Buscar

Roteiro SSVV unidade 3

Prévia do material em texto

ROTEIRO DE SINAIS VITAIS UNIARAXÁ 
Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados: a pressão arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração. Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais.
Preparação:
Reúna os materiais numa bandeja.
Esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, relógio com ponteiros, algodão com álcool, luvas de procedimentos SN, máscara SN.
Descrição para todos os procedimentos:
Lavar as mãos em todas as verificações evitando infecções cruzadas, reunir os materiais, ir ao leito, apresentar-se ao cliente e explicar o procedimento, garantir privacidade.
PA
- é a pressão que o sangue circulante exerce sobre a parede interna das artérias, É determinada por um aparelho o esfigmomanômetro, que é usado em conjunto com o estetoscópio.
· PRESSÃO SITÓLICA E DIASTÓLICA
· SONS DE KOROTKOFF
COMO AVALIAR HIPERTENSÃO ARTERIAL
	CATEGORIA
	PRESSAO ARTERIAL mmHg
SISTÓLICA
	PRESSÃO ARTERIAL
DIASTÓLICA
	NORMAL
	< 120
	< 80
	PRÉ- HIPERTENSAO
	120 A 139
	80 A 89
	HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
	140 A 159
	90 A 99 confirmar em 2 meses
	HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2
	>=160
	>=100 confirmar em 1 mês.
	HIPERTENSÃO GRAVE
	>=180 
	>=110 IMEDIATAMENTE
COMO USAR O ESFIGMOMANÔMETRO
- 
DICAS PARA OUVIR OS RUÍDOS DE KOROTKOFF.
O que observar antes de fazer a medida da PA.
Cite os Passos a serem seguidos para a verificação da PA. (Descrição do Procedimento).
PULSO
- é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo das artérias. A freqüência comum de pulso em adultos é de 60 a 100 bpm, a freqüência de pulso nas crianças em geral é superior a 80 bpm, o pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma proeminência óssea ou se localize próxima a pele.
Coloca-se o dedo indicador, médio ou anular, da mão sobre a artéria, comece a contar quando as pulsações forem perceptíveis. Após realizar a anotação e higiene das mãos.
Locais onde se verifica a pulsação: Desenhe um homem, marque:
Pulso- temporal, carotídeo, subclávia, axilar, Braquial, radial, ulnar, femoral, poplíteo, tibial, pedial, 
Descrição do procedimento: Aqueça as mãos SN. Com os dedos: indicador e médio, localizar a Artéria Radial na face interna do punho, do lado do polegar do cliente. Palpar. Não usar o seu polegar, pois, sentirá o seu próprio batimento. 
OBSERVAR CARACTERÍSTICAS: pulso presente, filiforme, normal, obliteração, arritmia.
TEMPERATURA
- é o equilíbrio entre o calor produzido pelo metabolismo, atividade muscular e as perdas através dos pulmões, pele e excreções corporais. A estabilidade da temperatura garante o funcionamento adequado de células, tecidos e órgãos.
Alterações de acordo com: Repouso atividade, Temperatura do ambiente, horário, sexo, idade, estado emocional.
Descrição do procedimento:
Fazer a Desinfeção do termômetro com algodão embebido em álcool 70%.
Enxugar a axila do cliente com papel toalha s/n.
Colocar o termômetro com o bulbo na região axilar, orientando o cliente para que não movimente o braço até o término do controle.
Manter o termômetro até que o mesmo emita um som “bip” de alerta.
Retirar o termômetro e proceder à leitura.
Fazer a Desinfeção novamente do termômetro com Álcool a 70%.
VALORES NORMAIS.
AXILAR: 35,8 a 37,4, variando de referência para referência, 36,5 a 37,5oC
RETAL: 36 a 37 variando de referência para referência: 37 a 38
ORAL: 36,0 a 37,4 variando de referência para referência: 36,5 a 37,5
Termos técnicos para pesquisar: Febril, normotérmico, subfebril, pirexia, hipertermia, hiperpirexia, Estado febril 37,5 a 38°c 
febre 38 a 39°c
PIREXIA 39 a 40°c
hiperpirexia 40 a 41°c
RESPIRAÇÃO
- troca de oxigênio e dióxido de carbono entre as células e a atmosfera. Observamos os movimentos do tórax abaixamento e elevação, para que o cliente não perceba, coloca-se a mão no pulso como se fosse contá-lo. Conta-se por um minuto.
Descrição do procedimento: Contar a frequência respiratória durante 1 minuto, observando a expansão da caixa torácica e os movimentos abdominais, no momento da inspiração. Não deixe o paciente perceber, pois, modificará o padrão. O mais importante é observar o padrão respiratório.
VALORES NORMAIS:
Neonato- 30 a 40
3 anos- 20 a 30
10 anos- 16 a 22
16 anos- 15 a 20
Adulto- 12 a 20 ou ainda de 16 a 22 irpm
Algumas referencias abordam também: mulher 16 a 20 e homem de 18 a 22
Idoso- 15 a 25
Condições adversas a serem observadas:
RÍTMO- arrítmico, rítmico.
PROFUNDIDADE- superficial, profunda.
SOM- roncos, estertores, 
Taquipnéia, é a respiração rápida e superficial.
Bradipnéia, é a respiração lenta e superficial.
 Respiração Cheyne-stokes- também chamada de dispnéia periódica, corresponde a períodos de respiração profunda, alternados com períodos de apnéia. Pode acontecer em RN onde o centro respiratório ainda se encontra imaturo, ou em pacientes com insuficiências cardíacas graves, acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranioencefálicos e intoxicações por barbitúricos ou opiáceos.
