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Introdução à Cristologia

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CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA 
Matéria: CRISTOLOGIA 
 
INTRODUÇÃO 
 
Cristologia refere-se ao estudo referente a Jesus Cristo—sua pessoa e sua obra. 
Tratar-se-á as temáticas da teologia sistemática bem como passagens bíblicas 
essenciais referentes à temática, bem como o dilema do porquê da morte de Jesus 
na cruz. 
 
Lemos em Jo.1:14 que o Verbo se fez carne. Não devemos entender com isso que o 
Verbo foi transformado em carne ou misturado com carne, e sim que escolheu para 
Si mesmo um templo formado pelo ventre de uma virgem, no qual habitar; e que 
Aquele que era o Filho de Deus ficou sendo o Filho do Homem, não pela confusão 
da substância mas sim pela unidade de pessoa. 
 
 
1. CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” 
 
 
 No período compreendido entre 1774 a 1778, foi iniciada a procura do Jesus 
Histórico. Lessing publicou pós morte as anotações de Hermann Samuel Reimarus. 
Esse estudioso questionava a tradicional forma de apresentar Jesus na Igreja e no 
Novo Testamento. Para ele Jesus nunca fizera uma reivindicação messiânica, nunca 
institui qualquer sacramento, nunca predisse a sua morte e nem ressuscitou dentre 
os mortos. Dizia que Jesus era um engodo. Essa atitude instigou a busca do Jesus 
“verdadeiro”. A metodologia racionalista foi a predominante como método de 
pesquisa dessa busca, peculiar a primeira parte do século XIX. A polêmica desses 
estudos foi um terreno fértil para nascerem obras pró e contra Jesus. 
 O interregno entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra Mundial foi a 
ocasião em que a busca do Jesus histórico foi abandonada, em função da falta de 
interesse pela procura e pelas dúvidas quanto a sua possibilidade. Entretanto, três 
fatores foram fundamentais para essa desistência: primeiro - a obra de Albert 
Schweitzer que revelou a idéia de que o Jesus liberal nunca existiu, pois ele foi 
criado e baseado nos desejos de liberais, não em fatos verídicos; segundo - a partir 
da obra de William Wrede e dos críticos da forma, houve o reconhecimento de que 
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os evangelhos não eram meramente biografias objetivas que facilmente poderiam 
ser pesquisadas à procura de informações historicistas; por fim - Martin Kähler 
influenciou os estudiosos a reconhecerem que o objeto da fé da igreja no decurso de 
todos os séculos nunca tinha sido o Jesus histórico do liberalismo teológico, mas o 
cristo da fé, ou seja, o Cristo sobrenatural proclamado nas Sagradas Letras. 
 Ernst käsemann, em 1953, reacendeu as chamas da busca do Jesus da 
história, propalando seu receio de que a lacuna entre o Jesus da história e o Cristo 
da fé era muito semelhante à heresia docética, que negava a humanidade do Filho 
de Deus. Como era de se esperar Käsemann decepcionou-se em seus intentos. 
 O avanço da ciência histórica não tem modificado a opinião universal a cerca 
do Senhor Jesus. Prova disso é que, desde o mundo antigo à contemporaneidade, 
encontramos mesmo que em forma diversificada a historicidade da pessoa bendita 
de Jesus de Nazaré. 
 
 2. A OBJEÇÃO DA IGREJA CRISTÃ AO CHAMADO “JESUS HISTÓRICO” 
 
 A igreja cristã ri do fascínio dos liberais pela busca do que eles chamam de 
“Jesus Histórico”. Isso se justifica pelo fato de que o Cristianismo é o que é, através 
da afirmação de que o homem Jesus de Nazaré, que foi chamado “o Cristo”, é de 
fato o Cristo, a saber, o Messias, o Ungido. Toda vez que é sustentada a asserção 
de que Jesus é o Cristo, ali existe a mensagem cristã; onde quer que essa asserção 
seja negada, é negada igualmente a mensagem cristã. 
 A religião cristã nasceu não quando nasceu o homem chamado “Jesus”, mas 
sim, no momento que um de seus seguidores foi levado a dizer-lhe: “Tu é o Cristo”. E 
o Cristianismo ficará vivo enquanto existirem pessoas que repitam essa afirmação. 
Isso porque o evento sobre o qual o Cristianismo se baseia apresenta dois lados: o 
fato que é chamado “Jesus de Nazaré” e a recepção deste fato por aqueles que O 
receberam como o Cristo. Interessante que no momento que os discípulos O aceitam 
como o Cristo é também o momento que Ele é rejeitado pelos poderes da história. 
Então, Aquele que é o Cristo deve morrer por haver aceito o título de “Cristo. 
 Jesus como o Cristo é tanto um fato histórico quanto um objeto de recepção 
pela fé. Não se pode afirmar a verdade sobre o evento no qual se baseia o 
Cristianismo sem afirmar ambos esses lados. Se Jesus não tivesse impactado os 
seus discípulos com o fato de ser o Cristo, e eles tivessem crido, bem como através 
deles a todas as gerações posteriores, o homem que é chamado Jesus de Nazaré 
talvez fosse recordado apenas como uma pessoa histórica e religiosamente 
importante. Mas se ele foi crido e provou de fato ser o Cristo. 
 Nesse sentido, quem é o “Jesus Histórico”? Russel Norman Champlin 
responde tal questionamento em sua obra Enciclopédia de Bíblia Teologia e 
Filosofia. Para ele o Jesus histórico é igualmente o Jesus a quem adoramos e 
servimos. É o Jesus teológico naturalmente, podemos ter algumas noções falsas a 
cerca d’Ele, mas há tal identificação de pessoa. Jesus é uma figura cósmica, dotada 
de importância universal. Não foi meramente um homem bom, um excelente mestre. 
Ele é também o Senhor da Glória, no sentido mais literal possível. 
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 James Moffatt, em sua obra Jesus Christ The Same assevera: 
“Nada é mais provável do que aquele que viveu à face da Terra, por alguns poucos 
anos, seja o mesmo Cristo, a quem seus seguidores adoram como Senhor; nenhum 
novo Jesus foi criado por algum movimento sincretista do primeiro século cristão. Há 
certa unidade no ministério insolúvel de sua pessoa, que é, não apenas real, mas 
também é, a causa real que subjaz às diversas interpretações de sua vida e de sua 
obra, e as experiências posteriores Igreja subentendem, repetida e 
continuadamente, que deve haver comunhão com ele, como algo mais profundo que 
qualquer modificação interna ou externa da fé”. 
 
 
 
 3. A PESQUISA EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO E O FRACASSO DE 
TAL INVESTIGAÇÃO 
 
Paul Tilllych, em sua obra Teologia Sistemática expõe o insucesso da capturação do 
chamado “Jesus Histórico”. Pude dividir a opinião de Tillych em cinco pontos, a 
saber: foi falsa a idéia de a crítica histórica ter destruído a própria fé; esse fracasso 
foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa; o Cristianismo se alicerça no 
testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus e não em uma novela 
histórica; os ensinos e as mensagens de Jesus não têm relação com a situação 
concreta na qual foram pronunciadas. Vejamos esses cinco aspectos do pensamento 
Tillychano. 
 
