Buscar

Prévia do material em texto

1. Como surgem e o que são as crises financeiras internacionais?
	As crises financeiras são situações nas quais ativos ou instituições financeiras se desvalorizam de repente, ela abala diversos setores e empresas. Elas podem surgir por inúmeros motivos, dentre eles, corrida aos bancos em períodos de recessão, ataques especulativos a alguma moeda, suspensão do pagamento da dívida de um país, estouro de uma bolha financeira e quebra do mercado de ações. 
2. Qual a diferença entre crises financeiras e econômicas?
	Uma crise econômica é um período de insuficiência no nível de produção, na comercialização e no consumo de produtos e serviços. A diferença entre elas é que durante uma crise financeira você não tem dinheiro para arcar com as responsabilidades e necessidades e durante uma crise econômica você não tem condições de competir no mercado. 
3. Analise as etapas comuns das crises financeiras internacionais.
	As crises financeiras têm 4 etapas comuns. 
A primeira delas, expansão, também é conhecido como boom e é o momento em que ocorre um grande crescimento econômico, no qual as pessoas tendem a ser mais otimistas. Alguns indicadores dessa etapa são a abertura de novos negócios e investimento no mercado de ações, aumento de salário, queda no desemprego e confiança alta. 
A segunda, desaceleração, é quando a economia continua crescendo, mas de forma mais lenta. Alguns indicadores dessa etapa são o aumento na taxa de juros nos empréstimos, preço sobem causando aumento na inflação, queda nos preços do mercado de ações, consumidores preocupados que reduzem gastos e as empresas param de contratar. 
A terceira, recessão, é quando a economia para de crescer, definida pelos economistas como dois trimestres consecutivos nos quais o PIB diminui. Pode ser iniciado por um evento negativo importante, tal como bancos falindo, crash no mercado de ações, etc. Alguns indicadores dessa etapa são o aumento de empresas falindo, aumento do desemprego, inflação desacelerada, diminuição na confiança do consumidor e aumento no déficit do governo. 
A quarta e última etapa, recuperação, é quando a economia começa a sair da recessão e volta a crescer. Alguns indicadores dessa etapa são a melhoria na taxa de desemprego, aumento nos gastos do consumidor e aumento do lucro das empresas. 
4. Historicamente, qual a frequência das crises financeiras internacionais e como estão ocorrendo atualmente?
	Segundo a matéria da revista Exame de “Cronologia das crises mais graves desde 1929” de 24/06/2010, tivemos uma série de acontecimentos que provocaram grande impacto no ponto de vista financeiro. São eles:
· 1929: “O Crack de 29”. 
· 1971: “O fim do sistema padrão-ouro”. 
· 1973: “O embargo do petróleo no conflito árabe-israelense”. 
· 1979: “A Revolução Iraniana”.
· 1980: “Iraque invade Irã”. 
· 1980 - A crise da dívida dos países da América Latina
· 1985 - A bolha imobiliária e das ações no Japão
· 1987: “A Segunda-feira Negra”. 
· 1994: “A crise do peso mexicano”. 
· 1997: “A crise dos Gigantes Asiáticos”. 
· 1998: “A crise do rublo”. 
· 2000: “A crise das ponto.com”. 
· 2001: “As Torres Gêmeas”. 
· 2001-2002: “A crise argentina”. 
· 2008-2009: “A Grande Recessão”. 
· 2009-2010: “A crise da dívida na Europa”. 
Contudo, sabemos que, desde 1929, existiram as 5 crises que foram mais impactantes:1929 (A Grande Depressão),1980 (A crise da dívida dos países da América Latina),1985 (A bolha imobiliária e das ações no Japão),1994 (A crise dos mercados emergentes),2008 (A crise mundial do subprime).
Além disso, existe também uma classificação por ciclos, que se divide em Ciclo de Kitchin (3-4 anos), mais comum atualmente, Ciclo de Juglar (7-10 anos) mais comum antigamente, Ciclo de Kuznets (15-20 anos), Ciclo de Kondratiev (50 anos), Ciclo de Sartore (>50 anos).
5. Analise comparativamente as crises da década de 1990.
	Na década de 1990 houve 4 crises e todas tiveram efeito na moeda dos países, desvalorizando-as, mas foram causadas por motivos diferentes. 
Em 1992 ocorreu a Quarta-Feira Negra, um ataque especulativo a libra. O governo britânico participava do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio e a moeda era negociada nos limites do mecanismo. Foi então que surgiu o rumor de que a libra iria ser desvalorizada, o que causou a venda da moeda. Por fim, o governo acabou aumentando a taxa de juros e saindo do mecanismo.