Respiração de Biot- também denominada de respiração atáxica, caracteriza-se por ser irregular. As incursões podem ser superficiais ou profundas, e cessam por curtos períodos. As causas incluem depressão respiratória, e lesão cerebral no nível bulbar.
Kussmaul- é a respiração rápida e profunda sem pausas. Caracteriza- se por inspirações rápidas e amplas, intercaladas com curtos períodos de apnéias e expirações profundas e ruidosas. Está associada a acidose Metabólica.
Ortopnéia- Respira melhor na posição elevada (ereta).
TÉCNICA DA MEDIDA INDIRETA DA PRESSÃO ARTERIAL
(Baseada nas recomendações da American Heart Association)
1- Prepare o material separando o estetoscópio, o Esfigmomanômetro, caneta ou lápis e papel para registro, fita métrica, algodão com antisséptico, álcool 70%.
2- Certifique-se de que o estetoscópio e o esfigmomanômetro estejam íntegros e calibrados.
3- Certifique –se de que o manguito esteja desinsuflado antes de ser ajustado ao membro do cliente.
4- Lave as mãos antes de iniciar qualquer procedimento junto ao cliente.
5- Posicione o cliente em local calmo e confortável, com o braço apoiado ao nível do coração, permitindo 5 minuto de repouso.
6- Esclareça seu cliente do procedimento aos quais será submetido a fim de diminuir a ansiedade.
7- Descubra o membro a ser aferido e meça a circunferência do braço para assegurar-se do tamanho do manguito.
8- Selecione o tamanho ideal da bolsa inflável a ser utilizada, deve corresponder a 40% da circunferência braquial para a largura e 80% para o comprimento.
9- Meça a distância entre o acrômio e o olecrano colocando o manguito no ponto médio.
10- Envolva o manguito em torno do braço, mantendo-o a 2,0 cm de distância da sua margem inferior a fossa ante cubital, posicionando o centro da bolsa inflável sobre a artéria braquial, permitindo que tubos e conectores estejam livres e o manômetro em posição visível.
11- Palpe a Artéria Braquial e centralize a bolsa inflável ajustando o meio da bolsa sobre a artéria(para identificar o meio da bolsa inflável basta dobrá-la ao meio e colocar esta marcação sobre a artéria palpada);
12- Com a mão “não dominante” palpe a artéria radial e simultaneamente, com a mão dominante feche a saída de ar. (Válvula da pêra do esfigmomanômetro) inflando rapidamente a bolsa até 70mmHg e gradualmente aumente a pressão aplicada até que perceba o desaparecimento do pulso, inflando 10 ,mmHg acima deste nível.
13- Desinsufle o manguito lentamente, identificando pelo método palpatório a pressão arterial Sistólica.
14- Aguarde de 15 a 30 segundos para inflar novamente o manguito.
15- Posicione corretamente as olivas do estetoscópio no canal auricular, certificando-se da ausculta adequada na campânula, (a posição correta das olivas do estetoscópio é para frente em relação ao diafragma pois permite maior adequação aoconduto auricular. Diminuindo a interferência de ruídos ambientais e externos.
16- Posicione a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, palpada abaixo do manguito, na fossa antecubital e simultaneamente com a mão dominante, feche a saída de ar, (válvula da pera do esfigmomanômetro), com a mao “não dominante” palpe a artéria braquial e em seguida novamente com a mão dominante insufle o manguito gradualmente até o valor da pressão arterial sistólica estimada pelo método palpatório,(passo 14), e continue insuflando rapidamente 20 mmHg acima desta pressão.
17- Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 4 mmHg por segundo, identificando pelo método auscultatório a pressão sistólica(máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro ruído regular audível,- 1 fase dos sons de korotkoff, e a pressão diastólica (mínima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente a cessação dos ruídos (5 fase dos sons de korotkoff, no adulto);
18- Desinsufle totalmente o manguito com atenção voltada ao completo desaparecimento dos sons.
19- Repita a ausculta após 30 segundos,
20- Retire o aparelho do membro do cliente deixando-o confortável.
21- Informe ao cliente o valor da pressão aferida.
22- Registre a posição em que o cliente se encontrava no momento da verificação da PA.
23- Guarde o aparelho em local adequado e lave as mãos após terminar qualquer procedimento.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!!
1- Oriente ao cliente antes de realizar o procedimento
2- Proporcione ambiente calmo e confortável com temperatura agradável.
3- Permita repouso por um período mínimo de 5 minutos
4- Confirme não ter feito ingesta de Café, fumo e grandes refeições pelo menos 30 minutos antes da medida. (Importante não estar com a bexiga cheia).
5- Mantenha o cliente sentado com as costas apoiadas confortavelmente no encosto da cadeira, e o braço apoiado sob uma superfície próxima, posicionado ao nível do coração. A palma da mão deve estar em supinação.
6- Caso seja necessário verificar a pressão do cliente em posição ortostática apoie seu braço de modo que continue posicionado ao nível do coração.

Continue navegando