 3.1 A crítica histórica parecia haver destruído a própria fé. 
 
 Desde o momento em que foi aplicado o método científico de pesquisa 
histórica à literatura bíblica, problemas teológicos que nunca estiveram 
completamente ausentes ficaram de tal forma aumentados, como nunca o estiveram 
em períodos anteriores da história da igreja. O método histórico une elementos 
analítico-críticos e construtivo-conjeturais . Para a consciência cristã normal, 
moldada pela doutrina ortodoxa da inspiração verbal, o primeiro elemento 
impressionou muito mais do que o segundo. Só foi sentido o elemento negativo no 
termo “crítica”, e esse empreendimento todo foi chamado de “críticahistórica” ou 
“alta crítica”` ou, com referência a um método recente, “critica da forma”. Em si 
mesmo, o termo “crítica histórica” significa nada mais do que pesquisa histórica. 
Toda pesquisa histórica crítica suas fontes, separando aquilo que apresenta mais 
probabilidade daquilo que apresenta menos ou é totalmente improvável. Ninguém 
duvida da validez desse método, já que ele é confirmado continuamente por seu 
sucesso; e ninguém protesta com seriedade se ele destrói belas lendas e 
preconceitos profundamente enraizados. Mas a pesquisa bíblica se tornou suspeita 
desde seu próprio começo. Ela parecia criticar não só as fontes históricas, mas 
também a revelação contida nessas fontes. Pesquisa histórica e rejeição da 
autoridade bíblica foram consideradas idênticas. Revelação, supunha-se, abarcava 
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não só o conteúdo revelatório, mas também a forma histórica na qual apareceu. Isso 
parecia ser verdade especialmente com relação aos fatos referentes ao “Jesus 
histórico”. Já que a revelação bíblica é essencialmente histórica, parecia impossível 
separar o conteúdo revelatório dos relatos históricos tais quais apresentados nos 
registros bíblicos. A crítica histórica parecia haver destruído a própria fé. 
 Mas a parte crítica da pesquisa histórica na literatura bíblica é a parte menos 
importante. Mais importante é a parte construtivo-conjetural, que foi a força motora 
em todo esse empreendimento. Os fatos que estão por três dos registros, foram 
buscados; especialmente se buscaram os fatos sobre Jesus. Havia um desejo 
urgente de descobrir a realidade desse homem, Jesus de Nazaré, por trás das 
tradições coloridas e ao mesmo tempo, camufladoras dessa realidade, que são tão 
antigas quanto ela própria. Desse modo, a pesquisa pelo assim chamado “Jesus 
histórico” teve início. Seus motivos eram ao mesmo tempo religiosos e científicos. 
Essa tentativa era corajosa, nobre e extremamente significativa em muitos aspectos. 
Suas conseqüências teológicas são inúmeras e bastante importantes. Mas, vista à 
luz de sua intenção básica, a tentativa da crítica histórica de encontrar a verdade 
empírica sobre Jesus de Nazaré foi um fracasso. O Jesus histórico, a saber, o Jesus 
que está por trás dos símbolos de sua recepção como o Cristo, não só não 
apareceram, quanto se distanciavam cada vez mais g medida que se dava um novo 
passo. A história das tentativas de se escrever uma “vida de Jesus”, elaborada por 
Albert Schweitzer em sua primeira obra, “A busca do Jesus Histórico” ainda é válida. 
Sua própria tentativa construtiva foi corrigida. Eruditos, tanto conservadores quanto 
radicais, se tornaram mais cautelosos, mas a situação metodológica não mudou. 
Isso se tornou manifesto quando o programa ousado de “desmitologização do Novo 
Testamento”, feito por Bultmann, levantou uma tempestade em todos os campos 
teológicos, e a lentidão com que a escola de Barth considerava o problema histórico 
foi seguida por um impressionante despertamento. Mas o resultado do 
questionamento novo (e muito antigo) não é uma imagem do assim chamado Jesus 
histórico, mas o “insight” de que não existe uma imagem por trás da imagem bíblica 
que pudesse se tornar cientificamente provável. 
 
3.2 O fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa 
 
A situação exposta acima não é questão de um defeito passageiro da pesquisa 
histórica que um dia seja superado. Ela é causada pela própria natureza das fontes. 
Os registros sobre Jesus de Nazaré são os de Jesus como o Cristo, dados por 
pessoas que o receberam como o Cristo. Portanto, se tentamos encontrar o Jesus 
real que está por trás da imagem de Jesus como o Cristo, é necessário separar 
criticamente os elementos que pertencem ao lado factual do evento, daqueles 
elementos que pertencem ao lado receptivo. Ao fazer isso, esboça-se uma “Vida de 
Jesus”; muitos desses esboços foram elaborados. Em muitos deles atuaram juntos: 
honestidade científica, devoção amorosa e interesse teológico. Em outros são 
visíveis o distanciamento crítico e até mesmo a rejeição malévola. Mas nenhum pode 
reivindicar ser uma imagem provável, que seja o resultado de um labor científico 
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tremendo dedicado à essa tarefa durante duzentos anos. No máximo, eles são 
resultados mais ou menos prováveis, incapazes seja de fornecer uma base para a 
aceitação da fé cristã, seja para rejeitá-la. 
Tendo em vista essa situação, houve tentativas de reduzir a imagem do Jesus 
histórico aos seus traços “essenciais”; a elaborar uma Gestalt, ao mesmo tempo em 
que deixando abertos g dúvida seus traços particulares. Mas esse não é o processo 
correto. A pesquisa histórica não pode pintar uma imagem essencial depois de 
eliminar todos os traços particulares porque eles são questionáveis. Ela permanece 
dependente dos traços particulares. 
Conseqüentemente, as imagens do Jesus histórico nas quais é amplamente evitada 
uma “Vida de Jesus” diferem tanto umas das outras, quanto aquelas nas quais não é 
aplicada tal auto-restrição. 
A dependência da Gestalt na valoração dos traços particulares é evidente num 
exemplo tomado do complexo daquilo que Jesus ensinou sobre si mesmo. Para 
elaborar esse ponto, deve-se saber, além de muitas outras coisas, se ele aplicou o 
título “Filho do Homem” a si mesmo, e caso sim, em que sentido. Toda resposta 
dada a essa questão é uma hipótese mais ou menos provável, mas o caráter do 
quadro “essencial” do Jesus histórico depende decisivamente dessa hipótese. Esse 
exemplo mostra claramente a impossibilidade de substituir a tentativa de esboçar 
uma “Vida de Jesus” tentando pintar a “Gestalt de Jesus” 
Esse exemplo mostra ao mesmo tempo outro ponto importante. Pessoas que não 
estão familiarizadas com o aspecto metodológico da pesquisa histórica temem suas 
conseqüências para a doutrina cristã e por isso gostam de atacar a pesquisa 
histórica em geral e a pesquisa na literatura bíblica em especial, acusando-as de 
preconceitos teológicos. Se elas forem consistentes, negarão que sua própria 
interpretação também é preconcebida ou, como elas diriam, dependente da verdade 
de sua fé. Mas elas negam que o método histórico tenha critérios científicos 
objetivos. Contudo, essa afirmação não pode ser sustentada em vista do imenso 
material histórico que foi descoberto e freqüentemente verificado de forma empírica 
por um método de pesquisa usado universalmente. E característico desse método 
que ele tenta manter uma auto-crítica permanente para libertar-se de preconceitos 
conscientes ou inconscientes. Isso nunca é plenamente bem sucedido, mas é uma 
arma poderosa e necessária para se obter conhecimento histórico. 
Um dos exemplos aludidos freqüentemente neste contexto é o tratamento dos 
milagres do Novo Testamento. O método histórico não aborda as histórias de 
milagres nem com o pressuposto de que aconteceram porque foram atribuídos 
aquele que é chamado o Cristo, nem com o pressuposto de que eles não 
aconteceram porque esses eventos contradiriam as leis da natureza. O método 
histórico pergunta, quão fidedignos são os relatos em cada caso particular, quão 
dependentes são eles de fontes mais antigas, como poderiam ter sido influenciados 
pela credulidade de um período, como são bem confirmados por outras fontes 
independentes, em que estilo são escritos, e para que finalmente são usados no 
contexto todo. Todas essas questões podem ser respondidas de forma “objetiva” 
sem a interferência desnecessária de preconceitos positivos ou negativos. O 
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historiador nuncapode conseguir uma certeza dessa forma, mas pode chegar a um 
alto grau de probabilidade. Contudo, seria um salto a outro nível se ele 
transformasse a probabilidade histórica em uma certeza histórica positiva ou 
negativa mediante um juízo de fé (como será mostrado mais adiante). Essa distinção 
clara freqüentemente é confundida pelo fato óbvio de que a compreensão do sentido 
de um texto é parcialmente dependente das categorias de compreensão usadas no 
encontro com textos e registros. Mas não é totalmente dependente delas, já que 
existem aspectos filológicos e outros que estão abertos à uma abordagem objetiva. 
Compreensão exige participação do sujeito naquilo que compreende, e só podemos 
participar em termos daquilo que somos, incluindo nossas próprias categorias de 
compreensão. Mas essa compreensão “existencial” nunca deveria perverter o juízo 
do historiador com respeito aos fatos e relações. A pessoa cuja preocupação última 
é o conteúdo da mensagem bíblica está na mesma posição que aquela cujo 
conteúdo t indiferente, se discutem questões como as do desenvolvimento da 
tradição sinótica, ou os elementos mitológicos e lendários do Novo Testamento. 
Ambas têm os mesmos critérios de probabilidade histórica e devem usá-los com o 
mesmo rigor, embora ao fazer isso possam afetar suas próprias convicções 
religiosas ou filosóficas. Nesse processo pode acontecer que preconceitos que 
fecham os olhos para fatos particulares abrem-nos para outros. Mas esse “abrir os 
olhos” é uma experiência pessoal que não pode ser convertida num princípio 
metodológico. Só existe um procedimento metodológico, e esse consiste em olhar o 
objeto a ser investigado e não nossa maneira de olhar o objeto, já que nossa atitude 
se acha realmente determinada por muitos fatores psicológicos, sociológicos e 
históricos. Esses aspectos devem ser desconsiderados intencionalmente por quem 
quer que aborde um fato objetivamente. Não se deve formular um juízo sobre a auto-
consciência de Jesus a partir do fato de que se é um cristão - ou anti-cristão. O juízo 
deve ser inferido de um certo grau de plausibilidade, baseado em registros e em sua 
provável validez histórica. Isso, sem dúvida, pressupõe que o conteúdo da fé cristã 
seja dependente desse juízo. 
 
