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O Mistério do Exército Perdido de Cambises

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O Mistério do Exército Perdido de Cambises 
 
 
 
Um exército de 50.000 homens, bem armados e experientes de missões 
militares pode ser derrotado por um outro, seja por questões de força ou 
numérica. Mas seria possível um exército de 50.000 homens simplesmente 
desaparecer sem deixar vestígios? Segundo o historiador grego Heródoto, isso 
aconteceu no ano 523 a.C. O poderoso império Persa sob o comando de 
Cambises II, filho do grande Ciro. O imperador, cuja crueldade distoava das ... 
benevolências de seu pai, havia conquistado o Egito e se preparava para 
invadir a Etiópia. No caminho, Cambises II enviou uma parte de seus exércitos 
para destruir um templo em Siwa, localizado no Sahara, na fronteira com a 
Líbia. Isso porque ele acreditava que os sacerdotes daquele templo estavam 
incitando uma revolta contra ele. 
Mandou 50.000 homens bem treinados e milhares de animais carregando 
equipamentos e suprimentos destruírem o templo e passarem a espada nos 
sacerdotes. Após alguns dias de jornada, o exército alcançou Bahariya, último 
oásis antes de chegar ao templo. Até este, seria então 30 dias sem água e 
sombra, sob um sol escaldante durante o dia, e frio durante a noite. 
Após dias e dias de sofrimento na jornada pelas imensas areias do Sahara, o 
exército estava a descansar. De repente, uma incrível tempestade de areia 
vinda do sul os atingiu e nenhum vestígio havia no local. Nunca ninguém 
encontrou algum sinal do poderoso exército perdido de Cambises II. Desde o 
século XIX, arqueólogos procuram os restos da imensa expedição perdida. 
http://www.oarquivo.com.br/oarquivo-historia/5321-o-misterio-do-exercito-perdido-de-cambises
http://www.oarquivo.com.br/images/stories/pol%C3%AAmica_7/exer2.jpg
 
Há seis anos, geólogos que faziam a pesquisa petrolífera numa região a 50 km 
de Siwa encontraram fragmentos de tecidos, punhais e ossos, que poderiam 
ter pertencido ao exército de Cambises II. Mas até hoje não se tem uma 
palavra final, ou seja, ainda permanece um mistério. 
 
Fim do mistério? Exército Persa desaparecido é encontrado no Saara 
 
 
Tradução: Carlos de Castro, 2009 - Ossos, jóias, e armas, encontradas no 
deserto do Egito podem ser os restos do exército de Cambises, que 
desapareceu há 2.500 anos. Os restos de um poderoso exército persa perdido 
nas areias do deserto ocidental egípcio há 2.500 anos pode ter sido finalmente 
localizado, resolvendo um dos maiores mistérios pendentes da arqueologia, de 
acordo com investigadores italianos. 
Armas de bronze, uma pulseira de prata, um brinco e centenas de ossos 
humanos, encontrados no vasto e desolado deserto do Saara, finalmente da 
esperanças aos arqueólogos de encontrar o exército perdido do rei persa 
Cambises II. Os 50.000 guerreiros teriam sido enterrados por uma tempestade 
de areia cataclísmica em 525 a.C. "Nós encontramos a primeira evidência 
arqueológica de uma história relatada pelo historiador grego Heródoto," disse 
Dario Del Bufalo, um membro da expedição da Universidade de Lecce, ao 
Discovery News. 
De acordo com Heródoto (484-425 a.C.), Cambises, filho de Ciro, o Grande, 
enviou 50.000 soldados de Tebas para atacar o oásis de Siwa e destruir o 
oráculo do Templo de Amon, após os sacerdotes se recusarem a legitimar o 
seu pedido de posse do Egito. Depois de caminhar por sete dias no deserto, 
os soldados persas encontraram um oásis, que os historiadores acreditam ser 
El-Kharga. Depois que o deixaram, nunca mais foram vistos. 
"Um vento surgiu do sul, forte e mortal, trazendo com ele colunas de areia e 
um grande redemoinho, que cobriu inteiramente as tropas e as fez 
desaparecer totalmente", escreveu Heródoto. Um século depois de Heródoto 
escrever sua história, Alexandre o Grande fez sua própria peregrinação ao 
oráculo de Amon, e em 332 a.C., ele teve a confirmação do oráculo de que era 
o divino Filho de Zeus, o deus grego equivalente a Amon. A história do 
"exército perdido de Cambises", no entanto, desapareceu na antiguidade. 
Como nenhum vestígio dos infelizes guerreiros jamais foi encontrado, os 
estudiosos começaram a negar a história como um conto de fadas. 
 
