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Tosse produtiva e falta de ar
Fumante com sintomas iniciais de DPOC
Publicado em 26 de Janeiro de 2017
Autores Sidnéia Tessmer Casarin
Editores Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini
Editores Associados Deisi Cardoso Soares, Everton José Fantinel, Maria Laura Vidal Carret, Rogério da Silva Linhares, Samanta Bastos Maagh
Você já respondeu todas as 5 questões deste caso.
Sua média de acertos final foi de 100,00%.
RECOMEÇAR
Paciente
Branca
 
H.A.L.
 
55 anos
Casada
Anamnese
Queixa principal
Tosse produtiva, falta de ar.
Histórico do problema atual
Queixa de dispneia ao praticar exercícios físicos e atividades do cotidiano (varrer a casa, estender a cama, subir escadas e aclives), seguida de cansaço e chiado no peito. Refere tosse com expectoração mais acentuada no período da manhã.
Histórico
História social
Auxiliar de escritório de uma indústria alimentícia há 10 anos. Tem formação superior em pedagogia. Reside na periferia do município com o marido que é aposentado. O casal tem dois filhos e três netos que residem em outro município. A renda familiar é de três salários mínimos.
Antecedentes pessoais
Fumante (média de 20 cigarros/dia) desde os 20 anos de idade. Vários registros de atendimento nos últimos três anos com queixa de tosse com expectoração e bronquite.
Antecedentes familiares
Pais vivos, sem comorbidades.
Medicações em uso
Não utiliza medicação.
Exame Físico
	Inspeção tórax: aumento de diâmetro antero-posterior
	Extremidades e mucosas: sem cianose
	AR: Murmúrio vesicular presente, sibilos presentes na expiração forçada.
	AC: Bulhas normofonéticas, ritmo regular em dois tempos, sem sopro.
Sinais Vitais e Medidas Antropométricas:
	FR: 20 mpm
	FC: 85 bpm
	T: 36,0°C
	PA: 130 x 80 mmHg
	Peso: 80 kg
	Altura: 1,65 cm
Questão 1Escolha simples
Com base na história, sintomas e exame físico, o provável diagnóstico de H.A.L. é o de:
Enfisema pulmonar
Tuberculose
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Bronquite crônica
Asma
 
Acertou
A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é caracterizada pela limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e progressiva, com repercussões sistêmicas. A limitação do fluxo aéreo é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição do parênquima (enfisema). A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares” (BRASIL, 2010, p. 47). A DPOC pode ou não ser acompanhada de sintomas como dispneia, tosse e expectoração, exacerbações, manifestações extra-pulmonares e juntamente com comorbidades (OCA et al., 2016, p. 6).
A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Os sintomas mais comuns incluem sibilância, dispneia, desconforto torácico e tosse (BRASIL, 2010, p. 24). Já a tuberculose, é uma doença transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Seus sintomas incluem tosse com expectoração por mais de três semanas, febre vespertina, suores noturnos, perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica (BRASIL, 2013, p. 133).
Saiba mais
A suspeita da DPOC deve ser feita para todas as pessoas com 40 anos ou mais de idade e com história de exposição a fatores de risco (tabaco, biomassa, vapores ou poeira ocupacional), acompanhada ou não de sintomas respiratórios (OCA et al., 2016 p.16-17).A avaliação dos fatores de risco deve ser realizada de rotina com a investigação sobre exposição ao tabaco, combustíveis de biomassa, vapores e outros fumos e/ou poeiras de origem ocupacional (incluindo a duração, intensidade e continuidade da exposição). A partir destes dados pode-se calcular o índice anos-maço e/ou o número de horas-ano de exposição à fumaça de lenha.
Para o cálculo do tabagismo:Total de anos/maço (índice anos/maço) = (nº médio de cigarros fumados ao dia ÷ 20) X nº de anos de tabagismo.
Para o cálculo da exposição a fumaça da lenha:Total horas/anos = número médio de horas cozinhando em fogão de lenha X número de anos que cozinhou com lenha.
Para interpretar o resultado dos cálculos considerar que um paciente com idade igual ou maior que 40 anos, cuja carga tabagística é igual ou maior do que 10 anos/maço ou exposição à biomassa por mais de 200 horas/ano ou 10 anos, tem risco elevado de desenvolver DPOC (BRASIL, 2010, p. 48; OCA et al., 2016, p. 15).
Contudo é necessário compreender que a DPOC é uma doença heterogênea e multifacetada que também pode se manifestar em pessoas com menos de 40 anos de idade e ter, até mesmo, sua origem na infância ou ainda envolver outra etiologia em sua gênese que não o cigarro ou a exposição a fumaça como as alterações genética, a obstrução ao fluxo de ar, o tabagismo antes e ou durante a gestação, a história familiar de asma, a hiperresponsividade brônquica, o uso de antibióticos, a prematuridade e as infecções respiratórias na infância (OCA et al., 2016, p. 17-18).
Questão 2Escolha simples
Para a confirmação diagnóstica de DPOC, qual exame pode ser solicitado a H.A.L.?
Tomografia de tórax
Espirometria
Raio-X de tórax
Baciloscopia de escarro
Hemograma
 
