Buscar

Unidade 1 Atividade PRECONCEITO LINGUÍSTICO E GÊNEROS TEXTUAIS

Prévia do material em texto

Página 1 de 5 
 
1. https://youtu.be/8QXcMDavtsQ 
 
 
No vídeo, Ariano Vilar Suassuna, que foi 
dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta e professor brasileiro, nascido em Parahyba do 
Norte, 16 de junho de 1927, tendo falecido em Recife, 23 de julho de 2014), diz não 
achar correto não distinguir a linguagem escrita da falada. Entende que, é preconceito em 
relação ao povo. Menciona sua obra, “O Auto da Compadecida”, que nasceu 
originalmente como uma peça teatral em 1955, encenada pela primeira vez em 1956, e, 
em 1999, foi adaptada como uma minissérie exibida pela Rede Globo (https://youtu.be/-
lRsxmuwqQE). Cita ainda que, na escrita da obra não há sequer uma falha de português, 
diferente da representação, quando falada. 
 
Como estudiosa da norma culta, concordo com o autor, mas a questão 
é, se a obra representa o povo, dependendo a variação diastrática, como em seu próprio 
exemplo, “O Auto da Compadecida”, parece-me que, muitas pessoas, dependendo o nível 
social e escolaridade, podem não distinguir a fala da escrita, inclusive quando formal ou 
informal (variação diafásica). 
 
Assim, talvez a intenção do autor não tenha sido de preconceito, mas 
parece-me que, Suassuna, com todo respeito, não considerou as diversas classes sociais, 
de educação e cultura quando menciona que, sua obra, “O Alto da Compadecida”, buscou 
representar o espirito da linguagem popular, mas que aquilo não é jeito de representar o 
português popular. 
 
https://youtu.be/8QXcMDavtsQ
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dramaturgo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Romance
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiros
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_junho
https://pt.wikipedia.org/wiki/1927
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recife
https://pt.wikipedia.org/wiki/23_de_julho
https://pt.wikipedia.org/wiki/2014
https://pt.wikipedia.org/wiki/1999_na_televis%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miniss%C3%A9rie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_Globo
https://youtu.be/-lRsxmuwqQE
https://youtu.be/-lRsxmuwqQE
Página 2 de 5 
 
Temos que considerar que, infelizmente, no Brasil, muitas pessoas mal 
sabem escrever e falam errado justamente pela falta de oportunidades acadêmicas, 
situações em que, pode-se verificar uma homogeneidade entre fala e escrita, ou seja, esses 
indivíduos não conhecem a norma culta, de modo que, possivelmente irão reproduzir na 
escrita a mesma maneira coloquial utilizada na fala. 
 
2 – Charge 
Fonte: http://sopadeletrasunip.blogspot.com/2012/10/pluralidade-cultural-
pluralidade.html 
 
 
 
 
http://sopadeletrasunip.blogspot.com/2012/10/pluralidade-cultural-pluralidade.html
http://sopadeletrasunip.blogspot.com/2012/10/pluralidade-cultural-pluralidade.html
Página 3 de 5 
 
Trata-se de uma história em quadrinhos de Maurício de Souza. Aqui 
temos a variação diatópica, em que, Chico Bento, que é do interior, simples, humilde, 
utiliza de uma variante particular da sua região, que por alguns é denominada como 
"caipira". 
Assim como minha fonte, concordo que, na história, a professora expõe 
sua posição normativa/preconceituosa, em vez de, ensiná-lo, a diferença dos tipos de 
variação linguística, que para aquele trabalho, deveria utilizar a norma culta e não 
coloquial. 
 O site faz coloca a questão, se o que preconceito vem da professora ou 
do próprio autor. 
Na oportunidade, considerarei a atitude da professora, como 
representação da nossa sociedade, em que, o papel dos educadores é educar, e, deveria 
dominar a capacidade comunicativa sem preconceitos, tende empatia por seu aluno. 
 
3 - 
http://portalimprensa.com.br/revista_imprensa/conteudoextra/59030/consultores+indica
m+principais+derrapadas+de+jornalistas+na+lingua+portuguesa 
O jornalismo brasileiro, buscado proximidade com o público, ao longo 
do tempo, os termos utilizado pelos meios de comunicação sofreram de certa forma 
variações diacrônicas, assim como, em outras profissões, como o direito, em que se vê 
cada vez menos a utilização do latim. Por outro lado, novos termos foram incorporados, 
seja por variação história ou diastrática, a exemplo: hashtag (#), arroba (@), link, quiz 
etc. 
Na matéria acima, a meu ver, o próprio título apresenta preconceito 
linguístico, “Consultores indicam principais derrapadas de jornalistas na língua 
portuguesa” Danúbia Paraizo | 03/06/2013 14:00. 
 
