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GERENCIAMENTO-DA-INFORMAÇÃO ead faveni prova

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1 
 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 2 
1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO ............................................................. 3 
1.1 Aspectos Evolutivos da Gestão da Informação ........................... 9 
1.2 Gestão da Informação na Atualidade ........................................ 13 
2 TIPOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO ........................................ 15 
3 O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO............................................ 18 
4 COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO................. 21 
5 RECURSOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .......................... 21 
5.1 Recursos de hardware .............................................................. 23 
5.2 Recursos de software ................................................................ 23 
5.3 Recursos de dados ................................................................... 24 
5.4 Recursos de redes .................................................................... 24 
5.5 Recursos humanos ................................................................... 25 
6 GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES ....................... 25 
7 A GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS . 31 
8 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO ................... 33 
9 A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO COMO GARANTIA DA 
IDONEIDADE DA INFORMAÇÃO .................................................................... 35 
10 O USO DE NORMAS COMO FACILITADOR DA GESTÃO DA 
INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO ......................................................... 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 40 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 43 
 
 
 
 
2 
 
2 
 
INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
A Rede Futura de Ensino, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer 
uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O 
comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e 
todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em 
perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento 
que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
3 
 
1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
 
Fonte: portaldobibliotecario.com 
Para início dos entendimentos sobre a Gestão da Informação (GI) e sua 
evolução histórica, é essencial explicitar alguns dos diferentes conceitos e 
pontos de vista, uma vez que este aspecto é o responsável pelas diversas visões 
e definições do tema. Antes da conceituação em si, percebeu-se ser necessário 
fazer uma breve menção sobre algumas das percepções acerca das 
perspectivas e dimensões que influenciaram e embasaram a temática da Gestão 
da Informação. 
No final dos anos 1980, Trauth (1989, 258 apud MARTINS, 2014, p.21) 
constatou que três disciplinas forneceram as bases para a GI: a gestão de bases 
de dados, a gestão de documentos e a gestão de processos de informação. No 
início dos anos 1990, Savić (1992, p. 130 apud MARTINS, 2014, p.21), em seu 
abrangente trabalho compilativo sobre a gênese e evolução do tema, reforçou 
que até aquele momento a maioria dos autores considerava que três principais 
atividades embasaram a GI: Gestão de Documentos; Gestão de Dados e Gestão 
da Informação. 
No início da década de 2000, Wilson (2002 apud MARTINS, 2014, p.21) 
afirmou que a concepção de Gestão da Informação diferia conforme as 
disciplinas que se preocupavam com os aspectos informacionais: a Ciência da 
4 
 
4 
 
Computação a via como Gestão de Dados, a Administração como Gestão de 
Tecnologia para o desempenho empresarial e a Ciência da Informação – 
incluindo a Biblioteconomia – a via como um campo emergente cuja concepção 
abrangia vários aspectos, como inteligência competitiva, inteligência 
organizacional, tecnologias, dentre outras, embora seu enfoque estivesse mais 
voltado ao conteúdo da informação em si, diferentemente das outras disciplinas. 
Em seu trabalho “Ecologia da Informação”, Davenport (2002 , p. 27 apud 
MARTINS, 2014, p.21) reconheceu quatro abordagens ou perspectivas que 
embasaram a “administração informacional”: a informação não-estruturada; o 
capital intelectual ou conhecimento; a informação estruturada em papel e; a 
informação estruturada em computadores 
Em 2008, Barbosa (2008, p. 6-7 apud MARTINS, 2014, p.22) citou três 
disciplinas como base da GI, a saber: a Documentação; a Computação; e a 
Economia, destacando que teóricos como Paul Otlet, Vanevar Bush e Frederick 
Hayek já se preocupavam com a informação como merecedora de 
gerenciamento: “constitui-se do esforço de diversos campos, como a 
Administração, a Computação e a Ciência da Informação”. Mais recentemente, 
em 2010, Detlor (Detlor, 2010, p. 103 apud MARTINS, 2014, p.22) também 
reconheceu três perspectivas da Gestão da Informação: a perspectiva 
organizacional; a perspectiva biblioteconômica e; a perspectiva pessoal. 
Em 2013 foi destacado que a GI embasa-se em visões conceituais 
distintas: embora no âmbito institucional a GI tenha se consolidado, no âmbito 
conceitual ela possui divergências provenientes de áreas que possuem sua 
própria concepção de GI, a saber, a Ciência da Informação – orientada ao 
conteúdo – e Sistemas de Informação – orientada à tecnologia. O autor conclui 
que uma abordagem interdisciplinar é necessária, congregando as várias áreas 
que compõem e suportam a GI. 
A partir do reconhecimento de tal variedade de perspectivas na base da 
GI, parece plausível reconhecer a Gestão da Informação como um campo 
multidisciplinar, com teorias e práticas mescladas e oriundas de vários campos. 
Isto parece razoável à medida em que foi relativamente há poucas décadas que 
a informação, como bem ou recurso, deixou de ser um bem “livre e gratuito” e 
passou a ser vista como um ativo estratégico como qualquer outro considerado 
5 
 
5 
 
até então. Como anteriormente quase nenhuma área ocupava-se com a 
informação em si, no início do que se chamou Gestão da Informação, 
naturalmente, várias disciplinas e perspectivas que lidavam com aspectos mais 
ou menos relevantes da informação compareceram ou foram convocadas para 
contribuir com a nova área. Fica evidente, assim, uma dificuldade considerável 
na tentativa de mapeamento da gênese das teorias e práticas de base da GI, 
além também da confusão a respeito de sua nomenclatura. 
Em relação ao nome da disciplina, percebe-se também uma falta de 
padrão, reflexo desta multiplicidade de visões proveniente da sua constituição 
heterogênea. Entretanto, um nome deve indicar o conceito a que se refere, 
sendo necessário aqui esclarecer os conceitos definidores da área. Tal como na 
definição das perspectivas que embasaram a GI, a conceituação de Gestão da 
Informação é igualmente controversa, podendo-se perceber muitas confusões 
neste aspecto. 
O conceito de Gestão da Informação envolve duas temáticas: Gestão e 
Informação. Em sentido etimológico, gestão ou administração significa controlar 
ou ter controle e condução de algo. 
A preocupação com a gestão e suas técnicas remonta ao final do século 
XIX e início do século XX. Se durante a primeira fase da Revolução Industrial a 
produção fabril se dava de maneiradesarticulada em seus métodos, onde cada 
fábrica ou indústria produzia à sua maneira, num segundo momento as técnicas 
de produção, bem como as de gestão, passaram a ser alvo de teorias que 
norteariam o campo da Administração ao longo do século XX. Uma destas 
teorias é a Administração Científica, que procurou tratar a administração e 
gestão como ciência, com enfoque na racionalização dos processos produtivos. 
Outra teoria que marcou a área de Gestão foi o trabalho de J. Henry Fayol, Teoria 
Clássica da Administração, cujo enfoque difere do anterior, preocupando-se 
mais com a organização e seus modelos gerenciais. 
Na segunda metade do século XX, muitas teorias nasceram na área da 
administração, tendo em vista o crescente aumento das tecnologias da 
informação e comunicação, bem como do valor atribuído à informação e ao 
conhecimento como recursos e bens estratégicos. Esses fatores influenciariam 
tanto a administração como também muitas outras áreas, caracterizando o 
6 
 
6 
 
modelo social de então como sociedade da informação ou sociedade pós-
capitalista. 
Segundo Drucker (1995 apud MARTINS, 2014, p.23), este novo modelo 
de sociedade muda substancialmente as noções e conceitos de gestão, assim 
como seu enfoque, onde os bens e ativos materiais foram então ultrapassados 
por valores não considerados anteriormente, como a informação e o 
conhecimento. 
O autor sustentou que a cada dois ou três séculos a sociedade ocidental 
passa por grandes transformações; tendo como marco a era capitalista, num 
primeiro momento houve a transição da era agrícola para a Revolução Industrial; 
logo depois a Revolução da Produtividade e, por a Revolução Gerencial. 
Além da Revolução Gerencial, outra constatação de Drucker (Drucker, 
1995, p. 28 apud MARTINS, 2014, p.24) é o papel das organizações na 
sociedade pós-capitalista, no qual vieram a se tornar uma força emergente e 
dinâmica que move e dita o ritmo deste novo modelo de sociedade. Assim, para 
o autor, o conceito atual de Gestão aplica-se às organizações, sendo sua função 
permitir a fluência da informação e do conhecimento entre os indivíduos. 
Mintzberg (1993, p. 43-60 apud MARTINS, 2014, p.24) estabeleceu ainda 
um modelo de papéis gerenciais, descrevendo os tipos de tarefas pertinentes 
aos gestores em três categorias: 
 Papéis interpessoais; 
 Papéis informacionais e; 
 Papéis decisórios. 
 
