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PROJETO DE MONOGRAFIA - SPOTIFY

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17
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL 
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CLÁUDIO JUNIOR MARQUES DE SOUZA
O NOVO CONSUMO DE MÚSICA NO STREAMING: UM ESTUDO SOBRE O SPOTIFY
Santa Cruz do Sul
2018
CLÁUDIO JUNIOR MARQUES DE SOUZA
O NOVO CONSUMO DE MÚSICA NO STREAMING: UM ESTUDO SOBRE O SPOTIFY
Trabalho apresentado ao Curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul, como avaliação parcial da disciplina de Projeto de Monografia em Publicidade e Propaganda.
Professora Me: Elizabeth Huber Moreira.
Santa Cruz do Sul
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 TEMA	4
3 PROBLEMA	4
4 OBJETIVOS	5
4.1 GERAL	5
4.2 ESPECÍFICOS	5
5 JUSTIFICATIVA	5
6 REFERENCIAL TEÓRICO	6
6.1 CONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO DE STREAMING E DA INDÚSTRIA MUSICAL ......................................................................................................................................6
6.2 O SPOTIFY E SEU MODO DE OPERAÇÃO.........................................................9
6.3 MARKETING DIGITAL E NOVOS MERCADOS .................................................10
7 METODOLOGIA	11
7.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ..............................................................................12
7.2 PESQUISA QUANTITATIVA EM AMBIENTE VIRTUAL .....................................14
8 CRONOGRAMA	15
REFERENCIAS	16
1 INTRODUÇÃO
A Era da Informação trouxe inúmeras mudanças na maneira de se fazer negócios. E as organizações, que desde a revolução industrial vinham evoluindo suas estratégias de forma lenta e gradual, passaram a correr contra o tempo para se adaptar a um mercado cada vez mais mutável. Dentro deste panorama, uma das indústrias que mais sofreu com as reviravoltas fomentadas pela tecnologia foi, sem dúvidas, a indústria da música.
Desde a pioneira rádio, passando pelo disco de vinil, a fita cassete, o disco compacto (CD) e chegando ao revolucionário mp3, a indústria da música precisou se ressignificar inúmeras vezes. Com o advento da internet, seu desafio tornou-se ainda maior, graças à pirataria desenfreada e ao compartilhamento irrestrito de mídias digitais na rede. Agora, ainda buscando sua identidade frente ao “mundo online”, depara-se com um novo agente, que pode ser tanto um aliado como um novo obstáculo: os serviços de streaming.
A alta capacidade de distribuição de conteúdo por meio desses novos serviços digitais abalou o mercado, causando um forte impacto dentro das gravadoras. Dessa forma, os serviços de streaming deram nova forma ao velho modelo de produção, divulgação e consumo musical, além de abalarem o relacionamento entre indústria, artistas e consumidores. 
Em um estudo realizado pela Box 1824 para o Multishow (PACETE, 2017), a gerente de marketing Cristiane Stuart relata que: 
Em um contexto de tecnologia exponencial e alta conectividade, mais pessoas estão produzindo e disseminando conteúdo. É uma revolução no mundo musical liderada pelos serviços de streaming. Essa descentralização barateia o acesso e permite que novos artistas surjam e interajam com o público de forma mais dinâmica, rápida e sem intermediários. (PACETE, 2017, p. 1).
De acordo com Pacete (2017), o cenário atual indica que 6 bilhões de pessoas estarão conectadas até 2020, sendo que 2/3 dessa população produzirá conteúdo. Assim: 
Teremos conexões, interações e autonomia numa velocidade cada vez maior. Tudo está se transformando e se adaptando a essa nova realidade: a relação dos artistas com os fãs está cada vez mais próxima, o tempo entre o lançamento de uma música e seu sucesso (ou não), a reação da audiência e a própria receptividade do público para novas sonoridades. (PACETE, 2017, p. 1).
Dada a importância que as plataformas de streaming conquistaram nos últimos anos e sua relação ambígua com a cadeia produtiva musical, o presente projeto torna-se relevante ao propor uma análise acerca do papel dessas empresas na ressignificação da indústria da música ao redor do mundo. O projeto também pretende destacar o papel dos consumidores de música dentro dessa perspectiva, ao identificar seu perfil e suas demandas frente a essa nova realidade digital. Para tanto, será utilizada uma pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, com revisão de literatura e uma pesquisa quantitativa, realizada em ambiente virtual, com uso de técnicas não-probabilísticas, como será melhor explicado no decorrer do presente projeto.
