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Artigo de Direito Administrativo

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3
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO
FACULDADE PIO DÉCIMO
 DIREITO
Ana flávia Ribeiro Lima
 CAIO ALVES DE OLIVEIRA
JANAÍNA BORGES DOS SANTOS
JANDERSON SANTOS GARCIA
KARLA RAQUEL SILVA DOS SANTOS
LILYAN LISBOA SANTOS
PANFILO DE SANTANA NETO
VERONICA MARIA DOS SANTOS VIEIRA
WESLEY BARROS DE REZENDE
Artigo
Processo administrativo disciplinar
ARACAJU - SERGIPE
14
2015
Ana flávia Ribeiro Lima
CAIO ALVES DE OLIVEIRA
JANAÍNA BORGES DOS SANTOS
JANDERSON SANTOS GARCIA
KARLA RAQUEL SILVA DOS SANTOS
LILYAN LISBOA SANTOS
PANFILO DE SANTANA NETO
VERONICA MARIA DOS SANTOS VIEIRA
WESLEY BARROS DE REZENDE
Artigo
Processo administrativo disciplinar
Artigo apresentado à disciplina de Direito Administrativo I ofertada pelo Curso de Direito da Associação de Ensino e Cultura Pio Décimo - Faculdade Pio Décimo, Curso de Direito, como requisito de obtenção de nota extra para 1º bimestre 2015.1
ORIENTADOR:
Prof.Esp. Hermano Santos
ARACAJU - SERGIPE
2015
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3 a 5
2	DESENVOLVIMENTO	6 a 10
3	CONCLUSÃO	14
1 
INTRODUÇÃO: 
O Processo Administrativo Disciplinar (PAD),é utilizado pela administração pública com o intuito de apurar e punir os desvios funcionais de servidores que tenham cometido infrações no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investida (Lei nº 8.112/1990, art. 148).
Por meio do Processo Administrativo Disciplinar, a administração pública Visa à preservação do interesse público e salvaguarda das funções administrativas, quando a autoridade administrativa toma conhecimento dos desvios funcionais coloca em prática o seu poder-dever para apurar devidamente as infrações funcionais cometidas pelos servidores e aplica penalidades aos seus agentes públicos e àqueles que possuem uma relação jurídica com a administração.
O Processo Administrativo não tem só o intuito de apurar a culpabilidade dos servidores, mas também garantir o direito do servidor provar sua inocência e a ampla defesa, é um caminho para uma nova forma de solução dos desvios cometidos pelos servidores públicos.
Após regular processo administrativo, portanto, deve ser sancionado o servidor que, comprovadamente, cometeu ilícitos administrativos. Sanção administrativa, segundo Daniel Ferreira, consiste na “direta e imediata consequência jurídica, restritiva de direitos, de caráter repressivo, a ser imposta no exercício da função administrativa, em virtude de um comportamento juridicamente proibido, comissivo ou omissivo”.
O PAD não surgiu com a intenção de punir, mas de esclarer os fatos, se através das investigações forem comprovado que tais pessoas foram culpadas as mesmas possuirão direitos tais como o direito de ampla defesa, direito este que deverá ser respeitado.
O tema por mais que pareça simples , exige todo um procedimento complexo a ser analizado, por isso, o Prof. Jesué Graciliano da Silva e Prof. Rogério Mello, trazem algumas ideias , para deixar claro como é feito todo a tramitação do processo: 
Qual a finalidade de um PAD? Qual a diferença de uma sindicância?
O PAD deve ter como objetivo precisar a verdade dos fatos, sem a preocupação de incriminar ou absolver indevidamente o servidor acusado. Deve tratar sobre condutas. O PAD é um instrumento utilizado quando há um acusado. No caso da sindicância, normalmente não se conhece a autoria e procura-se fazer a investigação. Ao final, se identificar um suspeito a sindicância vai indicar a abertura de um PAD. A sindicância também pode, a partir da constatação de suspeita de autoria, realizar o inquérito dando direito de ampla defesa ao acusado. Mas isso se a penalidade prevista for no máximo suspensão de até 30 dias. Caso a penalidade prevista seja superior é obrigatória a abertura de um PAD após a conclusão da sindicância.
Quais as principais legislações relacionadas ao PAD?
As leis são 8112/90 e a 9784/99. No entanto há uma série de decisões jurisprudenciais, pareceres vinculantes da AGU e orientações dos demais órgãos de controle que podem e devem ser aplicadas.  Material completo sobre o assunto pode ser encontrado nas apostilas da CGU.
Quais os passos de um processo administrativo disciplinar?