Acertou
Para o diagnóstico da DPOC é necessária a realização de espirometria, a qual deve constatar a presença de obstrução ao fluxo de ar persistente após a administração de broncodilatador (OCA et al., 2016, p. 16-17). O resultado da relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF) deve ser inferior a 0,70 após o uso de broncodilatador inalatório (BD) (VEF1/CVF<0,70 pós-BD). (OCA et al., 2016, p. 6).
A baciloscopia de escarro, o hemograma, o raio-x e a tomografia de tórax são importantes para o diagnóstico diferencial ou avaliação da gravidade da doença e do prognóstico, contudo não são essências para o fechamento do diagnóstico (OCA et al., 2016, p. 14).
Saiba mais
Anamnese diante suspeita de DPOC
A gravidade da obstrução combinada com o impacto da doença (dispneia e exacerbações) definem a gravidade da DPOC e o nível de atenção médica necessária. O processo de diagnóstico da DPOC inclui suspeita clínica, confirmação, avaliação da gravidade e prognóstico (OCA et al., 2016, p. 16-17).
O teste de rastreamento na anamnese diante da suspeita de DPOC deve englobar as cinco perguntas abaixo. Considera-se o rastreamento positivo caso o paciente responda “sim” para, no mínimo, três delas:
Você tem tosse pela manhã?
Você tem catarro pela manhã?
Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade?
Você tem chiado no peito à noite ou ao praticar exercício?
Você tem mais de 40 anos?
(BRASIL, 2010 p.48)
Questão 3Escolha simples
Com base nos sintomas, podemos classificar a dispneia presente nos sintomas de H.A.L. em:
Grau 3
Grau 2
Grau 1
Grau 4
Grau 5
 
Acertou
Para a avaliação da dispneia é recomendado a padronização usando a escala modificada do Medical Research Council (MRC). A MCR pontua a intensidade da dispneia durante exercícios físicos cotidianos de 0 a 4, sendo:
0 = dispneia a exercícios intensos;
1 = dispneia andando rápido no plano ou subindo aclives leves (sintomas apresentados por HAL);
2 = necessidade de andar mais lentamente que as pessoas da mesma idade devido a dispneia ou parar para respirar andando normalmente no plano;
3 = parar para respirar após caminhar uma quadra (90 a 120 metros) ou após poucos minutos no plano.
4 = não sair de casa devido à dispneia ou dispneico ao vestir-se (BRASIL, 2010, p. 50; OCA et al., 2016, p. 29).
Saiba mais
Sintomas da DPOC
O sintoma mais frequente da DPOC é a dispneia, a qual é definida como sendo “falta de ar ou respiração difícil” enquanto a taquipneia é o “aumento da frequência respiratória” (BRASIL, 2010, p. 13). A dispneia apresenta-se variável entre os pacientes e sua classificação leva em contarelação com as atividades da vida diária (subir ladeira, subir escada, tomar banho, trocar de roupa, colocar sapato, relações sexuais, entre outras) (BRASIL, 2010, p. 14). Ela é multifatorial, além da obstrução ao fluxo de ar, também depende do condicionamento, comorbidades e dos fatores psicoemocionais, por isso a associação entre o escore de dispneia e a gravidade da obstrução ao fluxo de ar é fraca. Já a tosse na DPOC é crônica, podendo ser persistente ou episódica, contudo tem predomínio no período matutino, é produtiva e com expectoração mucosa (frequentemente). O volume e a purulência da expectoração aumentam durante as exacerbações da doença, cabendo considerar a presença de bronquiectasias quando o volume for grande (OCA et al., 2016, p. 29, 2016, p. 18).
Questão 4Escolha simples
A abordagem terapêutica mais adequada para o caso de H.A.L. é a:
Tratamento para o tabagismo; alívio dos sintomas; evitar a progressão da doença; repouso; prevenir e tratar exacerbações; evitar a morte precoce.
Diminuição dos sintomas, orientação para diminuição do hábito de fumar, repouso, alimentação saudável, orientação para higiene ambiental e tratamento para cura da doença;
Repouso; encaminhamento para grupo de apoio ao tabagista; encaminhamento ao serviço especializado; orientação para uso correto da medicação;
Alívio dos sintomas; proporcionar melhora da qualidade de vida; evitar que a doença progrida; proporcionar aumento da tolerância a exercícios físicos; prevenir e tratar exacerbações; evitar a morte precoce.
Orientação para diminuir a frequência e a intensidade de exercícios físicos; prevenção da progressão da doença; prevenção do óbito precoce; orientação para a prevenção de nova crise; encaminhamento ao atendimento especializado.
 
