Buscar

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Início do 3º Bimestre - Aula - 27.07.2020
TEMA: Publicidade. Regras e Princípios. Publicidade Enganosa e Abusiva.
Publicidade é uma variável da oferta.
As regras gerais se iniciam no artigo 6º, inciso IV do Código de Defesa do Consumidor, 30 ao 35, CDC
As regras específicas estão no artigo 36 ao 38, CDC.
Além das acima citadas, há regras penais, por ser considerado ilícito, artigo 67 e 69, CDC.
Natureza jurídica: Espécie de prática comercial, pré-contratual, caracterizada como oferta.
Artigo 30 do CDC:
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Métodos de divulgação:
Propaganda: É apenas a divulgação de ideologias, crenças e valores, sem fins lucrativos, onde o objetivo não é a venda de produtos ou serviços.
Ex: Campanha de uso de preservativo no carnaval, aplicada pelo Governo.
O objetivo é a disseminação de produtos, mas sem conotação comercial.
Propaganda eleitoral é outro exemplo.
Publicidade: Divulgação por meio da qual um fornecedor pretende convencer um possível consumidor a adquirir o produto ou serviço.
Ex: Comercial da JONTEX conscientizando o uso do preservativo no carnaval. Neste caso, busca instigar o consumidor a adquirir o produto.
Merchandising: É uma variante da publicidade, contudo, executado no contexto de uma imagem ou programa, que ocorre em novelas em programas, por exemplo. Está atrelado à imagem, som, vídeo.
Princípio: Princípio da identificação imediata da publicidade. Artigo 36, CDC
Publicidade ilícita: Tem por objetivo ludibriar o consumidor, através de informações enganosas ou abusivas. Artigo 37, CDC.
Mensagem subliminar é um exemplo. Uma Mensagem subliminar é uma pseudociência e teoria de conspiração, que afirma que uma imagem projetada numa velocidade maior que o olho podia captar, ou oculta num quadro, não será vista conscientemente, mas atingiam diretamente o subconsciente, podendo influenciar as pessoas. Exemplo é a Jequiti, e Marlboro.
Publicidade Enganosa: Artigo 37, § 1ª, CDC:
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3º Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
Poderá ser por ação, ou omissão, quando deixa de trazer informação sobre o produto a ser adquirido.
Publicidade enganosa, o interesse tutelado é o PATRIMÔNIO DO CONSUMIDOR.
O núcleo da ilegalidade é INDUZIR EM ERRO o consumidor.
Ex: Mera criatividade publicitária não pode ser considerada enganosa, se não tem o poder de induzir o consumidor a acreditar que seja verdadeira ou possível.
Ex: Comercial do RED BULL te da asas.
Publicidade abusiva: 
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
Ex: Publicidade da FRIBOI
Interesse tutelado: Valores éticos, morais e sociais do consumidor.
Núcleo da ilegalidade: Discriminação ou instigação à práticas ilegais ou imorais, ou que possam induzir o consumidor à práticas prejudiciais à saúde ou segurança (artigo 3ª, IV, CF, e artigo 37, § 2ª, CDC.
Sanções – Artigo 37, caput, CDC.
PROIBIÇÃO: RETIRADA DE CIRCULAÇÃO – ARTIGO 37, CAPUT, REALIZADO LIMINARMENTE JUNTO AO CONAR
CONTRAPROPAGANDA – SANÇÃO ADMINISTRATIVA OU JUDICIAL – ARTIGO 56, XII. O custo é a veiculação pela mesma mídia uma informação de que errou, para que o consumidor tome conhecimento. Não poderá beneficiar o fornecedor.
SANÇÕES PENAIS – ARTIGO 67, 68, 69 – CDC – JECRIM
Sanções Civis – Danos materiais e morais.
Aula - 29.07.2020
TEMA: PUBLICIDADE RESTRITIVA
Publicidade no CDC
Sansões: Artigo 37, caput, CDC
Proibição: Retirada de circulação (artigo 37, caput, CDC)
Contrapropaganda: Sansão administrativa (artigo 56, XII)
Sansões penais: Artigo 67, 68 e 69, CDC (JECRIM)
Sansões civis: Danos materiais e morais.
Multa
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3º Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
Ônus da prova da veracidade dos anúncios:
De quem patrocinou a publicidade, CDC, artigo 38
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina.
Natureza: Inversão legal do ônus da prova (ope legis)
Veículo de informação ( Só será responsável em caso de dolo ou culpa.
Exemplo: Anúncio referente à venda de produto, sabidamente abusivo ou enganoso.
PUBLICIDADE RESTRITIVA
Existem determinados produtos cuja publicidade sofre controle restritivo, em função da nocividade que lhes é peculiar.
Previsão
Artigo 220, § 4ª, CF
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
Legal: Lei 9.294/96 (Buscou regulamentar o texto constitucional, definindo regras para a publicidade de determinados produtos, que podem ser nocivos à saúde).
Limitações disciplinadas pela lei nº 9.294/96
Publicidade restritivas apenas à bebidas de alto teor alcóolicos.
Art. 1º O uso e a propaganda de produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, de bebidas alcoólicas, de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas estão sujeitos às restrições e condições estabelecidas por esta Lei, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac.
Propagandas comerciais em rádios e televisões: a PUBLICIDADE só é limitada para aquelas com teor alcóolico superior a 13 GL (artigo 1ª da lei)
Horário: Permitida entre 21 00 hr e 06:00hr
Conteúdo: Art. 4° Somente será permitida a propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas emissoras de rádio e televisão entre as vinte e uma e as seis horas.
§ 1° A propaganda de que trata este artigonão poderá associar o produto ao esporte olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à condução de veículos e a imagens ou idéias de maior êxito ou sexualidade das pessoas.
Rótulos das embalagens: Art. 4° Somente será permitida a propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas emissoras de rádio e televisão entre as vinte e uma e as seis horas.
§ 2° Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas conterão advertência nos seguintes termos: "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".
FUMÍGEROS: O anuncio só poderá constar na parte interna dos estabelecimentos comerciais (Artigo 3º da lei)
Art. 3º  É vedada, em todo o território nacional, a propaganda comercial de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, com exceção apenas da exposição dos referidos produtos nos locais de vendas, desde que acompanhada das cláusulas de advertência a que se referem os §§ 2o, 3o e 4o deste artigo e da respectiva tabela de preços, que deve incluir o preço mínimo de venda no varejo de cigarros classificados no código 2402.20.00 da Tipi, vigente à época, conforme estabelecido pelo Poder Executivo.
Regras da publicidade do tabaco: (artigo 3ª, § 1ª)
§ 1° A propaganda comercial dos produtos referidos neste artigo deverá ajustar-se aos seguintes princípios:
I - não sugerir o consumo exagerado ou irresponsável, nem a indução ao bem-estar ou saúde, ou fazer associação a celebrações cívicas ou religiosas;
II - não induzir as pessoas ao consumo, atribuindo aos produtos propriedades calmantes ou estimulantes, que reduzam a fadiga ou a tensão, ou qualquer efeito similar;
III - não associar ideias ou imagens de maior êxito na sexualidade das pessoas, insinuando o aumento de virilidade ou feminilidade de pessoas fumantes;
IV - não associar o uso do produto à prática de esportes olímpicos, nem sugerir ou induzir seu consumo em locais ou situações perigosas ou ilegais;
IV – não associar o uso do produto à prática de atividades esportivas, olímpicas ou não, nem sugerir ou induzir seu consumo em locais ou situações perigosas, abusivas ou ilegais; 
V - não empregar imperativos que induzam diretamente ao consumo;
VI - não incluir, na radiodifusão de sons ou de sons e imagens, a participação de crianças ou adolescentes, nem a eles dirigir-se.
VI – não incluir a participação de crianças ou adolescentes
Vedações publicitárias do tabaco: Artigo 3ª-A:
Art. 3o-A Quanto aos produtos referidos no art. 2o desta Lei, são proibidos: 
I – a venda por via postal;
 II – a distribuição de qualquer tipo de amostra ou brinde; 
III – a propaganda por meio eletrônico, inclusive internet; 
IV – a realização de visita promocional ou distribuição gratuita em estabelecimento de ensino ou local público; 
V – o patrocínio de atividade cultural ou esportiva; 
VI – a propaganda fixa ou móvel em estádio, pista, palco ou local similar;  
VII – a propaganda indireta contratada, também denominada merchandising, nos programas produzidos no País após a publicação desta Lei, em qualquer horário; 
VIII – a comercialização em estabelecimentos de ensino e de saúde. 
VIII – a comercialização em estabelecimento de ensino, em estabelecimento de saúde e em órgãos ou entidades da Administração Pública; 
IX – a venda a menores de dezoito anos.
AGROTÓXICOS: Deverá trazer informações precisas sobre os riscos e forma de uso. (Artigo 8ª, da lei)
Art. 8° A propaganda de defensivos agrícolas que contenham produtos de efeito tóxico, mediato ou imediato, para o ser humano, deverá restringir-se a programas e publicações dirigidas aos agricultores e pecuaristas, contendo completa explicação sobre a sua aplicação, precauções no emprego, consumo ou utilização, segundo o que dispuser o órgão competente do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, sem prejuízo das normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde ou outro órgão do Sistema Único de Saúde.