 
 
3.3 O Cristianismo se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico 
de Jesus 
 
A religião cristã se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus 
de Nazaré e não em uma novela histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus 
Histórico. A busca do Jesus histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de 
fatos confiáveis sobre o homem Jesus de Nazaré, para se obter um fundamento 
seguro à fé cristã. Essa tentativa foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu 
probabilidades sobre Jesus, em grau maior ou menor. A base dessas probabilidades, 
ela esboçou “Vidas de Jesus”. Mas essas se pareciam mais a novelas do que a 
biografias; elas com certeza não poderiam fornecer uma base segura para a fé 
cristã. O cristianismo não se baseia na aceitação de uma novela histórica; ele se 
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baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus por pessoas que 
não estavam absolutamente interessadas numa biografia do Messias. 
A intuição dessa situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa 
de construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma 
interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora não 
todas) não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer contexto 
biográfico. Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam ou não ter 
sido ditas por ele. Nessa base o problema biográfico insolúvel não guarda a menor 
relação com a verdade das palavras correta ou erradamente registradas como 
palavras de Jesus. O fato de que a maioria das palavras de Jesus tem um paralelo 
na literatura judaica contemporânea não é um argumento contra sua validez. Esse 
também não é um argumento contra sua unicidade e poder, tais como aparecem em 
coleções como o Sermão da Montanha, as parábolas e as discussões com inimigos, 
bem como com seus seguidores. 
 
3.4 Os ensinos e as mensagens de Jesus Cristo 
 
Uma teologia que tenta fazer das palavras de Jesus um fundamento histórico da fé 
cristã pode fazê-lo de duas maneiras. Pode tratar as palavras de Jesus como 
“ensinos de Jesus” ou como “mensagem de Jesus”. Como ensinos de Jesus, elas 
são entendidas como interpretações refinadas da lei natural ou como intuições 
originais da natureza do homem. Elas não tem relação com a situação concreta na 
qual foram pronunciadas. Como tal, pertencem à lei, profecia ou literatura sapiencial, 
da mesma maneira como no Antigo Testamento. Elas podem transcender todas 
essas três categorias em termos de profundidade e poder; mas não os transcendem 
em termos de caráter. Contudo, restringir a investigação histórica aos “ensinos de 
Jesus” é reduzir Jesus ao nível do Antigo Testamento e implicitamente negar sua 
reivindicação de superar o contexto vétero-testamentário . 
A segunda forma pela qual a pesquisa histórica se restringe às palavras de Jesus C 
mais profunda que a primeira. Ele nega que as palavras de Jesus sejam regras 
gerais de comportamento humano, que elas sejam regras às quais a gente deva se 
sujeitar, ou que elas sejam universais e possam portanto ser abstraídas da situação 
na qual foram ditas. Em vez disso, enfatizam a mensagem de Jesus de que o Reino 
de Deus está “à mão” e que portanto aqueles que querem entrar nele devem se 
decidir a favor ou contra o Reino. Essas palavras de Jesus não são regras gerais, 
mas exigências concretas. Essa interpretação do Jesus histórico, sugerida 
especialmente por Rudolf Bultmann, identifica o sentido de Jesus com o sentido de 
sua mensagem. Ele exige uma decisão, a saber, a decisão por Deus. E essa decisão 
inclui a aceitação da Cruz, porque ele mesmo aceitou a sua. Aquilo que é 
historicamente impossível, a saber, o esboço de uma “vida” ou uma Gestalt de 
Jesus, é engenhosamente evitado usando aquilo que está imediatamente dado - a 
saber, sua mensagem sobre o Reino de Deus e suas condições e apegando-se cada 
vez mais ao “paradoxo da Cruz de Cristo” Mas até mesmo esse método de juízo 
histórico restrito não pode oferecer um fundamento à fé cristã. Ele não mostra como 
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pode ser cumprida a exigência de decidir-se pelo Reino de Deus. A situação de ter 
que se decidir permanece sendo aquela sob a lei. Não transcende a situação do 
Antigo Testamento, a situação da busca por Cristo. Pode-se chamar a essa teologia 
de “liberalismo existencialista” em contraste com o “liberalismo legalista” do primeiro. 
Mas nenhum desses métodos responde à pergunta de onde reside o poder de 
obedecer aos ensinos de Jesus ou de decidir-se pelo Reino de Deus. Isso esses 
métodos não podem fazer porque a resposta deve vir de uma nova realidade que, de 
acordo com a mensagem cristã, é o Novo Ser em Jesus como o Cristo. A Cruz é o 
símbolo de um dom antes de ser o símbolo de uma exigência. Mas, se isso for 
aceito, é impossível retirar-se do ser de Cristo para refugiar-se em suas palavras. A 
via de acesso última da pesquisa e busca do Jesus histórico está barrada, e 
manifesta o fracasso da tentativa de apresentar um fundamento à fé cristã através da 
investigação histórica. 
 