Como se pode perceber, a importância da informação e do conhecimento 
tem sido largamente destacada nas teorias organizacionais das últimas décadas, 
cujos enfoques visam ajustar e aliar as atividades gerenciais e organizacionais 
e as práticas e os processos de informação. Os conceitos de gestão tanto em 
Drucker quanto em Mintzberg contemplam e concebem tais premissas, 
fornecendo, assim, um contexto para as práticas de GI. 
Conceituar informação, por sua vez, é uma tarefa complexa e mesmo hoje 
não há consenso na própria Ciência da Informação. Assim, em relação ao 
7 
 
7 
 
aspecto aqui pretendido, algumas contextualizações sobre o conceito de 
informação, no escopo da GI, tornam-se oportunas e necessárias. 
Encarando a variedade de sentidos que o termo ‘informação’ carrega, 
podemos, no mínimo, ganhar um aprendizado prático. Podemos 
visualizar um panorama e procurar identificar grupos de usos do termo 
‘informação’. As definições podem não ser completamente 
satisfatórias, os limites entre esses usos podem ser confusos e até uma 
abordagem pode não satisfazer qualquer dos significados 
determinados como o correto sentido do termo ‘informação’. Mas os 
principais usos podem ser identificados, classificados e caracterizados, 
ai sim algum progresso poderá ser alcançado. Usando essa 
abordagem podemos identificar três principais usos da palavra 
‘informação’: como ‘processo’, como ‘conhecimento’ e como ‘coisa’. 
(BUCKLAND, 2004, p. 1 apud MARTINS, 2014, p.25) 
Valentim e Teixeira sugeriram que estas qualificações devem ser 
consideradas conjuntamente, numa perspectiva espiral, de modo a compreender 
a dinâmica do ato informacional: 
[Gera-se conhecimento] Ao compreender a informação-coisa como 
consequência da informação-processo, que influencia a geração da 
informação-conhecimento, ou o seu contrário. Destaca-se que a 
informação como processo exige o compartilhamento, a socialização, 
bem como a disseminação, propiciando a ação de mediar, comunicar 
e, portanto, informar. (VALENTIM, M.; TEIXEIRA, T., 2012, p. 152 apud 
MARTINS, 2014, p.25) 
Vreeken (2002 p. 32 apud MARTINS, 2014, p.26) listou uma série de 
conceitos de informação provenientes de diferentes áreas, tendo então apontado 
os que considera mais pertinentes: 
 Informação como coisa; 
 Informação como processo; 
 Informação como construto social e; 
 Informação como probabilidade. 
 
O autor afirma que a GI tem tratado predominantemente a informação 
como coisa somente, sustentando em sua conclusão que a disciplina deve 
considerar a informação em todas as suas acepções. Outra noção de informação 
considerada na literatura de GI vem a ser a de Braman (1989; 2011 apud 
MARTINS, 2014, p.26). Segundo a autora, em seu trabalho de 1989, a 
informação deve ser vista sob quatro abordagens, a saber: 
8 
 
8 
 
 Informação como recurso; 
 Informação como mercadoria (ou commodity); 
 Informação como percepção de padrões e; 
 Informação como força constitutiva da sociedade. 
 
Num trabalho mais recente a autora adicionou mais duas abordagens: 
 Informação como um recipiente de possibilidades; 
 Informação como um agente. 
 
Uma vez definidos os conceitos de gestão e de informação para os 
propósitos da GI, torna-se possível agora identificar algumas visões do conceito 
de “Gestão da Informação” na literatura da área. 
Segundo Wilson, Gestão da Informação é 
“a aplicação de princípios de gestão para a aquisição, organização, 
controle, disseminação e uso de informações relevantes para o 
funcionamento eficaz das organizações de todos os tipos” (WILSON, 
2002 apud MARTINS, 2014, p.26). 
Para Detlor, 
Gestão da informação é a gestão dos processos e sistemas que criam, 
adquirem, organizam, armazenam, distribuem e utilizam informações. 
O objetivo da gestão da informação é ajudar as pessoas e 
organizações no acesso, processo e uso da informação de forma 
eficiente e eficaz. (DETLOR, 2010, p. 103 apud MARTINS, 2014, p.26) 
Choo, que adota uma visão baseada principalmente na Teoria 
Organizacional, o objetivo básico da Gestão da Informação é 
Aproveitar os recursos e capacidades de informação da organização, 
a fim de permitir que a mesma aprenda e se adapte ao seu ambiente 
em constante mutação. Criação de Informação, aquisição, 
armazenamento, análise e uso, portanto, fornecerão a teia intelectual 
que suporta o crescimento e desenvolvimento da organização 
inteligente. (CHOO, 1995 apud MARTINS, 2014, p.26) 
Estas definições tornam claras as percepções do papel da GI: gerenciar 
o ciclo ou o processo da informação. É importante ressaltar o aspecto de 
percepção original ou inicial, uma vez que estas percepções mudaram com o 
tempo e novos fatores foram agregados à teoria e práticas da GI. Mais adiante 
9 
 
9 
 
se discorrerá sobre os motivos históricos que mudaram estas percepções, uma 
vez que aqui ainda cabem mais algumas considerações sobre a GI. 
1.1 Aspectos Evolutivos da Gestão da Informação 
Para analisar historicamente a evolução da Gestão da Informação, é 
necessário revisar algumas considerações sobre as condições de seu 
desenvolvimento enquanto disciplina. Quando se fala de Gestão da Informação, 
pressupõe-se que a informação seja objeto de gestão sob qualquer que seja a 
forma que suporte seu conteúdo. Pelo fato da GI tratar primordialmente da 
informação registrada, como documentos em papel ou em meio digital, ou seja, 
sob a forma de texto ou documentos multimídia, torna-se compreensível que sua 
prática já se dê há um século. 
Em sua tese,Malin (2003, p. 73-75 apud MARTINS, 2014, p. 33) destacou 
a preocupação em relação aos documentos por governos diversos ao longo do 
tempo. Porém este tipo de administração baseava-se em entrada e saída de 
papéis, sem uma preocupação mais sistemática com o gerenciamento dos 
processos informacionais . 
A maioria dos autores citados concorda que os princípios da Gestão da 
Informação tiveram início nos anos 1940-1950, com o que ficou conhecido como 
“explosão bibliográfica”, e com o desenvolvimento de tecnologias da computação 
e da comunicação. 
Savić (1992, p. 129 apud MARTINS, 2014, p. 34) afirmou ainda que as 
causas para o início e consolidação da GRI foram provocadas principalmente 
por três eventos: 
 A explosão da informação, estendendo-se ao longo do século XX, 
que trouxe inúmeras mudanças à realidade cotidiana da sociedade, 
através do desenvolvimento de vários dispositivos e suportes; esta 
quantidade de informações, entretanto, além de não resolver o 
problema informacional traz outros em seu encalço; 
 A proliferação do papel, pois embora a explosão da informação 
tenha sido acompanhada de tecnologias computacionais, grande 
parte do volume informacional encontrava-se, nos anos 1980, em 
10 
 
10 
 
formato de papel. O autor apresentou estatísticas de modo a 
corroborar seu argumento e demonstrou a necessidade de 
organizar de forma eficiente essa pilha de papel; 
 O uso intensivo das tecnologias de informação. O autor 
reconheceu que “o mundo nunca mais será o mesmo depois da 
revolução do computador”. 
 
Nas décadas de 1960 e 1970 a questão da GI passou a ser 
contextualizada num cenário social e econômico que vários autores apontaram 
como a “Era da Informação” ou “Sociedade da Informação”. 
Falar de uma sociedade da informação requer falar também da 
proliferação massiva das tecnologias de computação e de comunicação. 
Segundo Werthein, tais tecnologias foram decisivas na consolidação desta 
chamada nova era, muito embora a situe mais tardiamente, já nos anos 1980: 
A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos 
últimos anos desse século, como substituto para o conceito complexo 
de “sociedade pósindustrial” e como forma de transmitir o conteúdo 
específico do “novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os 
conceitos das ciências sociais procuram expressar refere-se às 
transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm 
como “fator-chave” não mais os insumos baratos de energia – como na 
sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação 
propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e 
telecomunicações. Esta sociedade pósindustrial ou “informacional”, 
como prefere Castells, está ligada à expansão e reestruturação do 
capitalismo desde a década de 80 do século que termina. As novas 
tecnologias e a ênfase na flexibilidade – ideia central das 
transformações organizacionais – têm permitido realizar com rapidez e 
eficiência os processos de desregulamentação, privatização e ruptura 
do modelo de contrato social entre capital e trabalho característicos do 
capitalismo industrial. (WERTHEIN, 2000, p. 71-72 apud MARTINS, 
2014, p. 35) 
Percebe-se que a computação, desde os anos 1950 até a proliferação da 
microinformática, nos anos 1980, exerceu um considerável impacto tanto na 
sociedade em geral, quanto na política e economia. Além de ser determinante 
para a caracterização da chamada sociedade da informação, a microinformática 
proliferou-se não somente nas instituições militares e científicas, mas também 
governamentais e empresariais, com pretensões de resolver os complexos 
problemas informacionais. 
11 
 