MEDICAMENTOS EM GERAL: Deve ser dirigida diretamente aos profissionais e instituições de saúde. (artigo 7ª, da lei)
Art. 7° A propaganda de medicamentos e terapias de qualquer tipo ou espécie poderá ser feita em publicações especializadas dirigidas direta e especificamente a profissionais e instituições de saúde.
MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE: Somente para aqueles de venda livre (artigo 7ª, § 1ª)
§ 1° Os medicamentos anódinos e de venda livre, assim classificados pelo órgão competente do Ministério da Saúde, poderão ser anunciados nos órgãos de comunicação social com as advertências quanto ao seu abuso, conforme indicado pela autoridade classificatória.
EFICIÊNCIA DEVE SER COMPROVADA, CASO CONTRÁRIO SERÁ PUBLICIDADE ENGANOSA.
TRAJES ESPORTIVOS (ESPORTES OLÍMPICOS):
Art. 6° É vedada a utilização de trajes esportivos, relativamente a esportes olímpicos, para veicular a propaganda dos produtos de que trata esta Lei.
PUNIÇÕES AO INFRATOR: Aplicam-se ao infrator desta lei, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação em vigor, especialmente no CDC e na legislação de telecomunicações, as seguintes sansões:
Art. 9o Aplicam-se ao infrator desta Lei, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação em vigor, especialmente no Código de Defesa do Consumidor e na Legislação de Telecomunicações, as seguintes sanções: 
I - advertência;
II - suspensão, no veículo de divulgação da publicidade, de qualquer outra propaganda do produto, por prazo de até trinta dias;
III - obrigatoriedade de veiculação de retificação ou esclarecimento para compensar propaganda distorcida ou de má-fé;
IV - apreensão do produto;
V - multa de R$ 1.410,00 (um mil quatrocentos e dez reais) a R$ 7.250,00 (sete mil duzentos e cinqüenta reais), cobrada em dobro, em triplo e assim sucessivamente, na reincidência.
V – multa, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), aplicada conforme a capacidade econômica do infrator; 
VI – suspensão da programação da emissora de rádio e televisão, pelo tempo de dez minutos, por cada minuto ou fração de duração da propaganda transmitida em desacordo com esta Lei, observando-se o mesmo horário. 
VII – no caso de violação do disposto no inciso IX do artigo 3oA, as sanções previstas na Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo do disposto no art. 243 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. 
Aula - 03.08.2020
TEMA: PRÁTICAS ABUSIVAS E PROTEÇÃO CONTRATUAL
Artigo 39 do CDC: Meramente exemplificativo:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
Venda casada: Condicionar o fornecimento de produto ou serviço, ao fornecimento de outro produto ou serviço, ou limitar sua compra exclusivamente ao próprio fornecedor.
É só poder comprar produto em caso de levar outro.
Exemplo: Condicionar a venda de sabão em pó, à venda de uma esponja ou detergente.
Exclusividade na venda de pipocas e guloseimas em cinemas.
LIMITAÇÃO QUANTITATIVA DE PRODUTOS E SERVIÇOS: Limitar a quantidade de produtos e serviços ofertados ao consumidor, sem justa causa (I)
Exemplo: Limitar o tempo de internação do usuário de plano de saúde (Súmula 302 do STJ). Limitar o número de sessões do tratamento.
Pergunta: Limitação quantitativa de produto promocional, no exemplo a cerveja, por consumidor, realizada por uma rede de supermercados, seria uma prática abusiva?
Para evitar que falsos consumidores comprem grandes quantidades para revenda.
A justa causa mais característica, é que o produto alcance um maior número de consumidores. Em situações de crise, para evitar o desabastecimento.
APELAÇÃO CÍVEL - DECRETO Nº 2.181/97 - INOVAÇÃO RECURSAL - NÃO CONHECIMENTO - DIREITO DO CONSUMIDOR - AQUISIÇÃO DE PRODUTOS EM SUPERMERCADO - LIMITAÇÃO QUANTITATIVA - ART. 39, I, DA LEI Nº 8.078/90 - PRODUTOS EM PROMOÇÃO - JUSTA CAUSA - LICITUDE - RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. A matéria suscitada apenas no recurso, em torno do teor da Lei nº 9.784/99 e Decreto nº 2.181/97, representa inovação recursal da defesa, que, assim, não pode ser conhecida. 2. O art. 39, I, da Lei nº 8.078/90 veda ao fornecedor estabelecera venda de produtos a limites quantitativos, salvo justa causa. 3. A limitação quantitativa de bens colocados em oferta, em quantidade proporcional às necessidades de uma família média, não traz prejuízos aos consumidores. 4. Busca-se, com esse intento, evitar a compra de todo o estoque de produtos promocionais por atravessadores. 5. Pode-se vislumbrar nesse caso a justa causa, eis que é de interesse da coletividade que a venda de mercadorias em oferta seja controlada, a fim de que um maior número de famílias possa ter-lhes acesso. 6. Recurso parcialmente conhecido e provido
(TJ-MG - AC: 10433103216217001 MG, Relator: Raimundo Messias Júnior, Data de Julgamento: 22/04/2014, Câmaras Cíveis / 2ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/05/2014)
REPARAÇÃO DE DANOS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. VENDA DE PRODUTO PROMOCIONAL. GARRAFAS DE ÓLEO DE SOJA. ESTABELECIMENTO VAREJISTA. INEXISTÊNCIA DE ABUSIVIDADE NA LIMITAÇÃO QUANTITATIVA DE UNIDADES POR CLIENTE QUANDO DEVIDAMENTE CIENTIFICADO O CONSUMIDOR. INSISTÊNCIA DO AUTOR JUNTO AO CAIXA NO INTENTO DE LEVAR QUANTIDADE IMENSAMENTE SUPERIOR À PERMITIDA. PROVA DOS AUTOS QUE MOSTRA CUMPRIDO O DEVER DE INFORMAÇÃO. PRERROGATIVA DO COMERCIANTE QUE NÃO SE MOSTRA ABUSIVA NO CASO CONCRETO. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71003036423, Terceira Turma...
(TJ-RS - Recurso Cível: 71003036423 RS, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Data de Julgamento: 10/11/2011, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 14/11/2011)
RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANO MORAL. VENDA DE PRODUTO A VAREJO. RESTRIÇÃO QUANTITATIVA. FALTA DE INDICAÇÃO NA OFERTA. DANO MORAL. INOCORRÊNCIA. QUANTIDADE EXIGIDA INCOMPATÍVEL COM O CONSUMO PESSOAL E FAMILIAR. ABORRECIMENTOS QUE NÃO CONFIGURAM OFENSA À DIGNIDADE OU AO FORO ÍNTIMO DO CONSUMIDOR. 1. A falta de indicação de restrição quantitativa relativa à oferta de determinado produto, pelo fornecedor, não autoriza o consumidor exigir quantidade incompatível com o consumo individual ou familiar, nem, tampouco, configura dano ao seu patrimônio extra-material. (STJ - REsp: 595734 RS 2003/0167305-1, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 02/08/2005, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 28.11.2005 p. 275REVFOR vol. 384 p. 266RNDJ vol. 74 p. 70)
RESUSA AO ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS CONSUMIDORES: Recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de disponibilidade do estoque, e ainda, de conformidade com os usos e costumes.
Deve haver prazo, e o consumidor deve estar ciente que existe esse prazo de oferta de produto.
O prazo é por informes. Poderá exigir que eles comprem e te vendem, ou pedir um similar em relação ao anteriormente ofertado.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU ENVIO DE PRODUTOS AO CONSUMIDOR SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO: Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço.
Exemplo. Os serviços prestados e os produtos remetidos e entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. Artigo 39 do CDC.
Art. 39. Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
LUDIBRIAR O CONSUMIDOR PARA VENDER PRODUTOS E SERVIÇOS: Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhes seus produtos ou serviços (IV)
Exemplo, aproveitar-se da inexperiência de idosos (aposentados), para lhes vender produtos e financiamentos Consignados.
EXIGIR VANTAGEM EXCESSIVA: Exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva (V)
Ex: Locação de equipamentos de sinal de internet.
EXECUTAR SERVIÇOS SEM PRÉVIO ORÇAMENTO E AUTORIZAÇÃO DO CONSUMIDOR: Executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes.
Exemplo: Reparar vício de produto sem a confecção de prévio orçamento e autorização expressa do consumidor. Mas se entre o consumidor, mecânico ou técnico, era comum a atitude de reparar vícios sem prévio orçamento e autorização, não haverá irregularidade.
REPASSAR INFORMAÇÃO DEPRESSIATIVA DO CONSUMIDOR: Repassar informação depreciativa referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos.
Exemplo: Criar cadastro ou prestar informações acerca de consumidores que já tenham intentado algum tipo de ação ou reclamação administrativa em face do fornecedor.