Diz na matéria que, para o especialista, os principais erros cometidos 
pelos profissionais de comunicação são primários, que empobrecem os textos noticiosos. 
 
Na opinião do escritor e jornalista Fernando Jorge, a solução para evitar 
erros é tão antiga quanto a própria língua portuguesa. “O jornalista deve falar de maneira 
simples, sem pedantismo, e isso não tem nada a ver com falar errado para criar 
http://portalimprensa.com.br/revista_imprensa/conteudoextra/59030/consultores+indicam+principais+derrapadas+de+jornalistas+na+lingua+portuguesa
http://portalimprensa.com.br/revista_imprensa/conteudoextra/59030/consultores+indicam+principais+derrapadas+de+jornalistas+na+lingua+portuguesa
Página 4 de 5 
 
identificação com o público. Quem faz a língua realmente é o povo, mas os profissionais 
de comunicação precisam dar o exemplo.” 
 
Concordo com o escritor e jornalista no que diz respeito a não de 
precisar falar errado para se identificar com quem quer que seja. 
 
A matéria vai além, diz ainda que, há risco de credibilidade quando o 
jornalista não sabe nem escrever ou falar. E ainda deixa uma questão: “A pedido de 
IMPRENSA, os especialistas selecionaram exemplos de títulos, chamadas de capa e falas 
de profissionais de veículos impressos, TV, rádio e online. A ideia é identificar os 
principais erros e vícios de linguagem cometidos para que eles sirvam de alerta: será que 
precisamos voltar para a escola?”. 
 
Mais uma vez, parece-me não haver dicotomia entre norma culta e fala. 
Como aprendemos, a norma é estática e a fala, materialização da língua pelos usuários, é 
dinâmica. 
Claro que, os meios de comunicação devem utilizar-se da norma padrão 
inclusive em textos escritos, e, concordando com o crítico, utilizado como exemplo, falar 
simples é essencial para abranger o maior número de interlocutores, por outro lado, não 
podemos generalizar, tampouco contestar a credibilidade quando o jornalista utiliza-se da 
fala. 
Muitas vezes, os profissionais, por mais preparados que sejam para 
utilizarem a norma culta, quando falam, não aplicam os tempos verbais ou concordâncias 
corretamente, não porque não sabem ou querem falar errado, mas por improvisação. 
 
Em suma, concordo com o consultor quando diz que situações formais 
requerem a norma culta, mas vejo como um certo preconceito a generalização. 
 
4 - https://gente.ig.com.br/cultura/2018-10-22/musicas-erros-de-portugues.html 
A matéria, com título: “Do sertanejo ao rock, as músicas com erros de 
português são comuns entre as canções brasileiras, mas muitas vezes passam 
despercebidas dos ouvintes", é uma crítica aos erros de português cometidos nas músicas 
brasileiras. 
https://gente.ig.com.br/cultura/2018-10-22/musicas-erros-de-portugues.html
Página 5 de 5 
 
 
Concordo com o autor quando chama atenção das pessoas a ter cuidado 
com os erros das letras das músicas, no que diz respeito a norma culta, a saber diferenciar 
a fala da escrita, o formal do informal. 
 
Por outro lado, a forma utilizada para criticar pode soar como 
preconceito, já que o próprio título chama de “erros de português”, e, ainda expressa sua 
opinião como: derrapas e gafes. 
 
Se a intenção da letra não é prejudicada pela ausência de uma regra 
gramatical, não poderia ter sido intitulada como “erros”, mesmo porque, são consideradas 
literatura ou expressão oral, não estão, no meu entendimento, regidaspela norma culta, 
ou seja, buscam comunicação informal, coloquial e a atingir um público específico. 
 
Muitas vezes, as letras de músicas buscam representar certo(s) grupo 
(s). 
Além do mais, não quer dizer que o compositor não sabe a norma culta, 
mas sim, a maneira que encontrou para expressar. 
 
Concluindo, concordo com o autor que, até por serem influenciadores, 
muitas vezes sua “arte” pode levar os seus representados a não saberem distinguir quando 
ser formal ou informal, no entanto, tem que se ter cuidado ao criticar e apontar o dedo. 
Como sociedade, temos que evoluir, do mesmo modo que se busca uma melhor 
valorização da norma culta, não podemos retroceder em relação aos preconceitos, seja da 
arte, social, sexo, raça etc.

Continue navegando

Outros materiais