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PORTFÓLIO VERSÃO FINAL - TCC - Rafael Rocha Segundo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE 
E SECRETÁRIO EXECUTIVO CURSO DE BACHARELADO EM 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
RAFAEL ROCHA SEGUNDO 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA GESTÃO PÚBLICA NA IMPLEMENTAÇÃO 
DA LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: O CASO DO MUNICÍPIO 
DE RUSSAS-CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RUSSAS 
2020
 
 
 
 
RAFAEL ROCHA SEGUNDO 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA GESTÃO PÚBLICA NA 
IMPLEMENTAÇÃO DA LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: O 
CASO DO MUNICÍPIO DE RUSSAS-CE 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Coordenação 
do Curso de Graduação em 
Administração Pública da Universidade 
Federal do Ceará/Faculdade de 
Economia, Administração, Atuária, 
Contabilidade e Secretariado Executivo, 
para obtenção do grau de bacharel em 
Administração Pública. 
 
Orientador: Prof. Esp. Luís Moreira de 
Oliveira Filho 
 
 
 
 
 
 
 
RUSSAS 
2020
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo, Rafael Rocha, - 1982 
Os desafios enfrentados pela gestão pública na implementação da Lei Geral 
das Micro e Pequenas Empresas: o caso do município de Russas-CE / Rafael 
Rocha Segundo - 2020. 
44 f.: 30 cm 
 
Orientador: Luís Moreira de Oliveira Filho 
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Federal do 
Ceará, Curso de Administração Pública, 2020. 
 
1. Lei geral. 2. Micro e pequenas empresas. 3. Políticas públicas. I. Filho, Luís 
Moreira de Oliveira. II. Universidade Federal do Ceará. III. Os desafios 
enfrentados pela gestão pública na implementação da Lei Geral das Micro e 
Pequenas Empresas: o caso do município de Russas-CE. 
 
 
 
 
RAFAEL ROCHA SEGUNDO 
 
 
OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA GESTÃO PÚBLICA NA 
IMPLEMENTAÇÃO DA LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: O 
CASO DO MUNICÍPIO DE RUSSAS-CE 
 
 
Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Graduação em Administração, 
como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de bacharel em Administração 
Pública, outorgado pela Universidade Federal do Ceará e encontra-se à disposição dos 
interessados na Biblioteca da referida Universidade. 
 
 
A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita de acordo com 
as normas de ética científica. 
 
Aprovado em: _____/_____/2020 
 
 
__________________________________________________________ 
Prof. (a). .................................................................... .............................… 
Orientador 
 
 
__________________________________________________________ 
Prof. (a). .................................................................... .............................… 
Membro 
 
 
_____________________________________________________________ 
Prof. (a) Ms . .................................................................... .............................… 
Coordenador (a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À minha família: meus pais (Segundo e 
Amélia) e meus irmãos (Kayro, Bruno e 
Hicaro), que de maneira natural me 
ensinam diariamente que o bom é ser feliz 
hoje, e não só amanhã.
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Aos meus pais Francisco Pereira Segundo e Amélia Maria da Rocha Segundo, 
pelo amor incondicional e pela paciência. Por terem feito o possível e o impossível para 
me oferecerem a oportunidade de estudar, acreditando e respeitando minhas decisões e 
nunca deixando que as dificuldades acabassem com os meus sonhos, serei imensamente 
grato; 
 Aos meus irmãos queridos, João Kayro, Bruno Rocha e Hicaro Rocha, que 
contribuíram com palavras de carinho, incentivos, companheirismo, e que com certeza 
nas horas de “aperto” estavam sempre de prontidão para me auxiliar; 
 Aos meus sobrinhos, que em muitos finais de semana me proporcionaram 
carinho e momentos de alegria, fazendo eu até esquecer as minhas ansiedades e angústias. 
 À todos os familiares, tios, tias e primos que torceram e acreditaram na 
conclusão deste curso, fico muito grato; 
 Ao meu orientador, Prof. Esp. Luís Moreira de Oliveira Filho, pela seriedade 
e competência, paciência e compreensão, por estar presente nos momentos de dúvida, por 
me dar abertura para caminhar com meus próprios pés no trabalho, mas também por 
chamar atenção nos momentos de incertezas; 
 Aos professores e tutores do curso, pelo conhecimento transmitido, mesmo à 
distância; 
 Aos colegas da turma de graduação, que, ajudando e incentivando, tornaram 
a jornada mais leve e prazerosa; 
 À Banca Examinadora da defesa, que soube apontar minhas falhas e meus 
avanços, contribuindo para enriquecer esse trabalho; 
 Ao Sebrae-CE por ter me apoiado neste desafio e me subsidiar com ricas 
informações teóricas e práticas que compõem parte deste Trabalho; 
 A todos os empreendedores e atores locais do município de Russas que 
participaram desta pesquisa; 
 Agradeço a todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, 
mesmo que indiretamente, para a conclusão deste curso. 
 E, acima de tudo, a Deus, que me concedeu esta oportunidade de estudo e que 
durante este período me deu forças e sabedoria para chegar até o término de mais uma 
jornada. 
 A todos minha gratidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Se algum dia vocês forem surpreendidos 
pela injustiça ou pela ingratidão, não 
deixem de crer na vida, de engrandecê-la 
pela decência, de construí-la pelo 
trabalho." 
Edson Queiroz
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo teve como objetivo investigar os desafios enfrentados pela gestão 
pública na implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas empresas no município de 
Russas, no interior do Estado do Ceará. Este estudo teve como objetivos específicos 
examinar a legislação existente em prol da implementação da Lei Geral das Micro e 
Pequenas Empresas; levantar informações sobre os principais desafios referente a 
implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no município e propor ações 
e programas para a implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no 
município. Para atingir o objetivo da pesquisa foi realizada, primeiramente, uma pesquisa 
bibliográfica, optando-se por um estudo exploratório-descritivo e uma abordagem 
qualitativa. Foi feita uma pesquisa de campo no município de Russas/CE por meio de 
entrevista com 3 órgãos ligados diretamente com a implementação da Lei Geral das Micro 
e Pequenas no município. Os objetivos geral e específicos foram atingidos, pois se 
verificou que a gestão pública ao longo dos 14 anos de promulgação da Lei ainda não 
conseguiu implementá-la efetivamente. 
 
 
Palavras-chave: lei geral; micro e pequenas empresas; políticas públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This study aimed to investigate the challenges faced by public management in the 
implementation of the General Law of Micro and Small Enterprises in the municipality 
of Russas, in the interior of the State of Ceará. The specific objectives of this study were 
to examine existing legislation in support of the implementation of the General Micro and 
Small Business Act; to gather information on the main challenges regarding the 
implementation of the General Micro and Small Business Act in the municipality and to 
propose actions and programs for the implementation of the General Micro and Small 
Business Act in the municipality. To achieve the research objective, a bibliographical 
research was first performed, opting for an exploratory-descriptive study and a qualitative 
approach. A field survey was conducted in the municipality of Russas/CE through an 
interview with 3 agencies directly connected with the implementation of the General Law 
of Micro and Smallin the municipality. The general and specific objectives were 
achieved, as it was found that public management over the 14 years of enactment of the 
Law has not yet been able to implement it effectively. 
 