COLOCAR NO MERCADO PRODUTOS E SERVIÇOS EM DESACORDO COM AS NORMAS TÉCNICAS: Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, ou se normas especificas não existirem, pela ABNT ou outra entidade credenciada pelo conselho nacional de metrologia, normalização e qualidade industrial. (VIII)
Ex: Colocar à venda produtos fabricados sem qualquer controle de qualidade.
RECUSAR VENDA À VISTA AO CONSUMIDOR: Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente à quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais (IX);
Exemplo: Venda de álcool pela usina diretamente ao consumidor.
DANOS MORAIS. RECUSA DE VENDA. PAGAMENTO À VISTA.
1 - Constitui prática abusiva recusar a venda de bens a quem se dispõe a adquiri-los mediante pronto pagamento, ou seja, à vista (art. 39, IX, CDC).
2 - Não obstante, a frustração pela compra não efetuada não caracteriza dano moral, se o consumidor, que pôde adquirir o produto em outra loja, não sofreu nenhum constrangimento em razão da conduta do vendedor.
3 - Apelação provida. Decisão: DEU-SE PROVIMENTO. UNÂNIME IMPROCEDÊNCIA, INDENIZAÇÃO, DANO MORAL, DEFEITO, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, INEXISTÊNCIA, PREJUÍZO, VIOLAÇÃO, HONRA OBJETIVA, CARACTERIZAÇÃO, MERO ABORRECIMENTO.
Ao apreciar recurso de apelação interposto contra sentença que julgou procedente pedido de indenização por danos morais decorrentes da recusa de venda de eletrodoméstico a consumidor, a Turma deu provimento ao recurso. Segundo a Relatoria, a empresa ré sustentou não ter praticado ato ilícito, pois se recusou a vender o bem a consumidora cujo CPF constava em seu cadastro de inadimplentes. Com efeito, o Julgador explicou que, apesar de a restrição cadastral ser medida preventiva que busca evitar novos prejuízos ao réu, o pagamento à vista afasta o risco de prejuízo, constituindo prática abusiva a recusa de venda de qualquer produto a quem se dispõe a pagar (art. 39, inciso IX, do CDC). Na hipótese, o Desembargador ressaltou que a frustração da autora não caracterizou dano moral, mas mero dissabor e aborrecimento, uma vez que não sofreu nenhum constrangimento a ponto de romper o seu equilíbrio psicológico. Por fim, ante a ausência de ato ilícito capaz de repercutir na esfera da dignidade da pessoa, a Turma afastou a indenização por danos morais.
ELEVAR INDEVIDAMENTE OS PREÇOS: Elevar sem justa causa os preços de produtos e serviços. A justa causa seria demanda pelo produto, greves que ocasionam desabastecimento, pandemia.
Exemplo: Elevar o preço de bebidas nas praias durante a temporada;
Elevar o preço de produtos nos arredores de estádios de futebol.
DEIXAR DE ESTIPULAR PRAZO PARA O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES OU DEIXAR O PRAZO A CRITÉRIO EXCLUSIVO DO FORNECEDOR: Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (XII).
Exemplo: Ofertar prestação de serviço sem estabelecer o tempo necessário para a conclusão do mesmo.
APLICAR FÓRMULA OU ÍNDICE DE REAJUSTE ILEGAL OU NÃO CONTRATADO: Aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido (Lei nº 9.870/99).
PERMITIR AGLOMERÇÃO INDEVIDA DE CONSUMIDORES: Permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidoresque o fixado pela autoridade administrativa como máximo. (Lei 13.425 de 2017).
Outras práticas comerciais corriqueiras:
Cobrança de encargo para pagamento de crédito ou débito, É LEGAL (Lei 13.455/2017). Portanto, poderá transferir o custo do uso do cartão.
Essa lei é muito questionada por parte da doutrina. Para muitos doutrinadores seria contrária ao sistema de proteção do consumidor.
Condicionamento do valor da compra para pagamento com cartão: ILEGAL, porque o consumidor não é obrigado a levar mais do que aquilo que pretende para o seu consumo.
RESUSA AO PAGAMENTO POR CARTÃO DE CRÉDITO OU CHEQUE: Legal, desde que o fornecedor deixe a informação em local visível na entrada do estabelecimento comercial.
RECUSA DE PAGAMENTO POR CHEQUES QUE NÃO SÃO DA PRAÇA OU PERTENCENTES A CONTAS NOVAS: ILEGAL. A partir do momento em que a empresa se compromete a receber pelo fornecimento de produtos e serviços pelo cheque, deve receber a todos eles, sendo-lhe facultado consultar o título.
LIMITAÇÃO DO TEMPO DE INTERNAMENTO PELOS PLANOS DE SAÚDE: Ilegal, já que o usuário não tem condições de saber quantos dias precisará para sua convalescença. Súmula 302 do STJ, em que é abusiva a cláusula contatual de plano de saúde que limita o tempo de internação do consumidor/paciente.
RECUSA DO PLANO DE SÁUDE EM ARCAR COM O CUST DE MATERIAL CIRÚRGICO NECESSÁRIO AO TRATAMENTO DE PACIENTE: O plano só pode recusar ao tratamento de material se houver no mercado um similar de menor custo.
Laudo médico aconselhando o uso de material de maior valor: Se o médico indicar que o uso de um material é mais indicado que outro, para o êxito do tratamento do paciente, o plano não PODERÁ RECUSAR.
LIMITAÇÃO A COBERTURA DO PLANO: Legal, porém não pode limitar as coberturas obrigatórias definidas pela ANS (Lei nº 9.656/98)
RESCINDIR OU REAJUSTAR PLANO DE SAÚDE EM RAZÃO DA IDADE DO SEGURADO (IDOSO) Ilegal, vedado pelo artigo 15, § 3º, Estatuto do Idoso.
DIREITO DO CONSUMIDOR. ESTATUTO DO IDOSO. PLANOS DE SAÚDE. RESCISÃO DE PLANO DE SAÚDE EM RAZÃO DA ALTA SINISTRALIDADE DO CONTRATO, CARACTERIZADA PELA IDADE AVANÇADA DOS SEGURADOS. VEDAÇÃO. 1. Nos contrato de seguro em grupo, o estipulante é mandatário dos segurados, sendo parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação de cobrança. Precedentes. 2. Veda-se a discriminação do idoso em razão da idade, nos termos do art. 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, o que impede especificamente o reajuste das mensalidades dos planos de saúde sob alegação de alta sinistralidade do grupo, decorrente da maior concentração dos segurados nas faixas etárias mais avançadas; essa vedação não envolve, todavia, os demais reajustes permitidos em lei, os quais ficam garantidos às empresas prestadoras de planos de saúde, sempre ressalvada a abusividade. 3. Recurso especial conhecido e provido.
(STJ - REsp: 1106557 SP 2008/0262553-6, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 16/09/2010, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/10/2010)
Aula - 05.08.2020
TEMA: Orçamento prévio e proteção contratual
Orçamento prévio
Requisitos: O fornecedor de serviço será obrigado à entregar ao consumidor orçamento prévio discriminado (artigo 40, CDC)
· Valor da mão de obra;
· Valor o material e equipamentos a serem empregados;
· As condições de pagamento;
· Data de início e término do serviço.
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.
O tempo de validade do orçamento é o tempo que for estabelecido no documento. Se eventualmente o fornecedor não estabelecer qualquer prazo, será de 10 dias o prazo.
Prazo de validade do orçamento: Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.
O orçamento deve ser por escrito.
VINCULAÇÃO DO ORÇAMENTO: Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga s contraentes, e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.
§ 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.
EXECUÇÃO DO SERVIÇO POR TERCEIROS: O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviço de terceiros não previstos no orçamento prévio. (Artigo 40, § 3)
§ 3º O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio.
MÁ PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PELO TERCEIRO: O fornecedor de serviços contratado pelo consumidor responderá diretamente pela qualidade dos serviços prestados pelo terceiro.
Consumidor poderá demandar terceiro?
Não há como afastar fornecedor direto. Mas o CDC não afasta a possibilidade de o consumidor demandar as pessoas que efetivamente prestaram o serviço. Parte-se de uma ideia de responsabilidade solidária.
COBRANÇA DE DÍVIDAS: Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto à ridículo, nem será submetido à qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. (Artigo 42, CDC)
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Ex: Afixar o nome do inadimplente em editais, ou cobrar o consumidor no local de trabalho.
Identificação do fornecedor: Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número do CPF ou CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente (Artigo 42-A, CDC)
As cartas de cobrança devem conter informações claras, precisas, tudo para evitar dano moral.
Situações constrangedoras:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Pena: Detenção de três meses a um ano e multa.
Banco de dados e cadastros de consumidores:
Informação cadastral: Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. Somente terá informações exclusivas do próprio consumidor requerente.
Conteúdo do Cadastro: § 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.
PODERÁ ter até por um prazo superior à 5 anos, informações sobre a dívida, caso esteja em juízo. A dívida persistirá, mas não poderá ter negativação pela dívida.
Cadastro atualizado de reclamações contra fornecedores: Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.