2 TEMA
O papel dos serviços de streaming em relação a nova configuração da indústria da música, a partir do estudo do perfil de seus usuários.
3 PROBLEMA
Após mais de uma década de incertezas trazidas pelo consumo de música ilegal na internet, por meio de downloads não autorizados, a indústria da música viu surgir um novo comportamento de consumo por parte dos usuários, com a chegada dos serviços de streaming. Segundo Kischinhevsky, Vicente e Marchi, (2015, p. 2), esse novo serviço tem sido enxergado por óticas distintas. Uma delas vê “o indício de uma nova etapa da destruição criadora da indústria da música”, já que o streaming enfraquece a já combalida venda de álbuns, seja por meio físico ou digital. Outra visão, mais otimista, entende as empresas de serviços de streaming como “novos empreendimentos que buscam conciliar as práticas de consumo de conteúdos digitais aos interesses econômicos dos detentores de direitos autorais” (KISCHINHEVSKY; VICENTE; MARCHI, 2015, p. 2).
Certo é que os serviços de streaming vieram para ficar, e podem ser tanto uma nova ameaça quanto uma solução para os problemas da indústria fonográfica, em relação ao consumo de música por meios digitais. Pois, embora sua lógica de consumo substitua o interesse pela compra da mídia, sua facilidade de uso também substitui o interesse dos usuários pela pratica da pirataria, atividade muito mais prejudicial aos interesses da indústria musical (KISCHINHEVSKY; VICENTE; MARCHI, 2015).
Por essa razão, pode-se entender que a revolução na distribuição de música, por meio dos novos serviços de streaming, abalou o mercado musical, causando um forte impacto nas gravadoras e na forma de divulgação, produção e consumo dessa mídia. Esse novo cenário está forçando a cadeia produtiva a se ressignificar e encontrar novas formas de se relacionar tanto com essas plataformas quanto com os seus consumidores.
Partindo desse pressuposto, o problema que o presente projeto intenciona analisar é: como a indústria da música pode se adaptar às novas formas de consumo de música em plataformas digitais de streaming?
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os aspectos que envolvem o consumo de música em plataformas digitais de streaming, tendo como base os usuários santa-cruzenses do Spotify.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Conceituar o serviço de streaming e entender sua relação com a indústria da música.
· Apresentar a empresa Spotify e seu modo de operação.
· Identificar o perfil dos usuários santa-cruzenses do Spotify e compreender o seu papel no processo de ressignificação da indústria musical.
5 JUSTIFICATIVA
Embora a popularização da internet tenha trazido inúmeros problemas para a indústria fonográfica, como o compartilhamento ilegal de mídias musicais por meio dos downloads, esse setor da economia continuou a movimentar cifras consideráveis. Segundo Nunes (2013, p. 16), em 2010 as receitas mundiais originárias da música digital totalizaram U$4,8 bilhões. Cerca de U$2 milhões a mais do que o ano anterior, segundo dados da International Federation of the Phonographic Industry – IFPI.
Isso significa que, mesmo com a pratica da pirataria ainda muito popular entre os usuários da internet, o setor conseguiu fomentar um crescimento em suas receitas. Grande parte desse aumento se deu graças ao desenvolvimento de novas plataformas de negócios musicais (NUNES, 2013). 
Embora o mercado fonográfico esteja dividido entre as mídias físicas (CDs, DVDs e Blu-Rays) e mídias digitais (plataformas de venda digitais, aplicativos e repositórios), as vendas em ambos segmentos obtivem crescimento no ano de 2011, com cerca de 7,6% de aumentono lado físico e 12,8% no lado digital (NUNES, 2013, p. 16).
Entretanto, embora a indústria da música ainda consiga observar crescimento em suas receitas, em comparação ao ano de 1999, onde teve início a popularização da prática de compartilhamento ilegal de música pela internet, as perdas financeiras são superiores a 60% (NUNES, 2013, p. 17). Dessa forma, entende-se que ainda existe um grande problema a ser solucionado.
