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Apostila_Elaboração e Direção de Conjuntos Instrumentais - Elaboração e Direção de Conjuntos Instrumentais II

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UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
1 MÚSICA 
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Elaboração e Direção 
de Conjuntos 
Instrumentais / 
Elaboração e Direção 
de Conjuntos 
Instrumentais II 
 
SEMESTRE 6 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
2 MÚSICA 
Créditos e Copyright 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui 
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. 
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso 
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em 
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. 
 
Copyright (c) Unimes Virtual 
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. 
SANTOS, Antônio C. 
 Elaboração e Direção de Conjuntos Instrumentais. 
Unimes Virtual. Santos: Núcleo de Educação a Distância da 
UNIMES, 2015.55p. (Material didático. Curso de musica). 
 Modo de acesso: www.unimes.br 
Ensino a distância. 2. Música. 3.Elaboração e Direção de 
Conjuntos Instrumentais. I. Título 
CDD 780 
 
 
 
http://www.unimes.br/
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
3 MÚSICA 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
PLANO DE ENSINO 
 
CURSO: Licenciatura em Música 
COMPONENTE CURRICULAR: Elaboração e Direção de Conjuntos Musicais 
SEMESTRE:6º 
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas 
 
EMENTA: 
Aquisição de ferramentas didáticas com a finalidade de aplicação prática em 
múltiplos contextos. Orientação pedagógico-musical para a elaboração de grupos 
musicais instrumentais de diferentes formações e diferentes faixas etárias. 
Conhecimentos básicos sobre a organologia dos instrumentos de cordas (dedilhadas 
e de arco), sopros e percussão, bem como, noções básicas de regência e 
elaboração de pequenos arranjos. Exemplos de práticas contextualizadas e 
analisadas criticamente. 
 
OBJETIVO GERAL: 
Demonstrar noções básicas na formação de diversos grupos musicais, bem como 
mostrar cada família dos instrumentos de Cordas, Sopros, Percussão; também o 
Canto Coral e a regência, apresentando material didático que irá servir de 
ferramenta de apoio para o professor em sala de aula. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
Desenvolver noções básicas como orientador de um grupo musical, dar orientações 
sobre como trabalhar a percussão corporal, que irá contribuir para o a percepção 
rítmica do aluno individualmente e em grupo. Desenvolver noções básicas como 
orientador na construção de instrumentos musicais feitos de materiais do cotidiano. 
http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/resource/view.php?id=74205
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
4 MÚSICA 
Apresentar metodologia e prática do canto coral, demonstrando diversas técnicas e 
práticas contemporâneas que irão contribuir para o trabalho do professor em sala de 
aula. 
Desenvolver noções básicas de cada família dos instrumentos apresentando 
materiais didáticos que servirão de apoio ao professor e aluno. 
 
Unidade I - A prática de conjunto na educação musical: Tem como objetivo 
introduzir os fundamentos primordiais de como montar e conduzir um conjunto 
musical, como também da importância da construção de instrumentos musicais 
feitos com materiais do cotidiano e no quanto ajudará o professor em sala de aula. 
 
Unidade II - PERCUSSÃO CORPORAL: Apresentar a percussão corporal e suas 
vertentes, exemplificando com alguns grupos, através de aulas texto, vídeos e 
áudios; aprenderão sobre sua diversidade e o quanto é importante usá-la em suas 
aulas. 
 
Unidade III – Canto Coral: Apresentar a metodologia da prática do canto coral, 
como prática-educativa e demonstrando diversas técnicas e práticas 
contemporâneas que irão contribuir para o trabalho do professor em sala de aula. 
 
Unidade IV – O ensino da música: Abordar o ensino da música de forma 
panorâmica, para dar ao aluno noções do ensino formal e informal, dos projetos 
socioculturais, de como proceder diante de situações diversas. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
Unidade I - Desenvolver noções básicas de como montar e conduzir um grupo ou 
conjunto musical conciliando a prática com a criatividade. Aprender sobre a 
importância e a construção de instrumentos musicais feitos com materiais do 
cotidiano, e como conduzir o grupo na exploração do som, sempre com o auxilio de 
aulas texto, vídeos, vídeo aulas e áudios. 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
5 MÚSICA 
Unidade II - A percussão corporal, que irá contribuir para o a percepção rítmica do 
aluno individualmente e em grupo – o corpo como instrumento musical, os sons que 
podemos tirar dele e usar em aula, a técnica, em associação a culturas populares; 
serão abordadas os diversos tipos de percussão corporal. 
Unidade III - Será abordado “O canto coral”; suas estruturas e as diversas 
possibilidades de montagens, a importância na prática educativo-musical; 
a classificação de vozes de um coral, as tessituras, o posicionamento dentro 
do conjunto, seus naipes e o ensaio. 
 
Unidade IV - Orientar o aluno sobre o ensino da música em nossa sociedade, no 
conhecimento que vai além das técnicas musicais, e sim, do conhecimento de 
associações de música na educação, dos projetos socioculturais, o ensino musical 
dentro e fora da escola, a música na arte ensinada nas escolas, a qualificação dos 
professores de música, criação e condução de grupos musicais. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
BARBOSA, J. L. S. Da Capo Criatividade: Método para o Ensino Coletivo e/ou 
Individual de Instrumentos de Sopro e Percussão. 2008. (Desenvolvimento 
de material didático ou instrucional – Didático). 
 
SOUZA, Luciano de. Música e Educação (livro digital). Clube de autores, 2007. 
 
JOLY, I. Z. L. Educação e Música: Ensino de Música, propostas para pensar e agir 
na sala de aula. São Paulo: Moderna, 2003. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo: 34, 1998. 
 
COSTA, C. P. Contribuições da ergonomia à saúde do músico: considerações 
sobre a dimensão física do fazer musical. Música Hodie, v. 5, n. 2, p. 53-64, 2005. 
 
http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/resource/view.php?id=74205
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
6 MÚSICA 
CRUVINEL, F.M. Música e transformação social: uma experiência com ensino 
coletivo de cordas. Goiânia: ICBC, 2005. 
FRANÇA, C. C. Performance instrumental e Música: a relação entre a 
compreensão musical e a técnica. Per Musi, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 52-62, 
2000. 
SANTIAGO, D. Construção da Performance Musical: Uma investigação 
necessária. Performanceonline, 2008. 
 
METODOLOGIA: 
 
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio 
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e 
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de 
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, 
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo 
ensino/aprendizagem. 
 
 
AVALIAÇÃO: 
 
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e 
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como 
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados tanto na 
parte teórica como na prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades 
em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas,avaliações a distância e 
Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente. A Avaliação 
Presencial, está prevista para ser realizada nos polos de apoio presencial, no 
entanto, poderá ser realizada em home seguindo as orientações das autoridades da 
área da saúde e da educação e considerando a Pandemia COVID 19. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
7 MÚSICA 
 
Sumário 
Aula 01_A prática de conjunto na educação musical .............................................................................. 8 
Aula 02_A conciliação da prática com a criatividade ............................................................................. 10 
Aula 03_A exploração musical e o desejo de experimentar .................................................................. 13 
Aula 04_Proposta prática – Funga Alafia ............................................................................................... 15 
Aula 05_O corpo como instrumento musical na prática de conjunto ................................................... 17 
Aula 06_Sons do corpo - Introdução à percussão corporal ................................................................... 20 
Aula 07_Diferentes tipos de percussão corporal - parte I ..................................................................... 25 
Aula 08_Diferentes tipos de percussão corporal - parte II .................................................................... 28 
Aula 09_Técnicas de percussão corporal ............................................................................................... 31 
Aula 10_Vivenciando a percussão corporal ........................................................................................... 34 
Aula 11_Uma orquestra em formação a partir da criação dos seus próprios instrumentos musicais .. 37 
Aula 12_Música Indígena ....................................................................................................................... 40 
Aula 13_Trabalhando com a Música Indígena ....................................................................................... 43 
Aula 14_O coral como um espaço de motivação, inclusão social e integração..................................... 47 
Aula 15_O canto coral como prática educativo-musical ....................................................................... 53 
Aula 16_Classificação de Vozes de um Coral ......................................................................................... 62 
Aula 17_Iniciando a prática coral ........................................................................................................... 65 
Aula 18_O canto coletivo e a educação musical: concepções de Villa-Lobos ....................................... 69 
Aula 19_Prática Coral: O coro como atividade Socio-cultural. .............................................................. 72 
Aula 20_Ritmos Brasileiros - Contextualização Histórica....................................................................... 75 
Aula 21_Aplicação da Catira em sala de aula ......................................................................................... 81 
Aula 22_Ensaiando Coral ....................................................................................................................... 87 
Aula 23_Associação Brasileira de Educação Musical – ABEM ............................................................... 89 
Aula 24_Ensino de música - formal ou informal? .................................................................................. 91 
Aula 25_Os projetos socioculturais e a questão da qualificação dos educadores ................................ 93 
Aula 26_O Ensino Fundamental e o Ensino de Arte. ............................................................................. 97 
Aula 27_ A condução do grupo musical ............................................................................................... 100 
Aula 28_Essência dos Conjuntos Musicais ........................................................................................... 103 
Aula 29_Instrumentos Musicais I ......................................................................................................... 105 
Aula 30_A Organologia e os Instrumentos Musicais ........................................................................... 109 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
8 MÚSICA 
Aula 31_As Formações Instrumentais.................................................................................................. 114 
Aula 32_Trabalhando com as formações Instrumentais ..................................................................... 122 
Aula 01_A prática de conjunto na educação musical 
 