11 
 
Essa “nova era” da tecnologia computacional causou impacto e euforia 
também na literatura científica, onde autores futurólogos como Wiener (1973) e 
Kahn e Wiener (1967) exaltavam suas possibilidades, enquanto autores 
oposicionistas, como Roszak, denunciavam suas pretensões. 
O desenvolvimento destas máquinas computadoras foi muito rápido a 
partir da guerra. Para um vasto campo de trabalho computacional, 
demonstraram ser muito mais rápidas e acuradas que o computador 
humano. Sua velocidade atingiu, desde então, tal grau que qualquer 
intervenção humana intermediária em seu trabalho está fora de 
cogitação. Suscitam, portanto, a mesma necessidade de substituir 
capacidades humanas por capacidades mecânicas como as que 
encontramos no computador antiaéreo. (WIENER, 1973, p. 149 apud 
MARTINS, 2014, p. 35) 
Sobre este entusiasmo, Roszak (1988, p. 172 apud MARTINS, 2014, p. 
35), um estudioso da contracultura e oposicionista desta visão da Tecnologia da 
Informação, denunciou anos depois que “a esperança de muitos entusiastas no 
computador é precisamente de que, no futuro, ele produzirá uma forma de 
inteligência que levará a exatidão da matemática a vários outros campos da 
cultura”. 
Tal como se deu em outras áreas, foi na instância pública e governamental 
que as práticas de GI tiveram início. Essa visão também foi endossada por Savić 
(1992, p. 132-133 apud MARTINS, 2014, p. 37), ao entender que a GI iniciou-se 
no setor governamental e, logo após, expandiu-se para os setores militar e 
privado. De maneira geral, considera-se que o Paperwork Act10 , de 1980, tenha 
sido o documento que instituiu a Gestão da Informação. Segundo Horton (1982, 
p. 48 apud MARTINS, 2014, p. 37), uma comissão federal dos EUA foi 
constituída em 1974 para racionalizar os processos burocráticos da informação, 
baseada principalmente em documentos. Esta comissão baseou-se em 
procedimentos do governo que remontavam ao final dos anos 1940, durante a 
guerra, e constatou-se que eram insuficientes para lidar com a explosão 
documental que se deu posteriormente. Com a revisão destes procedimentos e 
com a análise das condições e caos burocrático de então, a Comissão 
estabeleceu o referido ato, legalizado em dezembro de 1980 pelo governo dos 
EUA, para regular os processos informacionais baseados também nas 
emergentes tecnologias da computação, mas principalmente em documentos. 
12 
 
12 
 
Na primeira metade dos anos 1980, uma avalanche de publicações 
eclodiu para discutir os aspectos da GI. Percebe-se que o Paperwork Act causou 
um grande impacto tanto no âmbito governamental quanto empresarial – que 
começou a interessar-se pelos conceitos e procedimentos descritos nesta lei. 
Durante este período também a microinformática assistiu a uma evolução sem 
precedentes no que concerne às ferramentas tecnológicas. 
Além do advento massivo da computação, a informação em si passou a 
ser percebida como um recurso estratégico gerenciável e contabilizável. Mais 
uma vez, outro ato normativo oficial demonstrou a percepção da informação 
como um recurso, determinando diretrizes e procedimentos a serem seguidos 
por agências e departamentos federais: a Circular A-130. Este ato teve como 
base o Paperwork Act de 1980, porém atualizou-o, considerando também outros 
recursos agregados, como pessoas, ferramentas, tecnologias, dentre outros, 
além da própria informação. Se o Paperwork Act instituiu a Gestão da 
Informação, o A-130 instituiu o que se conhece como a Gestão de Recurso de 
Informação 
Em seus primeiros anos, a visão que se possuía de “informação” pela GI 
era reflexo de uma visão operacional, de processos voltados ao tratamento e 
recuperação de documentos. Com o cenário tecnológico dos anos 1980 e a 
instituição da informação como recurso pelo ato A-130, do governo federal norte-
americano, a GI deixou de ser vista como estritamente operacional e passou a 
ser considerada como estratégica. 
Reconhecida então como realidade cotidiana, a microinformática aparece 
como solução dos problemas informacionais, tal como pretendida desde os anos 
1950. Através de programas e sistemas operacionais de atraentes interfaces 
gráficas as máquinas, até então operadas por técnicos e programadores, 
passaram a ser utilizadaspelo usuário comum. Essa possibilidade alavancou a 
implementação de microcomputadores em larga escala, aliada aos custos 
atrativos ocasionados por sua massificação e pelo barateamento dos valores de 
armazenamento de dados embora os grandes sistemas corporativos e bancos 
de dados ainda possuíssem preços elevados. 
O reconhecimento integrado de documentos, tecnologias e informação 
como recursos deslocou o eixo de visão de todo o contexto informacional. 
13 
 
13 
 
Entretanto, a aplicação das tecnologias da informação causou mais 
problemas que soluções, complicando ainda mais o cenário da gestão 
informacional. O deslumbramento despertado anteriormente deu lugar a uma 
frustração generalizada, sobretudo no âmbito governamental e corporativo. 
O descontentamento com as promessas das tecnologias da informação 
tornou-se evidente também no ambiente corporativo empresarial, onde inúmeros 
trabalhos foram realizados para analisar este fenômeno. 
Este descontentamento com as tecnologias como foco da GI talvez tenha 
sido um dos grandes motivos da uma mudança no olhar e nas tendências da 
área, juntamente com fatores sociais, econômicos e culturais. Alguns autores 
apontaram para um esgotamento da GI; outros estabeleceram novos focos; e 
apontou-se também para uma incorporação da GI à Gestão do Conhecimento. 
1.2 Gestão da Informação na Atualidade 
Embora, a partir dos anos 1990, se tenha apontado para um esgotamento 
da GI, observa-se que nas últimas duas décadas a Gestão da Informação 
enquanto disciplina tem tido uma participação e relevância exponencial não 
somente na área acadêmica, mas também nas áreas educacional e empresarial. 
Possivelmente o referido esgotamento tenha se dado na esfera governamental 
mas em outros contextos ela continua sendo amplamente considerada. 
No âmbito acadêmico nacional, ao menos no que tange à literatura de 
Ciência da Informação, a temática de GI era o quarto assunto mais estudado, 
em 2004, atrás apenas de “competitividade”, “negócios” e “qualidade”, segundo 
pesquisa de Freitas (2004, p. 35 apud MARTINS, 2014, p. 42). Em 2008 sua 
posição cresceu expressivamente entre os assuntos da temática de gestão, 
conforme apontado pela pesquisa de Valentim (2008 apud MARTINS, 2014, p. 
42), sendo o assunto mais abordado da literatura à frente de “gestão do 
conhecimento”, “administração de sistemas”, “inteligência competitiva, dentre 
outros”. 
Além disso, no âmbito acadêmico internacional, muitos periódicos 
científicos na área de GI eclodiram a partir dos anos 1990, embora alguns 
remontem aos anos 1980. 
14 
 
14 
 
No aspecto educacional internacional, um movimento sem precedentes 
na área de Gestão da Informação tomou corpo entre universidades americanas 
e canadenses, expandindo-se posteriormente pelo mundo. No final dos anos 
1980, Toni Carbo, decano da Universidade de Pittsburgh, juntamente com 
Donald Marchand (Universidade de Siracusa) e Richard Lytle (Universidade de 
Drexel), formaram o embrião de um grupo de escolas quediscutiam a Gestão da 
Informação. Pouco mais de uma década depois, em 2003, surgia a rede 
ISchools, uma rede acadêmica internacional que congrega renomadas 
universidades para a discussão da GI e assuntos informacionais em geral. Esta 
rede conecta várias universidades com departamentos ou faculdades que se 
propõem a estudar principalmente a Gestão da Informação, mas também 
Ciência da Informação, Tecnologias da Informação, Negócios da Informação, 
dentre outras. 
Na China, potência ora emergente, a Gestão da Informação inspirou a 
criação de escolas de Gestão da Informação, como a School of Information 
Management, membro da Ischool e a School of Information Resource 
Management, da Universidade de Renmin, cujo conteúdo interdisciplinar 
congrega Ciência da Informação, Sistemas de Informação, Gestão do 
Conhecimento e também Biblioteconomia. 
Conforme observado, a GI vem sendo expandida, revelando seu caráter 
interdisciplinar característico desde sua constituição. Seja através de 
documentos impressos ou digitais, provavelmente as organizações continuarão 
a ter a necessidade de gerir a informação e seus recursos, independente dos 
elementos, das vertentes e ramificações que possa vir a tomar. 
A interação entre as disciplinas de Gestão da Informação e Gestão do 
Conhecimento contribui para o desenvolvimento de uma visão mais holística da 
GI. A Gestão do Conhecimento, ao considerar o fator humano como essencial 
em sua disciplina, parece ter influenciado o reforço deste aspecto por muitos 
autores da GI. Assim, o elemento humano, visto antes como um dos recursos da 
GI, passou a ser considerado o foco principal das práticas de gerenciamento 
informacional. 
15 
 
15 
 
2 TIPOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
Podemos dividir os sistemas de informação em quatro tipos: Sistemas de 
informação transacionais, sistemas de informações gerenciais, sistemas de 
apoio a decisão e sistemas de informações executivas. 
 