O crescimento e a evolução dos serviços de streaming vêm mudando de maneira rápida o modo de consumo de mídias, tanto no segmento de vídeos (vídeo sob demanda) quanto na indústria musical. A expansão da música em formato digital desestruturou um modelo de negócio que há muitos anos se mantinha hegemônico. Além disso, esses serviços não se limitam a um só tipo de dispositivo. Podemos interagir no computador, celular, televisores com a função smart, dentre outros. Isso facilita o acesso e desperta cada vez mais o interesse do consumidor. Por se tratar de um serviço novo, compreender essa evolução e os impactos que essas mudanças trazem à indústria da música é de extrema importância no que diz respeito ao cenário atual do mercado e no modo de consumir música.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 CONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO DE STREAMING E DA INDÚSTRIA MUSICAL
A chegada da internet revolucionou a forma de se fazer negócios ao redor do mundo. Nesse processo, inúmeras indústrias tiveram o seu modus operandi completamente modificado. Entre elas, a que talvez tenha sofrido uma das maiores mudanças foi a indústria do entretenimento.
O compartilhamento irrestrito de mídias pela rede modificou permanentemente a relação das pessoas com o cinema, estações de rádio, lojas de discos e diversos outros agentes da cadeia produtiva ligada ao entretenimento.
Com a disseminação dos programas de compartilhamento P2P (peer-to-peer), ou seja, de um usuário para o outro, o público passou a ter a possibilidade de consumir diferentes tipos de mídias de forma rápida, sem sair de casa – e sem pagar pela sua aquisição.
Esse fenômeno trouxe consigo uma série de impactos socioeconômicos importantes. Se, por um lado, houve uma certa “democratização” do entretenimento, por outro lado os produtores de conteúdo passaram a sofrer com a pirataria, downloads ilegais e, principalmente, com a queda vertiginosa em sua arrecadação.
Nesse sentido, muitas foram as tentativas de se barrar o compartilhamento ilegal de mídias pela internet e a violação de direitos autorais. 
Um dos casos mais famosos foi o processo movido pela Recording Industry Association of America (RIAA) contra o Napster, por infração dos direitos autorais. Segundo Nunes (2013):
O Napster transformou-se no sistema P2P mais popular do mundo. Criado em 1999 por Shawn Fanning, de apenas 18 anos, estudante da Universidade Northeastern em Boston. O Napster foi o primeiro programa a permitir que utilizadores fizessem download de arquivos musicais de outros utilizadores. Para isto bastava fazer o download do software, instalá-lo e procurar a música desejada. Seguidamente, era só descarregar o ficheiro de forma gratuita (NUNES, 2013, p.18).
Porém, num mundo globalizado – e conectado, outros disseminadores de conteúdo ilegal surgiram e rapidamente migraram seus “acervos” para bancos de dados hospedados em países onde a lei fosse mais branda e as punições praticamente inexistentes.
Como exemplo podemos citar o The Pirate Bay, um dos maiores sites de compartilhamento P2P da internet. Após três anos de atividade, o site sueco foi retirado do ar, pela primeira vez, em 2006 e seus responsáveis processados criminalmente. Apenas três dias depois o site já estava novamente no ar. E, embora outras ações policiais tenham “derrubado” o Pirate Bay diversas outras vezes, os responsáveis sempre encontravam novas formas de driblar as autoridades e recoloca-lo no ar (CARVALHO, 2018).
Com um cenário pouco promissor e muitos desafios pela frente, a indústria do entretenimento viu surgir uma nova forma de consumo de mídias digitais, mais controlada e com boas possibilidades de enfraquecer a velha prática da pirataria virtual: os serviços de streaming.
Com a proposta de favorecer artistas, gravadoras, estúdios e demais stakeholders[footnoteRef:1] da indústria do entretenimento, empresas como Netflix, Spotify, Deezer, entre outras, fomentaram uma verdadeira revolução na forma de se consumir mídias online. [1: Palavra de origem inglesa que designa um grupo de pessoas com algum tipo de interesse em uma empresa, mercado ou projeto e que possuem papel direto ou indireto em suas estratégias de gestão.] 