Cadastro positivo – Lei 12.414 de 2011 e lei complementar 166 de 2019.
Verifica-se através de aplicativo do SERASA, por exemplo.
Repetição do indébito: (Artigo 42 § Único, CDC)
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Exemplo: Cobrança de tarifa de esgoto, quando o serviço não é prestado pelacompanhia.
Se a cobrança é em dívida, é restituição em dobro.
PROTEÇÃO CONTRATUAL
Necessidade de conteúdo prévio do conteúdo contratado: Art. 46. CDC Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
CONTRATO OBSCURO: Os contratos também não obrigarão os consumidores, se os respectivos instrumentos forem redigidos a compreensão de seu sentido e alcance.
INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS: Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
DECLARAÇÃO DE VONTADE QUE VINCULAM O CONTRATO: Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
DESISTÊNCIA DA CONTRATAÇÃO: Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
DIREITO À DEVOLUÇÃO DO PREÇO EM CASO DE DESISTÊNCIA: O custo da devolução é do fornecedor. Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
GARANTIA LEGAL X CONTRATUAL: Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
CONTEÚDO DO TERMO DE GARANTIA: Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
Informações que vinculam o contrato: Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
CONTRATOS DE ADESÃO: Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
Isso garante padronização no negócio, o que facilita fiscalização.
Inserção de cláusula no formulário: § 1º A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
TRANPARÊNCIA DO TEXTO: § 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
CLÁUSULAS QUE LIMITEM DIREITO DO CONSUMIDOR: § 4º As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
Exemplo: Cláusula que eleve o prazo para o reparo do produto pelo fornecedor. O prazo para conservar o vício do produto é 30 dias, se não for essencial. (Artigo 18 do CDC)
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
Aquilo que é garantia no CDC e imutável, não há possibilidade de alteração.
Clausula de alteração só valerá se estiver destacada, separada das outras, por limitar direitos do consumidor. Cláusulas em destaque, separadas das cláusulas timbradas, no caso do exemplo, alteração de data para conserto de produto.
Fornecedor pode se utilizar de peça não original para consertar produto? Sim, mas deve haver concordância do consumidor.
Aula - 17.08.2020
TEMA: Cláusulas abusivas
Se a viagem aérea fosse internacional, ainda assim seria aplicado o disposto no artigo 49 do CDC, para a eventualidade de arrependimento do passageiro, quanto a compra da passagem?
CLÁUSULAS ABUSIVAS ROL: Não taxativo, meramente EXEMPLIFICATIVO. (art. 51, CDC) 
Art. 51. São NULAS DE PLENO DIREITO, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: [...]
Existem outras cláusulas, portanto.
IMPOSSIBILITEM, EXONEREM OU ATENUEM A RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços.
Impossibilitar é criar cláusula para não ser responsabilizado. Exonerar impossibilita indenização. Sendo assim, são abusivas.
(art. 51, I, CDC). • ou IMPLIQUEM RENÚNCIA OU DISPOSIÇÃO DE DIREITOS; (art. 51, I, CDC). Se criar renúncia a direito consagrado no CDC ao consumidor, tal cláusula é abusiva. Se renunciar a direitos, também é abusivo.
É válida a cláusula contratual que exonera o Fornecedor da reparação de vícios eventuais, incidentes no veículo dentro do prazo de garantia, caso o proprietário deixe de fazer as revisões periódicas segundo as condições e prazos previstas no Termo de Garantia?
Não se revela abusiva, em função da necessidade de revisão, conforme o estipulado em termos de garantia.
Garantias ofertadas se submetem às regras de quem às estabeleceu. As oferecidas pelo fornecedor são redigidas em termos. Difere da garantia legal. A garantia está condicionada ao cumprimento pelo fornecedor.
O vício foi causado por falta da revisão?
Defeito de fábrica, ou seja, vício oculto, obriga o fornecedor, diferente da questão acima.
Se foi no câmbio no carro, por exemplo
GARANTIA VEÍCULO – CONDICIONADA A REVISÕES PERIÓDICAS CONSUMIDOR. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO. VÍCIO OCULTO. CAIXA DE CÂMBIO. NEGATIVA DE CONSERTO SOB O ARGUMENTO DE PERDA DA GARANTIA CONTRATUAL PELA AUSÊNCIA NAS REVISÕES PREVENTIVAS PROGRAMADAS. DANOS MORAIS INOCORRENTES. - No caso concreto, não se revela abusiva a negativa de cobertura da garantia, pois o comprador estava ciente da necessidade de comparecer às revisões preventivas programadas a fim de fazer valer a garantia contratual de 36 meses. Ademais, percebe-se a desídia do consumidor na manutenção do veículo, comparecendo apenas na primeira revisão, de 10 mil km [...] (TJ-RS - Recurso Cível: 71003798881 RS , Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Data de Julgamento: 08/11/2012, 3ª Turma Recursal Cível, Data de Publicação: DJe 12/11/2012)
Se o Consumidor fizer as revisões periódicas em oficina de sua confiança, porém, diversa da autorizada pelaMarca, eventual exoneração do Fornecedor por vícios eventuais mediante previsão no Termo de Garantia, será válida?
Por mais que o indivíduo faça uma revisão fora da concessionária, não é suficiente. A empresa autorizada faz análise geral no carro, de peças que possivelmente apresentarão defeito posterior. A revisão periódica é também preventiva, para eventuais defeitos que gerem despesas maiores à ambos.
Se o vício apresentado não apresentar relação com eventual revisão, não há prejuízos ao fornecedor.
CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO. REPARO REALIZADO ANTES DA PRIMEIRA REVISÃO PROGRAMADA EM OFICINA NÃO AUTORIZADA. PERDA DA GARANTIA. DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. Complexidade da causa acertadamente afastada. Veículo analisado por profissionais especializados da ré que identificaram problema no mesmo (dano na caixa de ar condicionado) em decorrência de fatores externos (revisão de óleo e filtro de óleo em oficina não autorizada). Ausência de prova mínima produzida pelo autor em sentido contrário. Incontroverso que o demandante efetuou revisão de óleo e filtro de óleo em oficina não autorizada pela fabricante ou concessionária, tendo ciência de que tal conduta acarretaria a perda da garantia, conforme manual de garantia, tanto mais quando sequer realizada a primeira revisão programada. Sentença confirmada por seus próprios fundamentos. RECURSO IMPROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível Nº 71003689247, 1ª Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Marta Borges Ortiz, Julgado em 30/04/2013)
Se o Consumidor fizer a primeira revisão em oficina de sua confiança, porém, diversa da autorizada pela Marca, caso as demais revisões sejam feitas perante a oficina autorizada sem qualquer questionamento pela Oficina quanto à realização da primeira revisão noutro lugar (não autorizado), o Fornecedor poderá se eximir da reparação de vícios eventuais ocorridos dentro do período de vigência da garantia alegando descumprimento das condições pelo consumidor?
Como a concessionária fez a outra revisão sem alerta, reabriu a garantia ao consumidor.
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. VEÍCULO. REVISÃO OBRIGATÓRIA. PERDA DA GARANTIA. DEVER DE ASSISTÊNCIA OU COOPERAÇÃO. CASO CONCRETO EM QUE DUAS REVISÕES ANTERIORES NÃO FORAM REALIZADAS SEM QUALQUER OBJEÇÃO OU DESTAQUE. A cláusula que prevê a perda da garantia contratual é considerada abusiva, nas circunstâncias. Aliás, muito embora não tenha o autor encaminhado o veículo para a revisão dos 30.000 e 40.000 quilômetros, sobrepõe-se que a ré realizou a revisão de 50.000 quilômetros, inexistindo indícios de qualquer ressalva por parte da concessionária demandada. Mais, deixou de comunicar que o autor perderia a garantia por não haver feito as revisões programadas anteriores, podendo, este, a partir daí, optar por fazer a revisão fora da concessionária. Daí que, de outro lado, a concessionária poderia se excluir da responsabilidade de procedimentos não realizados por ela. Porém, se fez a revisão dos 50.000km, não poderia se descuidar de verificar se, ao menos, itens da manutenção ordinária, nas quilometragens programadas anteriores, não foram realizados. POR MAIORIA, DERAM PROVIMENTO AO APELO, VENCIDO O REVISOR QUE DESPROVIA. (TJ-RS, Apelação Cível Nº 70049298961, Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, 20ª Câmara Cível, Data de Julgamento: 13/11/2013)
É válida a cláusula contratual através da qual o comprador (consumidor) renuncia à garantia legal relativa ao veículo usado, comprado em uma Garagem de Revenda de Veículos?
É renunciar a clausula de produto durável, de 90 dias, por exemplo. A cláusula é nula, portanto.
