PROD DE HIGIENE E LIMPEZA_27-08-2020_0

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26/08/2020
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Preparações para o banho
Introdução
› Como objetivo de conservar a saúde o homem há milênios
tem dado grande importância a limpeza do corpo.
› O conceito de higiene é derivado de Higieia, a deusa grega da
saúde, e filha do célebre médico de Deus das artes curativas,
Asclépio .
› Tanto os romanos quanto os gregos davam muita importância
ao cuidado corporal e educação física.
› Com a construção das termas no começo da era imperial
iniciou-se o desenvolvimento de uma suntuosa cultura do
banho.
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Introdução
› Indícios arqueológicos sugerem que a história do sabão inicia-
se há cerca de 4.500 anos.
› Um material parecido com o sabão encontrado em escavações
da antiga Babilônia traz a prova de que a fabricação do sabão
data de 2.800 a.C.
Produtos de higiene e limpeza
› Paralelo ao banho surgiu uma série de produtos com fins
específicos. Estes produtos podem ser agrupados nas
seguintes especialidades cosméticas:
– Sabonetes em barra
– Sais de banho
– Óleos de banho
– Sabonete líquido
› Shower gel
› Sabonete líquido cremoso
– Emulsões de limpeza
– Lenços umedecidos
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O sabão e a saponificação
› Do ponto de vista químico, o processo é o mais simples possível:
– Soda cáustica (NaOH) reagem com ésteres de ácidos graxos derivados de
fontes animais ou vegetais.
› O processo em si pode ser dividido em 4 etapas:
1. Mistura das matérias-primas (triglicerídeos — hidróxido de sódio e água)
em tanques adequados, que sob aquecimento prolongado produzirão a
saponificação.
2. O sabão resultante é separado do excesso de soda cáustica e da glicerina
(subproduto) através do emprego de sal (cloreto de sódio).
3. Amassa de sabão é lavada para refinar a etapa de separação
anteriormente descrita.
4. Finalmente o sabão é lavado com água pura e cristalizado.
› A saponificação nada mais é do que uma reação de hidrólise
alcalina de triglicerídeos, ou seja, é a reação dos óleos e/ou
gorduras, catalisada pelo hidróxido de sódio (soda) com a
produção de um sal de ácido carboxílico de cadeia longa
chamado de sabão.
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› O custo de produção e as propriedades de qualquer sabão são
dependentes da natureza e propriedades dos vários óleos e
gorduras utilizados em sua fabricação.
› Desta forma os métodos atuais empregados na fabricação são
influenciados em grau considerável pela matéria-prima oleosa
empregada e, assim, é de fundamental importância que o
fabricante de sabão tenha conhecimento sobre as
propriedades físicas e químicas dos óleos e gorduras.
› Não existem dois óleos com as mesmas características,
consequentemente a fabricação de sabão não depende
unicamente da operação de fusão, mas de uma rigorosa
seleção de óleos e gorduras que influenciarão de forma
decisiva na qualidade final do produto
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Tipos de sabonete
› Dependendo da composição do sabão, bem como do processo
de fabricação, podemos encontrar os seguintes tipos de
sabonetes:
– Tradicionais
– Glicerinados transparentes
– Syndets
– Combar ou barra combinada
Sabonete tradicional
› São constituídos, normalmente, pela mistura de ácidos graxos de
sebo (70 a 85%) e do óleo de coco (15 a 30%) na forma de sais de
sódio que atingem proporções de aproximadamente 80% do sabão.
Os 20% restantes são constituídos impurezas resultantes do
processo (glicerina, cloreto de sódio, alcalinidade umidade).
› Os óleos e gorduras naturais constituem a principal matéria-prima
para a fabricação de sabonetes sólidos.
› Dentre eles o sebo animal constitui-se na principal fonte de cadeias
graxas C 16-18 e no principal constituinte das formulações de
sabonete, representando rotineiramente 80% da fase graxa.
› Sua presença torna o sabonete menos irritante para a pele e reduz
seu desgaste em contato com a água, ou seja, é o responsável pela
dureza dos sabonetes.