No rito ordinário, primeiro deve-se instaurar o PAD mediante publicação da Portaria pela autoridade instauradora. A comissão deve ser criada respeitando-se os Artigos 149 e 150 da Lei n. 8112/90. Deve-se fazer a notificação prévia do acusado. A seguir devem ser tomados os depoimentos, fazer acareações, realizar as investigações, diligências ou perícias. Deve-se fazer o interrogatório do acusado. Ao final faz-se o enquadramento e indiciação. O acusado deve receber a citação passando à condição de indiciado.  O indiciado tem o direito de realizar defesa escrita. A comissão elabora o relatório conclusivo e o submete à autoridade julgadora, que é responsável pela aplicação da penalidade dentro de sua competência. Se a pena for superior, o processo deve ser encaminhado para o Ministro de Estado para providências cabíveis.  A Figura abaixo foi adaptada de fluxograma disponível no site da CGU.
Em que casos um PAD sofre influência do código penal?
Se o juiz no processo penal disser que a pessoa não é autora do ato isso faz com que a responsabilidade administrativa do servidor seja afastada.  Nesse caso a pessoa pode recorrer na justiça e obter reparação dos danos.
DESENVOLVIMENTO
 A Administração Pública é responsável pelo funcionamento do Estado, por isso, exerce controle sobre suas atividades, bem como seus servidores. Esse poder de controle é denominado de poder disciplinar, que consiste em apurar as infrações administrativas cometidas por seus agentes.
Desta forma, diante do cometimento, pelo servidor público, de falta funcional, cabe à Administração Pública proceder às devidas apurações do ato ilícito, aplicando, se necessária, a punição cabível. 
 Por outro giro, o Estado para proteger o indivíduo o qual representa, viu-se obrigado a criar mecanismos de proteção que se não conseguem estagnar a atração pela obtenção de vantagens em detrimento do cargo público, que pelo menos atenuem ou dificultem a sua prática. Neste raciocínio, existem dois direitos a serem tutelados, os quais necessitam de mecanismos ativos e eficientes que preservem os direitos individuais do funcionário público, bem como a esfera administrativa que visa à prestação de serviço público de qualidade e que atenda os interesses dos administrados. A Lei 8.112/90, que estabelece o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, autarquias e fundações públicas federais, elenca no Título V, tais instrumentos quais sejam: a sindicância e o processo administrativo disciplinar, que são os instrumentos legais para averiguação de falta funcional praticada por servidor público no exercício de suas funções.
 Desde o período imperial, o Processo Administrativo Disciplinar está presente no ordenamento jurídico brasileiro, que em razão da predominância na sociedade das arbitrariedades praticadas pelos governantes e seus servidores, teve suas primeiras menções jurídicas realizadas por volta de 1822. O referido instituto foi ganhando espaço no mundo jurídico no decorrer dos anos, onde teve maior evolução com o advento da Constituição Republicana de 1891, de modo que atualmente a Administração Pública considera essencial no controle de infrações, arbitrariedades e ilicitudes praticadas pelos seus servidores.  No decorrer dos anos, foram criadas as estruturas mais sólidas do processo administrativo disciplinar; como consequência, gerou-se o controle mais efetivo e clarividente de todo o seu
conteúdo, possibilitando, finalmente, que resultassem garantidos o direito à ampla defesa e o direito do contraditório, bem como aos demais princípios informadores do sistema jurídico brasileiro.
Nesta senda, o processo disciplinar passou a ser o meio complexo e democrático de averiguação da responsabilidade de quem supostamente tenha cometidofalta funcional de qualquer natureza contra a Administração Pública.
	São incontáveis as espécies de processos administrativos, entre eles destacam-se o processo de outorga, processo de controle, processo punitivo, de expediente, processo administrativo tributário, entre outros. O processo administrativo disciplinar objetiva averiguar as ações ou
omissões de agentes públicos, ocorridas no seio da Administração Pública, desde que essas condutas sejam consideradas ilícitas e acarretem a aplicação de penas disciplinares. Todavia, o processo disciplinar somente permeia a apuração do ilícito, sendo uma garantia para o servidor público, o qual deve presumir-se inocente até prova em contrário e até que as instâncias administrativas sejam finalizadas. Desta forma, depreende-se que os institutos não se confundem e devem ser mantidas as nomenclaturas distintas. Em concordância com os posicionamentos supratranscritos, insta salientar que o processo administrativo disciplinar é meio pelo qual a Administração Pública dispõe para apuração de faltas graves de servidores públicos, bem como demais pessoas sujeitas ao regime funcional da Administração.
 	 O procedimento em estudo, somente poderá ser instaurado com a clara indicação do autor da transgressão funcional, bem como da materialidade da falta.
 O poder disciplinar não é discricionário, estando vínculado com a lei tendo o objetivo de disciplinar condutas dos agentes administrativos, punindo-as se forem de carácter ilícitas para garantir a proteção ao erário, a moralidade e o bom andamento do serviço público. 
