000 2000 6.500 11.500 
Zamora, Equador 30.000 25.000 2006 36 2.600 
Amaluza, Equador 20.000 15.000 2008 6 1.300 
Paute, Equador 300.000 800.000 2008 490 4.400 
Ambato, Equador 526.000 350.000 2008 460 1.100 
Leste do Valle del 
Cauca, Colômbia 
("Water for Life") 
 
125.000 
 
920.000 
 
2009 
 
1.800 
 
7.100 
Bogotá, Colômbia 150.000 6.840.000 2009 1.500 8.900 
 
Medelim, Colômbia 
 
116.000 
 
2.700.000 
Estudos de 
viabilidades 
em curso 
 
TBD 
 
TBD 
Cartagena, 
Colômbia 
12.000 892.500 Em projeto 220 2.200 
Cali, Colômbia 206.000 2.100.000 Em projeto TBD TBD 
Sierra Nevada de 
Santa Maria, 
Colômbia 
 
400.000 
 
600.000 
Fases iniciais de 
desenvolvimento 
 
TBD 
 
TBD 
Catamayo-chira, 
Equador-Peru 
 
92.000 
 
TBD 
Fases iniciais de 
desenvolvimento 
 
TBD 
 
TBD 
Puerto Lopez, 
Equador 
 
60.000 
 
20.000 
Fases iniciais de 
desenvolvimento 
 
TBD 
 
TBD 
 
 
Fonte: Goldman, et al., “Water Funds,” op. cit., p. 5.

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