COMPRA DE VEÍCULO USADO – RENÚNCIA À GARANTIA LEGAL RECURSO INOMINADO. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO USADO. RENÚNCIA À GARANTIA LEGAL. CLÁUSULA NULA DE PLENO DIREITO. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. CONDENAÇÃO DA RECLAMADA À OBRIGAÇÃO DE REPARAR O VEÍCULO E INDENIZAR MATERIALMENTE OS RECLAMANTES PELOS GASTOS HAVIDOS. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. PEDIDO CONTRAPOSTO PROCEDENTE. INTELIGÊNCIA DOS ENUNCIADOS 31 DO FONAJE E 13.12 DAS TR/PR. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0001700-52.2017.8.16.0112 - Marechal Cândido Rondon - Rel.: Juíza Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa - J. 07.08.2018)
CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO USADO. MOTOR FUNDIDO EM APENAS 11 (ONZE) DIAS APÓS A COMPRA. VÍCIO OCULTO QUE NÃO ERA DE CONHECIMENTO DO ADQUIRENTE. RELAÇÃO DE CONSUMO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OFENSA AO PRINCÍPIO. TERMO DE RENÚNCIA DE GARANTIA ILEGAL E ABUSIVO. DA BOA-FÉ OBJETIVA. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. Diante do exposto, decidem os Juízes Integrantes da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, conhecer do recurso interposto e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos exatos termos do vot (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0034816-07.2012.8.16.0021/0 - Cascavel - Rel.: Bruna Greggio - - J. 14.09.2015)
É válida a cláusula contratual através da qual o comprador (consumidor) renuncia ao direito de desistir da compra do produto no prazo de até 7 dias (arrependimento legal), quando comprado pela internet?
No contrato virtual, assinado com a alsight, não há devolução. Comprou, está comprado, por exemplo.
Aqui a interpretação é a mesma do caso anterior. Trata-se de garantia legal. Cláusula nula, portanto.
É válida a cláusula contratual que afasta do consumidor o direito de desistir da COMPRA DO ALBUM DE FOTOGRAFIAS DE FORMATURA, após a entrega do produto ao comprador, mesmo que o negócio tenha sido firmado na residência do consumidor?
Produto foi vendido fora do estabelecimento comercial. É questão entre empresa e consumidor que é o formando. O código, quando permite ao consumidor o direito de reflexão, é fato permitido por lei. No artigo 49 do CDC há previsão.
ALBUM FORMATURA - ARREPENDIMENTO APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. EMBARGOS À EXECUÇÃO. VENDA DE ÁLBUM DE FORMATURA. RESIDÊNCIA DO CONSUMIDOR. DIREITO DE ARREPENDIMENTO NOS TERMOS DO ARTIGO 49 DO CDC. CABIMENTO. (...) 1. Estabelece o artigo 49 do CDC que, tratando-se de venda realizada fora do estabelecimento comercial do fornecedor, ao consumidor assiste o direito de arrependimento no prazo de 7 dias. 2. No caso de álbum de formatura levado à venda na residência do consumidor, é possível o exercício do direito de arrependimento, porquanto a operação foi efetuada fora do estabelecimento comercial do fornecedor e se enquadra no escopo da norma protetiva inserta no artigo 49 do CDC, que visa evitar que o consumidor seja alvo de marketing agressivo e efetue uma compra irrefletida e não negociada, especialmente porque o produto não poderá ser adquirido de outros fornecedores. (...) (TJ-DF - Acórdão 1047497, 20160110514635APC, Relator: SIMONE LUCINDO, 1ª TURMA CÍVEL, DJE: 22/9/2017)
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. FOTOGRAFIAS DE FORMATURA. CONTRATAÇÃO REALIZADA FORA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL. EXIBIÇÃO DE ÁLBUM COM AS FOTOGRAFIAS DA AUTORA JÁ IMPRESSAS, CONCOMITANTEMENTE À ASSINATURA DO CONTRATO, QUE OCORREU DENTRO DE UM VEÍCULO DA RÉ, ESTACIONADO EM VIA PÚBLICA. DESISTÊNCIA. EMPRESA CONTRATADA PELA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. ABUSIVIDADE INTRÍNSECA À ATIVIDADE PRESTADA PELA RÉ, QUE "NÃO COBRA" PELA COBERTURA FOTOGRÁFICA DA FORMATURA, MAS TAMBÉM NÃO PERMITE QUE OS FORMANDOS CAPTUREM SUAS PRÓPRIAS IMAGENS, COM CÂMERAS PARTICULARES. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO PRÉVIA DOS VALORES PRATICADOS AOS CONSUMIDORES. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO PRAZO DO ART. 49 DO CDC AO CASO CONCRETO, E RECONHECIMENTO DE CONDUTA ABUSIVA (ART. 39, III E VI, CDC). RESCISÃO CONTRATUAL, SEM ÔNUS À AUTORA, QUE VAI RECONHECIDA. DEVOLUÇÃO DO MATERIAL ENTREGUE PELA RÉ, ANTE O DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (TJ-RS, Recurso Cível Nº 71006525299, 4ª Turma Recursal Cível, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 10/03/2017)
ALBUM FORMATURA - ARREPENDIMENTORECURSO INOMINADO. INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE ÁLBUM DE FORMATURA. VENDA EFETUADA NO DOMICÍLIO DA AUTORA. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0006379-42.2016.8.16.0044 - Apucarana - Rel.: Juíza Fernanda Bernert Michelin - J. 18.09.2017)
PROCESSO CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FOTOGRÁFICOS. ÁLBUM DE FORMATURA. VENDA EM DOMICÍLIO. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. ART. 49 DO CDC. INAPLICABILIDADE. TERMO INICIAL DOS JUROS MORATÓRIOS. VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO INADIMPLIDA. MORA EX RE. SENTENÇA MANTIDA. 1. O direito de arrependimento assegurado pelo artigo 49 do CDC não pode ser interpretado isoladamente, mostrando-se necessário o cotejo com as demais normas do regramento jurídico. 2. O inequívoco conhecimento do tipo, quantidade e qualidade dos produtos adquiridos e a disponibilização do material em dispositivo digital (pen drive), que facilita sua reprodução, obstam o exercício do direito de arrependimento pelo consumidor, ante as peculiaridades do caso concreto. (...) (TJ-DF - Acórdão 1237416, 07149157720198070001, Relator: FÁTIMA RAFAEL, 3ª Turma Cível, data de julgamento: 11/3/2020, publicado no PJe: 20/3/2020)
(...) CONSUMIDOR. VENDA DOMICILIAR. MATERIAL FOTOGRÁFICO. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. ARTIGO 49 DO CDC. IMPOSSIBILIDADE. MATERIAL DE FÁCIL REPRODUÇÃO. (...) 1. O direito de arrependimento está previsto no artigo 49 do CDC, o qual assegura que o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Tal artigo, entretanto, não deve ser interpretado de forma absoluta, e sim em conjunto com as demais normas do ordenamento jurídico. 2. O material adquirido e entregue à consumidora (fotografias) é de fácil reprodução e multiplicação. Portanto, ainda que a apelante alegue ter permanecido poucos dias com o produto, certo é que a reprodução poderia ser realizada quase que de forma imediata, o que inviabiliza o exercício do direito de arrependimento, ante as particularidades do caso concreto. 3. Recurso conhecido e não provido. (TJ-DF - Acórdão 1174208, 07050124620188070003, Relator: SILVA LEMOS, 5ª Turma Cível, DJE: 7/6/2019).
SUBTRAIAM AO CONSUMIDOR A OPÇÃO DE REEMBOLSO DA QUANTIA JÁ PAGA, nos casos previstos neste código; (art. 51, II, CDC) Engano justificável afasta a devolução em dobro.
Casos em que o consumidor desistiu do contrato, ele perde aquilo que já pagou. Não é válido, é cláusula abusiva.
• TRANSFIRAM RESPONSABILIDADES A TERCEIROS; (art. 51, III, CDC) Produto que chega amassado, trincado, durante transporte, a responsabilidade
É válida a cláusula contratual através da qual a Companhia Aérea prevê multa correspondente a 50% do valor da passagem aérea, na eventualidade de cancelamento pelo consumidor (arrependimento legal – 7 dias)?
Comprou com data menor de 6 dias não é possível desistir da viajem. Passou de 24 horas não há mais como desistir. Passou, haverá penalidades.
Consumidor tem direito à devolução integral. É abusiva a cláusula.
• Eventual dever de repetição do indébito, importaria na devolução em dobro da multa cobrada? 
Restituição em forma simples, e não em dobro.
• A prática pela Companhia Aérea importa em DANO MORAL?
Dano moral é afastado. Depende da forma como o consumidor é tratado à partir da reclamação.
RESOLUÇÃO Nº 400/2016 - ANAC Dispõe sobre as Condições Gerais de Transporte Aéreo. 
Art. 11. O usuário poderá desistir da passagem aérea adquirida, sem qualquer ônus, desde que o faça no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento do seu comprovante. Parágrafo único. A regra descrita no caput deste artigo somente se aplica às compras feitas com antecedência igual ou superior a 7 (sete) dias em relação à data de embarque.