3.5 A confusão semântica em torno da expressão “Jesus Histórico” 
 
Esse resultado teria sido reconhecido com mais facilidade se não fosse pela 
confusão semântica a respeito do sentido do termo “Jesus histórico”. Esse termo foi 
usado predominantemente para os resultados da pesquisa histórica referente ao 
caráter e vida da pessoaque está por trás dos registros do Evangelho. Como todo 
conhecimento histórico, nosso conhecimento dessa pessoa é fragmentário e 
hipotético. A investigação histórica sujeita esse conhecimento ao ceticismo 
metodológico e à mudança contínua que ocorre nos traços particulares, bem como 
nos essenciais. Ela tem como alvo ideal atingir um alto grau de probabilidade, mas 
em muitos casos isso é impossível. 
O termo “Jesus histórico” também é usado para significar o evento “Jesus como 
Cristo” como um elemento factual. O termo nesse sentido levanta a questão da fé e 
não a questão da pesquisa histórica. Se o elemento factual no evento cristão fosse 
negado, seria negado também o fundamento do cristianismo. Ceticismo 
metodológico sobre o labor da pesquisa histórica não nega esse elemento. A fé não 
pode nem mesmo garantir o nome “Jesus” com respeito àquele que foi o Cristo. Ela 
deve deixar isso às incertezas de nosso conhecimento histórico. Mas a fé garante a 
transformação factual da realidade naquela vida pessoal que o Novo Testamento 
expressa em sua imagem de Jesus como o Cristo. Se não se distinguirem esses dois 
sentidos do termo “Jesus histórico”, não é possível haver nenhuma discussão 
honesta e frutífera. 
 
 
 II. A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS 
 
 
1. CONCEITO DE CRISTIFICAÇÃO 
 
 
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 Christos em grego é “ungido”, de epichriô, “ungir, “untar”. A ilustração utilizada 
pelo Educador em Teologia Expedito Nogueira Marinho bem se adeqúa a essa 
etimologia: quando cai sobre uma folha de papel uma gota de azeite, esse papel ou 
qualquer outra substância porosa fica ungida ou permeada pelo óleo ao ponto de 
parecer ambos a mesma coisa, porque tanto o azeite está no papel como o papel 
está no azeite, de forma que ambos não podem serem vistos separadamente. 
 Por “cristificação”, entende-se o ato ou efeito de o homem Jesus de 
Nazaré (de fato, pessoa humana) ser permeado pelo “Cristo”. Para isso ocorrer 
Jesus teve que ser efetivamente homem. Entretanto, é preciso ponderar que apesar 
de Jesus ter nascido, crescido, trabalhado, sofrido como ser humano, não viveu 
como todo indivíduo. O nosso Senhor não era o tipo de homem como os outros 
homens. Essa análise deve ser feita para não se cair nos extremismos: uns elevam 
Jesus, a tal ponto de perder a sua humanidade como faziam os docéticos do 
passado; outros diminuem Jesus a tal ponto de confundi-lo com um mero ser 
humano qualquer. 
 
2. SER FILHO DO HOMEM: REQUISITO PARA SER CRISTIFICADO 
 
 O primeiro requisito para Jesus de Nazaré ser cristificado foi o fato de ele não 
ser um homem do tipo que toda a raça humana é. Ele foi o único homem 100% 
humano, enquanto o restante dos seres humanos são apenas semi-humanos. Por 
isso mesmo, enquanto Se manifestou em carne aos homens, Ele preferia Se auto-
entitular “O Filho do Homem”. Nosso Senhor não se denominou como filho de 
homem, mas sim Filho do homem, o que significa ser ele filho de uma geração 100% 
hominal. Ele foi gerado de modo diferente do restante da humanidade. 
 O título Filho do Homem freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo, 
lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre 
somente no NT e com exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro 
do Apocalipse. Em Ezequiel (por toda a extensão do livro), a frase é empregada por 
Deus 91 vezes. Segundo o Dr. Allmen, em seu Vocabulário Bíblico citado por Tasker 
a expressão “Filho do Homem” (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica 
mais corrente. Esse é o motivo porque um exame dos textos evangélicos permitem, 
quase sem possibilidade de erro, preferir que ao designar-se “Filho do homem” o 
Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo 
nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança 
judaica do “Homem dos últimos tempos”, conforme lemos em Rm 5.12-21; 1 Co 
15.22, 45, 47; e 2. 5-11). R.V.G. Tasker Professor Emérito de Exegese do Novo 
Testamento na Universidade de Londres em sua obra Mateus - Introdução e 
Comentário defende a idéia de que Cristo apartou para si o título em foco porque o 
termo expressava melhor do que qualquer outro vocábulo os dois lados da sua 
natureza. Por um lado, chamava a atenção para as limitações e sofrimentos a que 
ele estava por necessidade sujeito durante a sua existência terrena; como homem 
real (sendo que o hebraico, “filho do homem: , equivale a “homem”) esteve abaixo 
dos anjos, conforme Hb 2.6,7. Por outro lado. Também sugeria a sua 
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transcendência, que se veria em toda a sua glória quando os homens vissem o Filho 
do homem vindo para juízo nas nuvens do céu e reivindicando os seus direitos de 
propriedade sobre todos os reinos de acordo com o vaticínio do profeta Daniel (Dn 
7.13,14). 
 