A experiência musical na condução da construção do saber no espaço escola 
prepara o indivíduo para uma prática da música em conjunto que procurará atingir o 
maior número de pessoas. A busca por uma democratização deve ser encarada no 
ambiente escolar como uma tentativa de democratizar o acesso à arte, de se 
projetar nessa tarefa de renovação do espaço em que seja possível a ocorrência de 
uma percepção sensorial. Devemos apoiar e desenvolver a prática de conjunto 
como atividades pedagógicas no ensino da música. 
Aspectos fundamentais sobre essa experiências devem ser considerados. 
Será vantajoso fazê-lo, em face de algumas reflexões que podem ajudar a sugerir 
uma prática que possa ser um ponto de partida para as aulas. 
Essa transferência de conhecimento no conjunto musical só surtirá os efeitos 
desejados na medida em que delinearmos com clareza nossos objetivos e os 
colocarmos em execução. Não é criação teórica e sim realidade, treinamento. 
- O que ensinar? Para quê? E para quem? Ou por que ensinar? 
São indagações necessárias a serem feitas para tornar a prática de conjunto 
com música algo vivo, tornando seu conteúdo afinado com a realidade do aluno. 
A agilidade por parte do educador musical é essencial para atuar no campo 
da realidade da prática de conjunto musical, pois ser maleável é essencial para a 
tomada de decisões, permitindo críticas às metodologias e às próprias práticas 
diante da sociedade em que irá atuar. 
O treinamento de conjuntos musicais leva a uma interação entre os homens, 
a música, intermediando e intensificando relações em grupo, ajudando a socializar 
através dessa prática em conjunto, percebendo a formação de um ambiente rico e 
saudável, elevando o potencial da comunicação estética. Processo criativo mediante 
o qual se passa de um termo inicial a um termo final. 
O compositor e educador musical H. J. Koellreutter procurou defender um 
ensino artístico democrático livre de preconceitos onde a criação deve ser o ponto 
culminante da sociedade. Um espírito criador que investigue, crie e elabore uma 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
9 MÚSICA 
prática em grupo privilegiando a socialização na arte musical. E esta é uma verdade 
que quase sempre os educadores esquecem. 
Como encontramos em Loureiro (2007, p.163), “hoje há uma tendência a 
negar e se opor – se aos métodos tradicionais que por muitos anos priorizaram o 
talento e o virtuosismo, massacrados por uma técnica racional e puramente 
instrumental, desconsiderando os valores da criação e da expressão”. Ainda mais 
quando a prática em conjunto deveria ser um momento mágico e não angustiante. 
Buscar preparar o ambiente para uma atitude positiva longe da intolerância de 
um saber congênito em lugar de ser adquirido com a experiência do fazer música. 
Podemos estimular as pessoas a praticar em conjunto o apreço pela música e 
depois quem sabe estudar aprofundar sua vivência no estudo do instrumento, 
buscando um aperfeiçoamento. 
A execução em conjunto possibilita conhecimento de sonoridades novas, 
timbres e uma consciência de tocar, elaborando uma atuação em conjunto, uma 
performancemusical em grupo. 
Vivenciar musicalmente o trabalho em conjunto é um caminho que a escola 
pode incentivar organizando corais, bandas, mas de certa forma, é um percurso 
pouco criativo e estimulante nos dias de hoje, tendo em vista o conjunto de 
indivíduos que depende do ensino formal. O chamado aluno “talentoso” selecionado 
de forma arbitrária e elitista e excludente na sociedade selecionada. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BECKER, Rosane Nunes. Musicalização: da descoberta à consciência rítmica e 
sonora. Ijuí: UNIJUÍ, 989. 
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil; São Paulo: Peirópolis, 2003. 
LOUREIRO, Alícia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. 4 ed. 
Campinas: Papirus, 2007. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
10 MÚSICA 
 
Aula 02_A conciliação da prática com a criatividade 
 A realização em conjunto pode despertar a criatividade na sala de aula 
através da pesquisa da junção entre a criação e o fazer musical. Devemos citar aqui 
a experiência de construir seus próprios instrumentos como o grupo Uakti, que 
desenvolve um trabalho profissional e lúdico na arte de construção (ou luteria) de 
instrumentos musicais não convencionais a partir de materiais do cotidiano 
como tubos de PVC, vidros, metais, pedras, borracha, cabaças e até água ( como na 
faixa de abertura, Água – Uakti e o compositor Philip Glass – Rio Amazonas ) 
utilizando –os para fazer uma música instrumental de rítmica muito complexa e 
sonoridade única. 
 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=fh8scfurT30 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=4&v=MnXVvP97BUY 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=y9jKb_sGT2w 
 
Planetário 
O grupo Uakti é um grande exemplo de como exercer uma prática de conjunto 
construindo seus próprios instrumentos a partir de materiais do dia a dia, recriando 
os sons da natureza. Eles demonstram claramente que o processo criativo levou-os 
a uma sonoridade única em busca de experimentação plenamente sensorial do seu 
grupo. Apostaram em uma de elaboração de efeitos sonoros em conjunto 
unicamente criativo e propriamente deles. É uma realização em grupo na qual a sala 
de aula será incentivada e certamente dará bons frutos. 
Todas essas considerações realçam a figura do educador musical como 
mediador do processo do ensino e da aprendizagem no processo musical, como 
provocador e interlocutor de novas experiências. 
Incentivar opções que busquem construir uma prática de conjunto criativa, e 
liberar a práxis da vivência sensorial através de uma atuação em grupo, é algo 
muitas vezes apropriado muitas vezes para estimular a dinâmica. 
http://www.youtube.com/watch?v=fh8scfurT30
http://www.youtube.com/watch?v=MnXVvP97BUY
http://www.youtube.com/watch?v=y9jKb_sGT2w
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
11 MÚSICA 
O educador musical deve procurar propiciar através da prática e da 
improvisação a atividade em grupo, sentir a sonoridade do seu instrumento criado 
pelo educando e como esses instrumentos podem compor o grupo ritmicamente e 
timbristicamente durante o trabalho em conjunto. 
O objetivo é aproximar e despertar o gosto aluno pela música, levando-o a 
gostar de ouvir e desenvolver uma performance em conjunto, ajudando no 
aprendizado musical. 
É necessário refletir sobre a nossa realidade no Brasil: iniciamos a nossa 
formação com instrumentos tradicionais e esquecemos que estes mesmos 
instrumentos musicais são frutos da criação a partir de materiais reutilizados, sem 
função na natureza ou rejeitados pelo próprio homem. 
No processo de elaboração de uma proposta de prática de ensino e 
aprendizagem em grupo temos que levar em conta a possibilidade de criar material 
em conjunto para produzir algo estimulante que provoque uma reação de querer 
participar. 
Ao criarmos um ambiente favorável para a música na sala de aula podemos 
notar que os alunos pesquisam e improvisam livremente, criando sons. Por que não 
aproveitar a criatividade nesse ambiente para criar instrumentos que proporcionem 
múltiplas vivências sonoras na sala de aula? 
 
 
 
SITES 
http://brinquedosmaterialreutilizado.blogspot.com/2014/07/trompete.html consultado 
em 29/jan/2019 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
12 MÚSICA 
fonte:http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/99/artigo220021-
1.asp 
Saiba mais:http://musicalizacaopedagogiaufsj.blogspot.com/2017/12/confeccao-de-
instrumentos-foi-proposto.html 
 
REFERÊNCIAS 
 
GAGNARD, Madeleine. Iniciação musical dos jovens. Lisboa: Estampa 1974. 
LOUREIRO, Alicia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. 4 ed. 
Campinas: Papirus, 2003. 
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. São Paulo: Scipione, 1990. 
 