 SPT - Sistema de Processamento de Transações 
 
Os SPTs monitoram, coletam, armazenam e processam dados gerados 
em todas as transações da empresa. Esses dados são a entrada para o banco 
de dados da organização. 
Primeiro os dados são coletados por pessoas ou sensores que são 
inseridos no computador por meio de algum dispositivo de entrada. Em seguida, 
o sistema processa os dados de acordo com o processamento em lote ou online. 
Quando você paga por um item em uma loja o sistema registra a venda, 
reduz o estoque disponível em uma unidade, aumenta a posição do caixa da loja 
no valor que você pagou e aumenta a qualidade de vendas em uma unidade. 
Tipos de Aplicação: 
 Processamento de pedidos; 
 Fatura; 
 Controle de estoque; 
 Contas a pagar; 
 Contas a receber; 
 Compras; 
 Recebimento; 
 Expedição; 
 Folha de pagamento; 
 Contabilidade Geral. 
 
 SIG - Sistemas de Informações Gerenciais 
 
Os sistemas de informações funcionais (SIG), oferecem informações na 
forma de relatórios aos gerentes de nível intermediário, como apoio no 
16 
 
16 
 
planejamento, na organização e no controle de operações. O termo SIG é 
ocasionalmente utilizado como um conceito abrangente para todos os sistemas 
de informação combinados. Um SIG produz principalmente três tipos de 
relatórios: rotina, ocasionais e exceção. 
Relatórios de Rotina: São produzidos em intervalos programados, 
variando desde relatórios de controle de qualidade por hora, até relatórios 
mensais de taxas de absenteísmo. 
Relatórios Detalhados: mostram um nível maior de detalhes; por exemplo, 
um gerente pode examinar as vendas por região e decidir "detalhar mais" para 
ver as vendas por loja, e depois as vendas por vendedor. 
Relatórios Indicadores Principais: resumem o desempenho de atividades 
críticas; por exemplo, um diretor financeiro pode querer examinar o fluxo de caixa 
e a quantidade de dinheiro disponível. 
Relatórios Comparativos: comparam o desempenho de diferentes 
unidades de negócios ou período de tempo. 
Relatórios de Exceção: excluem apenas informações que estão fora de 
padrões de limites. Os sistemas são configurados para monitorar o desempenho, 
comparar o desempenho real com os padrões e identificar exceções 
predefinidas. 
 
 SAD - Sistema de Apoio à Decisão 
 
É um sistema de informação computadorizado que combina modelos e 
dados em uma tentativa de resolver os problemas semi-estruturados e alguns 
problemas não-estruturados, com intenso envolvimento do usuário. 
Suas características são: 
 Os Sads podem examinar várias alternativas muito rapidamente 
 Podem realizar uma análise de risco sistemático 
 Podem ser integrados a sistemas de comunicação e bancos de 
dados 
 Podem ser usados para apoiar o trabalho em grupo 
 
 
17 
 
17 
 
Suas habilidades são: 
 Análise a sensibilidade: torna o sistema flexível e adaptável a 
condições mutantes e as diversas exigências das diferentessituações de tomada de decisão. 
 Análise de variações hipotéticas: essa habilidade tenta determinar 
o impacto que uma mudança nas suposições (dados de entrada) 
causa sobre a solução proposta. 
 Análise de busca de metas: busca descobrir o valor das entradas 
necessárias para alcançar determinado nível de saída, esse tipo de 
análise de apoio são importante. 
 
Componentes e estruturas: 
 Subsistemas de gerenciamento de dados: Contém todos os dados 
que fluem de várias fontes. 
 Subsistema de gerenciamento de modelos: Contém modelos 
completados e os elementos necessários para desenvolver 
aplicações de SAD. 
 Interface com o usuário: Abrange todos os aspectos da 
comunicação entre um usuário e o SAD. 
 Usuário: A pessoa envolvida com o problema ou decisão que o 
SAD tem função de apoiar é considerada o usuário, o gerente ou o 
tomados de decisão. 
 Subsistemas baseados em conhecimento: Muitos problemas não-
estruturados e semi-estruturas são tão complexos que suas 
soluções exigem um certo grau de especialização. 
 
Funcionamento do SAD: 
 Os usuários obtêm seus dados do data warehouse, dos bancos de 
dados e de outras fontes de dados. Esses dados são inseridos no 
SAD. Quantos mais problemas são resolvidos, mais conhecimento 
é acumulado na base de conhecimento. 
 
 
18 
 
18 
 
 SIE - Sistema de Informação Executiva 
 
O Sistema de Informação Executiva é uma tecnologia computadorizada 
projetada em resposta às necessidades específicas dos altos executivos. 
Fornece acesso rápido a informações atuais e acesso aos relatórios gerencias. 
Um SIE é bastante fácil de usar, baseia-se em gráficos. 
O mais importante para os altos executivos é aquele que oferece as 
habilidades de relatório de exceção e de expansão. Finalmente, um SIE pode 
ser facilmente conectado a serviços de informação on-line e e-mail. Os SIEs 
podem incluir apoio à análise, comunicações, automação de escritório e apoio à 
inteligência. 
Apesar dessas funções comuns, os SIEs individuais variam em termos de 
habilidade e benefícios. Por exemplo, eles podem ser aperfeiçoados com análise 
e apresentação multidimensionais, acesso fácil a dados, interface gráfica 
simples, habilidades de edição de imagens, acesso à intranet, e-mail, acesso à 
Internet e modelagem. 
3 O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO 
A inserção de uma vasta gama de aparatos tecnológicos, oriundas da 
chamada Sociedade da Informação, deu margem ao surgimento de uma nova 
terminologia para designar ou categorizar aqueles que lidam com informação, 
conhecidos por “Profissionais da Informação”. 
Além disso, segundo Marchiori (2002 apud MONTEZANO, 2009, p.18), o 
excesso de dados e de informação acessíveis e a necessidade de um 
gerenciamento eficaz de tais recursos informacionais garantiram aos 
profissionais que lidam com informação, cada vez mais, importância dentro das 
empresas. 
Cabe ao profissional da informação o desenvolvimento das atividades de 
processamento de dados, a fim de torná-los fontes de informação. De acordo 
com Le Coadic (1996 apud Mota e Oliveira, 2005:99 apud MONTEZANO, 2009, 
p.18), os profissionais da informação são aqueles que “adquirem informação 
registrada em qualquer suporte, organizam, descrevem, indexam, armazenam, 
19 
 
19 
 
recuperam e distribuem essa informação em sua forma original ou como 
produtos elaborados a partir dela”. 
Para Ponjuan e Danta (2000 apud Mota e Oliveira, 2005:100 apud 
MONTEZANO, 2009, p.18), os profissionais que lidam diretamente com 
informação devem “operar eficiente e eficazmente tudo o que se refere ao 
gerenciamento da informação, em organizações de qualquer tipo ou em 
unidades especializadas de informação”. 
Mota e Oliveira (2005 apud MONTEZANO, 2009, p.19) afirmam que esses 
profissionais são responsáveis por coordenar equipes de funcionários e 
desenvolver e dirigir programas e sistemas que atendam às necessidades 
informacionais dos usuários. Esses usuários podem ser tanto clientes internos 
da empresa, que utilizarão os sistemas de informação em suas atividades, como 
clientes externos, utilizando o produto informacional elaborado por esses 
profissionais para os fins que desejarem, de acordo com a solicitação feita pelos 
clientes. 
Para lidar com informação, o profissional, segundo Marchiori (2002 apud 
MONTEZANO, 2009, p.19), deve interpretar, analisar e sintetizar os conteúdos 
dos dados coletados de maneira cuidadosa, tanto os provenientes de ambientes 
internos, quanto externos à empresa, e colocados à disposição da mesma. Além 
disso, deve implementar uma estratégia de acompanhamento de resultados 
oriundos da implantação do sistema de informação criado, para que o 
desempenho desse sistema seja avaliado. 
Outra atribuição do profissional da informação, de acordo com Siqueira 
(2005 apud MONTEZANO, 2009, p.19), é a capacidade de sintetizar e avaliar 
experiências cruas e, a partir delas, criar modelos que representem as 
abstrações das experiências, para dar suporte às ações futuras pela 
identificação e utilização dessas informações. 
Enfim, deve ter capacidade de gerar soluções diferenciadas para clientes 
singulares, “aproveitando racionalmente um recurso que, embora abundante ‘em 
espécie’, tende a ter gargalos para sua utilização eficiente”. (MARCHIORI, 
2002:79 apud MONTEZANO, 2009, p.19). 
Os profissionais que lidam diretamente com informação buscam 
corresponder às exigências dinâmicas da sociedade e contribuir para que os 
20 
 