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Sabonete tradicional
› Apesar de possuir qualidade de espuma, pois sua espuma é
cremosa, sob o ponto de vista quantitativo deparamos com um
pequeno problema, pois os sabões preparados só com o emprego
de sebo não espumam adequadamente.
› A contribuição de cadeias C 12 - 14 toma-se imprescindível uma vez
que produzem sabões altamente espumógenos.
› Os óleos de coco, babaçu e palmiste representam a principal fonte
de cadeias graxas laúrica e miristica (C 12-14). São empregados em
concentrações de aproximadamente 20% associados ao sebo.
› Concentração superior a esta implica redução na concentração de
sebo e resulta em sabonetes que desgastam com extrema
facilidade, tornando-se "babentos" em contato prolongado com
água.
Sabonete tradicional
› O óleo de palma ou dendê também pode ser empregado no
preparo de sabonetes e, devido à similaridade de cadeias
graxas com o sebo, constitui-se na versão vegetal do sebo
bovino.
› O óleo de rícino também pode ser empregado, principalmente
quando se deseja melhorar sua compatibilidade
dermatológica com a pele. Deve ser utilizado em baixas
concentrações, já que seu excesso, além de aumentar a
solubilidade do sabonete em água, provoca o escurecimento
do sabonete devido à oxidação do óleo durante o processo de
fabricação.
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Sabonete tradicional
› O processo de fabricação de sabonetes tradicionais requer
equipamentos e conhecimentos específicos do processo de
saponificação, ou seja, além de tecnologia é necessário
conhecimento e prática.
› Isso inibe a entrada de pequenas empresas nesse mercado,
que encontram maior facilidade no preparo dos sabonetes
transparentes glicerinados, cujo preparo não requer grandes
investimentos em equipamentos ou matérias-primas.
› Existe a possibilidade de adquirir-se raspas de sabonete ou
massa-base que nada mais são do que sabonetes granulados e
possíveis de serem trabalhados para a obtenção de sabonetes
transparentes.
Sabonetes transparentes glicerinados
› São constituídos do sabão-base solubilizado para tornar-se
transparente.
› Empregam-se para isto o álcool etílico em concentrações
superiores a 15%associado aos umectantes como a glicerina, o
propilenoglicol, o sorbitol e o xarope de açúcar.
› Apresentam característica menos espumante que os sabonetes e
podem ser incrementados com detergentes e dietanolamida de
ácido graxo de coco para contornar esse problema.
› O preparo destes sabonetes é mais fácil por não exigirem grandes
equipamentos, além do fato de serem preparados por moldagem.
› Como são alcoólicos, é extremamente importante embalá-los
adequadamente, pois com a evaporação do álcool eles tendem a
contrair-se e consequentemente deformar.
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Syndets
› São constituídos por misturas de tensoativos
sintéticos suaves.
› Apresentam como grande vantagem poder
possuir pH ácido, o que é impossível de ser
conseguido com os sabonetes tradicionais e os
transparentes.
› Sua grande desvantagem refere-se aos custos
mais elevados e à sensação seca e
desagradável após sua utilização.
› O detergente de escolha para os syndetes são
os isetionatos.
Combar
› é a combinação de sabão com detergente sintético.
› A presença do detergente sintético reforça o poder
espumógeno do sabonete e permite a obtenção de sabonetes
menos alcalinos.
› Além disso, sua eficácia é garantida mesmo em água dura.
› Um exemplo de combar é o sabonete Dove
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Sais de Banho
› Os sais para banho foram desenvolvidos para eliminar o íon
cálcio e magnésio da água, de modo a permitir que os sabões
exercessem todo seu poder de limpeza e espuma.
› Atualmente, devido à difusão dos agentes tensoativos
sintéticos, cujo poder espumógeno e de limpeza são
insensíveis à água dura, os sais de banho atuam unicamente,
na maioria dos casos, como suporte de um perfume agradável
e de corante atrativo.