PASSAGEM AÉREA - ARREPENDIMENTO RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE AÉREO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CANCELAMENTO DA COMPRA DE PASSAGEM AÉREA. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. ART. 49, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE. RESTITUIÇÃO QUE DEVE SE DAR DE FORMA SIMPLES. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJPR - 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais - 0000508-50.2019.8.16.0133 - Pérola - Rel.: Juíza Maria Roseli Guiessmann - J. 25.05.2020)
DIREITO CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. COMPRA DA PASSAGEM PELA INTERNET. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. RESTITUIÇÃO DO VALOR. 1 (...) Pretensão indenizatória por danos materiais em razão da cobrança de multa de cerca de 70% após o pedido de cancelamento da compra de passagem aérea realizada pela internet. (...) 2 - DIREITO DE ARREPENDIMENTO. RESTITUIÇÃO DO VALOR. A faculdade de desistir das compras fora do estabelecimento do fornecedor, prevista no art. 49 do CDC, aplica-se aos contratos de transporte aéreo concluídos por meio da internet. Ademais, o exercício do direito de arrependimento, por constituir faculdade do consumidor não o sujeita a aplicação de multa. (...) No caso, os autores efetuaram a compra das passagens no dia 24/10/2019 e solicitaram o cancelamento após cerca de três dias, o que lhes daria direito ao reembolso integral do valor pago. (...) (TJ-DF - Acórdão 1267668, 07544800320198070016, Relator: AISTON HENRIQUE DE SOUSA, Primeira Turma Recursal, DJE: 14/8/2020)
RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE AÉREO NACIONAL. PASSAGEM AÉREA COMPRADA PELA INTERNET. CANCELAMENTO PELA PARTE AUTORA. PEDIDO FEITO DENTRO DO PERÍODO DE REFLEXÃO. DIREITO AO ARREPENDIMENTO. RESTITUIÇÃO PARCIAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EVIDENCIADA. RETENÇÃO DE VALORES FUNDADA EM DISPOSIÇÃO CONTRATUAL. DEVOLUÇÃO SIMPLES E NÃO EM DOBRO. A AUSÊNCIA DE RESTITUIÇÃO INTEGRAL DE VALOR PAGO POR PASSAGEM AÉREA OBJETO DE OPORTUNO CANCELAMENTO NÃO ENSEJA, SÓ POR SI, DANOS MORAIS. HIPÓTESE EM QUE NÃO RESTOU DEMONSTRADA VIOLAÇÃO A DIREITOS DE PERSONALIDADE. DANO INCORPÓREO AFASTADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0001534-98.2018.8.16.0204 - Curitiba - Rel.: Juiz Marcel Luis Hoffmann - J. 10.12.2019).
Se a VIAGEM ÁEREA fosse INTERNACIONAL, ainda assim seria aplicado o disposto no art. 49 do CDC, para a eventualidade de arrependimento do passageiro quanto à compra da passagem?
Aplica-se em primeiro plano outra norma. O STF estabeleceu que para os voos aéreos prevalece as convenções internacionais. Nas lacunas, aplica-se o código de defesa do consumidor. Se o tratado for omisso, aplica-se o CDC.
Se a norma internacional não prevê punição para eventualidade cancelamento de passagem, não pode haver aplicação de resolução da ANAC.
APLICO REGRA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS.
RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE AÉREO. VOO INTERNACIONAL. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CDC E RESOLUÇÕES DA ANAC. JURISPRUDÊNCIA. CANCELAMENTO PRÉVIO DE VOO PELA COMPANHIA AÉREA. ARTIGO 21 DA RESOLUÇÃO 400 DA ANAC. MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS A ESCOLHA DO PASSAGEIRO. NEGATIVA DE REACOMODAÇÃO EM MEIO A RISCO DE PASSAGEM DE FURACÃO PELA FLÓRIDA. COMPRA DE PASSAGENS DE RETORNO REALIZADAS PELO PRÓPRIO RECORRENTE, EM CIDADE E COMPANHIA DIVERSAS. RESTITUIÇÃO DEVIDA. DANOS MORAIS OCORRENTES. SITUAÇÃO QUE SUPERA MERO ABORRECIMENTO. REFORMA DA SENTENÇA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-PR - 2ª Turma Recursal - 0033006-71.2019.8.16.0014 - Londrina - Rel.: Juiz Irineu Stein Júnior - J. 26.06.2020).
(...) TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL (...) EXTRAVIO DE BAGAGEM. CONVENÇÕES DE VARSÓVIA E DE MONTREAL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DIÁLOGO DAS FONTES. (...) 2. Conforme orientação firmada pelo c. STF, no julgamento do RE nº 636.331, para fins de repercussão geral, prevalece a Convenção de Varsóvia e os demais acordos internacionais em detrimento do CDC na fixação da indenização por danos materiais em caso de destruição, perda, avaria ou atraso da bagagem em voos internacionais. Não se afastou a aplicação do CDC nas relações de transporte aéreo internacional, apenas se definiu a prevalênciados tratados internacionais nos limites da condenação por danos materiais advindos daquelas hipóteses, em razão do critério da especialidade. (...) (TJ-DF - Acórdão 1269895, 07009413620208070001, Relator: Robson Teixeira de Freitas, 8ª Turma Cível, PJe: 11/8/2020)
ESTABELEÇAM OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS INÍQUAS, ABUSIVAS, que COLOQUEM O CONSUMIDOR EM DESVANTAGEM EXAGERADA, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; (art. 51, IV, CDC) – Considera-se Desvantagem Exagerada: a que ofenda princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence, ou restrinja direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual, ou ainda se mostre excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso. (art. 51, § 1º, CDC).
É abusiva a cláusula relativa a Contrato de Compra e Venda de Imóvel na Planta, prevendo pagamento de juros compensatórios pela Construtora ao consumidor, na eventualidade de atraso na entrega do imóvel? 
Utiliza-se princípio da razoabilidade, por exemplo.
ATENÇÃO: OBSERVAR que referida cláusula literalmente prorroga o contrato por prazo indeterminado, conferindo ao consumidor direito de apenas receber juros compensatórios, sem possibilidade de exigir entrega da coisa.
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C PEDIDO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COMPRA DE IMÓVEL. PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA. (...) 1. Ação de indenização proposta em decorrência dos prejuízos sofridos pelo consumidor em razão do atraso na entrega da obra, não havendo discussão sobre a validade de cláusulas do contrato celebrado com a CEF, razão que afasta a incompetência do Juizado Especial Cível. (...) 3. “A 2ª Seção do STJ consolidou o entendimento no sentido de não ser abusiva a cláusula contratual, em sede de contrato de compra e venda imobiliário, que prevê a cobrança de juros compensatórios antes da entrega do bem ao comprador” (STJ, 3ª T., AgRg no AREsp 563.432/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, j. 23.09.2014, DJe 26.09.2014). (TJPR - 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais - 0008747-97.2019.8.16.0018 - Maringá - Rel.: Juíza Maria Roseli Guiessmann - J. 27.07.2020).
ESTABELEÇAM INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA EM PREJUÍZO DO CONSUMIDOR; (art. 51, VI, CDC)
Qualquer inversão do ônus de prova em relação de consumo, só pode reverter em favor do consumidor.
• DETERMINEM A UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA DE ARBITRAGEM; (art. 51, VII, CDC) 
O direito arbitral, juízo arbitral, pode ser aplicado nas relações de consumido. O que é abusivo, é estar previsto na cláusula contratual.
• IMPONHAM REPRESENTANTE para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; (art. 51, VIII, CDC).
AULA DO DIA 19 DE AGOSTO DE 2020
DEIXEM AO FORNECEDOR A OPÇÃO DE CONCLUIR OU NÃO O CONTRATO, embora obrigando o consumidor; (art. 51, IX, CDC) Assinatura de pré-contrato não torna nulo o contrato. Elas são válidas no contrato. Surtirá efeito imediato no futuro contrato.
• PERMITAM AO FORNECEDOR, direta ou indiretamente, VARIAÇÃO DO PREÇO DE MANEIRA UNILATERAL; (art. 51, X, CDC). Confere uma cláusula onde o fornecedor pode mudar o preço, das parcelas do contrato. É cláusula abusiva. Vale as cláusulas a correção de acordo com índices INPC.
É válida a proposta de seguro veicular assinada pelo Consumidor (segurado) que confere à Cia. Seguradora o direito de decidir pela efetivação do contrato em até 30 dias, mediante análise do perfil do consumidor, porém, desde já o obrigando pelo pagamento da primeira parcela?
Não. Nos casos de haver pré-contrato, ele fica obrigado ao que foi proposto. É nulo no sentido de haver a possibilidade de o contrato não valer depois. O contrato está concluído.
AUTORIZEM O FORNECEDOR A CANCELAR O CONTRATO UNILATERALMENTE, sem que igual direito seja conferido ao consumidor; (art. 51, XI, CDC) EX.: Direito de arrependimento apenas em favor do fornecedor. É possível romper contrato de forma unilateral, os dois. Não pode permitir um só.
OBRIGUEM O CONSUMIDOR A RESSARCIR OS CUSTOS DE COBRANÇA DE SUA OBRIGAÇÃO, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; (art. 51, XII, CDC) EX.: Cláusula que autorize a inclusão de despesa referente a serviços de cobrança ou jurídicos.
