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UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX Aula 15 1Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Prof. M. Sc. João Paulo de Barros Cavalcante E-mail: jpbarrosc@hotmail.com Esforços nos Apoio de Pontes Disciplina: Pontes UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 2Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Relembrando... “A necessidade ocorre porque quando duas peças estruturais se apoiam uma sobre a outra, elas podem girar (rotação) ou deslizar (translação) uma em relação à outra. Estes movimentos de rotação e translação nem sempre podem ser absorvidos por alguma das duas peças, tornando assim necessário, um elemento intermediário entre elas, que é o aparelho de apoio”. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 3Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Para analisar os esforços nos elementos dos apoios das pontes, as ações podem ser divididas em dois grupos: • Ações aplicadas na superestrutura que produzem esforços nos apoios; • Ações aplicadas diretamente nos elementos dos apoios. Essas ações podem ser de dois tipos: • Verticais; • Horizontais. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 4Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Ações verticais: • Carga permanente • Carga móvel • Impacto vertical Ações horizontais: • Frenagem e aceleração da carga móvel; Empuxo de terra e da sobrecarga; Força centrífuga; Impacto lateral; • Pressão do vento; Deformações do tabuleiro causadas pela retração e fluência do concreto, pela variação de temperatura, e pela Protensão; Pressão de água; choque de veículos. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 5Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Para o cálculo dos esforços nos apoios, provocados pelas ações horizontais aplicadas na superestrutura, é feita a hipótese de proporcionalidade entre os deslocamentos horizontais e as reações horizontais. • O fator de proporcionalidade é a constante elástica do apoio, que pode ser definida de duas formas: rigidez e flexibilidade. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 6Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Rigidez ou coeficiente de rigidez é a força necessária para produzir um deslocamento unitário. 𝑘 = 𝐹 ∆ • Flexibilidade ou coeficiente de flexibilidade é o deslocamento provocado por uma força unitária. 𝛿 = ∆ 𝐹 Portanto: 𝑘 = 1 𝛿 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 7Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Aparelho de apoios de neoprene: No caso de neoprene, as expressões de k e 𝛿 pode ser deduzida com a aplicação da teoria da Resistência dos Materiais que fornece as seguintes expressões: ∆= 𝛾ℎ 𝛾 = 𝜏 𝐺 𝜏 = 𝐹 𝐴 ∆= 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝛾 = 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟çã𝑜 ℎ = 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝜏 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐺 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝐹 = 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 8Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Propriedades da resistência dos materiais: Constantes elásticas dos apoios • Aparelho de apoios de neoprene: UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 9Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Combinando as expressões anteriores, obtém-se: ∆= 𝐹 ℎ 𝐺 𝐴 Ou, 𝐹 ∆ = 𝐺 𝐴 ℎ Portanto: 𝑘 = 𝐺 𝐴 ℎ UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 10Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar No caso de pilar de seção transversal constante: ∆= 𝐹 ℎ³ 3 𝐸𝐼 Implicando em: 𝐹 ∆ = 3 𝐸𝐼 ℎ³ Portanto: 𝑘 = 3 𝐸𝐼 ℎ³ ∆= 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝐹 = 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 h = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝐸 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐼 = 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 11Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar No caso de pilar de seção transversal variável: ∆= න 0 ℎ𝑀0 𝑀1 𝐸𝐼 𝑑𝑥 = න 0 ℎ 𝐹 𝑥 𝑥 𝐸𝐼 𝑑𝑥 = 𝐹 𝐸 න 0 ℎ 𝑥² 𝐼 𝑑𝑥 Portanto: 𝑘 = 𝐸 0 ℎ 𝑥² 𝐼 𝑑𝑥 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 12Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios Esforços gerados em pilares, com seção retangular constante e variável, submetidos a uma força horizontal UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 13Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar com aparelho de apoio de neoprene ∆= ∆𝑝 + ∆𝑛 Onde, ∆𝑛= 𝐹 ℎ𝑛 3 𝐺 𝐴 = 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 ∆𝑝= 𝐹ℎ𝑝 3 3 𝐸𝐼 = 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 14Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar com aparelho de apoio de neoprene Portanto: ∆= 𝐹 ℎ𝑝 3 3 𝐸𝐼 + 𝐹 ℎ𝑛 3 𝐺 𝐴 = 𝐹 ℎ𝑝 3 3 𝐸𝐼 + ℎ𝑛 3 𝐺 𝐴 E 𝑘 = 1 ℎ𝑝 3 3 𝐸𝐼 + ℎ𝑛 3 𝐺 𝐴 = 1 1 𝑘𝑝 + 1 𝑘𝑛 = 1 𝛿𝑝 + 𝛿𝑛 = 1 𝛿 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 15Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar com aparelho de apoio de neoprene ∆= ∆𝑝 + ∆𝑛 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 16Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Constantes elásticas dos apoios • Pilar com aparelho de apoio de neoprene Os aparelhos de apoio mais comuns em pontes são: Aparelho de apoio móvel: 𝑘𝑛 = 0 Aparelho de apoio fixo: 𝑘𝑛 = ∞ Aparelho de apoio neoprene: 𝑘𝑛 = 𝐺𝐴/ℎ UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 17Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito de uma força horizontal longitudinal ▪ Para o cálculo das reações nos apoios provocadas por uma força horizontal longitudinal aplicada no tabuleiro, pode-se supor que esse tabuleiro seja rígido, e que ocorre uma translação do tabuleiro ao longo do eixo longitudinal da ponte. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 18Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ Com essa hipótese, os deslocamento horizontais no topo de todos os apoios terão o mesmo valor, e as reações serão proporcionais à rigidez de cada apoio UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 19Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ Para cada apoio i pode-se escrever: 𝑘𝑖 = 𝑅𝑖 ∆𝑖 Onde, 𝑘𝑖 é a rigidez de cada apoio na direção longitudinal 𝑅𝑖 é a reação horizontal ∆𝑖 é o deslocamento horizontal do topo do apoio UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 20Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ Como ∆𝑖= ∆ (igual em todos os apoios): 𝑅𝑖 = ∆ 𝑘𝑖 ▪ As condições de equilíbrio permitem escrever: 𝐹 = 𝑅1 + 𝑅2 +⋯+ 𝑅𝑛 =𝑅𝑖 Substituindo obtém-se: 𝐹 =𝑅𝑖 =∆ 𝑘𝑖 = ∆𝑘𝑖 𝑜𝑢 ∆= 𝐹 σ𝑘𝑖 Portanto: 𝑅𝑖 = ∆ 𝑘𝑖= 𝐹 σ𝑘𝑖 𝑘𝑖 = 𝐹 𝑘𝑖 σ𝑘𝑖 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 21Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito de uma força horizontal transversal ▪ O cálculo pode ser feito com raciocínio análogo ao do caso anterior, considerando agora a rigidez dos apoios na direção transversal. ▪ Além disso, existe a possibilidade de ocorrer também a rotação do tabuleiro. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 22Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito de uma força horizontal transversal ▪ Então, sob a ação da força horizontal transversal, o tabuleiro rígido poderá sofrer uma translação e uma rotação (Próxima figura). ▪ A rotação se dará em torno de um ponto que será denominado centro elástico transversal (CET), que é o baricentro das rigidezes dos apoios na direção transversal. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 23Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes deTabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito de uma força horizontal transversal Efeito de uma força horizontal transversal aplicada num tabuleiro UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 24Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ O CET poderá ser determinado com o processo usual para cálculo de baricentro, isto é, impondo que: 𝑘𝑡𝑖 𝑥𝑡𝑖 = 0 Onde, 𝑘𝑡𝑖 é a rigidez de cada apoio na direção transversal 𝑥𝑡𝑖 é a distância de cada apoio ao CET UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 25Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ Os deslocamentos ∆𝑖 de cada apoio podem ser divididos em duas parcelas: a primeira referente ao efeito da translação (𝛼) e a segunda ao efeito da rotação (𝛽𝑥𝑡𝑖). Temos, portanto: ∆𝑖= 𝛼 + 𝛽𝑥𝑡𝑖 Logo: 𝑅𝑡𝑖 = ∆𝑖𝑘𝑡𝑖 = (𝛼 + 𝛽𝑥𝑡𝑖)𝑘𝑡𝑖 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 26Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ A condição de equilíbrio de forças permite escrever: 𝐹 =𝑅𝑡𝑖 ▪ Substituindo obtém-se: 𝐹 = (𝛼 + 𝛽𝑥𝑡𝑖)𝑘𝑡𝑖 = 𝛼𝑘𝑡𝑖 + 𝛽 𝑥𝑡𝑖𝑘𝑡𝑖 ▪ Como: 𝑥𝑡𝑖𝑘𝑡𝑖 = 0 ▪ Resulta: 𝐹 = 𝛼𝑘𝑡𝑖 𝑜𝑢 𝛼 = 𝐹 σ𝑘𝑡𝑖 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 27Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ A condição de equilíbrio de momentos permite escrever: 𝐹 ∗ 𝑥 =𝑅𝑡𝑖 𝑥𝑡𝑖 Onde x é a distância da força F ao CET. ▪ Substituindo a expressão de 𝑅𝑡𝑖 deduzida anteriormente, obtém-se: 𝐹 ∗ 𝑥 = (𝛼 + 𝛽𝑥𝑡𝑖)𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 = 𝛼𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 + 𝛽 𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 2 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 28Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo ▪ Como: 𝑥𝑡𝑖𝑘𝑡𝑖 = 0 ▪ Obtém-se que: 𝐹 ∗ 𝑥 = 𝛽𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 2 𝑜𝑢 𝛽 = 𝐹 ∗ 𝑥 σ𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 2 ▪ Sendo: 𝑘𝑡𝑖 = 𝐾 𝑒 𝑘𝑡𝑖𝑥𝑡𝑖 2 = 𝐽 ▪ Pode-se escrever: 𝑅𝑡𝑖 = 𝐹 𝐾 + 𝐹 ∗ 𝑥 𝐽 𝑥𝑡𝑖 𝑘𝑡𝑖 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 29Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito da deformação longitudinal do tabuleiro ▪ As deformações no tabuleiro podem ser provocadas por: ➢ Ação da retração; ➢ Ação da fluência; ➢ Variação de temperatura; ➢ Protensão. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 30Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito da deformação longitudinal do tabuleiro ▪ Os apoios que têm articulações fixas ou elásticas, se opõem a essa deformação resultando em reações e deslocamentos horizontais no topo desses apoios. ▪ Os deslocamentos dos pontos do tabuleiro se processam nos dois sentidos da direção longitudinal, existindo portanto um ponto onde o deslocamento será nulo. ▪ Esse ponto é o baricentro das rigidezes dos apoios na direção longitudinal, e que será denominado Centro Elástico Longitudinal (CEL). UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 31Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito da deformação longitudinal do tabuleiro ▪ O CEL poderá ser determinado de maneira análoga à determinação do CET, apresentada anteriormente: 𝑥𝑖𝑘𝑖 = 0 Onde, 𝑥𝑖 é a rigidez de cada apoio na direção longitudinal 𝑘𝑖 é a distância de cada apoio ao CEL UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 32Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito da deformação longitudinal do tabuleiro ▪ O deslocamento ∆𝑖 de cada apoio é proporcional à distância 𝑥𝑖: ∆𝑖= 𝜀𝑥𝑖 Onde 𝜀 é a deformação específica do tabuleiro. ▪ Portanto: 𝑅𝑖 = ∆𝑖𝑘𝑖 = 𝜀𝑥𝑖𝑘𝑖 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 33Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal contínuo • Efeito da deformação longitudinal do tabuleiro UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 34Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pontes de Tabuleiro reto ortogonal descontínuo ▪ O caso mais usual de ponte de tabuleiro reto ortogonal descontínuo é aquele em que os tramos são simplesmente apoiados; ▪ Constituídos normalmente de vigas pré-moldadas protendidas, apoiadas sobre os pilares, em articulações do tipo elástico (neoprene). ▪ Nesse caso, o cálculo das reações horizontais nos apoios pode ser por processo de propagação, em que a ação aplicada no tabuleiro é distribuída entre os apoios, através de coeficientes de propagação que por sua vez, são obtidos a partir dos coeficientes de rigidez dos apoios. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 35Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Distribuição dos Esforços Após as definições de rigidez e deformabilidade e a determinação da rigidez de cada elemento da meso ou infraestrutura, pode ser feita a distribuição dos esforços que atuam na laje/viga principal para os conjuntos aparelho de apoio/pilar ou tubulão. Resumindo: ➢ Esforços externos indiretos • Estes esforços correspondem às ações da frenagem e/ou aceleração, empuxo na cortina e vento. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 36Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Distribuição dos Esforços ➢ Esforços externos diretos • Os esforços externos diretos correspondem às ações do solo e da água sobre os pilares, portanto não há distribuição de esforços. ➢ Esforços internos diretos • Estes esforços correspondem à ação da temperatura, fluência e retração. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 37Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Exercícios UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 38Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) O dimensionamento de aparelhos de apoio de neoprene consiste em: • Fixar as dimensões em planta (a e b) • Estabelecer a espessura da placa ou das placas • Determinar o número de placas de neoprene (para neoprene cintado) • Verificar as diversas condições de segurança. Nos casos usuais, faz-se inicialmente o pré-dimensionamento, e em seguida são feitas as verificações. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 39Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pré-dimensionamento dos Aparelhos de Apoio (Neoprene) das Longarinas • O dimensionamento de aparelhos de neoprene é essencialmente baseado na limitação das tensões cisalhantes que se desenvolvem no elastômero ao nível dos planos de fretagem. Tensões Admissíveis X Estados Limites • As tensões cisalhantes são provocadas pelas deformações e tensões normais impostas. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 40Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pré-dimensionamento dos Aparelhos de Apoio (Neoprene) das Longarinas • Sabendo que a área em planta do aparelho de apoio (S) pode ser escrita em função da tensão normal ao seu plano médio (𝜎𝑁) e da solicitação normal (N) respectiva a esta tensão, então: 𝑆 = 𝑁 𝜎𝑁 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 41Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pré-dimensionamento dos Aparelhos de Apoio (Neoprene) das Longarinas • Desta forma pode-se fixar uma tensão normal limite máxima (𝜎𝑁,𝑚𝑎𝑥) e a partir da solicitação normal máxima (𝑁𝑚𝑎𝑥 ) obter a área mínima necessária (𝑆𝑚𝑖𝑛), assim: 𝑆𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑚𝑎𝑥 𝜎𝑁,𝑚𝑎𝑥 UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 42Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Pré-dimensionamento dos Aparelhos de Apoio (Neoprene) das Longarinas • SETRA (1974) descrito por Almeida (1986) recomenda que a tensão máxima deve ser adotada como 10MPa. • Um critério que normalmente é utilizado, é que a menor dimensão (a) em planta do aparelho de neoprene representa 75% da maior dimensão (b), esta última foi fixada a fim de se encontrar a primeira a partir da área mínima (𝑆𝑚𝑖𝑛). • Exemplo: 600 mm x 450 mm UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 43Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) • Tabela 42: Relação entre a espessura da chapa de fretagem e altura da camada de elastômero (NBR-9783) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 44Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 45Pontes:Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 46Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 47Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) A durabilidade do Neoprene é boa, como se pode ver na tabela abaixo de autoria de William D. Callister, Jr , em “Materials Science and Engineering –Introdution” - 4th edition –Wiley -1997. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 48Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) Composição: ➢ Policloroprene > 60%; ➢ Negro de fumo < 25%; ➢ Aditivos < 15%. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 49Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 50Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 51Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 52Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio (Neoprene) UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 53Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Aparelhos de Apoio - (Neoprene) • Dimensões em planta 𝑎 ∗ 𝑏 ≥ 𝑁𝑚𝑎𝑥 𝜎𝑎𝑑𝑚 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 7𝑀𝑃𝑎 para Neoprene simples 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 11𝑀𝑃𝑎 para Neoprene cintado UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 54Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes Exercício Considerando a seção transversal, a ½ vista inferior e o esquema estrutural indicados a seguir, verificar os esforços solicitantes. Considerar uma ponte na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 450 kN de peso total. Adotar um concreto C35. UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 55Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 56Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 57Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 58Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes UNIFACEX - CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 59Pontes: Esforços nos Apoio de Pontes
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