Materiais utilizados no preparo de sais de banho
› Cloreto de sódio: sob forma de grandes cristais com boa
estabilidade
› Carbonato de sódio: agente redutor da dureza da água
› Tiossulfato sódico: é recomendável para a formulação de sais
para banho com fins terapêuticos
› Bicarbonatos: em presença de ácidos liberam anidrido
carbônico, quepode ser aproveitado como agente
espumógeno em sais espumógenos para banho
› Sulfatos: os sais de sódio, potássio e magnésio são
extensamente utilizados em formulações de sais para banho.
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Materiais utilizados no preparo de sais de banho
› Perborato Sódico: oxigenação
› Lauril sulfato de Sódio: espumante
› AC. cítrico ou tartárico: efervescência
› Tiossulfato de Sódio: banho sulfuroso
› lodureto de Sódio: redutor de gorduras
› Alginato de Sódio: banho de algas
Óleo de Banho
› São produtos apresentados sob forma oleosa, fortemente
perfumados e adequadamente coloridos.
› Sua finalidade primordial é a de aromatizar a água para o
banho.
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Óleo de Banho
› Os óleos para banho podem ser:
– INSOLÚVEIS EM ÁGUA OU NÃO DISPERSÁVEIS: Consistem na mistura
de óleos (mineral, vegetal e animal), ésteres graxos líquidos, álcoois
graxos líquidos, perfume e corante. Tais preparações normalmente
comercializadas sob a forma de cápsulas gelatinosas.
– DISPERSÁVEIS: Consistem na mistura de óleos como no produto
anterior, acrescida de tensoativos, que, ao ser incorporada a água de
banho, forma uma emulsão suficientemente estável nas condições de
temperatura e dureza da água durante o tempo de permanência do
banho. Esse produto pode também ser aplicado diretamente sobre o
corpo ainda molhado , formando-se uma emulsão capaz de perfumar
e produzir altos níveis de emoliência na pele
Óleo de Banho
› A eleição e proporção de tensoativo a ser utilizado são
procedimentos importantes para o preparo de óleos que dispersem
bem.
› Os tensoativos não iônicos com baixo de EHL (mais lipofílicos) e
líquidos à temperatura ambiente, são os preferidos, pois conferem
melhor comportamento frente à mistura de óleos.
› Um tensoativo muito hidrofílico pode separar-se da mistura oleosa
e os tensoativos sólidos, além da necessidade de aquecimento
durante o processo de preparo, podem solidificar com variações
(queda) de temperatura.
› A concentração de tensoativos nessas formulações normalmente
não excedem os 5%.
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Óleo de Banho
› Os seguintes tensoativos são exemplos de tensoativos não
iónicos aplicáveis com relativo sucesso neste tipo de
composição:
– Álcool oleílico etoxilado com 3OE (Volpo 3® da Croda)
– Álcool laurílico etoxilado com 2OE (Dehydol CD2® da Cógnis)
– Chemba-se BHO® da Highchem (composição não revelada)
Óleo de Banho
› No que se refere às embalagens, vale a pena acautelar-se
quanto a sua escolha, uma vez que alguns materiais plásticos
poderão sofrer deformações indesejáveis frente a tais
preparações.
› Vale a pena ressaltar que o fator-chave para a aceitação do
produto diz respeito à fragrância. A escolha de uma boa
fragrância sem dúvida garantirá o sucesso do óleo para banho.
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Sabonete líquido
› Apresentam como principal característica o fato de serem
composições semelhante aos xampus, porém com elevadas
concentrações de detergente (45 a 60% de detergente).
› Trata-se na verdade de formulações que devem espumar
abundantemente devido a essa grande quantidade de detergentes
geralmente com o auxílio de outros componentes que tornam a
espuma mais cremosa e mais duradoura.
› Os sabonetes líquidos podem ser transparentes ou perolados, ou
ainda misturados ao estearato alcalino (sódio, potássio ou
trietanolamina) para a obtenção dos chamados sabonetes líquidos
cremosos.
– Em nível de mercado, pelo simples fato de termos um sabonete líquido
opaco ou perolado, o termo cremoso pode ser utilizado.
Sabonete líquido
› Os sabonetes líquidos estão completando a segunda década
dentro do mercado de produtos para cuidado pessoal.
› A aliança entre a moderna tecnologia das válvulas "pump"
com a química dos detergentes e as decorativas embalagens
tem conseguido tornar estes produtos vendáveis.