20 
 
recursos informacionais sejam cada vez mais rentáveis e eficazes na tomada de 
decisões. 
Para isso, devem gerenciar informação pensando e planejando 
estrategicamente, estruturando articulações políticas e analisando mercados e 
contextos, para que tenham condições de satisfazer as necessidades 
informacionais de seus clientes. Para desenvolver essas habilidades, exige-se, 
do profissional que lida com informação, alto nível de mobilidade pessoal e 
profissional, atuando seja como consultor, seja como assessor. Ele deve estar 
ciente de que sua competência está diretamente ligada ao seu grau de 
atualização, capacidade de empreendimento e criatividade. 
“a criatividade e a percepção de parâmetros de tempo e valor, 
associados à informação de que o cliente necessita, são os requisitos 
básicos para o oferecimento de serviços e produtos” (MARCHIORI, 
2002:78). 
Em resumo, o gestor da informação, conforme defende Marchiori (2002), 
deve desempenhar as seguintes atividades: Auxiliar na definição das atividades 
desenvolvidas pelo usuário e na explicitação de suas necessidades de 
informação; localizar e disseminar as informações de qualidade e criar uma 
estratégia para a captação de informações importantes e de interesse do 
usuário; priorizar a informação relevante para o usuário e a qualidade dessa 
informação, observando características como exatidão, utilidade e 
aplicabilidade, entre outras; personalizar a forma de apresentação e 
disseminação da informação; utilizar-se de metodologias para o 
desenvolvimento de sistemas de informação e ferramentas de apresentação 
dessas informações; desenvolver um pensamento crítico e analítico para 
perceber e entender os problemas de informação e comunicação, conforme as 
perspectivas técnicas, organizacionais e pessoais; administrar a tecnologia de 
informação, analisando, de forma crítica, seu custo, qualidade e complexidade. 
21 
 
21 
 
4 COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
Um modelo de sistema de informação expressa uma estrutura conceitual 
fundamental para os principais componentes e atividades dos sistemas de 
informação. Um sistema de informação depende dos recursos de pessoal, 
hardware, software e redes para executar atividades de entrada, 
processamento, saída, armazenamento e controle que convertem recursos de 
dados em produtos de informação. 
O modelo de Sistemas de Informação destaca os cinco conceitos principais 
que podem ser aplicadosa todos os tipos de sistemas de informação: Pessoas, 
hardware, software, redes e dados são os cinco recursos básicos dos sistemas 
de informação. Os recursos humanos incluem os usuários finais e especialistas 
em SI, os recursos de hardware consistem em máquinas e mídia, os recursos 
de software incluem programas e procedimentos, os recursos de rede consistem 
em mídia e apoio às comunicações e os recursos de dados podem incluir dados, 
modelo e bases de conhecimento. Os recursos de dados são transformados por 
atividades de processamento de informação em uma diversidade de produtos 
de informação para os usuários finais. Processamento de informação consiste 
em atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle. 
5 RECURSOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Ao definirmos sistema de informação observamos que o mesmo depende 
de cinco componentes principais para a composição de sua estrutura. 
Na figura abaixo, é apresentado um modelo mais completo de sistema de 
informação onde podemos visualizar a estrutura dos cinco componentes, 
formada por: hardware (máquina e mídia), software (programas e 
procedimentos), dados (banco de dados e bases de conhecimento), redes 
(meios de comunicação e suporte de rede) e recursos humanos (usuários finais 
e especialistas em sistema de informação). 
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22 
 
 
Fonte: CTISM, adaptado de O’Brien, 2004, p. 10 
Como mostra na imagem as relações existentes entre seus componentes 
e atividades, evidenciando que os mesmos precisam ser construídos a partir dos 
objetivos a serem alcançados. Nesse sentido, podemos dizer que a construção 
de um modelo de informação requer diversas habilidades, além daquelas dos 
técnicos e programadores de computador. É preciso que existam pessoas 
capazes de projetar os bancos de dados – que contêm os dados, e também 
pessoas capazes de desenvolver os procedimentos a serem seguidos, tornando 
as informações disponíveis. 
Para O’Brien (2004 apud WAKULICZ, 2016, p. 24), o modelo apresentado 
acima, também deixa evidente quatro conceitos principais que podem ser 
aplicados a todos os tipos de sistemas de informação: 
 Pessoas, hardware, software, dados e redes são os cinco recursos 
básicos dos sistemas de informação. 
 Os recursos humanos dizem respeito aos usuários finais e aos 
especialistas em sistemas de informação; os recursos de hardware 
correspondem às máquinas e mídias; os recursos de software 
23 
 
23 
 
correspondem aos programas e procedimentos; os recursos de 
dados correspondem aos bancos de dados e bases de 
conhecimentos; e os recursos de rede correspondem às mídias e 
redes de comunicação. 
 Os recursos de dados são transformados por atividades de 
processamento de informação em uma diversidade de produtos de 
informação para os usuários finais. 
 Processamento de informações corresponde às atividades de 
entrada, processamento, saída, armazenamento e controle. 
 
 Além destes quatro conceitos básicos, o modelo também mostra que, 
conforme descrito anteriormente, os recursos básicos de um sistema de 
informação são: hardware, software, dados, redes e recursos humanos. 
5.1 Recursos de hardware 
Incluem todos os dispositivos físicos e equipamentos utilizados no 
processamento de informações, ou seja, é o equipamento físico usado para as 
tarefas de entrada, processamento e saída de um sistema de informação. Ex.: 
Máquinas (computadores, monitores, disco rígido, impressora) e mídias 
(formulários em papel, pen drive, discos magnéticos). 
5.2 Recursos de software 
Referem-se a todos os conjuntos de instruções de processamento da 
informação e compreendem os programas e procedimentos. Em outras palavras, 
podemos dizer que consiste em instruções pré-programadas que coordenam o 
trabalho dos componentes do hardware para que executem os processos 
exigidos para cada sistema de informação. Assim, sem o software, o computador 
não saberia o que fazer e como e quando fazê-lo. Ex.: Programas (conjunto de 
instruções que fazem com que o computador execute as tarefas), procedimentos 
(instruções operacionais para as pessoas que utilizarão um computador). 
24 
 
24 
 
5.3 Recursos de dados 
Os dados devem ser compreendidos como algo a mais do que simples 
matéria-prima dos sistemas de informação. Devem ser entendidos como 
recursos de dados devendo ser administrados para beneficiar todos os usuários 
finais de uma organização. Os dados podem ser numéricos, alfanuméricos, 
figuras, sons ou imagens. Os recursos de dados dos sistemas de informação, 
normalmente, são organizados em bancos de dados e bases de conhecimento. 
Um banco de dados guarda dados processados e organizados de maneira que 
seja possível a sua recuperação; as bases de conhecimento guardam 
informações ou conhecimentos na forma de fatos, regras e exemplos ilustrativos 
sobre práticas de negócios bem sucedidas. 
5.4 Recursos de redes 
Este recurso tem como objetivo interligar dois computadores ou mais para 
transmitir dados, sons, vídeos, imagens e voz ou ainda para ligá-lo a uma 
impressora. O’Brien (2004, p. 13 apud WAKULICZ, 2016, p. 25) conceitua 
recursos de rede como “consistem em computadores, processadores de 
comunicações e outros dispositivos interconectados por mídia de comunicações 
e controlados por software de comunicação”. Assim, podemos dizer que os 
recursos de rede compreendem: 
 Mídia de comunicações – fio de par trançado, cabo coaxial, cabo 
de fibra ótica, sistemas de micro-ondas e sistemas de satélite de 
comunicações. 
 Suporte de rede – recursos de dados, pessoas, hardware e 
software que apoiam diretamente a operação e uso de uma rede 
de comunicações. 
25 
 
25 
 
5.5 Recursos humanos 
Este recurso está relacionado à necessidade de pessoas para a operação 
de todos os sistemas de informação. Esses recursos humanos abarcam os 
usuários finais e os profissionais em sistemas de informação. 
 Usuários finais – pessoas que usam um sistema de informação ou 
a informação produzida por este sistema. São exemplos de 
usuários finais os vendedores, contadores, engenheiros, 
balconistas, ou qualquer pessoa que necessite de algum tipo de 
informação advindo destes sistemas. 
 Profissionais em sistemas de informação – são as pessoas 
responsáveis pelo desenvolvimento, manutenção e suporte do 
sistema de informação. Tem-se como exemplo: programadores, 
operadores de computador, analistas de sistemas. 
6 GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES 
 
Fonte: brazip.com.br 
As incertezas e as instabilidades oriundas da competitividade que ocorre 
no cenário contemporâneo fazem com que as organizações busquem 
informações sobre o ambiente organizacional, visando fomentar a eficácia das 
26 
 