 3. JESUS DE NAZARÉ PÔDE SER CRISTIFICADO PORQUE TAMBÉM É O 
FILHO DE DEUS 
 
 Para os teólogos católicos Juan Mateos e Juan Barreto, na obra Vocabulário 
Teológico do Evangelho de São João, a terminologia “Filho do homem” indica a 
condição humana realizada nele com excelência, plenitude e unicidade que o 
constitui em modelo de homem, o vértice da humanidade. Em outro momento da 
obra, apesar de os autores recomendarem cautela ao interpretar essa expressão. 
Admitem que “Homem” acompanhado do artigo definido “o” no Evangelho segundo 
escreveu João, ou seja, “O homem” (o Filho do homem) aparece no texto joanino 
doze vezes: 1.51; 3.13,14; 6.27,53,62; 8.28; 9.35; 12.12,34; 13.31. A passagem mais 
destacável é Jo 6.27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que 
permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, 
o Pai, imprimiu o seu selo” (grifo nosso). Aqui o Filho do homem, distingui-se dos 
outros homens por estar marcado com o selo de Deus. Este selo é O Espírito, que 
recebeu em plenitude, conforme Jo 1.32,33. 
 Ora, a visão de João Batista que descreve a descida do Espírito Santo é a 
explicação em forma de narrativa da afirmação teológica de Jo 1.14: “E o Verbo se 
fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, 
como a glória do unigênito do Pai”. A glória identifica-se com o Espírito e sua 
comunicação se realiza e caracteriza o projeto de Deus feito homem (vemos que em 
Jo 1.1c “um” Deus era o projeto. O filho do Homem significa pois nos lábios de 
Jesus, sua própria humanidade que possui a plenitude do espírito, o projeto divino 
sobre o homem realizado nele, o modelo de homem, o ‘vértice humano. É a 
realidade de Jesus vista desde baixo, desde sua raiz humanam, que se ergue até à 
absoluta realização pela comunicação do Espírito. O seu correlativo é o título “o Filho 
de Deus”, que significa a mesma realidade vista de cima, desde de Deus, designado 
o que é totalmente semelhante a ele e possui a condição divina. 
 Nessa linha de análise, a expressão “o Filho de Deus” designa Jesus como o 
que possui a plenitude do Espírito de Deus, denotando a relação particular e 
exclusiva que Jesus tem com o Pai. a expressão encontra-se pela primeira vez nos 
lábios de João Batista, expressando o efeito da descida do Espírito sobre Jesus, 
conforme Jo 1.32-34. A esta consagração com o Espírito o próprio Jesus associa a 
sua qualidade de Filho de Deus, consoante Jo 10.36. A condição de Filho de Deus, 
unidade à de Messias, constitui a profissão de fé da comunidade cristã. Logo, Jesus 
de Nazaré pôde ser cristificado porque também é o Filho de Deus. 
 
 
 
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O TIPO DE FECUNDAÇÃO QUE FORMOU O CORPO DO SENHORJESUS 
CRISTO 
 
 Como já discorri anteriormente Jesus de Nazaré não se auto-entitulou como 
filho de homem, mas sim Filho do homem, o que denota ser ele filho de uma geração 
100% hominal. Para se entender isso é preciso distinguir a forma comum com que a 
espécie humana é gerada e o modo sobrenatural pelo qual “o Verbo se fez carne”. 
 
1. GERAÇÃO NATURAL - HUMANA, A NOSSA 
 
 Fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado - a 
penetração de um espermatozóide em um óvulo. Nesse sentido, fecundar é 
comunicar a (um germe) o princípio, a causa imediata do seu desenvolvimento; é 
conceber, gerar alguém. Poucas maravilhas da natureza podem ser comparadas ao 
mágico instante da concepção da vida humana. O encontro entre o óvulo e o 
espermatozóide e marcado na Trompa de Falópio. Lá o óvulo, em repouso, espera 
pacientemente a chegada de um espermatozóide para ser fecundado e 
posteriormente tornar-se um bebê. 
 O milagre da criação natural deve ocorrer dentro de 24 horas, caso contrário 
como declara a escritora Déborah Fonseca “tudo se resumirá a um rio de sangue”, 
com a chegada da menstruação. De outro lado, bem próximo, no momento do 
orgasmo masculino cerca de 400 milhões de espermatozóides são liberados e 
partem em ritmo alucinado para fazer cumprir sua missão de criar um novo ser 
humano,. Alguns podem levar horas até percorrerem os 18 centímetros entre a 
vagina e as trompas. Os mais afoitos, porém, conseguem chegar em questão de 
segundos. Há ainda outros, sem a mesma sorte, que acabam ficando pelo caminho 
presos nas cavidades do útero. Apenas um pequeno grupo vence todos os 
obstáculos e chega próximo ao óvulo. Sem hesitar um só instante, um dos 
espermatozóides se adianta aos outros e penetra o óvulo. Imediatamente, a 
composição química do óvulo se altera e impede a passagem de outros. É o fim 
desta incrível jornada e o início de uma nova vida. Glória ao Criador! 
 A forma pela qual a raça humana é fecundada é a hiloplasmática. O prefixo 
“hilo” vem do vocábulo “hily” que significa matéria; e “plasmática” origina-se de 
“plasmar” que quer dizer “formar”. Essa análise etimológica nos leva a concluir que 
um corpo “hilo-gerado” é um corpo gerado pela matéria. Entende-se por matéria 
nesse contexto substância física, ou com mais aprofundamento, pelo ponto de vista 
filosófico da expressão, o que dá realidade concreta a uma coisa individual, que é o 
objeto de intuição no espaço e dotado de uma massa mecânica. Como vimos acima 
a forma com que uma pessoa é gerada é um estupendo milagre. Mas, por mais 
maravilhoso ( e não deixa de ser um milagre) que seja nosso Senhor Jesus teve uma 
geração muito mais maravilhosa que essa, como veremos adiante. 
 
 
 
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2. GERAÇÃO SOBRENATURAL - DIVINA, A DO NOSSO SENHOR JESUS 
CRISTO. 
 
 Se a produção de um ser humano natural já é estupenda e miraculosa, muito 
mais nos deixa estupefatos a forma com que “o Verbo se fez carne e habitou entre 
nós”. É o chamado milagre da regressão, que o Apóstolo Paulo bem descreveu de 
um modo até poético aos crentes em Filipos, quando expôs a profunda doutrina da 
necessidade de o cristão manter-se humildade em seu coração a semelhança de 
“Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a 
Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de 
servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, 
humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. (Fp 
2.5-8). 
 Como expus anteriormente a fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser 
humano é gerado - no caso natural ocorre com a penetração de um espermatozóide 
em um óvulo, comunicando-lhe a causa imediata do seu desenvolvimento. Mas o 
nosso Senhor Jesus não foi fecundado pelo modo hiloplasmático como comentei 
anteriormente. Sua geração foi bioplasmática. Analisemos a etimologia do termo 
“bioplasmática”. A palavra “bios” em grego é “vida” e relembrando o sufixo 
“plasmática” vem de “plasmar” que quer dizer “formar”. Significa dizer que um corpo 
“bioplasmático” é um corpo formado pela vida. Logo, Jesus foi gerado pela vida. 
 A geração bioplasmática por certo fora a maneira com qual Deus planejara a 
procriação da espécie humana a partir de Adão, entretanto, tal plano foi frustrado 
pelo fato de o primeiro homem não ser aprovado no teste de fidelidade aplicado pelo 
Senhor. O pecado interrompeu o projeto de procriação pela vida planejado pelo 
Criador. Em contra partida, Jeová pôde executar o seu plano de geração do ser 
através da encarnação do Verbo divino. O Filho de Deus não foi gerado pela matéria, 
por isso, pôde se auto-entitular de Filho do Homem. Jesus de Nazaré foi o maior 
homem que já pisou a face da Terra. 
 Talvez a idéia acima fique estranha ao leitor apressado da Bíblia que lendo o 
Santo Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu São Lucas vê a própria 
declaração de Jesus acerca de um profeta “... entre os nascidos de mulher, não há 
maior profeta do que João Batista” (Lc 7.28). Jesus sabia que Ele próprio era o maior 
ser humano da face da terra (o único 100% homem), mas também tinha consciência 
que não tinha provindo a carne de Maria e muito menos de José. Conforme vemos 
em Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do 
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado 
santo, Filho de Deus”. Falando de modo reverente, Gabriel diz que o Espírito Santo 
descerá sobre Maria e que o poder do Altíssimo a envolvera. 
 Alguns exegetas esclarecem essa passagem bíblica de modo peculiar. Leon 
Morris ensina que esta expressão delicada exclui idéias grosseiras de uma “união” 
entre o Espírito Santo com Maria. Gabriel deixa claro que a concepção de Maria será 
o resultado de uma atividade divina. Por causa disso, o filho a ser nascido seria 
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“santo... o Filho de Deus”. A nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém esclarece que a 
expressão “o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” evoca, seja nuvem 
luminosa de Jeová, conforme Ex 13.22, 19.16, 24.16), seja as asas do pássaro que 
simbolizam o poder protetor (Sl 17.8; 57.2; 140.8) e criador (Gn 1.2) de Deus. Merril 
Tenney assevera que em contraste com as lendas pagãs da antigüidade 
relacionadas com reputada descendência de deuses homens, não houve nenhuma 
intervenção física. O Espírito Santo, por meio de uma ato criador no corpo de Maria, 
providenciou os meios físicos para a encarnação. O teólogo E. F. Kevan ensina que 
o Espírito Santo desceu sobre a virgem Maria em Sua capacidade como poder 
criativo de Deus, conforme Gn 1.2, a encarnação foi o começo de uma nova criação. 
O “poder do Altíssimo” cobriu-a livre de toda a mancha do pecado. Ainda que 
verdadeiramente da raça de Adão, Jesus no entanto nasceu como Cabeça, sem 
pecado, de uma nova raça. As palavras de Gabriel: “Será chamado Filho de Deus”, 
dão base à filiação divina do filho de Maria quando de Sua concepção pelo Espírito 
divino. Isso não implica, nem tão pouco exclui a sua preexistência. Seu resultado é 
visto na consciência da paternidade de Deus que Jesus possuía desde Seus anos 
primordiais. Portanto, o homem Jesus não fora gerado pela matéria, mas sim, pela 
vida. Não foi contaminado com o elemento pecaminoso que havia em Maria. 
 Por outro lado, os homens naturais são “gerados pela carne e pelo sangue”, 
por isso são mortais como todo animal, mas, o Senhor Jesus possuía em si a 
imortalidade. Prova disso foi o que Ele mesmo revelou acerca dessa verdade: “...dou 
a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a 
dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridadepara retomá-la. Este 
mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). Somente tem legitimidade para falar 
dessa maneira quem possui em si a imortalidade. Isso corrobora a verdade de que 
Jesus foi gerado de um modo 100% humano e 0% animal, em função disso, ele 
intitula a si mesmo de “O filho do Homem”. 
 