 
Key Words: general law; micro and small enterprises; public policies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABM Associação Brasileira dos Municípios 
CNM Confederação Nacional de Municípios 
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 
EPP Empresas de Pequeno Porte 
FMI Fundo Monetário Internacional 
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LOA Lei de Orçamento Anual 
ME Microempresas (ME) 
MPEs Micro e Pequenas Empresas 
ONGs Organizações Não Governamentais 
PDP Plano Diretor Participativo 
PIB Produto Interno Bruto 
PPA Plano Plurianual 
RAIS Relação Anual de Informações Sociais 
SCO Sociedade Civil Organizada 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 15 
2.1 Políticas Públicas ...................................................................................................... 15 
2.1.1 Conceitos de Políticas Públicas ............................................................................. 15 
2.1.2 Os Atores das Políticas Públicas ........................................................................... 16 
2.1.3 As Políticas Públicas Municipais .......................................................................... 17 
2.2 Micro e Pequenas Empresas ..................................................................................... 18 
2.2.1 Conceitos ............................................................................................................... 18 
2.2.2 Representatividade das Micro e Pequenas Empresas ........................................... 18 
2.3 Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas ............................................................... 19 
2.3.1 A importância da Lei Geral para os Municípios..................................................... 21 
2.3.2 Finalidade Social ................................................................................................... 22 
2.3.3 Finalidade Econômica ............................................................................................ 22 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................................. 24 
3.1 Tipo de Pesquisa ........................................................................................................ 24 
3.2 Caracterização do Município ..................................................................................... 26 
3.3 População e Amostra ................................................................................................. 26 
3.4 Instrumento e Coleta de Dados .................................................................................. 26 
3.5 Análise de Dados ....................................................................................................... 27 
3.6 Aspectos Éticos e Legais ........................................................................................... 28 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 29 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 37 
APÊNDICES ................................................................................................................... 41 
APÊNDICE A – TERMO DE ANUÊNCIA .................................................................. 42 
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .......... 43 
APÊNDICE C – FORMULÁRIO ................................................................................... 44 
 
13 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A necessidade de políticas públicas nasce com os problemas enfrentados pela 
a população e com a identificação desses pela gestão pública. Como resposta às 
necessidades do coletivo, a gestão pública, por meio do desenvolvimento de ações e 
programas, busca a cada dia alcançar a diminuição da desigualdade social. 
 As políticas públicas são necessárias para incentivar não somente o 
desenvolvimento econômico e social de países, mas também de seus estados e 
municípios. Cavalcanti-Bandos e Carvalho Neto (2010) afirmam que as políticas públicas 
são planejadas e implementadas pelo Estado para resolver um fato ou problema, com o 
objetivo de desenvolver a sociedade e gerar o bem comum. 
 O gestor público pode contribuir com o desenvolvimento local ajudando os 
pequenos negócios com a aplicação das ações prevista na Lei Geral da Micro e Pequena 
Empresa. Os gestores municipais – prefeito, vereadores, agente de desenvolvimento e 
secretário de desenvolvimento – podem e devem serem grandes parceiros dos cidadãos 
que querem empreender. 
 As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) desempenham um papel fundamental 
e relevante para a dinâmica social e econômica nacional. Dados do SEBRAE (2020) 
revelam que no Brasil, as Micro e Pequena Empresas respondem por cerca de 30% da 
produção de riqueza do País, e esse valor adicionado tem se mostrado consistente ao longo 
dos anos. 
 Percebe-se nos últimos dez anos, a ativa participação das Micro e Pequenas 
Empresas (MPEs) na economia do país, assim como o seu papel na geração de empregos 
e arrecadação de impostos, especialmente em momentos de crise. 
 A Política de Micro e Pequena Empresa, chamada de Lei Geral, conforme 
caput da lei, tem por finalidade o tratamento diferenciado dessas organizações e suas 
diretrizes a esse grupo estão voltadas para a simplificação de arrecadação de impostos e 
das obrigações trabalhistas, acesso ao crédito e ao mercado, à tecnologia, ao 
associativismo e às regras de inclusão (BRASIL, 2006). 
 O gestor ao implementar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aumenta 
as compras públicas de produtos e serviços locais, por outro lado o cidadão recebe apoio 
e se sente encorajado em empreender, formaliza o seu negócio, aproveitas as 
oportunidades de capacitação, aumenta a produção, investe em qualidade, contrata novos 
funcionários, com isso, movimenta a economia e recolhe tributos para o município que é 
14 
 
 
 
revertido em saúde, educação, infraestrutura, iluminação pública, esporte e outras áreas 
de interesse da população. 
 Segundo o Fundo Monetário Internacional – FMI, citado por Vilhena, (2019), 
para cada R$ 1,00 (um real) investido em compras governamentais para micro e pequeno 
negócio o município recebe de volta R$ 1,70 (um real e setenta centavos) por meio de 
geração de novos empregos, renda e circulação de dinheiro na economia local, é 70% 
(setenta por cento) de retorno para o município. 
 Percebe-se que se este recurso permanece no território, o retorno é de forma 
direta incrementada na economia do próprio município e isto ocorre como recolhimento 
demais tributos pelo aumento de circulação de renda no território e atração de novos 
empreendimentos em virtude do crescimento econômico do município. 
 Diante disso, o acesso às políticas públicas voltadas para as Micro e Pequenas 
Empresas é importante para o desenvolvimento local, a geração de emprego e renda. 
Nessa perspectiva, o presente trabalho possui o seguinte questionamento: quais os 
desafios encontrados pela Gestão Pública do Município de Russas em efetivar a Lei 
Geral das Micro e Pequenas Empresas. 
 Baseado nessas informações, o estudo teve comoobjetivo geral, analisar os 
desafios enfrentados pela Gestão Pública na implementação da Lei Geral das Micro e 
Pequenas Empresas no município de Russas, no Estado do Ceará. 
 Os objetivos específicos são: (i) examinar a legislação existente em prol da 
implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas; (ii) levantar informações 
sobre os principais desafios referente a implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas 
Empresas no município; (iii) propor ações e programas para a implementação da Lei 
Geral das Micro e Pequenas Empresas no município. 
 Nesse sentido foi realizada uma pesquisa de campo no município de 
Russas/CE. Para atingir o objetivo da pesquisa foi realizada, primeiramente, uma pesquisa 
bibliográfica, optando-se por um estudo exploratório-descritivo e uma abordagem 
qualitativa, com uso de entrevista direcionadas com órgãos e instituições públicas e 
privadas ligadas diretamente as Micro e Pequenas Empresas. 
 Pretende-se com este estudo, além da importância de avaliar as políticas 
públicas para o município, apresentar aos gestores públicos municipais a importância da 
regulamentação no âmbito do Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno para 
o desenvolvimento do empreendedorismo local, apresentando um histórico de ação que 
15 
 
 
 
justifica a adoção deste marco regulatório, bem como demonstrar o auxílio que esse 
instrumento provoca na melhoria do ambiente de negócios no município. 
 O presente estudo é importante não apenas como meio de averiguar como a 
Gestão Pública entende e reage à legislação de implementação da Lei Geral, mas também 
para conhecer quais os benefícios que, de fato, são importantes para o real 
desenvolvimento econômico local. 
 O trabalho está organizado em cinco seções, incluindo esta introdução 
compondo a primeira seção. Na segunda seção é apresentado o referencial teórico do 
estudo, abordando os temas relacionados às políticas públicas para as Micro e Pequenas 
Empresas ressaltando a sua importância e necessidade de implementação ao nível do 
município. Em seguida, na terceira seção, é apresentada a metodologia do estudo, 
expondo os métodos de classificação, coleta e análise dos dados da pesquisa. Na quarta 
seção são apresentados os dados da pesquisa e as discussões relativas ao tema. Por fim, 
na quinta e última seção, são apresentadas as considerações finais do estudo. 
 
16 
 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 Nesta seção serão apresentados um breve histórico, conceitos e abordagens 
teóricas sobre o Políticas Públicas, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, 
contemplando informações sobre Micro e Pequenas Empresas (MPEs), assim como sua 
importância social e econômica, a fim de fundamentar o presente estudo e auxiliar no 
alcance dos objetivos propostos. 
 