26 
 
decisões. Realizar a GI efetivamente passou a ser uma atividade essencial à 
sobrevivência do setor industrial, à medida que estes percebem sua importância 
como diferencial estratégico, porquanto as organizações que mais bem 
gerenciarem suas informações, tanto do ambiente interno quanto do ambiente 
externo, terão mais possibilidades de identificar as oportunidades e as ameaças 
do mercado. 
Em geral, uma organização não teria condições de atuar sem informação 
de diferentes tipos e naturezas, influência da revolução informacional, cujas 
características marcantes são a velocidade e a competitividade. Nesse sentido, 
obter informação confiável, no momento certo e com valor agregado é essencial 
para o estabelecimento de ações estratégicas organizacionais. Dessa maneira, 
esse contexto depende de recursos informacionais distintos, assim como de 
recursos materiais e humanos e, portanto, necessitam ser gerenciadas 
eficientemente para auxiliar as organizações na melhoria da qualidade e 
produtividade. Por essas razões, a informação deve ser trabalhada nessa ótica 
e ser construída e reconstruída a todo instante tendo como base o conhecimento 
científico, tecnológico, estratégico e organizacional.Davenport e Prusak (1998 apud SANTOS, VALENTIM, 2015, p. 62) 
afirmam que o ambiente de informação em sua totalidade leva em conta os 
valores e as crenças organizacionais sobre a informação. Nesse sentido, a 
maneira como as pessoas realmente geram e usam a informação e o que fazem 
dela, as distintas problemáticas que podem interferir na interação informacional 
existem e estão presentes no cotidiano organizacional, visto que a gestão é 
sempre uma atividade que envolve planejamento, direção, coordenação e 
controle, ou seja, a gestão estabelece princípios, políticas, planos, funções e 
atividades visando à eficiência para atingir os objetivos e metas organizacionais. 
O mercado contemporâneo exige que as organizações se transformem de 
tal maneira, que elas possam ser capazes de produzir bens e serviços para 
atender as necessidades dos clientes internos e externos. Portanto, a GI deve 
estar apta para atender os diversos níveis hierárquicos organizacionais, ou seja, 
estratégico, tático e operacional, contemplando diferentes níveis de acesso e se 
fundamentando na utilização de modelos, métodos e técnicas para desenvolver 
27 
 
27 
 
e processar informações que possuam relevância para a organização. Entende-
se a GI como: 
[...] um conjunto de estratégias que visa identificar as necessidades 
informacionais, mapear os fluxos formais de informação nos diferentes 
ambientes da organização, assim como sua coleta, filtragem, análise, 
organização, armazenamento e disseminação, objetivando apoiar o 
desenvolvimento das atividades cotidianas e a tomada de decisão no 
ambiente corporativo. (VALENTIM, 2004, p.1 apud SANTOS, 
VALENTIM, 2015, p. 62). 
Um dos principais objetivos da GI é potencializar os recursos 
informacionais existentes em uma determinada organização, de maneira a 
apoiar e subsidiar as atividades desenvolvidas no cotidiano, apoiar o processo 
decisório, bem como ampliar a capacidade e aprendizagem organizacional, de 
modo que a organização se adapte as mudanças que ocorrem no ambiente. 
No cenário globalizado a agilidade referente ao acesso, recuperação, 
tratamento e disseminação da informação potencializa as ações da organização 
frente aos clientes e concorrentes, tornando a informação um diferencial 
competitivo importante. Contudo algumas organizações, ainda, desconhecem 
suas próprias necessidades informacionais. A GI apoia-se nos fluxos formais 
(conhecimento explícito), e enfoca as informações registradas, constituindo-se 
em ativos informacionais tangíveis que são utilizados na maioria das 
organizações, pois tendem a se preocupar com as informações geradas, 
recebidas e utilizadas para as atividades do negócio da organização. 
Para que a GI seja efetiva é preciso desenvolver algumas atividades 
básicas como, por exemplo, a identificação das necessidades informacionais. 
Para tanto, é necessário realizar o mapeamento e reconhecimento dos fluxos 
formais de informação, bem como o desenvolvimento de uma cultura 
organizacional positiva em relação à informação, proporcionando a comunicação 
informacional eficiente através do uso das Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC), com o objetivo de prospectar e monitorar a informação 
através da coleta, filtragem e tratamento (análise, interpretação, agregação de 
valor), a fim de comunicá-la eficientemente, por meio da mediação e 
disseminação, de maneira que seja possível elaborar produtos e serviços 
informacionais e retroalimentar o ciclo informacional. 
28 
 
28 
 
Gerir informação é decidir o que fazer com base em informação e decidir 
o que fazer sobre a informação. É ter a capacidade de selecionar entre as 
informações disponíveis aquela que é relevante para uma determinada decisão, 
é perceber qual a decisão que interessa para a organização. Sendo assim, a 
informação, quando apropriada, se transforma no conhecimento dos sujeitos 
organizacionais que, por sua vez, se transformam nas ações organizacionais, ou 
seja, é base para desenvolverem suas atividades. A importância da informação 
em contextos competitivos, e com o qual as organizações se deparam, requer 
novas formas de gestão organizacional. 
A gestão estratégica da informação não apresenta linearidade. Este tipo 
de gestão pode ser definido como um processo que exige necessariamente a 
cooperação dos vários setores da organização, pois o ambiente informacional 
de qualquer organização sofre influências do ambiente de negócio, tanto 
internamente quanto externamente, seja pela instabilidade do mercado, seja 
pela acirrada competitividade entre os concorrentes. Assim, exige conhecimento 
de seus gestores no intuito de perceberem a natureza e intensidade dos fatos 
que impactam a organização, de modo que se possa realizar o realinhamento 
organizacional frente a um novo contexto. A GI é um processo gerencial, visto 
que “[...] obter informações é realmente uma atividade ininterrupta, não algo que 
possa ser finalizado [...]. Portanto, o processo mais eficaz é aquele que incorpora 
um sistema de aquisição continua [...]” (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p.181 
apud SANTOS, VALENTIM, 2015, p. 64). 
O gerenciamento da informação só é eficiente na medida em que a 
informação é de fato utilizada. Sendo assim, o uso e o reuso são etapas 
essenciais da GI. Dessa maneira, destaca-se que a informação é cíclica e 
reutilizável e, por isso, o ambiente informacional é afetado constantemente. 
No Século XXI as organizações têm na informação e no conhecimento 
subsídio para auxiliar a tomada de decisão, e as transformações em decorrência 
da globalização são visíveis. Assim, cabe às organizações serem proativas para 
lidar com clientes, concorrentes e fornecedores, visando gerar diferenciais 
competitivos para sua atuação. Quanto melhor gerenciada, tratada e organizada 
a informação nos ambientes organizacionais, mais rapidamente a organização 
poderá tornar-se competitiva no que tange aos seus processos, produtos, 
29 
 
29 
 
serviços etc., proporcionando um melhor posicionamento no mercado em que 
atua. 
Nessa perspectiva, possuir informação sobre o ambiente organizacional, 
seja interno ou externo, se constitui na base para o desenvolvimento estratégico 
organizacional, ou seja, é insumo para o desenvolvimento da competitividade 
organizacional. Ressalta-se que a quantidade de informações produzidas 
organizacionalmente em âmbito formal e informal, torna o processo de GI 
fundamental para a organização, devendo ser eficiente, visto que dinamiza o 
processo decisório organizacional. 
Portanto, o bom gerenciamento e o uso de métodos e técnicas atualizados 
devem ser uma constante, visto que a organização sofre influência das 
mudanças do ambiente. As organizações vivenciam constantes mudanças, às 
vezes profundas, por isso, gerenciar informação é essencial para qualquer tipo 
de organização. A gestão visa entre outras coisas detectar oportunidades e 
reconhecer ameaças e, assim, preparar a organização para as turbulências que 
virão ajustados para o impacto positivo ou negativo que possa vir. 
Complementando esse entendimento, Beuren (2007 apud SANTOS, 
VALENTIM, 2015, p. 64) afirma que os gestores devem conhecer profundamente 
a organização onde atua. 
Atualmente, muitas organizações desejam melhorar o nível de informação 
nos diversos setores, sendo assim o fornecimento de informações no processo 
de GI é uma preocupação constante dos profissionais responsáveis por essa 
atividade. Ressalta-se que não há simplicidade na atividade de GI, visto que há 
uma diversidade imensa de informações que podem subsidiar o gestor a definir, 
avaliar e executar uma determinada estratégia que viabilize o objetivo e metas 
organizacionais. Nesse sentido, a prospecção, o monitoramento e a filtragem do 
que é relevante são atividades bases da GI. 
A globalização da economia tem acirrado a relação entre as organizações. 
Assim a competitividade é uma realidade, consequentementemudanças 
significativas ocorrem constantemente, isto é, desde mudanças quanto ao 
modelo de gestão organizacional até mudanças que afetam o desenvolvimento 
tecnológico, cuja ênfase na qualidade dos processos e produtos, visa a 
conquistar a satisfação do cliente frente à concorrência. 
30 
 