 
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13 MÚSICA 
 
Aula 03_A exploração musical e o desejo de experimentar 
Construir instrumentos com os alunos, despertar o desejo de explorá-los 
musicalmente e realizar experiências sensoriais procurando explorar as diferentes 
sonoridades produzidas pelo mesmo objeto é uma perspectiva que nos interessa ao 
educador musical. O prazer da construção e execução desmistifica o prestígio dos 
instrumentos prontos, esquecendo que um dia eles também foram criados 
rusticamente. 
Elaborar uma ou várias aulas usando a criatividade para criar e montar alguns 
instrumentos musicais pode ser de grande utilidade para unir o grupo, gerando 
interação e união entre os alunos que ao apresentar o seu feito como construtores 
de instrumentos musicais, mostrando o instrumento que construiram, demonstrando 
sua sonoridade, o material utilizado, o timbre que produz, apresentando as 
possibilidades sonoras. Essa prática pode ser entendida e aplicada como uma 
iniciação àorganologia didática. 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=YnNoba3WSOc 
 
Após ter demonstrado seus instrumentos ao grupo, caberá o aluno e/ou 
professor situar cada família de instrumento criado como uma orquestra tradicional. 
https://www.youtube.com/watch?v=6VaqtCPSTA0 
 
A partir dai questões rítmicas, sonoridade, timbres poderão ser trabalhados 
conjuntamente, buscando uma sonoridade equilibrada. 
Ao propor a construção de instrumentos com papel ou papelão, o professor 
busca incentivar a criança a descobrir os sons desses instrumentos. Em seguida, ele 
os agrupa segundo a maneira de tocá-los: bater, sacudir, vivenciando um processo 
de aprendizado criativo único e dando inicio assim à organização do som, do ritmo e 
a transformação dessa investigação sonora em uma peça musical. 
O professor conduzirá o grupo na exploração do som através de sinais 
indicando a intensidade. 
http://www.youtube.com/watch?v=YnNoba3WSOc
http://www.youtube.com/watch?v=YnNoba3WSOc
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organologia
http://www.youtube.com/watch?v=6VaqtCPSTA0
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
14 MÚSICA 
Alguns educadores musicais são contra o emprego de instrumentos feito de 
sucata devido ao tipo de som que eles produzem. São imperfeitos ou “rudes”, o que, 
segundo eles, prejudicaria o desenvolvimento da percepção musical e da formação 
de uma sensibilidade musical. 
A quantidade de instrumentos vai depender do número de participantes no 
grupo. O número de instrumentos deverá ser maior que o número de participantes 
para que seja mais fácil o remanejamento dos mesmos. 
É importante frisar que durante o processo de desenvolvimento dos 
instrumentos que hoje são considerados tradicionais, esses instrumentos também 
sofreram críticas de puristas em algum momento da história. 
O significado de criar, projetar um instrumento musical, principalmente com as 
novas tecnologias vigentes, é algo inusitado para os alunos e poder tocar em 
conjunto se torna ainda mais excitante.REFERÊNCIAS 
 
STATERI, José Júlio. Estratégicas de ensino na musicalização infantil. Osasco: 
FITO, 1997. 
 
 
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15 MÚSICA 
 
Aula 04_Proposta prática – Funga Alafia 
A partir da definição da instrumentação disponível, seja de instrumentos de 
pequena percussão tradicionais ou instrumentos construídos pelos próprios alunos, 
pode-se escolher alguma canção de fácil aprendizado para incentivar a execução. 
Os ensaios devem ser feitos com a apresentação e repetição de pequenos 
trechos para superar as dificuldades no aprendizado, memorizando o ritmo da peça, 
bem como a entrada do grupo de instrumentos. 
Apresentamos um pequeno arranjo da canção africana “Funga Alafia” como 
sugestão de prática: 
 
 
 
 
 
 
 
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DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
16 MÚSICA 
 
Note que há complexidades rítmicas, mas são padrões repetidos que devem 
ser aprendidos pelo professor e ensinados aos alunos por repetição. O arranjo 
acima é sugerido e aplicado por seguidores da Orff Schulwerk, e é disponibilizado 
aqui como base para adaptações. Sobre a melodia apresentada podem ser 
realizadas apenas algumas das partes de instrumento sugeridas. 
Ela pode ser cantada em circulo e com gestual: 
1- Mão direita e esquerda na testa significando nenhum pensamento ruim na mente. 
2- Mão direita e esquerda na boca significando nenhuma palavra ruim na minha 
boca. 
3- Mão direita e esquerda sobre o coração significando nenhum sentimento ruim. 
4- Mão direita esfregando o braço esquerdo e depois a mão esquerda esfregando o 
braço direito. 
Pode-se criar dois grupos: enquanto um toca, o outro pode fazer o gestual 
sugerido acima ou criar uma coreografia própria do grupo para dançar o Funga 
Alafia. 
O professor, diretor musical do conjunto, pode ir introduzindo os instrumentos 
musicais no conjunto, adequando-os à sonoridade do conjunto gradativamente. 
Realizando esse tipo de condução do trabalho, é despertada no grupo a 
expectativa de apresentar, a cada momento, um instrumento novo e com isso o 
aluno estará sempre interessado em tocar e o professor pode continuar ensaiando a 
mesma música, explorando novas sonoridades com o conjunto. 
Pelo caráter minimalista da música Funga Alafia, ela poderá ser tocada de 
modo continuo buscando trabalhar timbre, dinâmica, expressividade e outros 
aspectos da linguagem e da apreciação musical sem que a atividade se torne 
enfadonha. 
 
Abaixo um exemplo da música Funga Alafia: 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
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17 MÚSICA 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=GTegkMJq15M 
 
REFERÊNCIAS 
LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: 
Melhoramentos, 2013. 
Aula 05_O corpo como instrumento musical na prática de conjunto 
 A utilização do corpo como instrumento musical pode ser muito eficaz na 
realização de trabalhos em conjunto. A estrutura física do corpo é capaz de emitir 
sons e timbres de diversas maneiras: por meio da voz, das mãos, do peito, dos pés, 
das pernas, do rosto. Posto isso, entendemos que é possível realizar vários 
trabalhos com elementos variados e fundamentais da música usando o corpo como 
instrumento: melodia, timbre, ritmo, improviso. 
Pode parecer que a percussão corporal seja um elemento limitador do 
aprendizado musical na sala de aula. Pelo contrário: ele amplia e dinamiza, uma vez 
que possibilita o aumento das dimensões musicais no ensino tradicional, ajudando o 
professor a perceber a utilização da estrutura física, podendo fornecer muitas 
respostas para trabalhos futuros com instrumentos musicais. A expectativa na 
percussão corporal é realizar sonoridades com o corpo como instrumento musical: 
Ritmos, melodias, harmonias e timbres são extraídos através de estalos, batidas 
com os pés, sons vocais percussivos, entre outros. 
O objetivo principal é fazer com que alunos que nunca tiveram contato com 
instrumentos venham aprender uma linguagem musical fundamentada nos sons 
extraídos do próprio corpo. Desenvolvendo, através da percepção corporal, o senso 
rítmico, melódico e harmônico. Aspectos de coordenação motora fina e grossa, 
psicológicos e sociais, preparando o aluno para um conhecimento de si mesmo, 
passando a olhar para seu próprio corpo como possuidor de um potencial maior. 
A possibilidade de pesquisar sonoridades através do corpo percutindo-o, 
proporciona uma rica investigação, criando um repertório de múltiplos sons para 
cada elemento do grupo utilizar no trabalho especifico com os ritmos. 
Uma referência para esse tipo de trabalho, no Brasil, é o realizado pelo grupo 
Barbatuques: 
 
 
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18 MÚSICA 
 https://www.youtube.com/watch?v=0Q4aj_te-dw 
 
Mas é importante destacar que, guardadas as devidas proporções, trabalhos 
semelhantes de busca de sonoridades múltiplas com o corpo e voz são uma tradição 
africana que chegou ao Brasil e acabou se perdendo. É evidente, também, nas 
tradições indígenas a utilização das batidas de pé. 
A exploração de diferentes sons musicais produzidos por vibrações das 
pregas vocais, que não o canto convencional, também acontecem: 
https://www.youtube.com/watch?v=WUZH3EDzSF4 
 
Referência internacionalmente é o trabalho do cantor, compositor, regente 
ou condutor musical de conjuntos Bobby Mcferrin, onde realiza um trabalho sem 
igual no campo da criatividade e qualidade musical. Sua enorme extensão vocal de 
quatro oitavas possibilita uma variação de efeitos riquíssimos. 
https://www.youtube.com/watch?v=pO_LV-yInc8 
 
Convidar os participantes do grupo a produzir, juntos, música em conjuntos 
usando apenas o corpo é uma proposta interessante. Ao formarem uma roda pode-
se bater os pés no chão, complementando com outro som do corpo ou voz. Convide 
o grupo a explorar outras possibilidades. 
Busque produzir em conjunto algo coletivo, usando sons do corpo, utilizando 
alguma música conhecida do grupo para que possam cantar e ao mesmo tempo 
improvisar um acompanhamento para ela, usando os sons corporais. As 
possibilidades são muitas e com certeza o professor poderá notar que os alunos 
estarão criando a partir do incentivo que for oferecido com a persistência do 
professor. 
Pode-se dividir o conjunto em vários grupos menores, dependendo da 
quantidade de participantes, e a partir dessa possibilidade utilizar a mesma música 
com o sentido de criar arranjos sonoros diferentes. Com isso o professor poderá 
sugerir que a classe escute a realização de cada grupo e formule uma discussão 
sobre os resultados musicais. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=0Q4aj_te-dw
http://www.ted.com/talks/bobby_mcferrin_hacks_your_brain_with_music.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bobby_McFerrin
 
 
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19 MÚSICA 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
MADUREIRA, Sandra. Sonoridades [recurso eletrônico]: a expressividade na fala, no 
canto e na declamação / Sonorities [eletronicdevice]: speech, 
singingandrecitingexpressivity / Sandra Madureira (Organizadora). - São Paulo: 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016. 
RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
https://www.pucsp.br/liaac/download/sonoridades-sonorities.pdf - acesso em 24 Jan. 
2020. 
https://vozteoriaepratica.com.br/overtone-singing-canto-difonico/ - Prof. Ana 
Cascardo- acesso em 24 Jan. 2020. 
 