2.1 Políticas Públicas 
 
2.1.1 Conceitos de Políticas Públicas 
 
 A função que o Estado desempenha em nossa sociedade sofreu inúmeras 
transformações ao passar do tempo. No século XVIII e XIX, seu principal objetivo era a 
segurança pública e a defesa externa em caso de ataque inimigo (SEBRAE, 2008). 
 O governo brasileiro, assim como de outros países tem reconhecido a 
importância das políticas públicas de fomento ao empreendedorismo por vários motivos, 
entre eles: redução da pobreza, necessidade de aumento de arrecadação fiscal, incentivo 
a inovação e formalização de negócios (VALE; CORRÊA; REIS, 2014; SOUZA et al. 
2016). 
 Para atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar da 
sociedade, os governos se utilizam das Políticas Públicas que podem ser definidas da 
seguinte forma: Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, 
voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade (SEBRAE, 2008). 
 Dito de outra maneira, as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas 
e planos que a Gestão Pública traça para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse 
público, sendo preciso sempre levar em consideração as demandas da sociedade que são 
apresentadas aos dirigentes públicos por meio de grupos organizados, no que se denomina 
de Sociedade Civil Organizada (SCO), a qual inclui, conforme apontado acima, 
sindicatos, entidades de representação empresarial, associação de moradores, associações 
patronais e Organizações Não Governamentais - ONGs em geral (SEBRAE, 2008). 
 É importante ressalvar, entretanto, que a existência de grupos e setores da 
sociedade apresentando reivindicações e demandas não significa que estas serão 
atendidas, pois antes disso é necessário que as reivindicações sejam reconhecidas e 
17 
 
 
 
ganhem força ao ponto de chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
 O significado de política pública é tratado por Santos e Olalde (2014) apud 
Silveira e Ávila (2014), explicitando que se trata de uma intervenção estatal em relação a 
um determinado fato ou problema que atraiu a atenção do poder público e que precisa, da 
parte deste, de reconhecimento, de análise e elaboração de alternativas que venham 
proporcionar as melhorias necessárias. 
 Percebe-se a importância das políticas públicas como um instrumento que 
proporciona o bem comum e serve para assegurar os direitos dos cidadãos, 
proporcionando benefícios a toda população, que está à mercê de problemas sociais como 
educação precária, falta de saneamento básico, segurança pública, emprego, entre outros. 
Assim sendo, cabe ao governo desenvolver ações que visem minimizar os problemas 
existentes na sociedade. 
 
2.1.2 Os Atores das Políticas Públicas 
 
 De acordo com o SEBRAE (2008) os Atores das Políticas Públicas são 
aquelas pessoas que integram o Sistema Político, apresentando reivindicações ou 
executando ações, que serão transformadas em Políticas Públicas. 
 Segundo Secchi (2013), os atores podem ser indivíduos ou instituições que 
influenciam os processos de políticas públicas: governamentais (burocratas, juízes, 
políticos e outros) e não governamentais (grupos de interesse, partidos políticos, meios 
de comunicação, destinatários das políticas, organizações do terceiro setor, organismos 
internacionais, pesquisadores, especialistas, associações de classe e outros). 
 No processo de discussão, criação e execução das Políticas Públicas, 
encontramos basicamente dois tipos de atores: os ‘estatais’ (oriundos do Governo ou do 
Estado) e os ‘privados’ (oriundos da Sociedade Civil). Os atores estatais são aqueles que 
exercem funções públicas no Estado, tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por 
tempo determinado (os políticos), ou atuando de forma permanente, como os servidores 
públicos (que operam a burocracia) (SEBRAE, 2008). 
 Os atores governamentais são os servidores públicos, uma vez que 
estabelecem e gerenciam as ações necessárias à implementação e os principais 
responsáveis pelas atividades do cotidiano da administração pública. Já os não 
18 
 
 
 
governamentais fazem parte do subsistema político, como conselhos gestores, 
organizações não governamentais, entre outros (HOWLETT, RAMESH e PERL, 2013). 
 
2.1.3 As Políticas Públicas Municipais 
 
 Para um município ser capaz de criar e gerenciar Políticas Públicas de 
qualidade é necessário, além dos recursos financeiros, planejamento de longo prazo. Ou 
seja, é importante que os atores políticos definam um objetivo e o melhor caminho para 
alcançá-lo. Isso facilitará a elaboração e execução das políticas, bem como permitirá uma 
integração entre elas, evitando ações contraditórias por parte da administração (SEBRAE, 
2008). 
 Em sua obra, Ferreira (2000, p. 19) afirma que é no município em que a tarefa 
do governo tem uma proximidade maior com o cidadão, e por isso o governo local deveria 
propor formas de desenvolvimento e política públicas que fossem voltadas para a 
sustentabilidade. 
 Os instrumentos de planejamento municipal são variados. Dentre eles, 
podemos citar o Plano Diretor Participativo (PDP),o Plano Plurianual (PPA), a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA). Todos estes são 
instrumentos de “Políticas Públicas” (SEBRAE, 2008). 
 O Plano Diretor é uma lei municipal – obrigatória para municípios com 
população superior a vinte mil habitantes, que integram regiões metropolitanas, ou que 
sejam de interesse turístico, ou ainda, que estejam situados em áreas de influência de 
empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental – cuja função é 
estabelecer as diretrizes de ocupação da cidade (SEBRAE, 2008). 
 O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária 
Anual são os elementos legislativos que compõem o sistema orçamentário brasileiro, 
instituídos pela Constituição Federal de 1988 para a União, e pelas Leis Orgânicas para 
os municípios (SEBRAE, 2008). 
 O Plano Plurianual estabelece os projetos e os programas de longa duração, 
definindo objetivos e metas da ação pública para um período de quatro anos – iniciando 
sua vigência no segundo ano de mandato e terminando no primeiro ano do mandato 
seguinte, é nele que se estabelecem as Políticas Públicas. Essa peça orçamentária guiará 
a formação da Lei de Diretrizes Orçamentárias que, por sua vez, orientará a elaboração 
19 
 
 
 
da Lei Orçamentária Anual, que destinará os recursos para as ações governamentais 
inseridas nas Políticas Públicas. (SEBRAE, 2008). 
 Percebe-se aqui a necessidade de ressaltar a importância dos diversos 
segmentos sociais na elaboração do processo orçamentário do município, desde seu 
planejamento nas audiências públicas para construção do PPA. 
 
2.2 Micro e Pequenas Empresas 
 
2.2.1 Conceito 
 
 Segundo a definição da Lei Geral das MPEs (Lei no 123/2006), as 
microempresas são as que possuem um faturamento igual ou inferior a R$ 360 mil por 
ano. Já as empresas de pequeno porte devem faturar entre R$ 360 mil e igual ou inferior 
a R$ 4,8 milhões. (BRASIL, 2006). 
 Outro critério utilizado para dimensionar as micro e pequenas empresas, 
baseia-se no número de funcionários, que varia segundo diferentes autores. Na indústria, 
as microempresas possuem menos de vinte funcionários e as pequenas empresas podem 
chegar a até noventa e nove colaboradores. Já no comércio e nos serviços esses limites 
são de até nove funcionários nas microempresas e até quarenta e nove funcionários nas 
pequenas empresas (SEBRAE apud DOLABELA, 2002). 
 
2.2.2 Representatividade das Micro e Pequenas Empresas 
 
 As Micro e Pequenas Empresas desempenham papel fundamental e cada vez 
mais relevante para a economia do Brasil, com crescimento consistente da sua 
participação na renda gerada nos últimos 30 anos. De acordo com o SEBRAE (2020, p. 
6), essa tendência também ocorre nos estados brasileiros, contudo, os dados analisados 
apontam para um comportamento heterogêneo da participação das MPEs, indicando que 
em alguns estados estas empresas assumem uma maior importância na economia. A 
participação das MPEs varia de 21% a 46% do valor adicionado das economias dos 
estados e em 17 unidades da federação se observa um crescimento nessa participação 
entre o período de 2014 e 2017. 
20 
 
 
 
 Conforme o “Manual de Desenvolvimento Dos Municípios (2011)”, 
atualmente as MPEs representam 99,1% das empresas urbanas, 85% dos 
estabelecimentos rurais do país, 25% do Produto Interno Bruto - PIB, gerando 14 milhões 
de empregos, o que significa 60% do emprego formal no país, respondendo, ainda, por 
99,8% das empresas que são criadas a cada ano. 
 Segundo a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), entre 2000 e 2010, 
o número de empresas no Brasil cresceu 47%, alcançando 6,1 milhões de negócios. Na 
mais recente avaliação do Banco Mundial, o Brasil cria 316.000 novos negócios por ano, 
permanecendo em terceiro lugar como o país mais empreendedor do mundo. 
 