 
A NATUREZA HUMANA DE CRISTO 
 
A) NATUREZA HUMANA 
 
1) Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8). 
2) Feito da Semente de Davi: 
a) Sem (Gn.9:27). 
b) Abraão (Gn.12:1-3). 
c) Isaque (Gn.26:2-5). 
d) Jacó (Gn.28:13-15). 
e) Judá (Gn.49:10). 
f) Davi (IISm.7:12-16). 
 
B) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NATURAIS: 
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1) Vigor Físico (Lc.2:52). 
2) Faculdades Mentais (Lc.2:40). 
 
C) APARÊNCIA PESSOAL (JO.4:9). 
 
D) NATUREZA HUMANA COMPLETA: 
 
1) Corpo (Mt.26:12). 
2) Alma (Mt.26:38). 
3) Espirito (Lc.23:46). 
 
 
E) LIMITAÇÕES HUMANAS: 
 
1) Limitações Físicas: 
 
a) Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28). 
b) Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5). 
c) Fome (Mt.21:18). 
d) Sede (Jo.19:28). 
e) Sofrimento e Dor (Lc.22:44). 
f) Sujeição à Morte (ICo.15:3). 
 
2) Limitações Intelectuais: 
a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52). 
b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13). 
c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32). 
 
3) Limitações Morais (Hb.2:18;4:15). 
4) Limitações Espirituais: 
a) Dependia das Oraçes (Mc.1:35). 
b) Dependia do Espirito Santo (At.10:38; Mt.12:28). 
 
F) NOMES HUMANOS: 
 
1) Jesus (Mt.1:21). 
2) Filho do Homem (Lc.19:10). 
3) O Nazareno (At.2:22). 
4) O Profeta (Mt.21:11). 
5) O Carpinteiro (Mc.6:3). 
6) O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5). 
 
G) RELAÇÃO HUMANA COM DEUS: 
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1) Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava 
com Deus (Mc.15:34). 
 
2) Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos 
divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua 
natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou 
humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus 
(Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso 
independente do Seu poder para depender do Espirito Santo. 
 
 
A NATUREZA DIVINA DE CRISTO 
 
A) NOMES DIVINOS: 
 
1) Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8). 
2) Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36; 
3) Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6). 
4) O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9). 
5) Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18). 
6) Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21). 
7) Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10). 
8) Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em grego é 
Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas 
humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e 
somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36; 
IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16). 
 
B) PELO CULTO DIVINO QUE LHE É ATRIBUIDO: 
 
1) Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10). 
2) Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52). 
3) O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 
com Fp.2:10,11). 
4) A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8-10). 
 
C) PELOS OFÍCIOS DIVINOS QUE LHE FORAM ATRIBUÍDOS: 
 
1) Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16). 
 
2) Preservador (Cl.1:17). 
 
3) Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49). 
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4) Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com 
IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA 
= Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 
com Lc.2:32; Zc.3:1,2). 
 
D) PELA ASSOCIAÇÃO DE JESUS, O FILHO, COM O NOME DE DEUS PAI 
 
IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; 
Mt.28:19 
 
 
 
 
 
 
E) ATRIBUTOS DIVINOS LHE SÃO ATRIBUÍDOS: 
 
1) Atributos Naturais: 
 
a)Onisciência (Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; 
Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3). 
 
b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23). 
 
c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8). 
 
d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2). 
 
e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6). 
 
f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27). 
 
g) Auto-Existência (Jo.1:1,2). 
 
h) Espiritualidade (IICo.3:17,18). 
 
2) Atributos Morais: 
 
a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24). 
b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1). 
c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20). 
 
F) TÍTULOS DADOS IGUALMENTE A DEUS PAI E A JESUS CRISTO: 
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1) Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; 
Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; 
Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20). 
 
2) Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20). 
 
3) Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6). 
 
4) Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; 
Tt.2:13; Jd.25). 
 
5) Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23). 
 
6) Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo 
(Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5). 
 
7) Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), 
Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5). 
 
8) Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5). 
 
9) Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus 
Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18). 
 
10) Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus 
Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6). 
 
11) Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6). 
 
12) Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo 
(IJo.4:14). 
 
13) O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo 
(Is.41:14;43:3;47:4;54:5). 
 
 
14) Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus 
Cristo (Ap.17:14;19:16). 
 
15) Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58). 
 
16) O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo 
(Ap.1:11,17;2:8;22:13). 
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17) O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus 
Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9). 
 
18) O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20). 
 
G) OBRAS ATRIBUÍDAS IGUALMENTE A DEUS E A JESUS CRISTO: 
 
1) Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; 
At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10). 
 
2) Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus 
Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1) 
 
3) Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24;Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18). 
 
4) Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo 
(Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21). 
 
5) É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29). 
 
 
 
 
A UNIPERSONALIDADE DE JESUS CRISTO 
 
Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No 
entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ou 
Pessoas, sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma. 
Jesus Cristo é uma só Pessoa em duas naturezas distintas, porém unidas. 
 
 
Aspectos Médicos da Crucificação de Jesus Cristo 
 
 
 
João 3:16: Porque Deus amou o mundo de tal 
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que 
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha 
vida eterna. 
 