 
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20 MÚSICA 
 
Aula 06_Sons do corpo - Introdução à percussão corporal 
 
Com o corpo, se podem produzir diversos tipos de sons, voluntários, 
involuntários, intensos, sutis, graves, médios, agudos, etc e, se listarmos os 
diferentes timbres que fazem parte do nosso dia a dia, além da voz usada na fala, se 
pode lembrar também de outros: ronco, palma, assobio, estalo de dedo, respiração, 
espirro, soluço, etc. 
Ao falar sobre os sons do corpo, geralmente, não temos noção da infinita 
variedade sonora que o corpo é capaz de produzir. Pensar neles pode até ser 
engraçado, porque, no senso comum, quando se fala em sons do corpo, podemos 
pensar nos sons “inapropriados” ou sons que dão margem a piadas. Isso acontece, 
pelo pouco desenvolvimento da nossa reflexão sobre este potencial sonoro do 
 
 
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21 MÚSICA 
corpo, inclusive, porque alguns sons estão tão incorporados que chega a ser difícil 
identificá-los. 
Pare pra pensar: quantos tipos de som o seu corpo produz? Conforme 
refletimos, vamos lembrando, aos poucos, dos muitos sons que já produzimos sem 
perceber. 
Além dos sons que a gente nem percebe, existem também aqueles que até 
chegamos a perceber um dia, geralmente quando crianças, mas quando adultos já 
não usamos mais. O que parece acontecer durante o nosso crescimento é que 
somos mais estimulados a usar certos tipos de sons e desencorajados a usar outros. 
Isso acontece, não só porque existem sons considerados culturalmente apropriados 
e inapropriados, mas também porque se estipula certos sons como padrão na 
comunicação sonora, por exemplo, a voz na fala (comunicação verbal). 
 
Exploração 
Se pensarmos em relação à evolução dos seres vivos, seria fundamental para 
toda espécie, no seu processo de sobrevivência, o desenvolvimento da sua 
capacidade de adaptação ao ambiente. Nessa luta em busca da permanência, os 
seres vivos acabam explorando e descobrindo os recursos que garantirão o seu 
desenvolvimento, como, por exemplo, o som. 
A utilização do som como ferramenta de comunicação entre os indivíduos da 
espécie vai ajudar a garantir, entre outras coisas, a articulação e a comunicação. 
Pensando nisso, podemos assumir que as origens da exploração dos sons do corpo 
estão conectadas às próprias origens do desenvolvimento do ser humano como um 
ser social. 
 
Técnica 
Nos últimos dez anos, mais atenção veio sendo atraída para este tipo de olhar 
sobre as práticas que utilizam os sons corporais, e muitos dos estudos também têm 
explorado os diferentes objetivos e finalidades de cada uso. Existem infinitas 
possibilidades e utilidades quando se explora esse recurso tão rico, e a percussão 
corporal, em especial, tem se mostrado um universo muito versátil. 
 
 
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22 MÚSICA 
É difícil dizermos que a percussão corporal é uma prática nova, porque 
provavelmente ela já vem sendo desenvolvida desde nossas origens, mas o que é 
novo, neste caso, é a maneira com que olhamos, agora, para a exploração dos 
recursos sonoros do corpo. “Percussão corporal”, se conferirmos no dicionário, 
significa apenas a prática de percutir o corpo, mas esta expressão tem sido usada, 
não só em referência à prática de percutir partes do corpo, mas também em 
referência às técnicas que percutem o corpo e organizam seus sons dentro de uma 
estrutura musical. 
A percussão corporal é um recurso que pode ser utilizado em muitas direções 
e, hoje em dia, já existem registros da prática sendo desenvolvida em áreas da 
música, educação, matemática, saúde, comunicação, treinamento corporativo, 
trabalho social e outros. Em geral, as práticas que se utilizam deste universo são 
muito bem sucedidas, quando o objetivo é relaxar, desenvolver capacidade de 
comunicação, liberar o estresse, estimular a criatividade, etc. 
 
Saúde e bem estar 
Quando se trata de saúde e bem estar, existe uma série de profissionais que 
trabalham com a percussão do corpo e redirecionam esta prática para suas áreas 
específicas. Em alguns ambientes, podemos até encontrar técnicas de percussão 
corporal sendo desenvolvidas sem nenhum interesse sonoro. Principalmente em 
certas técnicas de massagem, a percussão do corpo é utilizada unicamente com o 
objetivo de relaxar o corpo por meio da ressonância causada pela vibração da 
percussão. 
Já nos casos de uso com objetivos sonoros, a percussão corporal também 
disponibiliza uma série de recursos que podem ser utilizados para a criação de 
ambientes terapêuticos. Na musicoterapia, por exemplo, a prática da percussão 
corporal tem grande utilidade e eficiência, pelo fato de ser uma prática que, em 
potencial, envolve e estimula os elementos som e corpo, podendo trabalhar a 
relação entre indivíduos e sua comunicação. 
A percussão corporal não precisa necessariamente ser usada como 
ferramenta terapêutica apenas no ambiente da musicoterapia, pois não se restringe 
apenas a este tipo de universo terapêutico. Pelo fato de as atividades que trabalham 
 
 
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23 MÚSICA 
com a exploração dos sons do corpo e com a percussão corporal possuírem, 
potencialmente, aspectos lúdicos, criativos, comunicativos e musicais, elas têm sido 
muito úteis para a criação de uma atmosfera terapêutica em muitos outros 
ambientes. 
 
Cultura e arte 
A percussão, de modo geral, já é uma prática bastante associada a culturas 
populares e a percussão do corpo acompanha este mesmo raciocínio. Em várias 
culturas, podemos observar a presença deste tipo de prática como recurso musical, 
e, nas atividades de cultura popular, onde a dança e a música trabalham quase 
sempre juntas, encontramos vários tipos de percussão corporal. Em cada lugar, ela 
é desenvolvida dentro de um estilo e, conforme analisamos seu tipo de técnica e 
nível de complexidade, conseguimos até identificar diálogos com o respectivo 
contexto cultural. 
Em alguns casos, surgiram expressões complementares e relacionadas com 
a percussão corporal, como “música corporal”, “dança percussiva”, “música 
orgânica”, “dança vocal” e outras, referindo-se a este universo, onde os sons do 
corpo servem como recurso musical, cênico e artístico. O mais importante talvez não 
seja nos preocuparmos com a delimitação destas linguagens, mas sim prestarmos 
atenção na riqueza de cada experiência artística. 
 
Texto adaptado de Pedro Consorte. 
http://pedroconsortebr.wordpress.com/2012/09/05/sons-do-corpo-introducao-a-
percussao-corporal/, acesso em 21_10_2013t 
 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
 
 
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24 MÚSICA 
RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed7e8/Revista%20Musica
%207_Mesquita.pdfacesso em 24 Jan. 2020. 
https://pedroconsortebr.wordpress.com/ace acesso em 24 Jan. 2020. 
 
 
 
 
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25 MÚSICA 
 
Aula 07_Diferentes tipos de percussão corporal - parte I 
 Como você já sabe a percussão corporal é uma prática que pode ser 
utilizada, entre outras finalidades, como recurso sonoro e musical. Em várias 
culturas, podemos observar a presença da percussão corporal como recurso sonoro 
e musical. Em cada lugar, elaé desenvolvida dentro de um estilo e, conforme 
analisamos seu tipo de técnica e nível de complexidade, podemos até identificar 
diálogos com o respectivo contexto cultural, conforme afirmamos anteriormente. 
A percussão, de modo geral, é uma prática bastante associada a culturas 
populares e a percussão do corpo acompanha este mesmo trajeto. Em atividades de 
cultura popular, a dança e a música trabalham quase sempre juntas, e nesses 
ambientes podemos encontrar vários tipos de percussão corporal. 
Você, também já sabe que exemplos de técnicas de percussão corporal 
utilizadas na área da música, em geral envolvem a dança também e que, de tão 
envolvidas, em alguns casos, torna-se difícil distinguir o que é dança e o que é 
música. Várias práticas utilizam a percussão corporal como recurso sonoro e 
musical, não necessariamente só na área da música, e isso engloba mais 
possibilidades. 
É importante lembrar que, além de se identificar algumas técnicas de 
percussão corporal e estilos de danças percussivas, no âmbito da apresentação 
cênica, em áreas como musicoterapia, dinâmicas de grupo, educação musical e 
muitas outras também desfrutam da percussão do corpo. 
Na área da percussão corporal pode-se destacar diversos nomes e estilos 
mais importantes dentro da cena internacional. O detalhamento sobre a origem, 
timbres explorados e os vídeos de exemplo explicitam melhor as características de 
cada estilo. Tecnicamente, considerou-se percussão corporal as técnicas que batem 
partes do corpo umas nas outras ou no chão. 
Vamos lá? 
BARBATUQUES, além de ser o nome do grupo, se tornou o nome da sua 
própria técnica, trabalhada e desenvolvida inicialmente por Fernando Barbosa 
(“Barba”), criador e diretor do grupo. A técnica começou a ser pesquisada a partir da 
 
 
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26 MÚSICA 
transposição dos sons da bateria para o corpo e se desdobrou em uma pesquisa, de 
níveis bastante sensíveis, da ampla variedade de timbres corporais, desde os 
percussivos até os vocais 
https://www.youtube.com/watch?v=37OP-SOe9dY 
 