Se com a prática de compartilhamentos e downloads entre usuários era praticamente impossível se ter algum tipo de controle – ou lucro, com os serviços de streaming a realidade era bem mais animadora. 
Segundo Passos (2015), ao citar dados obtidos no site da empresa:
[...] o Spotify paga de U$0,006 a US$0,008 por faixa executada. Esse dinheiro é diretamente encaminhado para as contas das gravadoras, o valor final que cada artista recebe no fim é uma questão entre as gravadoras, os cantores e compositores. A valoração do que é distribuído é feita a partir da quantidade de vezes que as faixas são tocadas, popularidade do artista em questão, localidade dos ouvintes da música, entre outros critérios. (PASSOS, 2015, p.8).
Com um conteúdo totalmente legalizado, essas empresas logo se tornaram preferência entre os consumidores, por oferecer muito mais facilidade na aquisição de mídias digitais. Essa facilidade, inclusive, é tida como um dos fatores principais para o declínio da prática de downloads ilegais (PASSOS, 2015).
Além disso, como Passos (2015) explica, esse novo formato de distribuição influenciou em grande escala o comércio de música digital.
Segundo informa a autora, ao citar Nielsen (2014), o comércio de música digital em formato MP3 sofreu uma queda de 9,4%. Já a venda de CDs diminuiu, em média, 14,9%.
Em contrapartida, “em 2014, a música em streaming superou as vendas de álbuns físicos nos Estados Unidos pela primeira vez na história - U$S 1,87 bilhão contra U$S 1,85 bilhão, respectivamente” (PASSOS, 2015, p.9).
Entretanto, os serviços de streaming também parecem ter pontos negativos. Um deles é o baixo retorno financeiro para os artistas e outros criadores de conteúdo.
 Surge então um novo desafio a ser enfrentado. Como equilibrar os interesses da indústria, sem que esses interesses entrem em conflito com os interesses dos consumidores?
Nesse sentido, a indústria fonográfica vem se destacando como uma das que mais sofre os reflexos dessa crise. Após um longo período de adaptação, onde foi preciso se reinventar e reinventar a maneira de comercializar o seu produto, as gravadoras, artistas e outros atores diretamente ligados ao mercado da música agora precisam entender o real peso dos serviços de streaming, como o comercializado pela maior empresa do segmento, o Spotify.
6.2 O SPOTIFY E SEU MODO DE OPERAÇÃO
O Spotify teve seu desenvolvimento iniciado em meados de 2006, mas o projeto só foi lançado no ano de 2008 pela Spotify AB, com sede em Estocolmo, na Suécia. Hoje o serviço já está disponível em quase todos os países do mundo, inclusive no Brasil, onde começou a operar em maio de 2014 (SANTOS; MACEDO; BRAGA, 2016, p.3).
O serviço de stream da plataforma funciona de forma online, sendo necessário que seus usuários possuam acesso à internet. Porém, não é necessário ter uma assinatura paga, pois o serviço também oferece acesso gratuito – com veiculação de anúncios. 
Sobre o tamanho do público consumidor do serviço, Santos, Macedo e Braga (2016) afirmam que:
De acordo com dados do Spotify & TNS Research, o Spotify possui cerca de 75 milhões de usuários ativos, dessa quantidade, 20 milhões são assinantes. No Brasil, o Spotify tem sete milhões de usuários mensalmente ativos, entre eles, 70% estão na faixa etária dos 18 aos 24 anos. (SANTOS; MACEDO; BRAGA, 2016, p.3).
Além de sua função principal, que é o player de músicas via streaming, o Spotify também possui outras funcionalidades, comoo download de músicas para consumo off-line, o compartilhamento de playlists com amigos e outros usuários da plataforma, além da possibilidade de novos artistas publicarem suas músicas diretamente no catálogo do serviço, sem a necessidade de intermediação de gravadoras ou selos.
Segundo apontam Santos, Macedo e Braga (2016, p.4), “o player de músicas tem um grande catálogo, atualmente com cerca de 30 milhões de músicas. [...] além de poderem escutar as playlists criadas pelos profissionais do Spotify, [...] os usuários têm a opção de criar suas próprias playlists”.