30 
 
A valorização da informação como recurso econômico para a 
sobrevivência das organizações é fundamental, uma vez que a informação 
gerada internamente propicia o suporte informativo adequado às diferentes 
atividades exercidas em seu âmbito. O princípio de valor reside no fato de que a 
GI competente aumenta o número de decisões mais assertivas, ou seja, podem 
fortalecer ou não a competitividade organizacional. A GI explora a interface da 
informação com a estratégia organizacional, ou seja, a elaboração, execução e 
avaliação de desempenho. Nessa perspectiva, se constitui em alicerce para os 
modelos de decisão, para a elaboração de indicadores de avaliação, 
mensuração de resultados, bem como para diferentes possibilidades de análise 
de impacto. 
A informação tem a capacidade de reduzir a incerteza organizacional, 
consequentemente ajuda o gestor a tomar decisões mais acertadas, e seu valor 
resulta do comportamento da decisão. Desempenha um papel essencial e se 
constitui em elo para o funcionamento do todo organizacional, ou seja, possuir 
informações compatíveis com as exigências do ambiente competitivo, 
certamente, propiciará uma condição diferenciada para a organização, 
assegurando sua continuidade/manutenção no mercado. 
O processo de GI possui três etapas distintas: planejamento, execução e 
controle, de modo que as informações são concebidas e comunicadas com base 
nos princípios, procedimentos e orientações estabelecidos no modelo de gestão 
da empresa. 
A informação nunca foi tão importante para a economia de um país, 
porquanto ela pode ser considerada um dos pilares da estratégia organizacional, 
cujo objetivo principal é convertê-la em valor para a organização. Uma vez que 
os processos organizacionais dependem fortemente do conhecimento gerado 
pelos colaboradores que nela atuam e, principalmente, se considerar que as 
organizações na sua maioria, não possuem informações consistentes para 
subsidiar suas decisões estratégicas, conforme explica Beuren (2007, p.65 apud 
SANTOS, VALENTIM, 2015, p. 67) “[...] saber informar os resultados de ações 
relevantes, é condição vital num cenário onde a empresa busca uma vantagem 
competitiva.” 
31 
 
31 
 
A informação é recurso estratégico para auxiliar a tomada de decisão e o 
gerenciamento da informação proporciona aos gestores planejar-se 
estrategicamente, isto é, conhecer sua missão, ter uma visão do ambiente no 
qual estão inseridos, criar habilidades para agregar valor às informações, a fim 
de transformá-las em conhecimentos necessários, apoiando assim as decisões 
estratégicas da organização. 
É notório que no contexto atual as informações compõem um dos mais 
valiosos ativos para as empresas, pois elas alimentam o processo de tomada de 
decisão, por meio da redução da incerteza que, por sua vez, é derivada do uso 
da informação, ou seja, gerenciar informação implica em verificar as 
necessidades informacionais e desenvolver as etapas básicas de gestão: coleta, 
seleção, análise, tratamento, organização, armazenamento, disseminação, uso 
e reuso da informação. 
7 A GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS 
Na sociedade da informação, a produtividade está baseada na geração 
de conhecimentos, processamento de informações, e na comunicação em rede. 
A informação expressa interações entre pessoas e/ou grupos num contexto 
histórico. Suas condições de produção, intermediação, e uso não são iguais e 
essa desigualdade se reproduz em termos de oportunidades (Castells, 1999; 
Lima, 2005 apud MIRANDA, STREIT, 2017, p. 5). Existem assimetrias no acesso 
e uso da informação porque nem todos os agentes sócio-econômicos têm o 
mesmo acesso à informação e/ou podem transformar a informação em 
conhecimento com a mesma eficiência. Nesta situação, o Estado, por intermédio 
de seus agentes, cumpre um papel com relação à assimetria informacional: ele 
concorre para “equalizar” as condições de acesso e uso da informação. 
Fundamentos normativos para a ação regulamentar do Estado no Brasil 
podem ser encontrados no artigo 170 da Constituição Federal do Brasil. Este 
Artigo estabelece que a ordem econômica deve observar os princípios da função 
social da propriedade, da livre concorrência, e da defesa do consumidor. A ação 
regulamentar do Estado torna-se importante para prover informações que 
proporcionem maior poder de barganha da sociedade civil com relação aos 
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32 
 
grupos econômicos mais poderosos e organizados, por exemplo. Conforme 
ressalta Miranda (2000 apud MIRANDA, STREIT, 2017, p. 5), as formas de ação 
do Estado com relação aos elementos estruturais da sociedade da informação 
são cruciais. 
Gestores da área governamental adotam diferentes definições para 
gestão da informação. Para os gestores do Australian Archives, do governo da 
Austrália, GI que dizer a gestão de todos os formatos de informação dentro um 
planejamento comum, seja proveniente de documentos, dossier, publicações, ou 
outras fontes, sob vários formatos físicos e lógicos. Para os gestores do Office 
of Management and Budget, do governo dos Estados Unidos, GI significa 
planejamento, orçamento, manipulação e controle da informação durante todo o 
seu ciclo de vida. É um processo de gestão de recursos (materiais, humanos, de 
financiamento, e de tecnologia) com objetivo de cumprir as missões da 
organização. Para os gestores do Secrétariat du Conseil du Trésor du Canada, 
do governo do Canadá, gestão da informação significa a gestão coordenada dos 
recursos de uma organização fundamentada sobre a informação. 
Processos de gestão da informação em organizações públicas podem 
guardar peculiaridades com relação à esfera privada. Uma organização privada 
costuma iniciar processos informacionais baseada apenas nas necessidades do 
seu negócio. Os stakeholders de uma organização pública podem ser todos os 
cidadãos e, ainda, as pessoas jurídicas que funcionam no país. Um processo 
informacional numa organização pública pode ser iniciado por diversos motivos: 
melhorar a efetividade de sua missão; assegurar o acesso de um cidadão ou 
empresa com relação a determinadas informações de interesse público; prestar 
contas à sociedade sobre os programas e serviços sob sua responsabilidade; 
tornar mais transparentes as ações e decisões do governo; preservar os 
registros sociais, econômicos, e históricos do país; etc. Isso pode trazer 
diferenças e peculiaridades à gestão da informação tanto com relação aos 
objetivos quanto em relação à análise custo/benefício dos processos 
informacionais. 
Dessa forma, a gestão da informação numa organização pública deve ter 
como guias: a visão de futuro; a missão; e os objetivos institucionais; expressos 
por leis e regulamentos aos quais a instituição deve obedecer. Prover informação 
33 
 
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de qualidade deve resultar em serviços que: atendam às necessidades dos 
cidadãos; conquistem a confiança pública e a credibilidade; aumentem a 
produtividade e reduzam os custos da administração pública. 
Uma política de gestão de informações leva em conta a complexidade do 
ambiente, oferece uma orientação sobre a maneira pela qual a informação deve 
ser criada, utilizada e conservada. Em organizações governamentais ela objetiva 
o cumprimento de mandado; o apoio aos programas e serviços do governo; a 
realização de suas prioridades estratégias; e a capacidade do governo em 
satisfazer suas obrigações em matéria de responsabilidades prescritas pela lei. 
A GI deve proteger a informação pessoal, apoiar a tomada de decisão, e formular 
políticas claras de prestação de informações e serviços, em programas dequalidade. 
A proposta do estudo desenvolvido foi tratar a GI como um processo, e 
em uma perspectiva de níveis de maturidade, cujo objetivo seria atingir níveis 
mais eficientes de governança. 
8 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO 
Nos dias de hoje muito se fala sobre a Gestão da Informação (GI) e sobre 
a Gestão do Conhecimento (GC) nos ambientes organizacionais, pois em razão 
do aumento exacerbado de informação e as mudanças ocorridas nos âmbitos da 
tecnologia, economia, sociedade e cultura, ficou cada vez mais difícil localizar, 
controlar, tratar e filtrar a informação de modo que ela possa cumprir seu papel 
efetivamente na era do conhecimento. 
A informação é o insumo básico para qualquer atividade humana e nas 
organizações se torna indispensável para a tomada de decisões e 
consequentemente para o posicionamento da organização no ambiente ao qual 
ela está inserida. Sobre o papel da informação nas organizações, Beuren (2000, 
p. 43 apud FREIRE, LIMA, SILVA, ANDRADE, SILVA, 2012, p. 3) coloca que: 
A informação é fundamental no apoio às estratégias e processos de 
tomada de decisão, bem como no controle das operações 
empresariais. Sua utilização representa uma intervenção no processo 
de gestão, podendo, inclusive, provocar mudança organizacional, à 
medida que afeta os diversos elementos que compõem o sistema de 
gestão. Esse recurso vital da organização, quando devidamente 
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34 
 
estruturado, integra as funções das várias unidades da empresa, por 
meio dos diversos sistemas organizacionais. 
Desse modo, considerando a importância que a informação traz à 
organização, a GI contribui para a organização através de seus processos que 
podem ser destacados na identificação das necessidades de informação, coleta 
ou entrada da informação na organização, classificação e armazenamento da 
informação, tratamento e apresentação da informação e o desenvolvimento de 
produtos e serviços de informação para auxiliar o usuário em sua busca. 
A Gestão da Informação tem as suas funções observadas sobre três 
óticas que Marchiori (2002, p. 74 apud BERBE, 2005, p. 28 apud FREIRE, LIMA, 
SILVA, ANDRADE, SILVA, 2012, p. 3) define da seguinte forma: 
Um dos enfoques é dado em cursos de administração de empresas, 
nos quais a gestão da informação visa a incrementar a competitividade 
empresarial e os processos de modernização organizacional, 
capacitando profissionais na administração de tecnologias de 
informação em sintonia com os objetivos empresariais [...] Sob o 
enfoque da tecnologia, a gestão da informação é vista, ainda que 
dentro de um contexto organizacional, como um recurso a ser 
otimizado via diferentes arquiteturas de hardware, software e redes de 
telecomunicações adequadas aos diferentes sistemas de informação – 
em especial aos empresariais [...] O terceiro enfoque é o da ciência da 
informação (...) que em sua essência se ocupa do estudo da 
informação em si, isto é, a teoria e a prática envolvidas em sua criação, 
identificação, coleta, validação, representação e uso, tendo como 
princípio o fato de que existe um produtor/consumidor de informação 
que busca, nesta, um “sentido” e uma “finalidade”. 
De outro modo a Gestão do Conhecimento também tem como objetivos 
identificar as informações dentro de uma organização. Mas diferente da GI a GC 
visa administrar o conhecimento implícito em uma organização, que é o 
conhecimento adquirido por seus colaboradores ao decorrer de suas atividades. 
Com o avanço das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação 
(NTICs) a gestão da informação passou a contar com outras ferramentas para o 
desenvolver de seus processos com uma maior eficiência passando a utilizar 
novos sistemas de informação para facilitar cada vez mais o acesso à 
informação. 
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9 A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO COMO GARANTIA DA IDONEIDADE 
DA INFORMAÇÃO 
 