2.3 Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas 
 
 Os termos microempresa e pequena empresa por muito tempo foram 
utilizados sem nenhuma distinção, devido às semelhanças existentes entre esses pequenos 
negócios. Assim, com o intuito de definir as diferenças entre micro e pequenas empresas, 
foi criada a Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, sendo conhecida 
também como Lei Geral da Micro e Empresa de Pequeno Porte. Esta lei instituiu o regime 
tributário específico para os pequenos negócios, com: redução da carga de impostos; 
simplificação e desburocratização dos processos de cálculo e recolhimento; facilidade no 
acesso ao mercado, ao crédito e à justiça; estimulando à inovação e à exportação. 
 A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas reflete um novo panorama para 
o desenvolvimento econômico do Brasil, é o Estatuto Nacional das Microempresas e das 
Empresas de Pequeno Porte, instituída pela lei Complementar nº 123, de14 de dezembro 
de 2006. Na prática, é uma política pública de desenvolvimento sustentável firmado entre 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que proporcionam as 
Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP) tratamento diferenciado e 
favorecido ao segmento que mais gera emprego e renda no país, ratificando os termos dos 
artigos 146,170 e 179 da Constituição Federal de 1988 (SOUTO, 2017). 
 Devido à importância e relevância das MPEs, a Lei 123/2006 concedeu ás 
empresas um tratamento diferente que contribuiu para o crescimento das mesmas. Dessa 
forma, a classificação do porte de MPE pode ser feita com base em dois critérios, tanto 
pela quantidade de pessoas ocupadas na empresa quanto pela receita bruta auferida 
(LOPES, 2019). 
21 
 
 
 
 De acordo com Tavares (2007), a Lei Geral foi umas das primeiras políticas 
públicas brasileira que tiveram o intuito de favorecer as micro e pequenas empresas, que 
atuam tanto na esfera federal, quanto na estadual, distrital e municipal. O principal 
objetivo da Lei Geral é fomentar a criação de um ambiente favorável e competitivo de 
negócios, reduzindo a informalidade, gerando inclusão social, incentivando a inovação 
tecnológica, promovendo a distribuição de renda e benefícios para toda a sociedade. Os 
benefícios criados pela Lei Geral, a exceção do tratamento tributário diferenciado, 
aplicam-se também ao produtor rural, pessoa física e ao agricultor familiar. 
 Percebe-se que a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 
123/2006) é uma ferramenta de grande poder para o desenvolvimento local e territorial 
mediante a criação de um ambiente favorável para os pequenos negócios nos municípios 
por meio de sua implementação e foi criada para regulamentar o tratamento diferenciado 
que deve ser dado às micro e pequenas empresas, previsto na Constituição. 
 As pequenas e micro empresas são uma das principais bases de sustentação 
da economia brasileira, quer pela sua enorme capacidade geradora de empregos, quer pelo 
representativo número de estabelecimentos desconcentrados geograficamente. 
 
O papel das Micro e Pequenas Empresas tem sido discutido e muitos países 
têm intensificado os investimentos para esses empreendimentos, que são 
responsáveis na maioria dos países desenvolvidos pela maioria da produção 
industrial e também do oferecimento de novos postos de trabalho. (SILVA, 
2004, p. 30) 
 
 As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) afetam positivamente a economia 
criando oportunidades de trabalho, produtividade e inovação, gerando mais empregos do 
que as empresas com 100 ou mais funcionários (BARROS; PEREIRA, 2008). 
 De acordo com SEBRAE (2017), as microempresas e empresas de pequeno 
porte representam 99% dos empreendimentos no Brasil, as MPEs são responsáveis por 
52% dos empregos com carteira assinada no setor privado, contudo, apesar de 
representarem essa grande movimentação no mercado e serem de importante relevância 
para o país, ainda apresentam desigualdades nas contratações públicas comparadas as 
empresas de médio e grande porte, sendo a falta da aplicabilidadeda Lei um forte 
agravante para que a maioria delas não tenham o devido privilégio nas licitações. 
 Estudos acadêmicos nacionais e internacionais, como os destacados por 
Wennekers e Thurik (1999) e Dolabella (2003), ressaltam a importância das MPEs no 
desenvolvimento econômico local, haja vista as contribuições nas taxas de 
22 
 
 
 
empregabilidade, desenvolvimento de tecnologias e geração de produtos e serviços que 
agregam valor econômico e estimulam a dinâmica desses empreendimentos. 
 Desde que foi criada em 2006, a Lei Geral das Microempresas e Empresas de 
Pequeno Porte, já atravessou quatro rodadas de alteração, mas permanece com o objetivo 
de contribuir para o desenvolvimento e a competitividade das microempresas e empresas 
de pequeno porte brasileiras, como estratégia de geração de emprego, distribuição de 
renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia. 
 
2.3.1 A importância da lei geral para os municípios 
 
 Todo gestor público empreendedor está comprometido com a tarefa de 
promover o desenvolvimento do município. Atuar como chefe do Poder Executivo é a 
sua grande chance de transformar para melhor a realidade local e a Lei Geral das Micro 
e Pequenas empresa é o caminho certo a seguir. 
 As microempresas e empresas de pequeno porte representam uma parcela 
expressiva do setor produtivo nacional – cerca de 98% das empresas em funcionamento. 
Representam, também, aproximadamente 80% da força de trabalho e respondem por 42% 
da massa salarial do País. O grande espaço das micro e pequenas empresas (MPEs) na 
economia nacional implica a necessidade de combater as carências do segmento. Estão 
entre os principais problemas do segmento: dificuldades de acesso ao crédito, à tecnologia 
e à inovação de processos, falta de capacitação gerencial, baixa capacidade para obter 
informação e oneração tributária e burocrática para a condução dos negócios no mercado 
interno e externo. (SEBRAE, 2008). 
 A implementação de políticas públicas deve buscar promover condições 
dignas à população, garantindo os direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição 
Federal de 1988, “[…] a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 1988). 
 A implementação é um dos elementos mais complexos, mas também mais 
decisivos do processo de políticas públicas, já que é nesta fase que as políticas encontram 
a realidade e produzem (idealmente) os resultados e impactos necessários para resolver, 
mitigar ou prevenir os problemas ou questões que motivaram a sua formulação (Hill e 
Hupe, 2009). 
 
23 
 
 
 
 
2.3.2 Finalidade Social 
 
 É comum, principalmente nos municípios de pequeno e médio porte, existir 
um contingente de pessoas dependentes de programas sociais e que contam com o Poder 
Público para suprir suas necessidades básicas de subsistências (AZEVEDO, 2014). 
 Uma demonstração clara de que o desenvolvimento está chegando a uma 
cidade ou região é a diminuição paulatina do número de beneficiários dos programas 
sociais municipais, estaduais e federais, pelo fato de as pessoas conseguirem fonte de 
renda própria, seja pela obtenção de um emprego em MPEs ou por abrirem um pequeno 
negócio (AZEVEDO, 2014). 
 Além disso, os pequenos empreendimentos são importantes geradores do 
primeiro emprego, trazendo para o mercado de trabalho jovens e adultos sem experiência 
e qualificação profissional inicial e, com isso, promovem a inclusão produtiva de parcela 
da população normalmente excluída da economia formal (CNM, 2012). 
 
2.3.3 Finalidade Econômica 
 
 O desenvolvimento de uma cidade decorre do dinamismo dos setores 
econômicos que a compõem, por isso qualquer ação pública que vise a ativar a economia 
local deve contar com uma iniciativa privada forte. 
 As micro e pequenas empresas, são efetivas na alavancagem da economia 
local, pois todos os benefícios gerados permanecem no município. Tanto o recrutamento 
de empregados quanto a compra de matérias-primas, o pagamento de impostos e a 
reinversão dos lucros ocorrem no município (ABM, 2015), é fundamental, portanto, que 
os municípios tenham uma política de apoio à micro e pequena empresa, como estratégia 
de fortalecimento da economia local e de promoção de bem-estar da população. 
 Conforme Azevedo (2014), nos municípios onde os empreendedores são 
estimulados a abrir e formalizar o seu negócio, o resultado natural é o aumento da base 
de contribuintes pessoas jurídicas, levando ao aumento da arrecadação de impostos 
diretos e indiretos. 
 Além dos aspectos destacados acima, Azevedo (2014), destaque que, os 
empreendimentos de pequeno porte fortalecidos contribuem para: 
24 
 
 
 
 Reduzir a necessidade de atração de médias e grandes empresas para gerar 
emprego; 
 Diminuir o êxodo de empreendedores para outras cidades; 
 Manter os recursos financeiros girando na economia local; 
 Gerar investimentos duradouros. 
 