Apesar dos grandes avanços que a popularização do Spotify trouxe para o consumo de música dentro da internet, muitos questionamentos ainda são levantados a respeito de sua sustentabilidade. 
Como enfatizam Santos, Macedo e Braga (2016), recentemente o Spotify foi alvo de pressão por parte das três maiores gravadoras da atualidade.
Essas questões de distribuição podem envolver as políticas de utilização do Spotify, isso porque ele foi pressionado pelas editoras musicais para que tivesse o seu número de usuários pagos aumentado, porque a versão gratuita é usada pela maioria, gerando menos receitas para o Spotify, e consequentemente para artistas, colocando em risco a renovação do contrato com 3 das maiores produtoras: Sony Music Entertainment, Warner Music Group, e a Universal Music Group. (SANTOS; MACEDO; BRAGA, 2016, p.3).
Além da questão que envolve as contas gratuita e premium, o Spotify também precisa lidar com a insatisfação cada vez maior dos artistas com relação ao pagamento de royalties. Atualmente, a maior crítica ao serviço vem do fato de que as receitas oriundas da reprodução das músicas são muito inferiores aos valores obtidos em outros meios de reprodução.
Partindo-se dessa premissa, entende-se que a indústria da música ainda tem muitos desafios a enfrentar se quiser continuar “viva” nesse novo cenário digital. 
6.3 MARKETING DIGITAL E NOVOS MERCADOS
Uma das muitas considerações que o crescimento do serviço de streaming trouxe foi a necessidade de uma ressignificação por parte da indústria fonográfica, no que diz respeito ao modo de se relacionar com o público consumidor de música. 
Com o advento da internet, o perfil dos compradores mudou. Se, há alguns anos atrás, as pessoas se aglomeravam na porta das lojas de discos para garantir seu exemplar do mais novo álbum do artista do momento, os consumidores da Era da Internet não poderiam ser mais diferentes.
Hoje o que se espera é um serviço rápido, sob medida, e a “um clique” de distância. E essa mudança de comportamento precisa ser acompanhada de perto pelo mercado da música, que precisará se adaptar para atender as demandas desse novo público.
Para isso, um estudo acerca das novas formas de se fazer marketing será de extrema necessidade.
Seguindo as mudanças ocorridas na sociedade, o marketing também passou por importantes transformações. Se, num primeiro momento, todo o foco era concentrado no produto, a evolução de paradigmas fez com que o marketing voltasse sua atenção para as necessidades do consumidor. E agora, no que se considera como o terceiro momento de sua evolução, o foco passa a ser no indivíduo, em seus valores, suas emoções e suas particularidades.
A essa nova abordagem dá-se o nome de Marketing 3.0. “Pautado em valores, considera as pessoas não mais apenas como simples consumidores e sim seres complexos e multifacetados. O foco maior é no ser humano pleno, com mente, coração e espírito”. (SANTOS, 2014, p.17).
Além do novo enfoque do marketing, pautado nas necessidades do indivíduo consumidor, a indústria musical também precisa levar em consideração a força da internet como impulsionadora de negócios. 
O Marketing Digital é hoje uma das formas mais lucrativas de se divulgar um produto ou fomentar o reconhecimento de uma marca. Segundo Santos (2014):
Com o surgimento de canais digitais as estratégias passam a exercer papel prático e direcionado ao tipo de consumidor, o que além de proporcionar uma relação de duas vias entre empresa e cliente, desempenha as funções de divulgação de marca, produtos, serviços, propaganda, publicidade e outros que são cruciais no processo de consolidação da marca. (SANTOS, 2014, p.19).
Dessa forma, o marketing digital possibilita um diálogo muito mais íntimo com os consumires, além de um posicionamento mais adequado, haja visto a evolução do perfil do público consumidor de música. Santos (2014, p.19), ao citar Vaz (2010), afirma que “as empresas que mantem um diálogo mais próximo com seu público conseguem com mais facilidade apresentar o que eles procuram em promoções, serviços e vantagens, largando na frente de concorrentes. ”
Conclui-se então que, para ressignificar o seu papel dentro do novo cenário digital, a indústria fonográfica precisa conhecer e entender as necessidades dos seus clientes, para então ser capaz de atender suas demandas da forma mais satisfatória possível. E o público do Spotify se apresenta como um excelente objeto de pesquisa.