São contratos de cobrança extrajudicial. A cláusula deve envolver os dois. Aquele que eventualmente demandar o outro, terá que pagar despesas. É clausula paritária.
AUTORIZEM O FORNECEDOR A MODIFICAR UNILATERALMENTE O CONTEÚDO ou A QUALIDADE DO CONTRATO, após sua celebração; (art. 51, XIII, CDC). Exemplo são os bancos. Deve se tomar conhecimento do conteúdo da alteração desses contratos. É cláusula abusiva.
• INFRINJAM OU POSSIBILITEM A VIOLAÇÃO DE NORMAS AMBIENTAIS; (art. 51, XIV, CDC)
ESTEJAM EM DESACORDO COM O SISTEMA DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR; (art. 51, XV, CDC). É nula a cláusula abusiva. Trata-se de regra geral.
É válida a cláusula contratual que fixa prazo de 150 dias ao Fornecedor para reparar vício do produto? 
Se for um contrato de adesão feito separado em relação a outras cláusulas de adesão, é possível.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
É válida a cláusula contratual que obrigue o fornecedor a trocar o produto defeituoso por um novo, se o mesmo não reparar o vício em 30 dias?
Se a cláusula excluir direitos, é abusiva. Na eventualidade de não reparar o vício em trinta dias, o consumidor só poderá reclamar produto igual. Não poderá restringir APENAS a substituição do produto. Poderá pedir abatimento proporcional, restituição do dinheiro, ou produto novo. Alternativamente é escolha do consumidor.
POSSIBILITEM A RENÚNCIA DO DIREITO DE INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS NECESSÁRIAS. (art. 51, XVI, CDC) 
Não permitem renúncia as benfeitorias necessárias. São feitas para beneficiar o dono da coisa. Se haver cláusula prevendo renúncia, será abusiva.
• IMPONHAM MULTAS DE MORA, decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo, SUPERIORES A 2% DA PRESTAÇÃO oriunda da outorga do crédito ou concessão de financiamento ao consumidor; (art. 52, § 1º, CDC)
Consumidor faz financiamento bancário e atrasar parcela, se multa de mora for superior à 2%, será abusiva.
Os condôminos estão autorizados a aumentar valores de multa. Condôminos e condomínios não é relação de consumo. Assim como não há relação de consumo entre sócio e clube.
NEGUEM AO CONSUMIDOR A POSSIBILIDADE DE LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DO DÉBITO, no todo ou em parte (art. 52, § 2º, CDC) 
Indivíduo faz financiamento, em vinte anos, mas quer pagar de forma antecipada. É possível. Se consumidor exercer direito de antecipar pagamento da dívida, terá direito a redução proporcional dos juros e demais acréscimos das parcelas futuras.
• IMPEÇAM A CONSEQUENTE REDUÇÃO PROPORCIONAL DOS JUROS E DEMAIS ACRÉSCIMOS; em caso de Liquidação Antecipada do Débito (art. 52, § 2º, CDC)
Se há juros incidindonas parcelas, deverá haver reduções.
ESTABELEÇAM A PERDA TOTAL DAS PRESTAÇÕES PAGAS EM BENEFÍCIO DO CREDOR que, em razão do inadimplemento, pleiteie a resolução do contrato e a retomada do produto alienado, nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia. (art. 53, CDC).
EFEITO DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS: É considerada NULA a cláusula abusiva (art. 51, CDC). 
• CONSEQUÊNCIA NO CONTRATO: A nulidade de uma cláusula contratual não invalida o contrato, SALVO quando sua ausência acarretar ônus excessivo a qualquer da partes. Se não for possível a solução, ocorrerá resolução do contrato.
(art. 51, § 2º, CDC) § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, EXCETO quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
INTEGRAÇÃO DO CONTRATO: declarando a NULIDADE de determinada cláusula, o juiz poderá MODIFICAR os termos do ajuste contratual, de modo a reequilibrá-lo entre as partes. (art. 51, § 2º, CDC) EX.: Reduzir o taxa de juros moratórios ao limite legal, caso tenha sido fixado excessivamente.
INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS: As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. (art. 47)
CLÁUSULAS QUE LIMITEM DIREITOS DO CONSUMIDOR: As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. (art. 54, § 4º. Exemplo é cláusula que eleva o tempo para resolução de conflitos. Não pode estar inserido no rol timbrado de cláusulas de adesão.
ESTUDO DE CASOS
1) Contrato envolto em Relação de Consumo, poderá ter CLÁUSULA CONTRATUAL declarada ABUSIVA EX OFFICIO? 
Exemplo é consumidor que questiona três cláusulas do contrato, poderá o juiz reconhecer que há abusividade em outras cláusulas?
Não é permitido, de primeiro plano.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: (...)
CONTRATO – RELAÇÃO CONSUMO – CLÁUSULAS ABUSIVAS – DECRETAÇÃO OFÍCIO ❑ INTERPRETAÇÃO NORMATIVA: Deveria, tendo em conta o disposto no art. 51, IV, do CDC. ❑ PRINCÍPIO DISPOSITIVO: Afasta o poder do Magistrado. ❑ SÚMULA 381 – STJ: “Nos CONTRATOS BANCÁRIOS, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
CLÁUSULA CONTRATUAL ABUSIVA – REVISÃO EX OFFICIO PROCESSUAL – AÇÃO RESCISÓRIA – CÓDIGO DO CONSUMIDOR – DIREITOS DISPONÍVEIS – REVELIA - CLÁUSULAS CONTRATUAIS – APRECIAÇÃO EX OFFICIO – PRINCÍPIO DISPOSITIVO – IMPOSSIBILIDADE. I – Ao dizer que as normas do CDC são 'de ordem pública e interesse social”, o Art 1º da Lei 8.078/90 não faz indisponíveis os direitos outorgados ao consumidor – tanto que os submete à decadência e torna prescritíveis as respectivas pretensões. II – Assim, no processo em que se discutem direitos do consumidor, a revelia induz o efeito previsto no Art. 319 do Código de Processo Civil. III – Não ofende o Art 320, II do CPC, a sentença que, em processo de busca e apreensão relacionado com financiamento garantido por alienação fiduciária, aplica os efeitos da revelia. IV – Em homenagem ao método dispositivo (CPC, Art. 2º), É DEFESO AO JUIZ REVER DE OFÍCIO O CONTRATO para, com base no Art. 51, IV, do CDC anular cláusulas que considere abusivas (Eresp 702.524/RS). V – Ação rescisória improcedente. (STJ - REsp 767052/RS – Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS – 3ª Turma - DJ 01/08/2007).
CLÁUSULA CONTRATUAL ABUSIVA – REVISÃO EX OFFICIO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AFASTAMENTO DE OFÍCIO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS. IMPOSSIBILIDADE. COBRANÇA DO COEFICIENTE DE EQUIPARAÇÃO SALARIAL. POSSIBILIDADE DESDE QUE PACTUADO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Encontra-se consolidado no Superior Tribunal de Justiça o entendimento acerca da IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO DE OFÍCIO de cláusulas consideradas abusivas em contratos que regulem relação de consumo. 2. Nos termos da jurisprudência pacífica desta Corte, a cobrança do Coeficiente de Equiparação Salarial - CES é legal, mesmo antes do advento da lei 8.692/93, desde que previsto contratualmente. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ - AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 957158/RS - Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO – 4ª Turma - DJe 29/08/2012).
2) O juiz poderá reconhecer ex officio a abusividade de uma cláusula de fixação de foro de eleição, em contrato envolto em relação de consumo?
Poderá, se abusiva, ser reconhecida ex officio pelo juiz. 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; (CDC)
CLÁUSULAS ABUSIVAS FORO DE ELEIÇÃO! CPC Art. 63. (...) § 3o Antes da citação, a CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
A exceção é na eventualidade de o consumidor promover ação, em outro local que não for o domicílio dele. Juiz não decretará ex officio.
3) Inserção de cláusula em contrato de seguro FEITA DE FORMA EXPRESSA E DESTACADA, estabelecendo que a cobertura por FURTO só ocorrerá caso o mesmo seja “QUALIFICADO”? 
Art. 54. [...] § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
Contrato de seguro de veículo, ou seguro residencial. No exemplo, se for furto simples, exclui cobertura. É cláusula abusiva, portanto.
SEGURO – LIMITAÇÃO DE COBERTURA RECURSO ESPECIAL - CONTRATO DE SEGURO - RELAÇÃO DE CONSUMO - CLÁUSULA LIMITATIVA - OCORRÊNCIA DE FURTO QUALIFICADO – ABUSIVIDADE - IDENTIFICAÇÃO, NA ESPÉCIE - VIOLAÇÃO AO DIREITO DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR - RECURSO ESPECIAL PROVIDO. [...] II - A relação jurídica estabelecida entre as partes é de consumo e, portanto, impõe-se que seu exame seja realizado dentro do microssistema protetivo instituído pelo CDC, observando-se a vulnerabilidade material e a hipossuficiência processual do consumidor. III - A circunstância de o risco segurado ser limitado aos casos de furto qualificado exige, de plano, conhecimentos do aderente quanto às diferenças entre uma e outra espécie de furto, conhecimento esse que, em razão da sua vulnerabilidade, presumidamente o consumidor não possui, ensejando-se, por isso, o reconhecimento da falha no dever geral de informação, o qual constitui, é certo, direito básico do consumidor, nos termos do artigo 6º, inciso III, do CDC. IV - A condição exigida para cobertura do sinistro - ocorrência de furto qualificado - por si só, apresenta conceituação específica da legislação penal, cujo próprio meio técnico-jurídico possui dificuldades para conceituá-lo, o que denota sua ABUSIVIDADE. Precedente da eg. Quarta Turma. V - Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1293006/SP, Rel. Min. MASSAMI UYEDA, 3º TURMA, DJe 29/06/2012).
