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Larissa Souza Soares
Matrícula: 201902340647
Na sociedade atual encontram-se crianças em diversas situações, como, estudando, brincando, viajando, e muitas outras sendo “paparicadas”. Mas, e por volta do século XII, XIII, como ela era vista, quais eram suas necessidades, haviam diferenças entre as crianças das famílias dos brancos e dos negros? Quais as diferenças entre o adulto e a criança? 
Diante desses diversos questionamentos, propõe-se pesquisar e compreender a história da criança no Brasil, realizando apontamentos das dificuldades, misérias, abusos, falta de respeito, exploração que as crianças brasileiras sofreram até que foram vistas como seres com necessidades, com especificidades e que precisam de um atendimento diferenciado. 
Por volta do século XIX passando para o XX, é que a criança e seus comportamentos são cada vez mais objeto de estudo de pesquisadores da Psicologia, Sociologia, Antropologia, Educação e áreas afins, com o intuito de compreender as mudanças que ocorreram na concepção de infância.
Mas para entender e compreender essas mudanças e o espaço que a criança tem na sociedade de hoje é preciso realizar uma viagem no tempo, na história, buscando assim, a reconstrução do passado de diferentes crianças.
A trajetória da criança e adolescente no Brasil é marcada por diversas privações e dificuldades. Ao estudá-la evidenciam-se diversos problemas enfrentados por elas, tais como, maus tratos, abusos sexuais, mortalidade infantil, miséria, fome, crianças sem teto, sem família, escrava do trabalho, isso tudo sendo causado por negligência do Estado, da família e da sociedade em geral.
No Brasil os primeiros modelos de crianças foram trazidos pelos Jesuítas.
Para os Jesuítas “A puberdade era entendida como o momento da passagem da inocência original da infância à idade perigosa do conhecimento do bem e do mal, em que a criança assumiria o comportamento do adulto”. Assim, entendiam que a criança deveria receber “luz”, ser “modulada”, antes que atingisse a idade da puberdade, momento esse, que já seriam corrompidos pelos adultos que estão a sua volta.
Percebe-se que a criança sempre foi alvo de abandono, miséria, sem seus direitos garantidos, tendo que enfrentar diversos desafios para sua sobrevivência, vivendo da própria sorte. 
Por muitos anos a criança foi vista como os adultos, sem distinção alguma, tendo que ajudar no trabalho pesado, sendo abusada, exploradas por diversos senhores capitalistas. 
No Brasil a concepção de infância tomou novos rumos a partir do século XX, onde se percebeu as necessidades específicas e peculiares para a sobrevivência da infância e juventude. Dando início às discussões em prol dos direitos das crianças, nos quais sindicalistas e a sociedade civil buscam efetivar ações de assistência e proteção à infância, como leis trabalhistas, pediatras e higienistas que desenvolviam trabalhos voltados para a saúde e bem-estar das crianças. 
O sentimento que se tem hoje de criança e infância é uma mistura de espanto, pena, amor, carinho, compreensão, a depender das condições de vida de cada uma. Algumas têm acesso a diversos recursos, enquanto outras não têm um mínimo para a sobrevivência.
No entanto, a percepção e o sentimento pela infância, seus direitos e necessidades peculiares ao momento em que a criança se encontra, não nasceram de uma hora para outra nem seguiu uma linearidade, mas sim foi um longo processo de transformação cultural, histórica e política, o qual, os seres mais inocentes é que pagam e sofrem as consequências e brutalidades da sociedade. Assim, conclui-se que a concepção de infância de hoje é decorrente de constantes transformações socioculturais, na qual mudaram os valores, os significados, as representações e papéis das crianças e adolescentes dentro da sociedade. 
Mesmo diante dessas mudanças de concepção e visão acerca das crianças e adolescentes, é preciso se repensar as condições que o Estado, as famílias, escolas e sociedade em geral proporcionam as crianças, pois elas serão os adultos de amanhã.

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