Acertou
Os objetivos gerais do tratamento da DPOC são: aliviar os sintomas; melhorar a qualidade de vida; prevenir progressão da doença; melhorar a tolerância a exercícios; prevenir e tratar exacerbações; reduzir a mortalidade. Para tanto, a redução dos fatores de risco (principalmente a cessação do tabagismo), o monitoramento da doença e o manejo das exacerbações também são princípios a serem adotados (BRASIL, 2010, p. 51-52).
Saiba mais
Princípios gerais no manejo da DPOC estável
	Promoção de atividades de educação em saúde mostram-se importantes na abordagem da cessação do tabagismo, além de ser uma atividade realizada na atenção básica, especialmente na estratégia de saúde da família.
	O uso de broncodilatadores, como os ß2-agonistas, anticolinérgicos e metilxantinas, são indicados para o controle sintomático da DPOC e podem ser prescritos para uso regular.
	Corticoides inalatórios estão indicados para pessoas com DPOC grave e muito grave (VEF1<50%), com exacerbações frequentes. Contudo o uso regular e contínuo de corticoide sistêmico deve ser evitado devido aos riscos da continuidade do uso.
	Orientar e estimular a prática de exercícios físicos é importante e trazem muitos benefícios aos pacientes com DPOC, uma vez que melhoram os sintomas da fadiga e da dispneia.(BRASIL, 2010, p. 52)
Questão 5Escolha simples
Quais medidas de tratamento não farmacológico podem ser orientadas/estimuladas a H.A.L.?
Apoio psicossocial, reabilitação pulmonar e exercícios físicos regulares, fisioterapia respiratória.
Exercícios físicos regulares, abordagem nutricional, oxigenoterapia domiciliar, grupo de tabagistas.
Exercícios físicos regulares, atividades educativas, abordagem nutricional e apoio psicossocial
Atividades educativas, oxigenoterapia domiciliar e abordagem nutricional, fisioterapia respiratória.
Reabilitação pulmonar, apoio psicossocial e atividades educativas, fitoterapia.
 
Acertou
As medidas de tratamento não farmacológicos que devem ser orientados/estimulados aos pacientes com DPOC, de forma geral, são: atividades educativas, exercícios físicos regulares, reabilitação pulmonar, abordagem nutricional, apoio psicossocial, oxigenoterapia domiciliar (BRASIL, 2010, p. 53-54).
Saiba mais
Educação em saúde
As atividades educativas em saúde podem ser desenvolvidas em diversos espaços, (salas de espera, domicílio, grupos de usuários, escolas, associações, etc.), não estando limitadas a área física do serviço de saúde. Para tanto, os profissionais de saúde podem fazer uso de diversas plataformas, como rádios comunitárias e Tvs locais, jornais, internet, além do trabalho dos agentes comunitários de saúde. As atividades educativas na DPOC visam estimular a autonomia dos pacientes, fornecendo informações sobre a importância da prática de exercícios físicos, os fatores de risco, características da doença, tratamento, uso correto dos dispositivos inalatórios, reconhecimento das exacerbações e estratégias para minimizar as crises (BRASIL, 2010, p. 54).
Objetivos do Caso
Revisar anamnese e exame físico, fatores de risco, sinais e sintomas, classificação de gravidade e abordagem terapêutica.

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