Agora, dois arqueólogos italianos afirmam ter encontrado evidências 
impressionantes que o exército persa foi realmente enterrado por uma 
tempestade de areia. Os irmãos gemeos Angelo e Alfredo Castiglioni já são 
famosos pela sua descoberta há 20 anos atrás da antiga "cidade egípcia de 
ouro" Berenike Panchrysos. Apresentada recentemente no festival de cinema 
arqueológico de Rovereto, a descoberta é o resultado de 13 anos de 
pesquisas e cinco expedições para o deserto. 
"Tudo começou em 1996, durante uma expedição destinada a investigar a 
presença de meteoritos de ferro perto de Bahrin, um pequeno oásis não muito 
longe de Siwa," disse ao Discovery News, Alfredo Castiglioni, diretor do Centro 
de Pesquisas do Deserto Oriental (CeRDO), em Varese. 
Enquanto trabalhavam na área, os investigadores observaram uma panela 
semi-enterrada e restos humanos. Em seguida, os irmãos avistaram algo 
realmente intrigante - que poderia ter sido um abrigo natural. Era uma rocha 
com cerca de 35 metros (114,8 pés) de comprimento, 1,8 metros (5,9 pés) de 
altura e 3 metros (9,8 pés) de profundidade. Essas formações naturais 
ocorrem no deserto, mas essa pedra grande era a única em uma grande área. 
"Seu tamanho e forma tornava o refúgio perfeito em uma tempestade de 
areia", disse Castiglioni. Bem ali, o detector de metais do geólogo egípcio Aly 
Barakat da Universidade do Cairo localizou antigas relíquias de guerra: um 
punhal de bronze e várias pontas de flechas. 
"Estamos falando de pequenos itens, mas eles são extremamente importantes 
porque são os primeiros objetos aquemênidas, da época de Cambises, que 
emergiram das areias do deserto em um local bem perto de Siwa", disse 
Castiglioni. 
Há cerca de um quarto de milha do abrigo natural, a equipe dos Castiglioni 
encontrou uma pulseira de prata, um brinco e algumas contas que eram 
provavelmente parte de um colar. 
"Uma análise do brinco, com base em fotografias, indicou que ele certamente 
era do período Aquemênida. Tanto o brinco, como as contas parecem ser 
feitos de prata. 
 
O brinco é muito semelhante, a um do século V a.C., que foi encontrado em 
uma escavação na Turquia ", disse Andrea Cagnetti, um dos principais 
especialistas de jóias antigas, ao Discovery News. Nos anos seguintes, os 
irmãos Castiglioni estudaram mapas antigos e chegaram à conclusão de que o 
exército de Cambises "não tomou a rota que acreditava, a das caravanas, 
através do Oasis Dakhla e do Oasis Farafra. 
"Desde o século 19, muitos arqueólogos e exploradores têm procurado o 
exército perdido nesse percurso. Eles não encontraram nada. Trabalhamos 
com a hipótese de um itinerário diferente, vindo do sul. Na verdade, 
descobrimos que essas rotas já existiam na 18ª dinastia", disse Castiglioni. 
Segundo Castiglioni, de El Kargha, o exército tomou uma rota oeste para Gilf 
El Kebir, passando pelo Wadi Abd el Melik, e em seguida, partiu para o norte 
em direção a Siwa. 
"Essa rota tinha a vantagem de surpreender o inimigo. Além disso, o exército 
poderia marchar sem problemas. Pela outra rota, controlada pelos egípcios, o 
exército teria que lutar em cada oásis", disse Castiglioni. Para testar sua 
hipótese, os irmãos Castiglioni fizeram levantamentos geológicos ao longo 
desse percurso alternativo. Eles encontraram fontes de água secas e poços 
artificiais feitos de centenas de potes de água enterrados na areia. Tais fontes 
de água poderiam ter tornado possível uma marcha no deserto. 
 