 
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Hebreus 12:2 - " Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo 
gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à 
direita do trono de Deus." 
 
Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu? 
 
 EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturar 
 
 Latim : ex : sobre, por causa de / cruciar : cruz "por causa da cruz" 
 
O tom dessa apresentação poderá ser melhor resumida dentro da palavra "excruciar", (a raiz 
da palavra "cruciante") a qual se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As 
raízes em Latim da palavra são :"ex", que significa por causa de ou sobre, e "cruciar", que 
significa cruz. A palavra "excruciar" vem do Latim para "por causa de , ou sobre, a cruz". 
(Websters) 
 
VISÃO GERAL 
 
 Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos lugares em 
Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de Jerusalém. Na última ceia, Ele 
disse aos discípulos que Seu corpo e Seu sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26-
29) Saindo Ele da cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de volta 
para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por Anás, antigo sumo 
sacerdote, e Caifás, genro de Anás. Posteriormente, Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi 
declarado culpado de blasfêmia ao se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena de 
morte. Sendo que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele foi 
mandado a Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não encontrando nada de errado, 
mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressão 
da multidão, então ordenou que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente 
conduzido para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário. 
 
A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO 
 
 É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento que Ele 
enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um carpinteiro e viajando por 
toda a região durante Seu ministério requeria que Ele estivesse em boas condições físicas. 
Antes da crucificação, entretanto, Ele foi forçado a andar 4 quilômetros depois de uma noite 
sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis julgamentos, foi 
escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e foi abandonado por seus amigos e seu 
Pai. (Edwards) 
 
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O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR 
 
 O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a 
Ultima Ceia, Aonde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu corpo e sangue 
seria dado.(Mateus. 26:17-29) Hoje em Jerusalém, qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo 
ou Cenaculum (latim para sala de jantar), um quarto que esta construído sobre onde 
acredita-se ser o local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção da 
velha cidade. 
 
 GETSÊMANE: prensa de óleo 
 
Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como 
grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão. "o Espirito de Deus....esmagado" 
 
Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade aonde passou algum tempo em oração 
no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas antigas árvores de oliva, algumas 
delas podem ter crescido das raízes das árvores que estavam presentes na época de Jesus. 
(Todas as árvores em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos conquistaram a 
cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e viver por milhares 
de anos.) O nome "Getsêmane", vem do Hebreu Gat Shmanim, significa "prensa de óleo" 
(Kollek). Desde que "óleo" é usado na Bíblia para simbolizar o Espirito Santo, pode-se dizer 
então que o jardim é onde "o Espirito de Deus foi esmagado". (Missler). Era aqui que Jesus 
agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que este é o único 
lugar na Bíblia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra "agonia" é mencionada. (Strong's 
Concordance) A palavra Grega para agonia significa "empenhado em combate" (Pink) Jesus 
agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que Ele está ao ponto de morrer 
(Marcos14:34). Contudo Ele orava, "Não se faça a minha vontade, mas a tua." 
 
De importância medica, é que Lucas menciona Ele tendo suado sangue. O termo médico para 
isto, "hemohidrosis" ou "hematidrosis" tem sido visto em pacientes que experimentaram, 
extremo stress ou choque nos seus sistemas. (Edwards) Os capilares em volta dos poros 
suados tornam-se frágeis e começam a pingar sangue no suor. Um caso na história é descrito 
em que uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira guerra mundial, 
desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na casa vizinha a dela. 
(Scott) Outro relatório menciona uma freira que, ao estar ameaçada de morte pelas espadas 
dos soldados inimigos, "estava tão aterrorizada que ela sangrava por toda parte do seu corpo 
e morreu de hemorragia na presença de seus atacantes."(Grafenberg) Em memorial ao 
sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em Getsêmane é conhecida como a Igreja da 
Agonia. (também chamada de Igreja das Nações porque muitas nações doaram dinheiro para 
sua construção).(Kollek) 
 
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ABANDONADO PELOS HOMENS 
 
Mateus 26:56b: "Então todos os discípulos, deixando-o fugiram." 
 
Salmos 22:11: "Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda." 
 
Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos Judeus. Todos os 
seus discípulos o abandonaram, até mesmo ao custo de ter que correr nu (Marcos 14:51-52). 
Ele é preso (João 18:12) então levado de volta para a cidade e para corte do Sumo Sacerdote, 
aonde é localizada perto do Cenáculo. 
 
ASPECTOS ILEGAIS DO JULGAMENTO DE JESUS 
 
 A seguir estão alguns dos aspectos ilegais do julgamento de Jesus: 
 
 - Os julgamentos poderiam ocorrer somente nos lugares de reunião regular do Sinédrio 
(não no palácio do Sumo Sacerdote) 
 - Os julgamentos não podiam ocorrer na véspera do Sabat ou de Festas e nem a noite 
 - Uma sentença de "culpado" somente poderia ser pronunciada no dia seguinte ao 
julgamento 
 
A INTRODUÇÃO DAS TESTEMUNHAS 
 
Deut 19:15: "Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade, 
ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de três 
testemunhas se estabelecerá o fato." 
 
Deut 17:6: "Pela boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; 
pela boca duma só testemunha não morrerá." 
 
Marcos 14:56:"Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos não 
concordavam." 
 
Enquanto na corte do Sumo Sacerdote, Ele foi questionado por Anás (João 18:13) e golpeado 
por um soldado (João 18: 22). Ele foi trazido então a Caifás e ao Sinédrio, que procuravam 
por Jesus à morte pelo testemunho falso de muitas testemunhas. As testemunhas trazidas 
contra Ele não concordavam. Pela lei, ninguém poderia ser posto a morte sem a 
concordância de duas ou três testemunhas nos seus testemunhos. Embora as testemunhas 
não concordassem, Ele foi considerado culpado de blasfêmia quando Ele lhes disse de Sua 
identidade como Filho de Deus. Ele foi sentenciado a morte. Jesus sofreu escarnecimento 
dos guardas do palácio, que cuspiram nEle, bateram nEle e esbofetearam Sua cara. (Marcos 
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14:65.) Durante o julgamento, Pedro nega-Lhe três vezes. Os procedimentos do julgamento 
de Jesus violaram muitas das leis da Sua sociedade. Entre algumas das outras leis violadas 
estão: (Bucklin) 
 
 1. Nenhuma aprisionamento poderia ser feito a noite. 
 
 2. A hora e a data do julgamento eram ilegais porque ocorreu a noite e na véspera do 
Sabat. Neste momento impossibilitando alguma chance para o requerimento da suspensão 
da pena no dia seguinte ao evento da condenação. 
 
 3. O Sinédrio era sem autoridade para incitar acusações. Era somente suposto para 
investigar acusações trazidas perante ele. No julgamento de Jesus, a própria corte formulou 
as acusações. 
 
 4. As acusações contra Jesus foram mudadas durante o julgamento. Ele foi inicialmente 
acusado de blasfêmia baseado na sua declaração de que poderia destruir e reconstruir o 
Templo de Deus dentro de três dias, e também de ser Filho de Deus. Quando Ele foi trazido 
perante Pilatos, a acusação era que Jesus era um Rei e não defendia o pagamento de 
impostos aos Romanos. 
 