 Percebe-se e conforme a ABM (2015), os pequenos negócios são a base 
econômica da cidade: propiciam emprego e renda, pagam tributos e criam um ambiente 
urbano diversificado e atraente para o pedestre, condição indispensável para evitar a 
decadência das áreas centrais e manter a qualidade de vida dos moradores. 
 Conforme o Confederação Nacional de Municípios - CNM (2012, p. 14) na 
maior parte das cidades brasileiras, os pequenos empreendimentos urbanos e rurais 
representam de 99 a 100% das atividades empresariais. Esta realidade é ainda mais 
presente nas cidades com menos de 20 mil habitantes (72% dos municípios). 
 Portanto, percebe-se que são as micro e pequenas empresas que movimentam 
a economia local. Sendo assim, criar condições para que os pequenos negócios se 
fortaleçam e gerem mais emprego e renda é o melhor caminho para gerar um ciclo de 
prosperidade no município. 
 
25 
 
 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
 O presente capítulo apresenta os métodos e as técnicas utilizados neste 
trabalho, com informações sobre o tipo de pesquisa, as fontes e os instrumentos de coleta 
utilizados e o método para análise dos resultados. 
 
3.1 Natureza e Tipologia da Pesquisa 
 
 Este estudo quanto aos procedimentos, trata-se de pesquisa bibliográfica e 
pesquisa de campo, com abordagem qualitativa. 
 De acordo com Moresi (2003, p. 10) a pesquisa bibliográfica “é o estudo 
sistematizado, desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, 
redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. 
 Já, a pesquisa de campo é a investigação empírica realizada nos locais onde 
acontece ou aconteceu um fato e que possui elementos que possam explicá-lo. Podem-se 
agregar questionários, entrevistas ou testes para se chegar à resposta da pesquisa. 
 O estudo de caso tem se tornado a estratégia preferida quando os 
pesquisadores procuram responder às questões “como” e “por que” certos fenômenos 
ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando 
o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de 
algum contexto de vida real (GODOY, 1995). 
 Quanto ao método, este pode ser tratado como dedutivo. Moresi (2003) 
esclarece que o método dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas, ele 
faz um estudo do conteúdo geral para um específico. 
 Quanto aos objetivos da pesquisa, é definida como descritiva, visto que será 
feita uma análise sobre os dados encontrados através do questionário aplicado acerca da 
implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresas no município de Russas. 
Vergara (2016 p. 48) afirma que “a pesquisa descritiva expõe características de 
determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer 
correlações entre variáveis e definir sua natureza”.Segundo Gil (2012), as pesquisas 
descritivas têm por finalidade o estudo de características de determinada população bem 
como levantar opiniões, atitudes e crenças de tal. 
 Já em relação à forma de abordagem do problema, o presente estudo foi 
classificado como qualitativo, uma vez que buscar-se-á analisar as informações a respeito 
26 
 
 
 
da implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresas no município. Lakatos e 
Marconi (2011 p. 290) afirmam que “a pesquisa quantitativa é a mais apropriada para 
apurar atitudes e responsabilidade dos entrevistados, uma vez que emprega 
questionários”. Michel (2015) diz que a pesquisa qualitativa busca coletar e analisar os 
dados de um estudo afim de explorar as diferentes opiniões e representações do assunto 
abordado. Na pesquisa qualitativa primeiramente busca-se coletar dados para construir 
um conjunto de conceitos, significados e princípios. (LAKATOS; MARCONI, 2011). 
 Godoy (1995) reflete que: 
 
a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou 
medir os eventos estudados, nem emprega 
instrumental estatístico na análise dos dados. 
Parte de questões ou focos de interesses amplos, 
que vão se definindo a medida que o estudo se 
desenvolve. Envolve a obtenção de dados 
descritivos sobre pessoas, lugares e processos 
interativos pelo contato direto do pesquisador 
com a situação estudada, procurando 
compreender os fenômenos segundo a perspectiva 
dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação 
em estudo (Godoy, 1995, p.58). 
 
 A abordagem qualitativa de acordo com Moresi (2003) tem como função 
principal entender detalhadamente porque um indivíduo faz determinada ação. Esse tipo 
de pesquisa apresenta um processo a partir do qual se identificam algumas questões 
chaves e perguntas são formuladas descobrindo o que importa para os clientes e o porquê 
destas importâncias. 
 A pesquisa qualitativa, de acordo com Minayo (2010), busca questões muito 
específicas e pormenorizadas, preocupando-se com um nível da realidade que não pode 
ser mensurado e quantificado. Atuam com base em significados, motivos, aspirações, 
crenças, valores, atitudes, e outras características subjetivas próprias do humano e do 
social que correspondem às relações, processos ou fenômenos e não podem ser reduzidas 
à variáveis numéricas. 
 
 
 
3.2 Caracterização do município 
 
27 
 
 
 
 O município de Russas situa-se na região doo Baixo Jaguaribe, porção 
nordeste do estado do Ceará, limitando-se com os municípios de Quixeré, Limoeiro do 
Norte, Quixeré, Morada Nova, Palhano, Jaguaruana e Beberibe. Abrange uma área 
territorial de 1.590,258 km², com uma população estimada de 69.833 habitantes e uma 
densidade demográfica de 43,91 (hab./km²). 
 Em 2014 a população do município de Russas foi estimada em 74.243 
habitantes (BRASIL, 2014). Dados do Censo mostram que o município dividia-se em 
64,4% urbano e 35,6% rural e constituído de 6 distritos: Russas, Bonhu, Flores, Lagoa 
Grande, Peixe e São João de Deus, segundo divisão territorial datada de 1988 (BRASIL, 
2010). 
 O principal acesso rodoviário à sede do município, a partir de Fortaleza, pode 
ser feito através da BR-116. As diversas vilas, lugarejos, sítios e fazendas do município 
estão interligados por estradas carroçáveis, transitáveis durante a maior parte do ano. 
 
3.3 População e Amostra 
 
 Considerando o objetivo desse estudo, o universo da presente pesquisa foi o 
município de Russas, levando em consideração os Órgãos Municipais e Entidade Públicas 
e Privadas ligadas diretamente e indiretamente com as Micro e Pequenas Empresas. 
 
3.4 Instrumento e Coleta de Dados 
 
 A coleta de dados foi realizada mediante aplicação de um formulário junto ao 
público do estudo. (Apêndice C) 
 O formulário foi dividido em perguntas que buscaram informações referentes 
a: legislação existente em prol da implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas 
Empresas; informações sobre os principais desafios referente a implementação da Lei 
Geral das Micro e Pequenas Empresas no município; ações e programas voltados para a 
implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no município. 
 O formulário foi entregue aos Gestores dos órgãos e entidades públicas e 
privadas após uma visita para orientação e esclarecimentos de dúvidas que pudessem 
existir referente as perguntas. Este formulário teve como finalidade buscar opiniões e 
percepções referente a implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, 
28 
 
 
 
destacando os motivos que pudessem caracterizar as razões da não implementação da Lei 
no município de Russas. 
 
3.5 Análise de Dados 
 
 Para Gil (2010) o processo de análise de dados envolve diversos 
procedimentos, como codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos 
estatísticos e embora os procedimentos só se efetivem após a coleta dos dados, convém 
que a análise seja minuciosamente planejada antes da coleta de dados para evitar trabalho 
desnecessário. 
 Esta foi realizada com base na análise de conteúdo de Bardin (2011). A obra 
desta autora tem por objetivo apresentar uma apreciação crítica de análises de conteúdo 
como uma forma de tratamento em pesquisas qualitativas e quantitativas. 
 Godoy (1995), afirma que a análise de conteúdo, segundo a perspectiva de 
Bardin, consiste em uma técnica metodológica que se pode aplicar em discursos diversos 
e a todas as formas de comunicação, seja qual for à natureza do seu suporte. Nessa análise, 
o pesquisador busca compreender as características, estruturas ou modelos que estão por 
trás dos fragmentos de mensagens tornados em consideração. 
 Bardin (2011) distribui o conteúdo da obra em quatro partes distintas: a 
primeira como história e teoria (perspectiva histórica); a segunda como prática (análises 
de entrevistas, de comunicação de massa, de questões abertas e de testes); a terceira como 
métodos de análise (organização, codificação, categorização, inferência e informatização 
das análises) e a quarta como técnicas de análise (análise categorial, de avaliação, de 
enunciação, proposicional do discurso, de expressão e das relações). 
 Por se tratar de análise de conteúdo de ordem prática (BARDIN, 2011), 
categorizou-se os formulários por etapas: 
 Legislação existente que beneficia as Micro e Pequenas Empresas; 
 Principais desafios referente a implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas 
Empresas; 
 Ações e programas voltados para a implementação da Lei Geral das Micro e 
Pequenas Empresas no município. 
29 
 
 
 
 Razões que justificam a não implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas 
Empresas Estratégia da Gestão Pública para a implementação da Lei Geral das 
Micro e Pequenas Empresas 
 
 Optamos pela análise de conteúdo de ordem “prática”, a segunda categoria, 
pois trata de questões abertas, material compatível com os formulários que realizamos 
junto aos Gestores dos Órgãos e entidades públicas e privadas do município de 
Russas/CE. 
 Foi utilizado o código “E” para as Entidades Púbicas e Privadas. Exemplo: 
E1 – Entidade 1 e F para as perguntas do formulário. 
 