› Essa lenta evolução permitiu, hoje, que tais produtos
adquirissem valores mais amplos como a veiculação de
aditivos diversos com funções diversas e específicas como:
antissépticos e anti-inflamatórios.
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Sabonete líquido
› É interessante observar que a evolução dos sabonetes líquidos
concentrou-se primariamente nos aspectos estéticos e
posteriormente no produto propriamente dito.
› A aplicação dos agentes "superfatting" contribuiu paraproduzir
uma melhora na qualidade dos sabonetes líquidos.
› Os sabonetes líquidos “super engraxados" foram criados por uma
modificação na proporção sebo / óleo de coco e incluindo
proporções adequadas de ácidos graxos livres.
› Além da suavidade, sabonetes líquidos "superengraxados"
mostraram-se menos desengraxantes ou desengordurantes para a
pele e com melhores qualidades de espuma.
Sabonete líquido
› A maioria dos modernos sabonetes líquidos não estão
distantes dos verdadeiros sabões, sendo porém compostos
pela associação destes com detergentes como os sulfonatos
de olefina, os alquilsulfatos e os anfóteros betaínicos.
› De modo a abrandar o exagerado efeito desengraxante
durante as lavagens vários tipos de reengordurantes ou
sobreengordurantes / emolientes têm sido incluídos nestas
formulações.
– Dois exemplos de sobreengordurantes historicamente importantes
são: octil hidroxiestearato e o PEG-7 gliceril cocoato,
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Sabonete líquido
› O lauril sulfato de sódio e o lauril éter sulfato de sódio são os
detergentes sintéticos mais utilizados no preparo dos sabonetes
líquido.
› As alcanolamidas de ácido graxo de coco são normalmente
incluídas a estas formulações para melhorar suas qualidades
espumógenas, além de sobreengordurar e auxiliar a espessar a
composição.
› Os agentes opacificantes tradicionalmente empregados para
transformar as preparações transparentes em peroladas estão
representados pelo monoestearato de etilenoglicol e diestearato
de etilenoglicol.
› Um polímero bastante utilizado nos sabonetes líquidos para
conferir suavidade à pele é o poliquartenium-7.
Sabonete líquido
› Outra versão de sabonete líquido podem ser:
– Sabonete em gel: semelhante ao sabonete líquido já descrito porém
destacando-se a sua viscosidade que por ser bastante elevada tem um
aspecto de gel.
– Banho de espuma ou Banho de espuma em gel: Muito semelhante a
composição dos sabonetes líquidos e em gel, destacando-se porém,
as características de espuma cujo volume, durabilidade, cremosidade,
umidade e sensorial na pele são bastante marcantes.
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Emulsões e soluções de limpeza
› As emulsões utilizadas para limpeza da pele são elaboradas como
qualquer outra, ou seja, apresentam uma fase oleosa, uma aquosa
e um ou mais tensoativos com propriedades emulsificantes.
› A limpeza promovida por este tipo de produto pode ser realizada
pelos componentes oleosos, o tensoativo emulsionante, ou pode
conter detergentes sintéticos suaves para facilitar a remoção das
sujidades da pele sem agredi-la.
› Normalmente são usadas para remoção de maquiagem, limpeza
diária da face ou em clínicas estéticas para preparo da pele antes
de iniciar algum cuidado cosmético.
› Estes produtos podem conter, ou não, ativos cosméticos.
Lenços umedecidos
› Os lenços umedecidos são elaborados a partir de um substrato
formado pela combinação de fibras sintéticas e naturais, como a
poliolefinas, algodão e celulose.
› O material formado por estas fibras é embebido em solução
composta por água, tensoativos, sistema preservante, fragrância e
outros componentes de formulação.
› Uma vez preparados, estes produtos devem ser bem
acondicionados para evitar contaminação e evaporação do sistema
solvente com consequente secagem dos lenços.
› As vantagens dos lenços umedecidos são que, além de servirem
como um agente de limpeza quando há ausência de água, podem
servir como veículo de vários ativos cosméticos para cuidados da
pele, como hidratantes, protetores solares, antissépticos, entre
outros.