Fonte: blog.diferencialti.com.br 
Em qualquer organização, a Segurança da Informação (SI) serve de base 
para a preservação e valorização da informação, focando na necessidade de 
permitir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a essas informações. 
Para garantir o desenvolvimento e o crescimento da organização ou instituição 
que dela se beneficie, a SI visa proteger o recurso informacional das ameaças 
quanto a sua integridade, disponibilidade e confidencialidade. 
A integridade garante que a criação é legítima e visa à prevenção dessa 
criação contra qualquer alteração ou destruição não autorizada. A 
disponibilidade visa garantir que essas informações estejam disponíveis para os 
usuários de forma oportuna, e a confidencialidade garante que o acesso à 
informação seja restrito aos seus usuários legítimos. 
Para assegurar a informação quanto aos fatores citados, é preciso estar 
atento ao ciclo de vida da informação que parte da identificação das 
necessidades de informação por seus funcionários, que por sua vez influenciará 
na obtenção dessas informações para garantir a sua integridade, no tratamento 
das mesmas onde há a preocupação com a integridade e a confidencialidade, 
na distribuição para permitir o acesso a quem precisa delas; no uso, que é a 
etapa mais importante do ciclo de vida da informação em organizações; no 
36 
 
36 
 
armazenamento para garantir a conservação das informações, permitindo o uso 
e reúso; e por fim o descarte de informações obsoletas ou sem utilidades. 
No passado a questão segurança da informação era muito mais 
simples, pois os arquivos contendo inúmeros papéis podiam ser 
trancados fisicamente, porém com a chegada das tecnologias da 
informação e comunicação a questão ficou bem mais complexa, hoje a 
maioria dos computadores conecta-se a internet e consequentemente 
a internet conecta-se a eles, além disto, sabemos que dados em 
formato digital são portáteis, este fato fez que estes ativos tornassem 
atrativos para ladrões. Mas isto não é tudo, existem inúmeras situações 
de insegurança que podem afetar os sistemas de informação como 
incêndios, alagamentos, problemas elétricos, poeira, fraudes, uso 
inadequado dos sistemas, engenharia social, guerras, sequestros, etc. 
(MOREIRA, 2008, não paginado apud BERBE, 2005, p. 28 apud 
FREIRE, LIMA, SILVA, ANDRADE, SILVA, 2012, p. 3). 
 
As tecnologias da informação e da comunicação estão possibilitando a 
convergência dos tradicionais suportes informativos, assim como a criação de 
outras informações que já “nascem” no ambiente virtual. Devido a isso, existem 
sérias preocupações quanto à segurança dos componentes das TIC’s, pois com 
a dependência a elas, sem os sistemas de informação, as unidades tornam-se 
incapazes de fornecer serviços. 
A vulnerabilidade da infraestrutura tecnológica de hardwares e softwares 
é outro fator agravante, pois esses sistemas podem ser danificados e os 
equipamentos também são muito visados por ladrões por serem portáteis e 
atraírem a atenção de crackers, espiões ou empregados dispostos a trocar os 
seus privilégios em troca de dinheiro ou vantagens oferecidas por um 
concorrente. 
Muitos dos sistemas de informação são projetados sem obedecer aos 
princípios de segurança, que por sua vez são adicionados nos estágios finais 
quando a sua eficácia já pode ter sido prejudicada por decisões tomadas sem 
levar em conta tais requisitos. 
Atualmente, numa era onde conhecimento e informação são fatores de 
suma importância para qualquer organização ou nação, segurança da 
informação é um pré-requisito para todo e qualquer sistema de 
informações. Nesse sentido, há uma relação de dependência entre a 
segurança da informação e seus pilares. (ARAUJO, 2008, não 
paginado apud BERBE, 2005, p. 28 apud FREIRE, LIMA, SILVA, 
ANDRADE, SILVA, 2012, p. 3). 
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37 
 
Toda unidade informacional dispõe de informações valiosas que não 
estão armazenadas em Sistemas de Informação por estarem disponíveis apenas 
em um documento impresso. Alguns desses documentos têm sua validade 
vinculada ao suporte físicoem papel, e precisam ser protegidas fisicamente 
mesmo quando existem cópias eletrônicas dos mesmos. 
Os gestores dessas unidades precisam ter uma noção clara de quais 
informações permanecem armazenadas fora dos componentes da TI, como 
também os fluxos por ela percorridos na Unidade, para que assim possam 
programar medidas necessárias para a sua proteção. 
Atualmente, em uma era onde conhecimento e informação são fatores de 
suma importância para qualquer organização ou nação, segurança da 
informação é um pré-requisito para todo e qualquer sistema de informações. 
Nesse sentido, há uma relação de dependência entre a segurança da informação 
e seus pilares e o uso de normas internacionais que regulamentam a prática da 
SI e outras que visam facilitar a gestão. 
10 O USO DE NORMAS COMO FACILITADOR DA GESTÃO DA 
INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO 
Devido às necessidades que surgiram em decorrência do 
desenvolvimento tecnológico e científico, no ano de 1940, foi necessário instituir 
uma associação que tivesse como finalidade normalizar os vários segmentos 
técnicos do país. A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT é uma 
entidade sem fins lucrativos que possui muita credibilidade, sendo ela a única 
representante do país reconhecida pelo CONMETRO no ano de 1992, sendo 
membro e participado ativamente da construção da ISO (International 
Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de 
Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). 
De acordo com a própria ABNT (2011) os objetivos das normas são: 
comunicação, simplificação, proteção ao consumidor, segurança, economia e 
eliminação de barreiras. Os objetivos nos trazem a possibilidade de alcançar um 
modo menos burocrático de resolver problemas e receber informações, trazendo 
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segurança uma vez que podemos confiar nas instituições que aplicam tais 
normas em suas atividades. 
Conforme a ABNT (2011) Normalização é a “Atividade que estabelece, 
em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à 
utilização comum e repetitiva, com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem, 
em um dado contexto”. Com isto podemos constatar que o objetivo geral da 
associação é a otimização dos serviços e a solução de problemas que perduram 
os variados setores, sendo competente para elaborar normas. 
As normas são de caráter compulsório, ou seja, são obrigatórias e aqueles 
que não cumprirem poderão ser punidos, infelizmente existem indicações de 
algumas categorias que devem ter um maior grau de obrigatoriedade, não sendo 
o caso da documentação. Com todos os objetivos que a normalização possui, 
pode-se muito bem visualizar os benefícios que a mesma traz para a gestão da 
informação e do conhecimento. Neste caso fala-se das normas de 
documentação, que objetiva a normalização de documentos, com vista a 
padronizar a maneira de se publicar e estruturar qualquer tipo de informação 
documentada seja ela em suporte digital ou impresso. 
A gestão de informações devidamente normalizadas é um agente 
facilitador, pois viabiliza a recuperação das mesmas, tornando o tempo investido 
bem menor que outrora. 
A segurança é um dos objetivos que as normas possuem em sua essência 
além de outros que foram citados. Uma vez padronizada as informações passam 
a ter características que as tornam mais difíceis de serem falhas ou inadequadas 
para o uso administrativo ou outro fim a qual o gestor tenha necessidade. 
A ABNT não só garante a padronização de documentos como também 
oferece parâmetros para todas as áreas, as novas tecnologias, a segurança da 
informação e a gestão de recursos mantem seus critérios baseados em normas 
que foram criadas para diminuir as incertezas e extinguir as ambiguidades e 
impasses, através de comissões devidamente competentes para tomarem as 
melhores decisões. 
A organização das informações interfere de maneira notória na 
construção do conhecimento, levando em consideração a tentativa e a proposta 
de otimizarem-se segmentos e os torná-los cada vez menos complicados e mais 
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legalizados. Portanto, as normas exercem uma função primordial perante a 
gestão informacional, a segurança da informação ou em qualquer outro setor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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