3.6 Aspectos Éticos e Legais 
 
 A pesquisa foi desenvolvida em conformidade com as normas vigentes e 
expressa na Resolução nº466/12 (BRASIL, 2012), que atualmente regulamenta os 
aspectos ético-legais da pesquisa com seres humanos. 
 Aos participantes, foi assegurada, a autonomia, não maleficência, 
beneficência, anonimato, privacidade e o direito à desistência em qualquer etapa da 
pesquisa. Foi solicitada aos participantes a assinatura do termo de Consentimento Livre 
e Esclarecido, após os devidos esclarecimentos sobre o mesmo (BRASIL, 2007), 
permanecendo uma cópia com o participante e outra com o pesquisador. 
 O material coletado na pesquisa foi utilizado com a única finalidade de 
fornecer elementos para a realização da pesquisa. Foi assegurada aos participantes a 
confidencialidade dos dadose das informações que possibilitem a identificação dos 
participantes, para tanto, foi utilizado um código de identificação de cada escola e gestor. 
 
 
 
30 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 O debate acerca da importância das Micros e Pequenas Empresas vem 
ocupando o cenário do desenvolvimento local há alguns anos, principalmente quando se 
aprovou a Lei Geral da Micros e Pequenas Empresas. A pesquisa cerceia o Vale do 
Jaguaribe, com foco na cidade de Russas/CE, nos órgãos gestores da cidade e atores do 
desenvolvimento. 
 Realizamos a pesquisa com Gestores Locais e Atores do Desenvolvimento 
tomando como embasamento a análise de conteúdo de Bardin (2011). A obra desta autora 
tem por objetivo apresentar uma apreciação crítica de análises de conteúdo como uma 
forma de tratamento em pesquisas qualitativas e quantitativas. 
 A seguir categorizamos as respostas dadas pelos Atores de Desenvolvimento 
correspondentes aos órgãos escolhidos da nossa pesquisa (E1; E2; E3). Conforme a 
análise de conteúdo de Bardin(2011), abstraímos as principais ideias expressas nas 
respostas dadas pelos participantes e interpretamos com base na temática e perfil dos 
profissionais. 
 As Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) possuem papel essencial dentro do 
contexto socioeconômico do país, tanto pela sua alta representatividade em número de 
empresas existentes e capilaridade geográfica, quanto pela sua capacidade na geração de 
ocupação e renda. 
 Segundo o Marseguerra (2014, p. 70), “os pequenos negócios são, em 
qualquer parte do mundo, os atores essenciais da produção, da inovação e da inclusão 
social”. 
 Na categoria “benefícios gerados pelas micro e pequenas empresas para os 
municípios”, os Atores do Desenvolvimento, principalmente: E1 e E3, analisaram a 
importante participação das micro e pequenas empresas na geração de emprego no 
município, enquanto ao E2 releva a importância para o aumento da arrecadação 
municipal. 
 
As MPEs são os elementos que movimentam a economia local, são entidades 
que contribuem para a circulação de dinheiro e riqueza nos pequenos negócios 
e geram a maior parte dos empregos da região, contribuindo também para a 
movimentação das riquezas. (E1) 
Muitos, pois veio facilitar a formalização de muitos informais, como também 
aumentar a arrecadação municipal, regularização de pessoas físicas sem 
vínculo empregatícios. (E2) 
31 
 
 
 
Geração de empregos; Distribuição de renda; Evita movimento migratório para 
os grandes centros; Estimula o empreendedorismo; Amplia a geração de 
impostos e Maior capilaridade na produção de bens e serviços. (E3) 
 
 As micro e pequenas empresas são de extrema relevância na estrutura 
econômica brasileira e para o emprego. Em 2017, o segmento representava no Brasil - 
segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro 
administrativo do Ministério do Trabalho – cerca de 7,3 milhões de estabelecimentos, 
responsáveis por 17,7 milhões de empregos formais privados. Mesmo com a crise 
econômica brasileira recente, com queda da produção e aumento do desemprego, os micro 
e pequenos empreendimentos tiveram papel significativo na geração de postos de 
trabalho. Entre 2009 e 2017, as MPEs geraram 2,8 milhões de empregos. (DIEESE, 
2019). 
 Como podemos analisar, conforme dados do DIEESE (2019) entre 2009 e 
2017, o número de MPEs cresceu 10,2%, gerando 2,8 milhões de novos postos formais 
de trabalho. Em 2017, 99% dos estabelecimentos faziam parte das MPEs e eram 
responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira de trabalho (54,8%) e pelo 
pagamento de 44,8% da massa de salários do país. 
 Para que a Administração Pública exerça seu poder como executor de 
políticas públicas de desenvolvimento local, é importante um apoio voltado às MPE’s, 
para que essas dê resultados gerando mais riquezas e empregos à população. Trata-se de 
uma ação afirmativa, uma implementação de política pública em busca não só da 
isonomia real entre participantes, como também pela busca do bem-estar social. 
 Analisando o tema, Ulliana (2015) ressalta que políticas públicas de incentivo 
ao empreendedorismo são essenciais e ultrapassam os benefícios concedidos às MPE’s, 
geram mais empregos, renda e o desenvolvimento econômico do país. 
 Na categoria “importância do Gestor público em apoiar as Micro e Pequenas 
Empresas”, observamos um consenso entre os Atores de Desenvolvimento, de forma 
unanime acreditam que o apoio do Gestor Público para as MPEs é bastante necessária 
para que os resultados positivos possam serem alcançados. 
 
O Gestor Público que deseja ver o desenvolvimento local, precisa atuar, 
investir e facilitar a manutenção dos pequenos negócios de um município. São 
os pequenos negócios que geram riqueza, emprego e aquecem a economia da 
cidade. (E1) 
Muito importante porque o Gestor tem o poder para criar mecanismo de apoio 
e assessoria sem custos para os Micro e Pequenas Empresas. (E2) 
32 
 
 
 
É de fundamental importância, pois a partir do envolvimento do gestor com a 
causa da MPES serão abertas inúmeras possibilidades de integração entre os 
diversos órgãos da Administração Pública para a promoção do 
desenvolvimento dos pequenos negócios no município. (E3) 
 
 Percebe-se que para efetivação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, os 
gestores públicos exercem o papel fundamental para oportunizar e garantir o 
cumprimento das Lei, permitindo que o Desenvolvimento Local seja realmente efetivo 
através das Micro e pequenas Empresas. 
 Considerando a importância da implementação da Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa, entende-se que implementar é executar, é conseguir uma forma de 
tornar concreto. Para tirar a Lei 123/2006 do papel foi necessário estabelecer um 
parâmetro para delimitar o que o conceito de implementação a ser utilizado. 
 Vale ressaltar que de acordo com o SEBARE (2007), a Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa, instituída pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, 
estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP) no âmbito 
dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, nos termos dos 
artigos 146, 170 e 179 da Constituição Federal. 
 Percebe-se que a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa 
na íntegra dar acesso as MPEs a grande benefícios nas áreas fiscais, de logística, de acesso 
ao crédito e facilidades de acesso ao mercado. 
 Na categoria “a importância da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para 
o município de Russas”, os Atores do Desenvolvimento Local destacam o impulso à 
economia local como resultado direto a implementação da Lei Geral das MPEs. 
 