Em 1994 ocorreu a crise conhecida como Efeito Tequila causada por uma falta de reservas internacionais e uma crise no balanço de pagamentos associada a uma especulação financeira, gerando uma desvalorização dos pesos, moeda mexicana.
Em 1997 a crise monetária do Sudeste Asiático iniciou-se na Tailândia com um colapso financeiro quando o governo optou por adotar o câmbio flutuante. Isso gerou uma gigante dívida externa e a redução das importações e, consequentemente, a desvalorização das moedas. 
Em 1998 a Moratória Russa gerou uma desvalorização do rublo, moeda do país, e a declaração de moratória. Nos anos 1990 a Rússia passou por uma crise econômica com muito endividamento, desemprego e inflação, além de um PIB baixo, mas a crise asiática piorou a situação ao reduzir a oferta de crédito internacional e queda nos preços dos commodities. 
Por fim, em 1999 a crise brasileira, também conhecida como efeito samba gerou uma desvalorização no real causada pela troca do regime de bandas cambiais pelo regime de câmbio flutuante. 
6. Analise comparativamente as crises do Mercosul.
	Com a crise no Brasil no ano de 1999 e a desvalorização do real causada pela alteração do sistema de câmbio, que era fixo e adotado também na Argentina, teve serias consequências na economia argentina. Quando a moeda brasileira desvalorizou, os preços dos produtos se tornaram mais competitivos o que fez com que a Argentina, que nessa época já enfrentava o desemprego e a recessão, aprovasse medidas contra produtos importados. Esse conflito entre os dois países acabou afetando o Uruguai e o Paraguai também, causando resultados fracos nos negócios comerciais entre os membros. 
O Uruguai, devido a sua ligação histórica com a Argentina, sua grande extensão de fronteira com esse país e seus quatro anos de recessão fizeram da crise argentina um episódio de efeitos dramáticos. O Paraguai, que já vinha enfrentando um agravamento da pobreza e do desemprego, não foi capaz de conter a desvalorização acentuada de sua moeda entrou em uma crise institucional que paralisou economicamente o país.
7. Cite as fases da crise financeira internacional dos anos 2000.
	Fase 1: 2007/2008 – Dívida Privada. Crise tem origem nos bancos americanos. 
Fase 2: 2008/2009 – Crédito/Bancária. Crise se espalha para a Europa. 
Fase 3: 2010 – Dívida Soberana. Problemas de dívida na Zona do Euro. 
Fase 4: 2011 – Política. Dificuldades nos acordos de consolidação fiscal e ajustamento. 
8. O que foi a Crise do subprime?
	A crise do subprime, também conhecida como “bolha imobiliária americana” foi um colapso hipotecário que levou inúmeras instituições financeiras americanas a quebrar. 
9. Analise as causas e repercussões da crise do subprime.
	As principais causas para a crise foram a bolha de crédito formada depois da crise das empresas de internet, a baixa da taxa de juros de 6% para 1% a.a. e a concessão de créditos sem garantias e sem critério, o que levou os bancos a emprestarem dinheiro para pessoas que futuramente não iriam ter condições de pagar ou que não eram idôneas e, consequentemente, gerou um rombo coletivo nos bancos e fez com que muitos deles quebrassem. Nesse cenário de falta de confiança, os bancos deixaram de emprestar dinheiro entre si, para as indústrias, para os serviços e para os consumidores, preferindo ter dinheiro em caixa, gerando um aumento no custo dos empréstimos. Essa diminuição na circulação de dinheiro também foi responsável por derrubar o consumo nos EUA e congelar os investimentos. 
10. Analise as medidas adotadas para solucionar a crise do subprime.
	O plano para solucionar a crise foi recuperar a confiança, levando a retomadados empréstimos e permitindo que a economia voltasse a caminhar. Para que isso se tornasse realidade, os EUA compraram os papéis podres e injetaram dinheiro nos bancos. Contudo, esse resgate ocorreu apenas em algumas instituições que, segundo o governo americano, poderiam causar estragos no mercado caso quebrassem. Alguns exemplos foram a seguradora AIG e a Fannie Mae e Freddie Mac, agências de crédito imobiliário. O banco de investimento Lehman Brothers por outro lado, acabou indo à falência.

Mais conteúdos dessa disciplina