7 METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA
A metodologia utilizada será uma pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, com revisão de literatura e uma pesquisa quantitativa, realizada em ambiente virtual, com uso de técnicas não-probabilísticas. Primeiramente se realizará um levantamento bibliográfico sobre os variados aspectos do tema escolhido. Após, haverá uma pesquisa quantitativa, com questionário virtual, para que se possa identificar o perfil e as demandas dos usuários brasileiros do serviço de streaming oferecido pela empresa Spotify. O trabalho será dividido em três capítulos que compreenderão os seguintes assuntos: Os serviços de streaming e a indústria da música, o Spotify e seu modus operandi e o perfil dos usuários santa-cruzenses do Spotify e seu papel na ressignificação da indústria musical. 
Os autores metodológicos ainda não foram totalmente definidos, mas o trabalho se utilizará da contribuição acadêmica de Kotler (2006), Nunes (2013), Passos (2015), Santos, Macedo e Braga (2016) e Vicente (2014).
7.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
	Para Lakato e Marconi (2003, p. 44), a pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para toda e qualquer atividade de cunho acadêmico. Por isso, deve ser bem planejada e executada, a fim de oferecer ao pesquisador embasamento teórico sustentável. Dessa forma, as autoras defendem que se sigam oito etapas básicas para o desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica bem-sucedida. A primeira etapa é a escolha do tema, seguido da elaboração do plano de trabalho. A terceira etapa consiste na identificação das obras adequadas, seguido de sua localização (ou aquisição), compilação e fichamento. Por fim, as autoras indicam uma análise e interpretação do material coletado e uma redação final, para lapidação das ideias. A seguir, cada etapa será apresentada de forma mais aprofundada.
A etapa inicial, de escolha do tema, é onde o pesquisador definirá qual a natureza do problema que sua pesquisa buscará solucionar. De acordo com Lakato e Marconi (2003), essa escolha deve levar em consideração fatores internos e externos. Os fatores internos podem ser entendidos como as aptidões e preferências individuais do pesquisador, além de suas qualificações pessoais e acadêmicas. Já os fatores externos dizem respeito à disponibilidade de tempo para a realização da pesquisa, do referencial teórico que se encontra a disposição do pesquisador, além, é claro, da possibilidade de dispor de orientação especializada.
Além disso, as autoras enfatizam não ser pertinente a escolha de temas repetitivos, cujo os quais já há estudos recentes, pois isso torna difícil uma nova abordagem. Ainda sobre essa questão, Stumpf (2005, p. 52), orienta que não se opte por temas já amplamente debatidos, pois com isso os pesquisadores “evitam despender esforços em problemas cuja solução já tenha sido encontrada”. A autora também recomenda que se delimite o tema com relação ao recorte temporal, evitando assim a coleta de informações e dados antigos e ultrapassados.
A segunda etapa da pesquisaé a elaboração do plano de trabalho. Nessa etapa, o pesquisador deverá estruturar o trabalho que pretende desenvolver. Dessa forma, segundo Lakato e Marconi (2003, p. 46), “deve-se observar a estrutura de todo o trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão”. Na fase de elaboração do plano, é importante que o pesquisador desenvolva a formulação do problema, as hipóteses, objetivos, justificativas e todas as demais variáveis que vão influenciar na construção do trabalho.
Na terceira fase, de identificação, é realizada a revisão de literatura. O pesquisador deve buscar pelas principais obras que abordam, total ou parcialmente, o tema de sua pesquisa. Lakato e Marconi (2003, p. 47) orientam que se faça essa busca em “artigos de livros, teses, folhetos, periódicos, relatórios, comunicações e outros documentos sobre o mesmo tema”. Além disso, Stumpf (2005), indica que pode ser interessante traduzir as palavras chaves da pesquisa para outros idiomas, afim de ampliar e agilizar o processo de pesquisa de fontes. 
Uma vez realizada a identificação e o levantamento bibliográfico, o próximo passo é a localização e coleta do material necessário. Essa etapa pode ser realizada de diferentes maneiras. Seja pela aquisição das obras, empréstimo em bibliotecas públicas e universidades, ou até mesmo a partir de downloads por meio da internet.