 No caso da subordinação, precedente de outro poder, o hieráquico que mantém uma correlação com o disciplinar, o agente poderá se recusar a cumprir determinada ordem entendendo ser vicíada de ilicitude?
Neste caso, explana Hely Lopes Meireles
 “[...] No tocante a essa questão a doutrina não é uniforme, mas o nosso sistema constitucional , com o declarar que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II), torna claro que o subordinado não pode ser compelido, pelo superior, a praticar ato evidentemente ilegal. O respeito hierárquico não vai ao ponto de suprimir, no subalterno, o senso do legal e do ilegal, do lícito e do ilícito, do Bem e do Mal. Permite-lhe raciocinar e usar de iniciativa no tocante ao desempenho de suas atribuições, e nos restritos limites de sua competência. Daí não lhe ser lícito discutir ou deixar de cumprir ordens senão quando se apresentarem manifestamente ilegais. Somente as que se evidenciarem, ao senso comum, contrárias ou sem base na lei é que permitem ao subalterno recusar-lhes cumprimento. [...]”
 
Diferença entre processo Administrativos Disciplinar e Sindicância:
 O artigo 143 da lei 8.112/90, diz que
“Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa”.
 O Processo Administrativo disciplinar(PAD) é um instrumento utilizado, com objetivo de apurar a verdade dos fatos, a partir do momento que se tem um suspeito.Todavia, o processo administrativo disciplinar, cujo prazo para apuração é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias quando as cincustância o exigir, sendo mais amplo, portanto, pode servir para apuração de responsabilidade de servidor, resultando como possível punibilidade a advertência ou suspensão, e também demissão.
 A instauração do processo administrativo disciplinar tem início com a publicação da portaria que constituiu a comissão processante, composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente instauradora, que indicará dentre eles, o seu Presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.(Lei n.º 8.112/90, art. 149).
		 É obrigatório a participação dos agentes escolhidos, salvo suspeitos ou impedidos. Em contra partida, a autoridade que tiver conhecimento da infração, deve apurá-la logo de pronto.
 A Sindicância por sua vez, é uma investigação feita geralmente antes do PAD, onde não se conhece na maioria dos casos a autoria, podendo resultar no arquivamento do processo, em casos de inexistência de irregularidades ou de impossibilidade de se apurar a autoria; e ainda a aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias; ou instauração de processo administrativo disciplinar.
 Vale ressaltar na constatação do suspeito ela poderá, instaurar um inquérito dando direito a ampla defesa e contraditório, mas só na hipótese da penalidade prevista não for superior a trinta dias, acima desse período é abrigatório a abertura do PAD ao fim da sindicância, é o que dita o art 146 da referida lei :
 “Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar”.
PROCEDIMENTO
O processo administrativo disciplinar não tem uma regra única, basta-lhe que não se viole mandamento constitucional e legal. Vale lembrar que o agente atua na esfera administrativa, motivo pelo qual seus atos, nos processos disciplinares, possam ser corrigidos pelo Poder Judiciário se nutridos de abuso de poder. 
Mesmo com tais variações, é possível delinear a tramitação comum dos processos disciplinares, apontado certa sequência lógica das fases que os compõem.
Este procedimento vem regulamentado na Lei 8.112/90, em seu artigo 143 e seguintes, e deverá seguir alguns princípios, dentre os quais: legalidade objetiva (só há permissivo para a instauração do processo com base na lei), a oficialidade (cabe tão somente à Administração Pública a movimentação do processo administrativo), o informalismo (há dispensa de ritos rigorosos e formas solenes) e a publicidade (acesso aos interessados, devendo demonstrar interesse na causa, ou atuar em defesa de interesse coletivo, ou exercitar direitos à informação, salvo em caso de sigilosidade).
Tem inicio o processo com a instauração, formalizada por portaria que tem como seu conteúdo indicativo da intenção de deflagrar o processo. O ato de instauração deverá conter todos os elementos relativos a infração funcional (servidor acusado, data do ocorrido etc.) para que possa conferir-se ao acusado o direito a ampla defesa e contraditório. 
Segue para fase da instrução, na qual a Administração colhe todos os elementos probatórios que possam respaldar a indicação de que a infração foi cometida pelo servidor. Nessa fase, deve a comissão responsável pela condução do processo disciplinar realizar investigações, diligências e citação do servidor para acompanhar a prova, desde que seja observado o princípio do contraditório. Sua inobservância causaria nulidade absoluta ao processo. Havendo prova testemunhal, tem o servidor direito de formular indagações às testemunhas, podendo o servidor comparecer sozinho ou ser representado por seu advogado munido do necessário instrumento de procuração, retrata uma faculdade conferida ao acusado (Art 3°, IV, da Lei n° 9.784/1999).