Para toda a cidade que tem vocação para ser pólo regional, é necessário 
fortalecer sua economia. Grandes empresas trazem e levam muitos empregos. 
Só o empreendedorismo e o pequeno negócio podem melhorar a qualidade de 
vida das pessoas e gerar riquezas. Os impostos são pagos pelos contribuintes 
quando compram e quando vendem. É até uma medida para assegurar a 
arrecadação municipal, já que o poder público não produz riqueza. (E1) 
Muito importante para o desenvolvimento econômico do município, pela 
questão da formalização e geração de emprego e renda. (E2) 
Os benefícios são inúmeros, pois uma Lei Geral Municipal bem elaborada e 
que vá além dos itens obrigatórios, é capaz de dar um novo impulso à economia 
local, cujo final é o desenvolvimento socioeconômico do município. (E3) 
 
 A Lei Geral é de grande importância para o futuro dos pequenos negócios, 
pois introduz uma maior justiça tributária, simplifica o pagamento de impostos, diminui 
33 
 
 
 
a burocracia para a abertura e fechamento de empreendimentos, facilita o acesso ao 
crédito, estimula as exportações, incentiva a cooperação, entre outras inovações. 
 De acordo com Silva e Ricc (2014), a implementaçãoda lei nas cidades 
devem ocorrer após análise de quatro indicadores: desburocratização, compras 
governamentais, empreendedor individual e agente de desenvolvimento. Tais indicadores 
devem ser priorizados porque tratam de ações sobre as quais as prefeituras possuem 
interferência direta; têm reflexos diretos e rápidos no dia-a-dia dos pequenos negócios e 
podem ser aplicados por municípios de qualquer porte. 
 Percebe-se que a implantação da Lei Geral das MPE ́s traz melhorias ao 
ambiente desse segmento refletindo diretamente no fomento à economia local. Vale aqui 
ressaltar que o desenvolvimento dos Municípios depende do aumento da quantidade de 
MPEs e desenvolvimento sustentável das já existentes. 
 Na categoria “Benefícios gerados após a implementação da Lei Geral da 
Micro e Pequena Empresa no município de Russas”, é destacado que a implementação da 
Lei Geral com critérios mínimos pode alavancar o desenvolvimento local, reduzindo a 
informalidade e incluindo os trabalhadores de pequenos negócios no mundo da cidadania, 
garantindo-lhes direitos sociais, contribuindo para a distribuição de renda e 
transformando nossa sociedade em modelo de sustentabilidade. 
 
O principal beneficiado na implementação da Lei Geral e também é o que mais 
precisa de orientação e suporte para sua manutenção é o Microempreendedor 
Individual. Muitas pessoas conseguiram sair da informalidade e ter acesso a 
benefícios de seguridade por conta de abrirem o seu CNPJ. Ser dono de um 
pequeno negócio não é somente estar formalizado, é necessária toda a 
orientação para que ele possa melhorar sua gestão, buscar informações para 
emissão de notas fiscais, orientações da previdência e outras obrigações do 
porte. Sem esse suporte, que a Lei detalha, muitos dos empresários de Russas 
estariam na informalidade, ou estariam sujeitos a sanções por desconhecer suas 
obrigações. A Lei Geral abre os olhos do poder público para o 
desenvolvimento econômico. (E1) 
Aumento da arrecadação municipal Melhoria da qualidade de vida. (E2) 
Aparato legal para impulsionar o desenvolvimento local; Surgimento de novos 
negócios; Distribuição de renda e geração de empregos; e Rede SIM. (E3) 
 
 Com a regulamentação da Lei Geral, o maior desafio é formar uma rede de 
apoio técnico e político para efetivar o processo de implementação da Lei Geral da Micro 
e Pequena Empresa nos municípios. 
 De acordo com o SEBRAE (2012, p.3), o projeto de implementação 
estabelece 04 (quatro) pilares da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – Agente de 
34 
 
 
 
Desenvolvimento, Desburocratização, Compras Governamentais e Empreendedor 
Individual – reconhecidos como os principais instrumentos de efetivação. 
 Na categoria “os desafios enfrentados na implementação da Lei Geral da 
Micro e Pequena Empresa em Russas”, é apontado ações ligadas diretamente a falta de 
interesse da Gestão Pública, destacando principalmente a falta de uma secretaria de 
Desenvolvimento Econômico. 
 
Conscientização da relevância dos pequenos negócios junto ao poder público. 
Necessário também perceber que quem faz a economia girar são os pequenos 
negócios. Será muito importante a atuação do município nesse momento de 
reabertura. (E1) 
Muitos e até hoje continuamos a enfrentar estes desafios: falta de apoio pela 
gestão municipal. (E2) 
Não haver na Época uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou 
Empreendedorismo no município. (E3) 
 
 De acordo com o SEBRAE (2013), estimular as MPEs traz: trabalho e renda 
para a população; aumento de arrecadação para o Município; inclusão social; menor 
dependência de grandes empresas; ciclo de investimentos locais que proporcionam 
condições de receber as novas gerações. 
 O objetivo do Município é promover o bem-estar de sua população, portanto 
precisa estimular a criação de locais de trabalho para que os moradores tenham recursos 
financeiros para atender às suas necessidades básicas e fomentar o desenvolvimento local. 
 A cada avanço alcançado, surgem novos desafios, porém, de acordo com 
Schwingel e Rizz (2013), há muito que se avançar na aplicação efetiva da legislação, tanto 
em nível federal, quanto, principalmente, por parte dos estados e municípios, construindo 
uma política integrada e que de fato proporcione ao empreendedor um ambiente capaz de 
incentivá-lo a implementar suas ideias e prosperar com elas. 
 Na categoria “ações que podem ser implementadas para que a Lei Geral da 
Micro e Pequena Empresa no município de Russas seja de fato implementada em sua 
totalidade”, os atores do desenvolvimento percebe que a Lei Geral prevê vários benefícios 
para as pequenas empresas em diversos aspectos usuais nos pequenos negócios, como a 
simplificação e desburocratização, as facilidades no acesso ao mercado, ao crédito e a 
justiça, o estímulo à inovação e à exportação, e que ainda não foi totalmente aplicada. 
 
Neste momento, o mais relevante é o de estímulo as compras do município 
com os pequenos negócios. É muito importante que esse orçamento municipal 
fique dentro da cidade, que seja atendido por pequenos negócios aptos a vender 
para o município. Imprescindível valorizar o pequeno negócio local, orientá-
35 
 
 
 
lo a participar dos processos e dar tratamento diferenciado, ao pagar o mais 
rápido possível, para não prejudicar o capital de giro dos pequenos negócios. 
(E1) 
Criação de comitê local dos pequenos negócios. (E2) 
Apresentação de propostas do comitê para o município para o apoio as MPES; 
Editais específicos para as MPES; e Fiscalização pelo comitê do cumprimento 
da lei. (E3) 
 
