Buscar

RESENHA CRÍTICA 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
UMA VISÃO SOBRE AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM 
Jorge Fernando de Araujo Pieto 
Universidade Federal da Grande Dourados 
Mestrado Nacional Profissional de Ensino de Física 
jorge.pieto044@academico.ufgd.edu.br 
 
Para se debater as diferentes teorias de aprendizagem, devemos começar a discutir 
primeiro, sobre o que é aprendizagem, e como ela pode de fato, ela pode ser alcançada. 
Psicólogos que estudam este campo, associam a aprendizagem com a mudança 
comportamental do indivíduo, mudanças essas que estão associadas diretamente com a 
experiência que este adquiriu em um determinado momento de sua vida. Porém, nem toda mudança 
comportamental é fruto de experiências vividas, ou seja, podem ser causadas por outros fatores, e 
estes, não estão conectados com a aprendizagem propriamente dita. A aprendizagem pode ser 
descrita como: 
Toda mudança relativamente permanente no potencial de comportamento, que 
resulta da experiência, mas não é causada por cansaço, maturação, drogas, lesões 
ou doença. No sentido estrito, claro, a aprendizagem não é definida pelas mudanças 
reais ou potenciais no comportamento. Em vez disso, a aprendizagem é o que 
acontece ao organismo (humano ou não humano) como resultado da experiência. 
(LEFRANÇOIS, 2008, p. 06). 
Contudo, não devemos medir ou chegar a conclusão de que houve aprendizagem somente 
analisando a mudança de comportamento do indivíduo, mas de que houve uma mudança em sua 
capacidade de ação, pois a aprendizagem pode ficar latente, até o momento em que ela realmente 
necessite ser utilizada. 
Para se chegar a compreensão do que é fato é aprendizagem, é preciso sistematizar e 
organizar as informações observadas e coletadas, para que desta forma possa se descobri uma 
regularidade e previsibilidade no que se deseja concluir. Para isto é preciso que se crie uma teoria. 
E de acordo com Lefrançois (2008, p. 07, apud SOMER E SOMER, 2002, p. 3), “Teorias são 
afirmações sistemáticas de princípios que explicam os fenômenos naturais”. 
Isto posto, podemos então começar a discussão sobre as teorias de aprendizagem e como 
elas são divididas em suas diferentes formas de abordagem. Muitas das teorias de aprendizagem, 
não são de fato teorias, são na verdade teorias que tem implicações na aprendizagem, ou talvez 
uma teoria psicológica, como no caso da teoria de Freire, que tem uma abordagem de 
transformação social mais do que uma teoria de aprendizagem propriamente dita, mas por 
conveniência as chamamos assim devido ao fato delas estarem voltadas aos processos de ensino 
aprendizagem. 
mailto:jorge.pieto044@academico.ufgd.edu.br
2 
 
Essas teorias se dividem em três diferentes filosofias, são elas: Comportamentalismo, 
Humanismo e Cognitivismo. Onde vários autores defendem e propõem diferentes visões sobre o 
processo de construção do conhecimento. 
Uma teoria de aprendizagem é então, uma construção humana para interpretar 
sistematicamente a área de conhecimento que chamamos de aprendizagem. 
Representa o ponto de vista de um autor/pesquisador sobre como interpretar o tema 
aprendizagem, quais as variáveis independentes, dependentes e intervenientes. 
Tenta explicar o que é aprendizagem, porque funciona e como funciona. 
(MOREIRA, 2015, p. 12) 
No comportamentalismo, podemos destacar o método behaviorista. O behaviorismo surgiu 
nos Estados unidos no início século XX, tendo como principal teórico e influenciador B. F. Skinner 
(19004-1990). Onde o enfoque de sua teoria, está no comportamento observável do sujeito, nas 
respostas aos estímulos externos. Onde sua ideia básica é de que o comportamento é controlado 
pelas consequências, onde consequência positivas geram um aumento na conduta geradora, e 
consequências negativas tem o efeito contrário. O behaviorismo veio como uma reação ao 
mentalismo que dominara a psicologia europeia. 
Para o ensino de física, essa teoria foi e ainda é utilizada nas escolas, pois para muitos 
professores essa é a maneira mais eficiente de se “ensinar”. Pois é uma metodologia que prioriza 
apenas as respostas desejadas, menosprezando qualquer outra forma de interação do estudante. 
Estimulando positivamente os acertos, e negativamente os erros. 
Em seguida, abordaremos o cognitivismo, que diferente do behaviorismo, tem como foco os 
processos de construção do conhecimento, que é amplamente difundido como método 
construtivista. Que surgiu como um contraponto ao behaviorismo, mas também como reação ao 
mentalismo difundido na Europa. Moreira (1982, p. 3) ratifica que “a psicologia cognitiva preocupa-
se com o processo de compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações, 
envolvida no plano da cognição”. 
Essa abordagem apesar de ter seu surgimento quase que no mesmo período que o 
behaviorismo, teve seu ápice na década de 90, com autores como Piaget (1896 - 1980) e Vigotsky 
(1896 - 1934), que tiveram seus trabalhos amplamente utilizados por essa psicologia cognitiva. 
Para Piaget, o processo de cognição baseava-se em dois processos simultâneos, que são 
a “assimilação” e “acomodação”, com base nessa abordagem, quando uma criança entra em 
contato com um novo objeto, ela utiliza esquemas que fazem parte da sua organização cognitiva 
(olha, toca) que são assimilações do objeto desconhecido e tal ação é, ao mesmo tempo, 
acomodações dos esquemas. E para Vigotsky, o desenvolvimento do conhecimento está 
relacionado as rupturas e desequilíbrios no conhecimento já existente no indivíduo, que são 
provocadores de contínuas reorganizações internas do conhecimento. 
3 
 
Para o ensino de física, o método construtivista se mostra muito bom, quando utilizado de 
maneira correta, pois dessa forma o estudante é quem constrói a própria aprendizagem, tendo o 
professor como um importante mediador de onde se deseja chegar. 
Por fim temos a abordagem humanista que prioriza a aprendizagem a auto realização do 
aprendiz, havendo uma valorização tanto do aspecto cognitivo, quanto do motor e do afetivo. Tendo 
como seus principais autores, nomes como os do psicólogo norte-americano Carl Rogers (1902 – 
1987) e também o Patrono da educação brasileira, Paulo Feire (1921 – 1997). 
A filosofia humanista tem o cuidado de entender o indivíduo que aprende como um ser, 
passível de sentimentos ações e pensamentos. Portanto, é uma educação que enfatiza a criticidade 
e autonomia do aprendiz, que visa a auto realização e o crescimento pessoal do mesmo. 
Para concluir, não cabe a mim como autor deste texto, indicar uma ou outra teoria de 
aprendizagem como sendo a melhor ou pior, mas sim, explanar sobre algumas das teorias 
existentes, e propor um aprofundamento na teoria da qual se deseja aplicar de acordo com a 
realidade do educador e também do educando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Referências 
 
LEFRANÇOIS, G. Teorias da Aprendizagem. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo, 1999.

Continue navegando