HAMBONE (Juba Dance) é um estilo de dança rítmica, inventado por escravos afro-
americanos que não podiam usar nenhum tipo de instrumento musical. Pelo fato de 
alguns escravos poderem se comunicar por meio da percussão de tambores, os 
comerciantes de escravos proibiram qualquer tipo de instrumento, o que acabou 
estimulando a utilização do próprio corpo. Nesta técnica, leves tapas no peito, coxas 
e pernas são combinados com batidas dos pés no chão e palmas. 
https://www.youtube.com/watch?v=pf0E6PlQdEc 
 
CLOGGING é um estilo de dança rítmica originada durante a Revolução Industrial 
no Reuno Unido. Clog é o tipo tamanco utilizado por milhões de trabalhadores 
naquela época e esta pode ser considerada como uma das primeiras danças 
urbanas. No Clogging, há basicamente ou batidas dos pés no chão, ou de um pé um 
no outro. Esta técnica era utilizada como entretenimento, acompanhada de cantigas, 
e influenciou a criação da Juba Dance e do Sapateado Americano. 
https://www.youtube.com/watch?v=NMA5kgajhEA 
 
TAP DANCE (sapateado americano) é um estilo de dança que utiliza a percussão 
dos sapatos no chão para criar frases rítmicas. Esta técnica veio de uma junção de 
três vertentes de dança: Clogging, Step Dance Irlandesa e Juba Dance. Neste estilo, 
existem linhas de pesquisa mais dançadas e linhas mais tocadas. As dançadas se 
aproximam do teatro musical da Brodway e as tocadas se aproximam do jazz. No 
tap, as partes do corpo mais tocadas são os pés, acompanhadas de algumas 
palmas eventuais. 
https://www.youtube.com/watch?v=1_IZlvdSwfQ 
 
GUMBOOT é um estilo de dança que utiliza a percussão corporal e teve sua origem 
nas minas de ouro da África do Sul. Neste caso, a técnica de percussão corporal foi, 
 
 
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27 MÚSICA 
inicialmente, desenvolvida para servir como um instrumento de comunicação entre 
os mineradores que eram proibidos de falar. A princípio, ao utilizar frases rítmicas, 
batendo as mãos nas botas de borracha, eles se comunicavam dentro das minas, e 
essa prática foi, mais tarde, convertida em estilo de dança entre os próprios 
mineradores. 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=U0Q51WVrR40 
 
STEPPING é uma linha das danças percussivas, criada por fraternidades de 
estudantes universitários afro-americanos por volta de 1900 nos Estados Unidos. 
Esta prática se utiliza de passos, palmas e “spoken word” (gritos de guerra) para 
produzir uma combinação rítmica destes elementos e, no universo da percussão 
corporal, demonstra uma maneira interessante de aliar os sons corporais com os 
movimentos. 
https://www.youtube.com/watch?v=r7ErwbvUnu0 
------------------------------------------------------------------------------ 
Adaptado de Pedro Consorte. http://www.grapevine.com.br/percussaocorporal, 
acesso em 21_10_2013 
 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed7e8/Revista%20Musica
%207_Mesquita.pdfacesso em 24 Jan. 2020. 
http://www.grapevine.com.br/percussaocorporal
 
 
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28 MÚSICA 
https://pedroconsortebr.wordpress.com/ace acesso em 24 Jan. 2020. 
Aula 08_Diferentes tipos de percussão corporal - parte II 
Dando continuidade à apresentação dos diferentes tipos e usos da percussão 
corporal, temos: 
 
STOMP, além de ser o nome do grupo inglês que trabalha com percussão em 
movimento, também pode ser considerado o nome de um estilo de percussão 
corporal. Entre percussões de instrumentos não convencionais, o grupo também 
explora a percussão do corpo de uma maneira bastante original. Os shows possuem 
caráter cênico e de movimento bastante forte, e os timbres corporais mais usados 
são a batida dos pés no chão (botas), palmas e batidas nas coxas. 
https://www.youtube.com/watch?v=MqFz_jmcYF0 
 
FLAMENCO (dança) se desenvolveu em Andaluzia (Espanha), a partir grandes 
influências de grupos ciganos vindos da Romênia que migraram pra Espanha. O 
Flamenco é uma combinação de música, canção e dança. Na sua dança, há tapas 
no corpo, mas a característica mais forte é a presença das palmas e frases rítmicas 
do sapateado. Musicalmente falando, sua principal fórmula de compasso é o 
quaternário composto, com acentuações não convencionais para os ouvidos 
ocidentais. 
https://www.youtube.com/watch?v=xqxJMCQxb_Q 
 
SAMAN (dança) é um estilo de dança da Indonésia que utiliza a percussão corporal 
de forma bem sutil. Geralmente, apresentada por um grande número de dançarinos, 
as palmas e tapas leves se tornam audíveis a um grande público. A dança é 
apresentada com os dançarinos de joelho, e a percussão é feita nas palmas e 
costas das mãos, coxas e tórax. 
https://www.youtube.com/watch?v=dT4KdY1o0XM 
 
DANÇA ROMENA (Folclórica) é uma dança que se originou principalmente na 
região da Transilvânia durante o período do Feudalismo. Nas pequenas vilas, a 
https://www.youtube.com/watch?v=MqFz_jmcYF0
https://www.youtube.com/watch?v=xqxJMCQxb_Q
https://www.youtube.com/watch?v=dT4KdY1o0XM
 
 
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29 MÚSICA 
dança se desenvolveu como uma atividade comunitária e a disposição dos 
participantes é, geralmente trabalhada, ou em roda ou em pares. Acompanhada de 
instrumentos musicaise canto, a percussão corporal mais comum neste estilo 
explora estalos de dedo, pisadas no chão, batidas de mão nos pés, coxas e palmas 
de mão. 
https://www.youtube.com/watch?v=Hi-U-6IhO4M 
 
DANÇA CIGANA (Hungria e Eslováquia) é uma dança que vem da mesma região 
da Dança Romena, com as mesmas influências, mas organizada de uma forma 
diferente. O andamento é bastante rápido e as frases rítmicas são mais complexas. 
Os timbres corporais tocados são: palmas, pisadas, tapas nos pés, coxas e peito. 
https://www.youtube.com/watch?v=xiEgSgHM8cc 
 
KATHAK, que deriva da palavra “katha”, é uma dança original do norte da Índia. 
Este estilo de dança, geralmente, conta uma história, por exemplo, sobre a mitologia 
hindu ou sobre os famosos contos Mahabharata, Raymayana e Purana. A dança 
possui movimentos de piruetas rápidas e posições estáticas, sendo acompanhada 
pela música tocada por instrumentos musicais convencionais hindus. Os dançarinos 
usam guizos nos tornozelos, batem os pés no chão e criam frases rítmicas que 
acompanham as células musicais sendo tocadas. 
https://www.youtube.com/watch?v=4wXJWaqFbQc 
------------------------------------------------------------------------------ 
Adaptado de Pedro Consorte. http://www.grapevine.com.br/percussaocorporal, 
acesso em 21_10_2013 
 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
https://www.youtube.com/watch?v=Hi-U-6IhO4M
https://www.youtube.com/watch?v=xiEgSgHM8cc
https://www.youtube.com/watch?v=4wXJWaqFbQc
http://www.grapevine.com.br/percussaocorporal
 
 
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RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed7e8/Revista%20Musica
%207_Mesquita.pdfacesso em 24 Jan. 2020. 
https://pedroconsortebr.wordpress.com/ace acesso em 24 Jan. 2020. 
 
 
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31 MÚSICA 
 
Aula 09_Técnicas de percussão corporal 
Sabemos que na nossa infância desenvolvemos a curiosidade de explorar 
nosso corpo e os sons que ele produz. Batemos palmas, assoviamos e até 
arrotamos! 
Bem, utilizar esses sons do corpo humano na música não é uma técnica nova 
mundo afora. Existe até partitura de percussão corporal, para vocês verem como 
isso é levado a sério. 
 
 
 
 
Apesar de já estar enraizada em algumas culturas (África, América do Norte, 
Ásia), no Brasil ainda é algo que está sendo desenvolvido aos poucos. E as técnicas 
são diferentes em cada lugar. 
Recordando. 
Uns utilizam só os pés, como é o caso do CLOGGING, criado por 
trabalhadores do Reino Unido, durante a Revolução Industrial. 
 
 
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32 MÚSICA 
 
Outros utilizam pés, mãos, peito, coxas e pernas, no caso do HAMBONE, que foi 
criado por escravos afro-americanos, já que foram proibidos de utilizar tambores e 
outros instrumentos, para evitar a comunicação entre eles. 
E olha que não faltam técnicas de percussão corporal. Existe também a TAP 
DANCE, GUMBOOT, STEPPING, STOMP, FLAMENCO, SAMAN e muitos outros. 
O grupo precursor dessa arte musical no Brasil é o BARBATUQUES, 
idealizado por Fernando Barba, que com seus espetáculos incríveis, oficinas e 
atividades nas escolas, atrai a cada dia um número maior de seguidores (crianças, 
jovens ou adultos), já que a percussão corporal ajuda e muito na coordenação 
motora. 
Conhecendo esse tipo de trabalho de perto, no começo parece que você é o 
ser mais descoordenado do planeta. No entanto, com o passar dos minutos, vai 
relaxando e se acostumando a reutilizar algumas técnicas que deixamos pra trás na 
infância. 
Além disso, errar é engraçadíssimo e acertar, estimulante. 
O mais importante dessa técnica é você aprender a escutar seu próprio corpo. Você 
vai ficar chocado com a infinidade de sons que ele é capaz de produzir. 
Claro que você não vai sair por aí arrotando, batucando na pessoa que sentou do 
seu lado no ônibus ou fazendo sons bizarros com a boca no metrô! 
É algo pra brincar entre amigos ou com aquele seu sobrinho hiperativo que 
quebra todos os seus objetos pessoais da sala! 
Quem não conhece nada sobre o assunto, mas ficou com uma pontinha de 
interesse depois de realizar esta leitura, pode dar uma passada no YouTube e se 
maravilhar com as várias combinações de estilos e técnicas. É diversão na certa! 
Vale a pena experimentar e treinar. Vamos Lá? 
 