Ultima a instrução, é o momento de abrir a fase da defesa do servidor, fase essa eu poderá apresentar razões escritas e requerer novas provas, se as da instrução não forem suficientes. 
Concluída essa fase, segue-se a do relatório, peça formal realizada pela comissão processante, na qual deve ficar descrito tudo que ocorreu no processo. Descritos todos os elementosa comissão deverá expor suas opiniões de forma fundamentada, esse fundamentos são de suma importância pois serve para ser utilizada pela autoridade decisória motivar sua decisão, esta sim a última fase do processo, seja para aplicar a sanção ao servidor, seja para concluir que a hipótese não é a apenação. 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
Questão que tem suscitado funda controvérsia diz respeito à interrupção da prescrição da pretensão punitiva, quanto instaurada a sindicância ou o processo disciplinar, sendo que a interrupção perdura até a decisão final proferidas pela autoridade administrativa, conforme figura em alguns estatutos funcionais. 
A norma, tal como apresentada, parece permitir que a interrupção se prolongue até o infinito, bastando, para tanto, que não seja proferida decisão no respectivo processo administrativo. Se assim fosse, seria imperioso reconhecer a total inexistência de proteção do servidor público, sujeito a uma prescrição que dependeria da conclusão do processo.
Entretanto, quando o processo disciplinar é sujeito a prazos fixados na lei, e nesse caso está o Estatuto federal, o prazo prescricional volta a correr após o período conferido à Administração para concluir o processo. Ocorre, no caso, a prescrição intercorrente. Nesse sentido se têm orientado os Tribunais e a doutrina.
MEIOS SUMÁRIOS
	Tradicionalmente os autores, na matéria pertinente ao poder disciplinar do Estado, têm feito referência aos chamados meios sumários, que seriam instrumentos céleres e informais para a apuração de infrações funcionais e para a aplicação de sanções. É clássico, por exemplo, o ensinamento de Helly Lopes Meirelles de que haveria três meios sumários de penalização: a sindicância, a verdade sabida e o termo de declarações. Pela sindicância, haveria rápida apuração e apenação. A verdade sabida é a hipótese em que a autoridade toma conhecimento pessoal da infração, ou quando a infração é de conhecimento público. E o termo de declarações se traduz pelo depoimento do servidor, que, confessando a prática da infração, se sujeita à aplicação de sanção.
	Essas formas sumárias de apuração, contudo, não mais se compatibilizam com as linhas atuais da vigente CF. Ar normas constantes de estatutos funcionais que as preveem não foram recepcionadas pela CF/88, que foi peremptória em assegurar a ampla defesa e o contraditório em processos administrativos onde houvesse litígio, bem como naqueles em que alguém estivesse na situação de acusado.
	Quanto à sindicância sumária, não pode gerar punição, logo, não mais serve como meio sumário de punição. A verdade sabida e o termo de declarações, a seu turno, também não dão ensejo a que o servidor exerça seu amplo direito de defesa. Não há guarida, portanto, para tais mecanismos de apuração em face da atual Constituição. Aliás, nem se precisa ir muito longe. A cada momento em que um servidor é tido como merecedor de sanção, é lógico que a Administração o está acusando da prática de uma infração. Se é acusado, tem o direito à ampla defesa e ao contraditório. Mesmo que a infração seja leve e possa causa a uma mera advertência, deve instaurar-se o processo disciplinar e proporcionar o regular contraditório.
	Conclusão
Assim, a partir das informações desenvolvidas é possível concluir que o PAD, tem o obejtivo de apurar as infrações , os atos ilícitos realizados pelos seus funcionários públicos no exercício de suas funções ou até mesmo qualquer pessoa que esteja vinculada a Administração Pública ,pois estes estão subordinados as normas de funcionamento e disciplina do Estado. O poder disciplinar é o inicio de toda a coordenação e estruturação para que os agentes públicos exerçam suas atividades de maneira celére e caso venha a acontecer o descumprimento de qualquer norma que foi estabelecida , este servidor será submetido ao Processo Adminstrativo Disciplinar e responsabilizado pelas suas faltas cometidas. 
Além dos indiciamentos que são feitos em relação ao agente que realizou a conduta ilegal, é possível observar que estes servidores possuem direitos, garantindo-os a ampla defesa e o contraditório, isto é, uma defesa escrita,para que possam esclarecer as eventuais acusações. Enfim, o PAD é um sistema complexo como todos os outros, com finalidades próprias, destinados a fins expecíficos que são justamente as apurações das infrações dos funcionários.
Bibliografia:
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manuel de direito administrativo/ José dos Santos Carvalho Filho. – 25. Ed. Ver., ampl. E atual. até a Lei nº 12.587, de 3-1-2012. – São Paulo: Atlas, 2012.
Site (links): 
http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14013
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3601

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