4) É nula, por abusiva, a CLÁUSULA QUE EXCLUI DE COBERTURA A PRÓTESE necessária em cirurgia ou tratamento coberto por PLANO OU SEGURO DE SAÚDE, mesmo quando feitas com DESTAQUE? 
A cláusula é válida, se porventura se a patologia não for coberta. Se o tratamento for coberto pelo plano, a prótese ser necessária, é aplicável.
Se a cirurgia é coberta, e é necessário a prótese, a cobertura será realizada.
Art. 54. [...] § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
Súmula 608: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidadesde autogestão.
CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. CLÁUSULA LIMITATIVA DE FORNECIMENTO DE PRÓTESES. INAPLICABILIDADE. CIRURGIA CUJO SUCESSO DEPENDE DA INSTALAÇÃO DA PRÓTESE. 1. Malgrado válida, em princípio, a cláusula limitativa de fornecimento de próteses, prevendo o contrato de plano de saúde, no entanto, a cobertura de determinada intervenção cirúrgica, mostra-se inaplicável a limitação caso a colocação da prótese seja providência necessária ao sucesso do procedimento. 2. No caso, é indispensável a colocação de próteses de platina para o êxito da cirurgia decorrente de fratura de tíbia e maléolo. (...) (STJ - REsp: 873226 ES 2006/0169489-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 08/02/2011, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 22/02/2011)
PLANO DE SAÚDE – PRÓTESES IMPORTADAS [...] PLANO DE SAÚDE. IMPLANTAÇÃO DE PRÓTESE. COBERTURA. TRATAMENTO ESSENCIAL. RECUSA. [...] APLICAÇÃO DO CÓDIGO DO CONSUMIDOR. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS MAIS FAVORÁVEIS AO CONSUMIDOR. AGRAVO IMPROVIDO. [...] 2. O Tribunal a quo negou provimento ao apelo interposto pelo ora agravante, sob o fundamento de que, nas relações de consumo, as cláusulas limitativas de direito serão sempre interpretadas a favor do consumidor, desse modo, ao assim decidir, adotou posicionamento consentâneo com a jurisprudência desta egrégia Corte, que se orienta no sentido de considerar que, em se tratando de contrato de adesão submetido às regras do CDC, a interpretação de suas cláusulas deve ser feita da maneira mais favorável ao consumidor, bem como DEVEM SER CONSIDERADAS ABUSIVAS AS CLÁUSULAS QUE VISAM A RESTRINGIR PROCEDIMENTOS MÉDICOS. [...] Notadamente diante da jurisprudência deste Tribunal, que já se consolidou no sentido de que é "abusiva a cláusula restritiva de direito que exclui do plano de saúde o custeio de prótese em procedimento cirúrgico coberto pelo plano e necessária ao pleno restabelecimento da saúde do segurado, SENDO INDIFERENTE, PARA TANTO, SE REFERIDO MATERIAL É OU NÃO IMPORTADO" (AgRg no Ag 1.139.871/SC, Relator o Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe de 10.5.2010) 4. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgRg no AREsp: 295133/SP, Rel. Min. RAUL ARAÚJO, 4ª TURMA, DJe 28/06/2013)
5) É válida a cláusula contratual de Seguro Saúde que afasta cobertura na eventualidade de doença preexistente à assinatura do contrato?
Necessário é realizar exame antes de firmar contrato. Se a seguradora não fez, a cobertura será válida. Se ficar comprovado a má-fé do consumidor, não será coberto. 
Art. 54. [...] § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. Súmula 608: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
SEGURO SAÚDE - DOENÇAS PREEXISTENTES 
Súmula 609: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado.
6) É válida a cláusula contratual de saúde que LIMITAR O TEMPO DE INTERNAÇÃO do paciente? 
Art. 54. [...] § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
Súmula 608: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
PLANO DE SAÚDE – LIMITAÇÃO TEMPO DE INTERNAÇÃO [...] PLANO DE SAÚDE. CLÁUSULA QUE LIMITA O TEMPO DE INTERNAÇÃO. ILEGALIDADE. SÚMULA 302 DO STJ. [...] 1. O acórdão recorrido entendeu pela invalidade da cláusula que limita o tempo de internação do paciente, nos termos da Súmula 302 do STJ. De acordo com o entendimento jurisprudencial deste Superior Tribunal, TRATA-SE DE CLÁUSULA QUE COLOCA O CONSUMIDOR EM DESVANTAGEM EXAGERADA. Precedentes. (STJ - AgRg no AREsp: 484611 SP 2014/0050643-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 24/04/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/04/2014) Súmula 302 – STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado.
7) Nos contratos de SEGURO DE VIDA, cláusula que afasta a indenização em caso de SUICÍDIO é válida? 
Artigo 798 do Código Civil – Só será coberto quando se suicidar em 2 anos. Aplicava-se a súmula 61 e 105 – se houve ou não houve premeditação, ou seja, com a intenção de matar, decide fazer seguro. Recentemente ocorreram mudanças. STJ, súmula 610, 
Art. 54. [...] § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
SUICÍDIO – SEGURO DE VIDA – LAPSO TEMPORAL – PREMEDITAÇÃO OU NÃO. Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o SEGURADO SE SUICIDA NOS PRIMEIROS DOIS ANOS de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por suicídio do segurado. (Código Civil) Súmula 61 – STJ: O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado. (DJ 20.10.1992) Súmula 105 – STF: Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro.
Súmula 610-STJ: O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada. (2ª Seção. Aprovada em 25/04/2018, DJe 07/05/2018.)
SÚMULA 610 – STJ: Praticamente resolve a questão, prevendo como legal a limitação temporal estabelecida no art. 798 do Código Civil, pouco importando tenha havido ou não premeditação do suicídio. Do mesmo modo, como o enunciado não faz ressalva a premeditação após o decurso do prazo de dois anos, subintende-se (segundo a jurisprudência do STJ) que após esse prazo, o prêmio será devido mesmo que tenha havido premeditação. Em síntese, agora o CRITÉRIO É OBJETIVO para a constatação do direito ao recebimento de seguro na hipótese de suicídio.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA EM RAZÃO DE MORTE. SUICÍDIO DO SEGURADO DENTRO DO PRAZO DE DOIS ANOS DA CONTRATAÇÃO. ART. 798, CAPUT, DO CÓDIGO CIVIL. CRITÉRIO OBJETIVO. DESNECESSIDADE DE ANÁLISE SOBRE A MÁ-FÉ OU A PREMEDITAÇÃO. EDIÇÃO DA SÚMULA 610 E CANCELAMENTO DA SÚMULA 61 DO STJ. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. ART. 927, IV, DO CPC/2015. ENTENDIMENTO QUE PREVALECE SOBRE A SÚMULA 105 DO STF, EDITADA EM 1963. INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA INDEVIDA. AUXÍLIO FUNERAL. DESNECESSIDADE DE CONTATAR EMPRESA TERCEIRIZADA, QUE FARIA O PAGAMENTO À FUNERÁRIA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À SEGURADORA. DESPESAS COMPROVADAS. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. ABALO PSICOLÓGICO NÃO DEMONSTRADO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS RECURSAIS. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. RECURSO ADESIVO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJPR - 10ª C. Cível - 0004045-61.2013.8.16.0037 - Campina Grande do Sul - Rel.: Guilherme Freire de Barros Teixeira - J. 21.06.2018).
SEGURO DE VIDA FACULTATIVO - SUICÍDIO - SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA - APELO DOS AUTORES - Evento morte ocorrido dentro do período de carência de 2 anos - critério objetivo, não mais sendo cabível discussão sobre premeditação - Inteligência da Súmula 610 do Col. STJ - Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJ-SP – APELAÇÃO 1003001-03.2015.8.26.0114, Rel. Des. Maria Cristina de Almeida Bacarim, 29ª Câmara de Direito Privado, DJe 07/06/2018).
8) É válida a Cláusula de Seguro de Vida que afasta a indenização na eventualidade de embriaguez do segurado?
SEGURO DE VIDA X EMBRIAGUEZ DO SEGURADO SÚMULA 620: A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista em contrato de seguro de vida.
9) Cláusula de Plano de Saúde que limita o fornecimento de determinados medicamentos ao paciente é válida? 
Se o medicamento faz parte do tratamento, será

Continue navegando