Adaptadode:http://www.sossolteiros.com/tum-pa-tum-pa-conheca-o-mundo-da-
percussao-corporal-praouvir/ 
 
REFERÊNCIAS 
http://www.sossolteiros.com/tum-pa-tum-pa-conheca-o-mundo-da-percussao-corporal-praouvir/
http://www.sossolteiros.com/tum-pa-tum-pa-conheca-o-mundo-da-percussao-corporal-praouvir/
 
 
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BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed7e8/Revista%20Musica
%207_Mesquita.pdfacesso em 24 Jan. 2020. 
https://pedroconsortebr.wordpress.com/ace acesso em 24 Jan. 2020. 
 
 
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34 MÚSICA 
 
Aula 10_Vivenciando a percussão corporal 
A percussão corporal é uma prática que pode ser utilizada, entre outras 
finalidades, como recurso sonoro e musical. Nos últimos 10 anos tem sido dada 
maior atenção para os tipos de técnicas existentes e para as que ainda em 
desenvolvimento. 
Em várias culturas, podemos observar a presença da percussão corporal 
como recurso sonoro e musical. Em cada lugar, ela é desenvolvida dentro de um 
estilo e, conforme analisamos seu tipo de técnica e nível de complexidade, podemos 
até identificar diálogos com o respectivo contexto cultural. 
A percussão, de modo geral, é uma prática bastante associada a culturas 
populares e a percussão do corpo acompanha este mesmo trajeto. Em atividades de 
cultura popular, a dança e a música trabalham quase sempre juntas, e nesses 
ambientes podemos encontrar vários tipos de percussão corporal. 
O brasileiro Pedro Consorte vem trabalhando com percussão corporal há 
alguns anos, e atualmente participa do aclamado STOMP, grupo britânico subdivido 
em cinco grupos menores que se apresentam ao redor do mundo, misturando artes 
cênicas e percussão corporal. O STOMP é um grupo que tem pouca ou nenhuma 
melodia no sentido tradicional, baseando suas performances inteiramente em 
conceitos rítmicos. 
O próprio Pedro Consorte conta sua história: 
"Quando comecei a trabalhar para o STOMP, fiz parte da turnê europeia e viajei 
para Rússia, Itália, Inglaterra, Alemanha, Áustria e Suíça. Por volta de seis meses 
depois, fui transferido para o elenco de Londres [...]. Existem quatro elencos ao 
redor do mundo: Londres, Turnê Europeia, Nova Iorque e Turnê Americana. Para 
fazer parte do STOMP, você tem que participar de uma das audições abertas e foi 
isso que eu fiz. Saí do Brasil, cheguei a Londres, fiz a audição e esperei por dois 
meses até receber a notícia de que havia sido escolhido para o treinamento.Acho 
que no meu caso, me destaquei principalmente pela percussão corporal, que era o 
meu forte na época. Mas também foi importante mostrar uma boa noção cênica e de 
movimento." 
 
 
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35 MÚSICA 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Zu15Ou-jKM0 
 
Pedro afirma, ainda que o STOMP conta com um elenco bastante 
diversificado e com ótimos profissionais, que vêm das mais diversas formações e 
cantos do mundo. E que, na realidade tem sido muito inspirador e estimulante poder 
conviver diariamente com ótimos bateristas, atores, dançarinos e outros artistas. 
“Além de nós já entrarmos no show com as nossas próprias habilidades, o show em 
si nos estimula em novas direções, o que faz com que surjam novas competências e 
aptidões." 
 https://www.youtube.com/watch?v=f8bkvO1XpzM 
 
"Eu nasci em uma família fantástica de músicos, artistas, intelectuais e 
pessoas muito sensíveis e inteligentes. Isso tudo acabou sendo uma enorme fonte 
de estímulos que, já desde pequeno, me contaminaram e direcionaram para o 
caminho das artes. Com 3 anos de idade, ganhei uma bateria e, durante a minha 
infância, sempre participei dos ensaios que aconteciam em casa. Inclusive, 
considero o suporte da minha família um dos principais responsáveis pelo meu 
sucesso pessoal e profissional. Sem ele, tudo teria sido muito diferente”. 
Para Pedro, a percussão corporal foi algo que começou a desenvolver 
instintivamente, principalmente depois ver pela primeira vez o trabalho do 
Barbatuques. Quando entrou no Ensino Médio, começou a fazer aulas 
extracurriculares de Percussão Corporal com o Cadu Granja e porque já tinha 
alguma experiência com percussão e música, se destacou nas aulas e, pouco 
depois, foi convidado a participar do Grupo de Estudos orientado pelo Fernando 
'Barba', criador dos Barbatuques. 
Além da música, a percussão pode se envolver com outras linguagens 
artísticas o que torna muito interessante a mistura e a conexão entre as diferentes 
áreas das artes. Outro aspecto a considerar é o que envolve as relações entre o 
corpo, o som e o movimento e, baseado nesses tópicos, pesquisas estão sendo 
desenvolvidas e o compartilhar dessas experiências será relevante para o 
aprofundamento dos estudos. 
https://www.youtube.com/watch?v=f8bkvO1XpzM
 
 
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36 MÚSICA 
Pode-se afirmar que benefícios para o corpo e para a cabeça são 
proporcionados pela música, e especialmente a percussão. 
 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Fernando; HOSOI, André (organizadores). Apostila Barbatuques: curso 
de formação básica. São Paulo: (MIMEO), 2012. 
BRITO, Teca Alencar de. O humano como objetivo da educação musical. São Paulo: 
Peirópolis, 2001. 
RÜGER, Alexandre Cintra Leite. Percussão corporal como proposta de 
sensibilização musical para atores e estudantes de teatro. Universidade Estadual 
Paulista Júlio Mesquita Filho, Instituto de Artes – programa de pós-graduação em 
música. São Paulo, 2007. 
SITES 
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed7e8/Revista%20Musica
%207_Mesquita.pdfacesso em 24 Jan. 2020. 
https://pedroconsortebr.wordpress.com/ace acesso em 24 Jan. 2020. 
 
 
 
 
 
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37 MÚSICA 
 
Aula 11_Uma orquestra em formação a partir da criação dos seus 
próprios instrumentos musicais 
Michel Faligand descreve um grupo de alunos que construiu seus próprios 
instrumentos musicais: cornetas, xilofones, cítara etc 
Tudo isto reunido e acrescido de metalofone e um jogo de chocalhos, 
formavam uma orquestra. E a execução ficando a cargo de um dos seus colegas 
que, através de gestos com o dedo, apontava no quadro negro, de baixo para cima, 
segundo a segundo, um esquema em que cada instrumento seguia a sua coluna 
vertical, respeitando o silêncios e as alturas (estas representadas por cores). Mas 
dentro do compasso, o ritmo podia ser organizado como bem entendesse segundo 
sua escolha. Neste caso, estamos diante de um trabalho do conjunto, de coesão. 
Um bom exemplo deste tipo de conjunto, é do Blue Man Group. Assista o 
vídeo abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=dOLBn8GKBlA 
 
Faligand teve como objetivo combinar sons e dar aos alunos uma disciplina 
temporal em relação a um código, sendo essencial que elas acompanhassem a 
notação em conjunto. 
Durante o processo utiliza – se uma improvisação dentro de convenções 
preestabelecidas de desenvolvimento do trabalho musical. 
 
 
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38 MÚSICA 
 
 
 
Grupo Uakti,(uma espécie de tubo fone).O condutor do conjunto desempenha 
uma função fundamental, decidindo o número de instrumentos a utilizar neste ou 
aquele momento da execução. Decidirá, também, a cor “orquestral” quais os 
timbres, sonoridade que irá obter da orquestra, a sua condução e elaboração do 
projeto orquestra ou banda. Tudo será definida por ele obter o melhor 
aproveitamento da orquestra com sua sonoridade, realizando tudo em andamento 
muito lento, com ritmos marcados, e, sobretudo, pausas. 
Tendo como objetivo a sensibilização dos alunos por uma série de sensações 
através do ritmo, sonoridade e timbre, não somente pela audição, mas pela prática 
da produção do som em conjunto. Na visão do educador musical, pode ser esta uma 
das melhores maneiras de fazê-los mergulhar na experiência musical, fazendo com 
que eles conheçam a sonoridade instrumentos musicais, construídos por eles. 
O fato é que a experiência e a prática da elaboração de conjuntos musicais 
pode ser uma estratégia muito eficaz no processo de despertar o gosto pela música, 
ajudando a romper barreiras das dificuldades que por ventura possam existir no 
ensino musical. 
 