 As políticas públicas concebidas a partir das diretrizes trazidas pela Lei Geral 
das Micro e Pequenas Empresas, com suas alterações posteriores, têm se mostrado 
capazes de melhorar o ambiente de negócios no país, especialmente no que diz respeito à 
redução e simplificação da burocracia e da carga tributária (SCHWINGEL e RIZZ, 2013). 
 Destaque-se que a Lei Geral é apenas um dos instrumentos para promoção do 
desenvolvimento e que o caso da implementação da Lei Geral certamente alcançará 
resultados superiores a partir do estabelecimento de um plano de trabalho com 
direcionamentos objetivos e que respeitem a legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O objetivo geral deste estudo foi verificar quais são os principais Desafios 
enfrentados pela Gestão Pública na implementação da Lei Geral da Micro e Pequena 
Empresa no Município de Russas-Ce. Assim, a partir da análise das informações 
apresentadas até aqui, é possível concluir que que a gestão pública pouco investiu na 
implementação da Lei Geral. 
 Tendo em vista os aspectos observados é necessário que as políticas públicas 
sejam definidas no sentido de estabelecer condições para dar apoio às Micro e Pequenas 
Empresas, especialmente o de menor porte. Diversas decisões e ações no âmbito da gestão 
municipal podem ser tomadas para fortalecer e apoiar as MPEs em âmbito local. São 
projetos e Políticas Públicas de apoio à criação de incubadoras de empresas, incentivo à 
formação de distritos industriais, feiras e exposições para dinamização do comércio local, 
provimento e manutenção da infraestrutura adequada para produção e comercialização de 
bens, execução de programas de educação empreendedora nas escolas, incentivo ao 
microcrédito, desburocratização, compras governamentais locais, entre outras. 
 É de extrema necessidade criar um clima favorável nos municípios 
regulamentando a Lei Geral, simplificando o processo e abertura das empresas, além de 
garantir a elas preferência nas licitações públicas de até R$80 mil. 
 Para se desenvolver boas Políticas Públicas, entretanto, é necessário 
planejamento, envolvimento dos setores da sociedade e recursos, aqui percebe-se a 
necessidade de criação do Comitê de Municipal da Micro e Pequena Empresas e do 
Fórum Permanente da Micro E Pequena Empresa, espações estes de discussãocom a 
sociedade civil. 
 É fundamental, portanto, que a política urbana favoreça os pequenos 
negócios, mediante diminuição da burocracia, liberação de amplas áreas para sua 
instalação e segregação das atividades incômodas e impactantes em distritos previamente 
preparados para recebê-las e para isso, é preciso haver um diálogo permanente entre 
políticos, servidores, urbanistas e empreendedores, usando como instrumento o PPA. 
 Com o objetivo de estimular o bom desempenho das MPEs, observa-se a 
necessidade de aperfeiçoar os mecanismos públicos de apoio às MPEs no processo de 
desenvolvimento local em função de sua importância social e econômica, articulação das 
políticas de qualificação para a definição e o desenvolvimento de habilidades e 
oportunidades locais. 
37 
 
 
 
 Nesse sentido, é relevante pensar os desafios e perspectivas das MPEs no 
cenário do desenvolvimento local, de forma a promover o crescimento sustentável das 
MPEs com inclusão econômica e social. 
 Levando-se em consideração esses aspectos, pode-se citar, como exemplo de 
ações para beneficiar as MPEs, o incentivo à criação de cooperativas, incentivos fiscais, 
desburocratização do processo de criação de empresas, acesso a crédito, cursos de 
profissionalização, cursos de gestão empresarial, desenvolvimento de infraestrutura, 
dentre outros. 
 De qualquer modo, percebemos o total esforço da Gestão Pública e dos Atores 
de Políticas Públicas em proporcionar uma melhorar na implementação da Lei Geral da 
Micro e Pequena Empresa em Russas-Ce. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
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42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
APÊNDICE A – TERMO DE ANUÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA 
 
Prezado (a), 
 
Eu, RAFAEL ROCHA SEGUNDO, graduando do curso de Bacharelado em 
Administração em Gestão Pública - pela Universidade Federal do Ceará, estou 
desenvolvendo uma pesquisa cujo objetivo é analisar os desafios enfrentados pela Gestão 
Pública na implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no município de 
Russas, no Estado do Ceará. 
 
Assim, solicito sua autorização para que possa participar da pesquisa acima descrita na 
instituição de ensino no qual gere. Desde já, informo-lhe que os dados serão apresentados 
ao Curso de ADMINISTRAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA da UFC, podendo ser 
utilizados também como divulgação no trabalho de conclusão de curso e eventos 
científicos. Porém, dou-lhe a garantia de que suas informações serão resguardadas de 
forma anônima. 
 
Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe que meu telefone é (88) 99698-7452. 
 
 
________________________________________ 
RAFAEL ROCHA SEGUNDO 
 
 
 
CONSENTIMENTO 
 
Tendo sido satisfatoriamente informado sobre a pesquisa acima citado, concordo em 
participar da mesma, estou ciente de que o meu nome não será divulgado e que o 
pesquisador estará disponível para responder a quaisquer dúvidas. 
 
 
Russas, ______ de _________________ de 2018. 
 
 
_________________________________________ 
Assinatura do(a) Diretor(a) 
 
 
44 
 
 
 
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
(TCLE) 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA 
 
 
Estimado (a) Colaborador (a) 
 
O Sr(a) está sendo convidado a participar da pesquisa intitulada: OS DESAFIOS 
ENFRENTADOS PELA GESTÃO PÚBLICA NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 
GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA: O CASO DO MUNICÍPIO DE 
RUSSAS-CE. A pesquisa está sendo realizada pelo formando RAFAEL ROCHA 
SEGUNDO, estudante do Curso de Bacharelado em Administração em Gestão Pública 
da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a orientação do Prof. Esp. Luís Moreira de 
Oliveira Filho. 
A participação no estudo não traz riscos e nem complicações legais para você. O benefício 
será a contribuição da pesquisa para fortalecer o campo de estudos que trata a pesquisa. 
Você não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como nada 
será pago por sua participação. As informações obtidas através deste estudo serão 
confidenciais. O sigilo sobre a sua participação será garantido. Neste sentido, os dados 
serão publicados de forma a não revelar sua identificação, preservando o seu anonimato. 
Após estes esclarecimentos, solicito abaixo o seu consentimento de forma livre para 
participar desta pesquisa. Ainda, quaisquer dúvidas pode entrar em contato comigo pelo 
telefone (88) 99706.7958 ou e-mail contato.rafaelrocha2@gmail.com. 
 
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Tendo compreendido a temática, os objetivos, a forma como será desenvolvida a 
pesquisa, a minha colaboração no estudo, e estando consciente dos riscos e dos benefícios 
que a minha participação implicam, concordo em participar da pesquisa e para isso eu 
dou o meu consentimento livre e esclarecido. 
 
Russas, ______ de _________________ de 2018. 
 
__________________________________________________________________ 
Nome do Entrevistado 
 
_____________________________________________ 
Assinatura do entrevistado 
 
 
_______________________________________________ 
Rafael Rocha Segundo 
 
mailto:contato.rafaelrocha2@gmail.com
45 
 
 
 
APÊNDICE C – FORMULÁRIO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO 
 
1 Nome 
(__________________________________________________________________) 
2 Sexo 
A. (_) Masculino B. (_) Feminino 
3 Idade 
A. (_) Até 20 anos 
B. (_) De 21 a 30 anos 
C. (_) De 31 a 40 anos 
D. (_) Até 41 a 50 anos 
E. (_) Acima de 50 anos 
4 Grau de escolaridade 
A. (_) Ensino fundamental incompleto 
B. (_) Ensino médio incompleto 
C. (_) Ensino superior incompleto 
D. (_) Ensino fundamental completo 
E. (_) Ensino médio completo 
F. (_) Ensino superior completo 
 
IMPLEMENTAÇÃO DA LEI GERAL 
Responda as questões abaixo para verificar qual é o estágio de implementação da Lei Geral das 
MPEs em Russas-CE e quais os desafios encontrados para sua implementação. 
 
1 Quais os benefícios gerados pelas micro e pequenas empresas para os municípios? 
______________________________________________________________________ 
2 Qual a importância do Gestor público em apoiar as Micro e Pequenas Empresas? 
______________________________________________________________________ 
4 Conhece os benefícios da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, Lei 123/2006 e 
suas alterações? Se conhece, por favor, o que considera mais relevante? Por quê? 
______________________________________________________________________ 
5 Quais foram os primeiros passos para a implementação da Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa no município de Russas? 
______________________________________________________________________ 
6 Quais os desafios enfrentados na implementação da Lei Geral da Micro e Pequena 
Empresa em Russas? 
______________________________________________________________________ 
7 Qual a importância da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para o município 
de Russas? 
______________________________________________________________________ 
8 Quais os Benefícios gerados após a implementação da Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa no município de Russas? 
______________________________________________________________________ 
9 Quais ações podem ser implementadas para que a Lei Geral da Micro e Pequena 
Empresa no município de Russas seja de fato implementada em sua totalidade? 
______________________________________________________________________ 
3 Em seu entendimento, o que poderia ser ainda acrescentado pelo Governo 
Municipal, em termos de benefícios assegurados em legislação para amparar e 
ampliar a sustentabilidade e a competitividade dos MEIs? 
______________________________________________________________________

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