A termoluminescencia datou a cerâmica em 2.500 anos, o que está em 
consonância com a época de Cambises", disse Castiglioni. Na sua última 
expedição, em 2002, os irmãos Castiglioni voltaram para o local de sua 
primeira descoberta. Bem ali, a cerca de 100 km (62 milhas) ao sul de Siwa, 
mapas antigos tinham erroneamente situado o templo de Amon. Os soldados 
acreditavam ter atingido o seu destino, mas eles encontraramo khamsin - o 
quente, forte, e imprevisível vento sudoeste, que sopra do deserto do Saara 
sobre o Egito. 
"Alguns soldados encontraram refúgio em abrigos naturais, outros se 
dispersaram em várias direções. Alguns podem ter chegado ao lago de Sitra, e 
sobreviveram", disse Castiglioni. 
No final da expedição, a equipe decidiu investigar histórias de beduínos sobre 
milhares de ossos brancos, que surgiam a décadas, durante certas condições 
do vento em uma área próxima. Na verdade, eles encontraram uma vala 
comum com centenas de crânios e ossos. 
"Nós soubemos que os restos mortais tinham sido expostos por ladrões de 
sepultura, e que uma espada bonita, encontrada entre os ossos, foi vendida 
para turistas norte-americanos", disse Castiglioni. 
Entre os ossos, um grande número de pontas de setas persas e um bridão de 
cavalo, idêntico ao que consta numa descrição de um cavalo persa antigo, 
surgiram. 
"No deserto desolado, encontramos a localização mais precisa onde ocorreu a 
tragédia", disse Del Bufalo. 
A equipe comunicou a sua conclusão para o Serviço Geológico do Egito e deu 
os objetos recuperados para as autoridades egípcias. 
"Nós nunca voltamos. mas tinhamos certeza de que o exército perdido estava 
enterrado em algum lugar ao redor da área que nós examinamos, talvez em 
menos de cinco metros (16,4 pés) de areia." 
Mosalam Shaltout, professor de física solar no Instituto Nacional de Pesquisas 
de Astronomia e Geofísica, Helwan, no Cairo, acredita que é muito provável 
que o exército tomou uma rota oeste alternativa para chegar a Siwa. 
"Eu penso que dependeu de uma planificação ruim para ter água suficiente e 
refeições durante o longo percurso no deserto e, sobretudo, pela ocorrência de 
uma erupção do Kamassen, ventos de areia por mais de um dia", disse 
Shaltout ao Discovery News. 
Piero Pruneti, editor da Archeologia Viva, revista da Itália mais importante de 
arqueologia , está também impressionado com o trabalho da equipe. 
"A julgar pelo documentário, os Castiglioni fizeram uma descoberta muito 
promissora", disse Pruneti ao Discovery News. 
"De fato, suas expedições foram todas baseadas em um estudo cuidadoso do 
cenário... Uma exploração da área em profundidade é certamente necessária!" 
 
 
http://www.oarquivo.com.br/oarquivo-historia/5321-o-misterio-do-exercito-
perdido-de-cambises 
 
http://www.oarquivo.com.br/oarquivo-historia/5321-o-misterio-do-exercito-perdido-de-cambises
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	O Mistério do Exército Perdido de Cambises
	Fim do mistério? Exército Persa desaparecido é encontrado no Saara

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