REFERÊNCIAS 
Loureiro, Alicia Maria Almeida. O ensino de música na escola 
fundamental.Campinas, SP: editora Papirus, 2003. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=dOLBn8GKBlA
 
 
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39 MÚSICA 
Jeandot, Nicole. Explorando o Universo da Música. São Paulo: editora Scipione, 
1990. 
 
Stateri, José Júlio. Estratégicas de ensino na musicalização infantil. Osasco, SP: 
Fundação Instituto Tecnológico de Osasco, 19
 
 
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40 MÚSICA 
 
Aula 12_Música Indígena 
Nesta aula vamos estudar um pouco sobre a música indígena. Como o 
contexto dessa disciplina é tratar da elaboração e direção de grupos instrumentais 
no ensino fundamental, nada mais apropriado que tratar da música indígena, visto 
que é um dos importantes pilares da formação cultural brasileira. 
Há que se tomar cuidado quando se trata de música indígena, pois há muita 
confusão sobre o que é a verdadeira música indígena brasileira e música que fala 
sobre os índios. É muito comum nos dias comemorativos como o dia 19 de abril, os 
professores de arte ou música, fazerem homenagens com os alunos e 
desenvolverem com a classe o que se chama de música indígena brasileira. Muitas 
vezes são somente canções infantis que têm como tema a cultura indígena. Esse 
tipo de atividade também pode ser válido, mas precisa ficar claro para os alunos que 
não se trata exatamente de música baseada na cultura indígena e muito menos 
criada pelos índios. 
Ouça, por exemplo, uma música que pode ser demonstrada e até realizada 
com um coro infantil, mas que não é música indígena. É “Tu tu tu Tupi” de Hélio 
Ziskind. Assista ao vídeo: 
Tu tu tu Tupi de Hélio Ziskind 
 
Por outro lado, existem músicos brasileiros não pertencentes a comunidades 
ou tribos indígenas que sempre se dedicaram à pesquisa e à compreensão da 
música indígena brasileira e que procuraram incorporar os elementos daquela 
cultura em suas próprias composições. Nesse caso, também não temos música 
indígena defato, mas influenciada pela cultura indígena, seja na língua em que é 
cantada, seja nos ritmos e contornos melódicos ou pelos instrumentos 
característicos utilizados. 
Um desses músicos é a premiada compositora, cantora e 
pesquisadora Marlui Miranda (clique aquipara mais informações). 
https://youtu.be/fEdZ-_RRRH0
http://www.animamusica.art.br/site/lang_pt/pages/musicos/marlui.html
 
 
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41 MÚSICA 
 
Com quase 40 anos de carreira, Marlui Miranda desenvolveu praticamente 
todo seu trabalho musical pautado na música indígena. Vamos ouvir alguns 
exemplos de suas músicas: 
 
1. Cantos dos índios caiapós adaptados por Marlui Miranda. ''Kworo Kango'' do 
álbum "Todos os sons": 
Kworo Kango 
 
2. Tchori Tchori - Marlui Miranda com o grupo Uakti: 
Tchori Tchori 
 
Agora vejamos uma canção de Marlui Miranda interpretada pelo coro infanto-
juvenil “Papo Coral” com direção geral de Cristiane Alexandre e direção cênica de 
Yamba Daher: 
 Araruna (Marlui Miranda-adaptada dos cantos dos índios Parakanã do Pará) 
 
Agora que ouvimos algumas músicas influenciadas pela cultura indígena 
brasileira, é fundamental estudar um pouco sobre ela, melhor ainda, desde os 
primeiros tempos da chegada dos portugueses ao Brasil. 
Leia o texto 500 anos: Música indígena e identidade cultural de Luiz César Marques 
Magalhães em que o autor discute um pouco sobre o assunto. (Clique aqui para 
abrir o texto). 
 
 
https://youtu.be/hA8o22lLk64
https://youtu.be/cLSSwpeTkC0
https://youtu.be/vwjWOCHLbnM
 
 
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42 MÚSICA 
REFERÊNCIAS 
PATAXÓ HÃHÃHÃE e TUPINAMBÁ: Cantando as culturas indígenas. 
 
ALMEIDA, Berenice de, PUCCI, Magda. A Floresta Canta: Uma Expedição Sonora 
Por Terras Indígenas Do Brasil. Editora Peirópolis: São Paulo, 2015. 
 
SITE 
Amazônia Real: http://amazoniareal.com.br/acervo-inedito-de-cancoes-indigenas-
da-amazonia-chega-na-internet/ 
 
 
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43 MÚSICA 
 
Aula 13_Trabalhando com a Música Indígena 
Nesta aula, além de ouvir alguns exemplos de música produzidas por tribos 
indígenas brasileiras (há outros inúmeros que você pode procurar pela internet) 
vamos apresentar um projeto de aulas sobre o assunto. 
Temos uma boa referência no projeto intitulado “A Música das Cachoeiras”, 
onde poderemos encontrar diversas gravações coletadas nas comunidades e tribos 
indígenas do Alto Rio Negro, no Amazonas. 
Seguem algumas destas gravações (clique para ouvir): 
a) ParixaraWapichana 
b) Bororoi e TukúiMacuxi 
c) Caapivaia 
d) Instrumentos Aerófonos 
Os títulos das músicas que ouviu: 
a) Parixara Wapichana 
b) Bororoi e Tukúi Macuxi 
c) Caapivaia 
d) Instrumentos Aerófonos (de sopro) do alto Rio Negro 
O acervo completo pode ser encontrado através do 
link: https://soundcloud.com/musicadascachoeiras - disponível em 19. 06. 2018. 
Agora que ouvimos um pouco da música indígena, vamos ver um exemplo de 
como preparar uma série de aulas sobre música com a professora Roberta Paula 
Gomes Silva, publicado no site do Portal do Professor (MEC) –
(http://portaldoprofessor.mec.gov.br/perfil.html?id=283999 - disponível em 19. 06. 
2018): 
A sugestão para estas aulas são dividi-las em 5 momentos (que podem ser 
divididos em 5 aulas de 50 minutos): 
 
1º momento: 
https://campus20201.unimesvirtual.com.br/draftfile.php/131101/user/draft/34962445/Parixara%20Wapichana.wav
https://campus20201.unimesvirtual.com.br/draftfile.php/131101/user/draft/34962445/Bororoi%20e%20Tuk%C3%BAi%20Macuxi.wav
https://campus20201.unimesvirtual.com.br/draftfile.php/131101/user/draft/34962445/Caapivaia.wav
https://campus20201.unimesvirtual.com.br/draftfile.php/131101/user/draft/34962445/Instrumentos%20Aerofonos.mp3
 
 
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44 MÚSICA 
Ao mesmo tempo em que o professor expõe o tema aos alunos, propor uma 
série de questões para estimular a reflexão sobre o assunto e descobrir o que eles 
sabem e o que pensam a respeito. 
Ela sugere algumas questões que podem ser feitas neste momento: 
a) Qual a opinião de vocês sobre a música indígena? 
b) Elas são parecidas com as nossas? 
c) Vocês conhecem o idioma cantado por esses índios? 
d) Quais temáticas são abordadas nessas músicas? 
e) Por que os índios cantam? 
f) A música é importante para os índios? Por quê? 
Em seguida, selecionar uma série de exemplos de áudios e/ou visuais para 
apreciação dos estudantes, sempre com comentários do professor. 
 
2º momento: 
Propor a leitura de textos (impressos ou online), formando grupos para 
discussão. E que após esta interação façam um texto sobre o que descobriram e 
aprenderam, sobre o motivo pelos quais os índios cantam, a importância da música 
para eles, quais instrumentos foram utilizados para aquela música, etc.... 
 
3º momento: 
Com recursos audiovisuais (que você tenha disponível), mostre imagens dos 
instrumentos construídos pelos índios ou baseado na cultura indígena brasileira. 
Após a demonstração e discussão sobre os instrumentos musicais indígenas, o 
professor pode propor a construção em sala de alguns destes instrumentos com 
material reciclável ou que possa substituir a matéria-prima dos instrumentos 
originais. 
Sugestão: Site auxiliar: Confecção de instrumento musical: o maracá, 
disponível em: http://brinquedoscomsucata.blogspot.com.br/2009/04/confeccao-de-
instrumento-musical-o.html. Acesso em 18/06/2018. 
 
 
4º momento: 
 
 
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45 MÚSICA 
Construídos os instrumentos, é chegada a hora de experimentá-los, propondo 
atividades musicais, com ritmos e/ou com canto também. 
 
5º momento: 
E, por fim, é o momento de colher dos alunos os resultados percebidos 
durante essas atividades. Além da redação de um texto pelos alunos sobre o 
assunto abordado nas aulas, proposta pela professora Roberta Silva, é possível 
desenvolver uma atividade musical relacionada à música indígena para ser 
apresentada com a classe toda. 
Estude a aula completa no Portal do professor, acessando pelo link: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58662 
 
Caro aluno, esperamos que tenha aprendido algo que lhe auxiliará em sua vida 
futura. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Berenice de, PUCCI, Magda. A Floresta Canta: Uma Expedição Sonora 
Por Terras Indígenas Do Brasil. Editora Peirópolis: São Paulo, 2015. 
 
