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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR FINANÇAS INTERNACIONAIS PROFESSOR: OTÁVIO FERREIRA N1 – PARALELOS E DISTINÇÕES ENTRE AS CRISES DE 1929 E 2008 BEATRYZ DE SOUZA PAULINO – RA: 3196766 LARISSA ANDRADE PELO – RA: 3389467 LARISSA GERVASIO – RA: 3247889 NATHALIA GOUVEIA - RA: 1337042 São Paulo 2020 INTRODUÇÃO Crise de 1929 A Crise de 1929 foi uma grande crise e recessão econômica que ocorreu em 1929 devido à superprodução de produtos e à quebra da Bolsa de Valores de NY, persistindo até o final da Segunda Guerra Mundial, onde se reestruturou através de suas conquistas e fortalecimento econômico que contou com sua industrialização e modelo do Fordismo. Essa crise foi significativa para o sistema capitalista, pois gerou enormes taxas de desemprego, falência de grandes bancos e empresas, redução da produção industrial, além da diminuição bruta do PIB e dos preços das ações. Crise de 2008 Desde a Grande Depressão de 1929, a crise de 2008 ocorreu nos Estados Unidos no contexto da globalização, devido ao estouro da “bolha imobiliária” devido ao aumento dos valores imobiliários enquanto a renda da população permaneceu intacta, ou seja, os preços dos imóveis não acompanhavam a economia popular na época. Jean-Marc Lucas (2008) aponta, no quadro econômico, quatro pontos mais negativos a contribuir para a crise: em primeiro lugar as perdas de emprego, sobretudo nos setores manufatureiro e de serviços. Em segundo lugar, relacionado ao retorno da inflação. Em terceiro a crise imobiliária, que provocava uma perda de patrimônio, que teve início em julho de 2005, quando não a perda total do imóvel e finalmente, a crise na bolsa que representou uma queda no preço das ações, fazendo com que o patrimônio dos domicílios sofresse um duplo choque, financeiro e imobiliário. SIMILARIDADES ENTRE AS CRISES Encontramos as similaridades das crises quando citamos os: Empréstimo Bancário: nos “Loucos anos 20” a euforia com a conquista financeira da Primeira Guerra possibilitou um consumismo exacerbado sem regulação monetária e empréstimos sem impasses e burocracias por parte dos bancos. Da mesma forma, em 2008 os bancos faziam empréstimos de alto risco que permitiam as pessoas a comprar imóveis sem que antes analisassem as condições dos mesmos a fim de garantir a devolução do dinheiro. Aumento do desemprego: Cerca de 4 milhões de pessoas ficaram desempregadas na crise 1929 enquanto na crise de 2008 a população atingida passou de 7 milhões. Quebra de bancos, falência de empresas e queda da Bolsa de Valores: Em 1929, com a especulação financeira em crise, o medo instaurado na população os levou a retirar tudo o que possuíam nos Bancos a fim de evitarem a perca de seus capitais, o que levou à falência diversas empresas que necessitavam de seu apoio. Já na crise de 2008, devido os devedores não possuir recursos suficientes para pagar os empréstimos realizados, os bancos começaram a quebrar devido à sua “fragilidade da regulação e pelo relaxamento na percepção dos riscos, o que redundou em uma febre especulativa de consequências desastrosas” e causaram novamente um enorme prejuízo às empresas e aos investidores externos. Crises americanas: ambas tiveram origem nos Estados Unidos e se propagaram mundialmente DIFERENÇAS ENTRE AS CRISES As diferenças entre as crises são encontradas em: Recessões distintas: Houve um crescimento industrial americano na qual sua produção correspondia a 45% da mundial mediante uma crise econômica e estrutural européia e a população dos Estados Unidos aos poucos foi deixando sua capacidade de absorver tamanha quantidade produzida, e encontraram na exportação a saída para seu “problema” produtivo. Entretanto, logo a Europa se reestruturou e começou sua própria produção, sem depender dos produtos americanos, o que causou uma superprodução e crise econômica nos Estados Unidos. Por outro lado, em 2008 o governo americano notou uma diminuição do crescimento do país e como alternativa, reduziu a taxa de juros e ampliação de crédito a fim de fazer a economia progredir, porém, a falta de rigorosidade na concessão de créditos e supervalorização dos imóveis implicou na inadimplência e estouro da “bolha imobiliária” quando o “FED (Federal Reserve) permitiu a falência do banco de investimento Lehman Brothers, em setembro de 2008, a situação no mercado bancário norte-americano podia ser adequadamente descrita como pânico.” Enquanto na crise de 1929 os empresários sofreram com suas perdas, a crise de 2008 afetou mais a população do que os empresários que de certa forma, se encontravam mais protegidos frente ao atual acontecimento. As consequências de ambas são semelhantes e inclui a queda nas bolsas, o aumento do desemprego e prejuízos para os investidores externos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi possível concluir que a Crise de 1929 foi muito mais destrutiva do que a de 2008. A soma dos fatores presentes na Grande Depressão, tais como predominância do padrão ouro, mau posicionamento dos Estados Unidos diante da crise e a falta de mecanismos administrativos para revertê-la, maximizaram a depressão de 1929 tornando-a referência para a comunidade econômica mundial como a maior crise já vista. A crise de 1929 foi fundamental para que aprendêssemos lições muito importantes de como agir em momentos de crise. Se não tivéssemos agido rapidamente, a crise de 2008 talvez tivesse consequências ainda piores do que a de 1929, devido a economia atual ser muito mais globalizada. Como o governo de países adotaram medidas intervencionistas, tais como injetar dinheiro no mercado financeiro e adotar políticas fiscais tais como a redução da carga tributária e o aumento dos gastos públicos. Devido a integração dos bancos centrais e o fluxo de informações, a crise de 2008 teve uma duração menor e não teve proporções tão catastróficas como a da grande depressão. Com isso podemos concluir que as políticas keynesianas são fundamentais, principalmente em fase de depressão de ciclos econômicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIMA, Marcos Costa. A Crise Financeira de Setembro de 2008 é também uma crise de Paradigma. 2009. 17 f. Recife, 2009. Disponível em: (http://www.centrocelsofurtado.org.br/arquivos/image/201108311552140.MC_LIMA1 ).pdf. Acesso em: 25 out. 2020. MAZZUCCHELLI, Frederico. A crise em perspectiva: 1929 e 2008. Campinas: Cebrap, 2008. Disponível em: (https://www.scielo.br/pdf/nec/n82/03.pdf). Acesso em: 25 out. 2020. PINTO, Eduardo Costa. A CRISE AMERICANA: DÍVIDA, DESEMPREGO E POLÍTICA. 2011. 20 f. Disponível em: (http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4041/1/BEPI_n08_crise.pdf). Acesso em: 25 out. 2020. PRADO, Luiz Carlos Delorme. A Grande Depressão e a Grande Recessão: Uma comparação das crises de 1929 e 2008 nos EUA. Revista Econômica, Niterói, v. 13, n. 2, p. 9-44, 1 dez. 2011. Disponível em: (https://periodicos.uff.br/revistaeconomica/article/view/34830/20086). Acesso em: 25 out. 2020. ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. CRISE DE 1929. 2019. 7 f. São Paulo. Disponível em: (https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira- republica/CRISE%20DE%201929.pdf). Acesso em: 25 out. 2020.
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