Com todo o material necessário em mãos, iniciam-se as etapas de compilação e fichamento. De acordo com Lakato e Marconi (2003, p. 48), essas fases consistem na “reunião sistemática do material contido em livros, revistas, publicações avulsas ou trabalhos mimeografados”. Dessa forma, tudo o que foi coletado na fase anterior passará por uma inspeção, a fim de se selecionar apenas as obras que realmente fação sentido ao embasamento do trabalho.
As últimas duas fases são consideradas as mais importantes para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade. Sendo assim, na análise e interpretação, o pesquisador deverá traçar uma crítica ao material bibliográfico, levando em consideração sua estruturação, importância acadêmica, valor histórico, além de outras características relevantes para a construção do embasamento teórico. (LAKATO; MARCONI, 2003).
Por fim, a última fase do processo de pesquisa bibliográfica é a redação do trabalho a ser desenvolvido. Ao se redigir o texto, o pesquisador se apoiará no fichamento de todo material obtido, estruturando e ordenando os assuntos, com as devidas referências e normas técnicas aplicáveis. 
7.2 PESQUISA QUANTITATIVA EM AMBIENTE VIRTUAL
Fonseca (2002, p. 20) define a pesquisa quantitativa como sendo uma pesquisa onde os resultados podem ser quantificados. Em outras palavras, as amostras coletadas numa pesquisa quantitativa são de natureza numérica, por essa razão podem ser utilizadas para cálculo de proporções, populações ou tendências. Ainda de acordo com o autor, esse tipo de pesquisa é centrado na objetividade e “influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros”.
 Dessa forma a pesquisa quantitativa “recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc.” (FONSECA, 2002, p. 20). Gerhardt e Silveira (2009, p. 34) indicam que a pesquisa quantitativa, por ter suas raízes no pensamento positivista lógico, “tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana”. 
Assim, como visto até aqui, a pesquisa de abordagem quantitativa supre com eficiência as necessidades observadas para a construção do trabalho a ser desenvolvido a partir do presente projeto. 
Com relação ao campo de aplicação, infelizmente ainda não existe material bibliográfico adequado para sua conceituação. Porém, a intensão do futuro trabalho é coletar dados de natureza quantitativa através da plataforma online Google Forms. O público-alvo da pesquisa serão os usuários do serviço de streaming do Spotify residentes na cidade de Santa Cruz do Sul/RS. Com os dados coletados pretende-se formar o perfil demográfico dos usuários, além de identificar características especificas que possam ajudar a entender qual o papel dessas pessoas na ressignificação da indústria musical. 
8 CRONOGRAMA
	Fases/meses
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Redação primeiro capítulo
	X
	X
	
	
	
	Redação segundo capítulo
	
	X
	X
	
	
	Redação terceiro capítulo
	
	
	X
	X
	
	Introdução e Considerações Finais
	
	
	
	X
	
	Revisão
	
	
	
	
	X
	Apresentação e defesa pública
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Lucas. The Pirate Bay completa 15 anos. Portal Olhar Digital, 2018. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/the-pirate-bay-completa-15-anos-conheca-a-historia-do-site/77944>. Acesso em: 12 set. 2018.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GERHARDT, T. E; SILVEIRA, D. T. (Org.). Métodos de pesquisa. Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS, Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural – SEAD/UFRGS, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/
derad005.pdf >. Acesso em: 16 out. 2018.
KISCHINHEVSKY, M; VICENTE, E; DE MARCHI, L. Em busca da música infinita: os serviços de streaming e os conflitos de interesse no mercado de conteúdos digitais. Revista Fronteiras, v. 17, n. 3, 2015. Disponível em: <http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2015.173.04>. Acesso em 12 set. 2018.
KOTLER, Philip. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Fundamentos da metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003.
NUNES, Fernando José de Holanda. Do Long Play ao MP3: indústria fonográfica brasileira na era digital. Recife: Dissertação (Mestrado Profissional em Economia), Centro de Ciências Sociais Aplicadas/Universidade Federal de Pernambuco, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11128>. Acesso em 13 set. 2018.
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