SITE 
Amazônia Real: http://amazoniareal.com.br/acervo-inedito-de-cancoes-indigenas-
da-amazonia-chega-na-internet/ - Acessado em 04. 07. 2018. 
 
A Música das Cachoeiras: link: https://soundcloud.com/musicadascachoeiras -
Acesso em 04. 07. 2018. 
 
Confecção de instrumento musical: o maracá, disponível 
em: http://brinquedoscomsucata.blogspot.com.br/2009/04/confeccao-de-instrumento-
musical-o.html.- Acessado em 04. 07. 2018. 
 
Editora Peirópolishttps://www.editorapeiropolis.com.br/a-floresta-canta-
musicas/Acessado em 22 de janeiro de 2020. 
 
 
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46 MÚSICA 
 
PortalProfessor (MEC): http://portaldoprofessor.mec.gov.br/perfil.html?id=283999 - 
Acessado em 04. 07. 2018. 
 
 
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47 MÚSICA 
 
Aula 14_O coral como um espaço de motivação, inclusão social e 
integração. 
Profa. Rita Fucci Amato 
O regente de um coral deve atuar com a perspectiva de realizar um trabalho 
de educação musical dos integrantes de seu grupo. Para a condução de um trabalho 
artístico que envolve um grupo diversificado como um coral faz-se necessária a 
capacidade de estabelecer critérios, motivar cada um de seus integrantes, liderá-los 
e levá-los a uma meta estabelecida. A partir desse processo, pode-se gerar e 
difundirconhecimentos musicais e vocais, estimulando a propriocepção1 e o 
aumento da qualidade de vida dentro de uma comunidade. 
O canto coral se constitui em uma relevante manifestação educacional 
musical e em uma significativa ferramenta de integração social. Os trabalhos com 
grupos vocais nas mais diversas comunidades, empresas, instituições e centros 
comunitários pode, por meio de uma prática vocal bem conduzida e orientada, 
realizar a integração (entendida como uma questão de atitude, na igualdade e na 
transmissão de conhecimentos novos para todas as pessoas, independente da 
origem social, faixa etária ou grau de instrução, envolvendo-as no fazer o “novo”) 
entre os mais diversos profissionais, pertencentes a diversas classes 
socioeconômicas e culturais, em uma construção de conhecimento de si (da sua 
voz, de cada um, do seu aparelho fonador) e da realização da produção vocal em 
conjunto, culminando no prazer estético2 e na alegria de cada execução com 
qualidade e reconhecimento mútuos (enquanto fazedores de arte e apreciados por 
tal, por exemplo, em apresentações públicas). Além disso, os conhecimentos 
adquiridos pelos participantes do coral influenciam na apreciação artística e na 
motivação pessoal de cada um, independentemente de sua faixa etária ou de seu 
capital cultural, escolar ou social. 
A motivação é um processo contínuo no qual, fatores de diversas naturezas 
atuam no indivíduo, que é motivado a partir da concretização de seus desejos. 
Segundo Herzberg (apud MAXIMIANO, 2004), a motivação concretiza-se a partir da 
presença de fatores extrínsecos (políticas de administração de recursos humanos, 
http://campus20181.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=17254&inpopup=1#_ftn1
http://campus20181.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=17254&inpopup=1#_ftn2
 
 
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48 MÚSICA 
estilos de supervisão, relações interpessoais etc.) e intrínsecos (o trabalho em si, a 
realização de algo importante, o exercício da responsabilidade, a possibilidade de 
crescimento etc.). 
Já para Maslow (apud MAXIMIANO, 2004), a motivação ocorre a partir do 
cumprimento das necessidades (básicas, de segurança, de participação, de estima e 
de auto-realização) do indivíduo, como mostra o esquema a seguir. 
 
 
Necessidades Básicas: Abrigo, Vestimenta, Fome, Sede, Sexo, Conforto Físico. 
Necessidades de Segurança: Proteção, Ordem, Consciência dos perigos e riscos, 
Senso de Responsabilidades. 
Necessidades de Participação: Amizade, Inter relacionamento Humano, Amor. 
Necessidades de Estima: Status, Egocentrismo, Ambição, Exceção. 
Necessidades de Auto-realização: Crescimento Pessoal, Aceitação de desafios, 
Sucesso Pessoal, Autonomia. 
A partir da análise do esquema acima, podemos incluir o canto coral em um 
cenário de qualidade de vida e equilíbrio social. Assim, após o cumprimento das 
necessidades básicas e de segurança de dada população, a participação em 
atividades que promovam o aumento da autoestima e do senso de auto-realização 
constitui significativo aspecto da formação do indivíduo. Nessa perspectiva, o canto 
coral auxilia a pessoa no seu crescimento pessoal e, a partir de então, em sua 
motivação (AMATO NETO; FUCCI AMATO, 2007). 
Vale lembrar que a motivação é uma consequência da liderança que o 
regente deve exercer sobre seu grupo. Essa liderança pode ser traduzida em bases 
de autoridade, que podem ser aplicadas ao regente coral em três 
 
 
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49 MÚSICA 
níveis 3(MAXIMIANO, 2004): carisma, autoridade técnica (competência musical e 
educacional do regente) e autoridade política (condução do grupo com o 
estabelecimento de metas e bom nível de relacionamento do regente com o coro). 
Assim, um regente inovador é facilitador, considera-se parte integrante do 
coro, cobra resultados dentro das metas estabelecidas, divulga o conhecimento, 
valoriza a educação, patrocina as boas idéias e sempre busca o consenso do grupo 
(AMATO NETO, 2005). 
A partir da liderança do regente, os coralistas passam a se automotivar. Nas 
palavras de Bergamini (1994, p. 195): 
Passa-se, então, a supor que cada um tenha dentro de si recursos pessoais 
que lhe permitem manter o seu tônus motivacional bem como gerir-se a si mesmo 
de maneira a não permitir que nenhum desvio administrativo venha a drenar esse 
reduto importante de forças produtivas. A pessoa intrinsecamente motivada se 
autolidera sem necessidade que algo fora dela a dirija. Seria possível, então, afirmar 
que estando intrinsecamente motivada, a pessoa seja o líder de si mesmo. É 
relevante aludir que a participação em um coral, como em qualquer manifestação 
musical, pode provocar um desejo pela interdisciplinaridade de conhecimentos 
artísticos, pois, a partir da experiência musical vivenciada, os integrantes do coro 
podem interessar-se pela literatura, pelas artes plásticas e até mesmo por outras 
ciências e técnicas, como bem coloca Snyders (1992). 
Quanto à importância sócio-cultural do canto coral, vale recordar que: “A 
música, concebida como função social, é inalienável a toda organização humana, a 
todo agrupamento social” (SALAZAR, 1989, p. 47). 
Nessa perspectiva, o conceito da inclusão social, como forma de melhoria da 
qualidade de vida dos indivíduos, revela uma importância ímpar. As oportunidades 
de participação em todo e qualquer tipo de manifestação artística e cultural devem 
constituir-se em um direito irrefutável do homem, independentemente de suas 
origens, raça ou classe social, assim como deveriam ser todos os demais direitos 
fundamentais à vida humana. 
Esse processo de inclusão social dá-se a partir do momento da eliminação de 
quaisquer tipos de barreiras (entre teoria e prática, obrigação e satisfação, grupos 
http://campus20181.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=17254&inpopup=1#_ftn3
 
 
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50 MÚSICA 
homogêneos e heterogêneos, especialidades e generalidade, reprodução e 
produção de conhecimento), como enfatiza Bochniak (1992). 
A inclusão caracteriza-se na perspectiva de que todos os indivíduos 
pertencentes a um coral encontram-se na mesma posição de aprendizes, unindo-se 
na busca de objetivos comuns de realização pessoal e grupal. A partir de então, 
inicia-se o processo de integração, no qual a cooperação dos integrantes é efetivada 
por meio de uma união com sentimentos canalizados para a ação artística coletiva. 
A disciplina rigorosa, o estudo com afinco e dedicação também se incluem 
nessa perspectiva de um carisma grupal (ELIAS; SCOTSON, 2000). 
Todas essas ações ganham maior relevância quando inseridas na sociedade 
em que vivemos, onde a naturalização da exclusão tem se revestido das mais 
diversas maneiras, com implicações mais profundas no que diz respeito 
à interiorização da exclusão, retirando o direito às conquistas individuais de todos os 
excluídos. No que concerne a esse aspecto, cabe ilustrar a eficiência que o coral 
pode apresentar ao lidar com a quebra deste processo de interiorização da exclusão 
(FRIGOTTO, 1995). 
Na experiência da autora, quando regente de um coral formado por 
funcionário dos mais diversos setores de uma indústria da cidade de São Paulo, foi 
possível primeiramente verificar uma quebra nos níveis hierárquicos estabelecidos 
pelo trabalho dentro da empresa; para participar do coral só era necessário querer 
cantar. O gosto pelo canto estabeleceu as condições para tal quebra e criou a 
possibilidade de diferentes pessoas de diferentes categorias profissionais se 
integrarem para realizar um mesmo trabalho. Em certa ocasião, o Theatro Municipal 
de São Paulo promoveu uma montagem da ópera Cosi fan tutte, de Mozart, a preços 
populares. Os coralistas foram estimulados para que fossem assistir ao espetáculo e 
até aludidos quanto à não-necessidade

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