 5. Como indicado acima, a exigência de duas testemunhas de acordo para condenar a 
pena de morte não foi cumprida.. 
 
 6. A corte não se reuniu no regular local de reuniões do Sinédrio, como é requerido pela 
lei Judia. 
 
 7. A Cristo não foi permitido uma defesa. Pela a lei judia, deveria ter ocorrido uma busca 
exaustiva nos fatos apresentados pelas testemunhas. 
 
 8. O Sinédrio pronunciou a sentença de morte. Pela a lei, ao Sinédrio não era permitido 
condenar e colocar a pena de morte em efetivo. (João 18:31) 
 
Hoje, se pode visitar o palácio do Sumo Sacerdote. Aonde se pode estar no meio das ruínas 
do pátio. E está disponível um modelo das estruturas do palácio no tempo de Jesus. 
 
VEREDICTO DE PILATOS 
 
Marcos 15:15 - "Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e tendo 
mandado 
açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado." 
 
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O Sinédrio reuniu-se cedo na manhã seguinte e sentenciou-O a morte.(Mateus 27:1) Jesus foi 
levado perante a Pilatos, porque aos judeus não era dado como aos romanos o direito de 
realizar execuções. A acusação foi agora mudada para a alegação que Jesus reivindicava ser 
Rei e proibia a nação de pagar impostos a César. (Lucas 23:5) Apesar de todas as acusações, 
Pilatos não encontrou nada errado. Ele mandou Jesus a Herodes. Jesus ficou calado perante 
Herodes, exceto para afirmar que Ele é o Rei dos Judeus. Herodes mandou-O devolta a 
Pilatos. Pilatos é incapaz de convencer a multidão da inocência de Jesus e ordena Jesus a ser 
posto a morte. Algumas fontes indicam que era lei romana, que um criminoso que estava 
para ser crucificado teria que primeiro ser chicoteado.(McDowell) Outros acreditam que 
Jesus foi primeiramente chicoteado por Pilatos na esperança de livra-Lo através de uma 
punição mais leve.(Davis) Apesar do seu esforços, os Judeus permitiram que Barrabás fosse 
liberado e exigiram que Jesus fosse crucificado, ainda gritando que, "O Seu sangue caia sobre 
nós e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25) Pilatos entrega Jesus para ser chicoteado e 
crucificado. 
 
É neste momento que Jesus sofre um violento espancamento físico. (Edwards) Durante as 
chicotadas, a vitima era amarrada a um poste, deixando suas costas inteiramente exposta. 
Os Romanos usavam um chicote, chamado flagrum ou flagellum o qual consiste em 
pequenas partes de osso e metal unidos a vários cordões de couro. O número de chicotadas 
não é registrado nos evangelhos. O número de golpes na lei judia foi estabelecido em 
Deuteronômio 25:3 em quarenta, mas mais tarde reduzido a 39 para prevenir golpes 
excessivos por um erro de contagem. (Holmans). A vítima frequentemente morria por causa 
do espancamento. (39 golpes acreditava-se trazer o criminoso a " um da morte".) A lei 
romana não colocava nenhum limite sobre o número de golpes a se dar. (McDowell) Durante 
as chicotadas, a pele era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de 
músculo e osso ("hambúrguer " : Metherall). Ocorria extrema perda de sangue pelo 
espancamento, enfraquecendo a vítima ,as vezes, ao ponto de ficar inconsciente. 
 
SOLDADOS ROMANOS ESCARNECEM E BATEM EM JESUS 
 
 Mateus 27:28-30 (Os soldados) despiram-No e colocaram-No um manto escarlate 
então trançaram uma coroa de espinhos e fixaram em sua cabeça. Eles colocaram uma 
cajado na Sua mão direita e ajoelharam-se na Sua frente e O escarnecia dizendo: "Salve, rei 
dos judeus!". Eles cuspiram nEle, e pegaram o cajado e golpearam-O na cabeça várias vezes. 
Jesus foi então espancado pelos soldados romanos. No escarnecimento, eles vestiram-No no 
que era provavelmente a capa de um oficial romano, o qual era de cor roxo escuro ou 
escarlate. (Bíblia Amplificada) Ele também usava a coroa de espinhos. Ao contrário da coroa 
tradicional a qual é descrita por um anel aberto, a verdadeira coroa de espinhos pode ter 
coberto o escalpo inteiro.(Lumpkin) Os espinhos podem ter tido 2.54 a 5.08 centímetros de 
comprimento. Os evangelhos indicam que os soldados romanos continuamente bateram na 
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cabeça de Jesus. Os golpes dirigiram os espinhos para dentro do escalpo (uma das áreas mais 
vascular do corpo) e na testa, causando sangramento severo. 
 
A COROA DE ESPINHOS E O MANTO 
 
Gênesis 3:17b-18: "Maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da 
tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. "Isaías 1:18 
"Vinde, pois, e arrazoemos," diz o SENHOR. "Ainda que os vossos pecados são como a 
escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelho como o carmesim, 
tornar-se-ão como lã." O significado do manto escarlate e a coroa de espinhos é para 
enfatizar Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bíblia descreve o pecado 
pela cor escarlata (Isaías 1:18) e aqueles espinhos que apareceram logo depois da queda do 
homem, como um sinal da maldição. Assim, os artigos que Ele usou são símbolos para 
mostrar que Jesus tomou os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo. Não é claro 
se Ele usou a coroa de espinhos na cruz. Mateus descreve que os romanos removeram Suas 
roupas depois do espancamento, e então colocaram Suas próprias roupas de novo nEle. 
(Mateus 27:31) 
 
A SEVERIDADE DO ESPANCAMENTO 
 
Isaías 50:6: "Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que me 
arrancavam a 
barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam." 
 
Isaías 52:14: "..... Como pasmaram muitos à vista dele -- pois o seu aspecto estava tão 
desfigurado que 
não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens --" 
 
A severidade do espancamentonão é detalhada nos evangelhos. Entretanto , no livro de 
Isaías, ele sugere que os 
romanos arrancaram Sua barba.(Isaías 50:8) Também é mencionado que Jesus foi espancado 
tão severamente 
que seu aspecto não parecia como "a dos filhos dos homens" i.e. como uma pessoa. "O seu 
aspecto estava tão 
desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens." As 
pessoa ficavam horrorizadas ao olhar para Ele (Isaías 52:13). Seu desfiguramento talvez 
possa explicar porque Ele não foi reconhecido facilmente em Suas aparições pós 
ressurreição.(Missler) Hoje, se pode visitar o local conhecido como Lithostrotos, aonde 
acredita-se ser o chão da Fortaleza de Antônio.(todavia recente escavações talvez ponha em 
dúvida esta teoria (Gonen)) O chão está marcado para jogos uma vez jogados por soldados 
romanos. 
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Do espancamento, Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa, para ser 
crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em 595 metros. (Edwards). Uma 
rua estreita de pedra, era provavelmente cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi 
conduzido através das ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz 
(chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal provavelmente 
pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda dos soldados romanos, o qual 
carregava uma placa que anunciava Seu crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em 
Latim e em Grego. No caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que Ele 
talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Uma queda com o 
pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado uma contusão do coração, 
predispondo Seu coração a ruptura na cruz. (Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da 
África (Tripoli)), que aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar. 
 
A presente Via Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi conduzido a 
Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a verdadeira localização da Via 
Dolorosa é disputada. Muita da tradição a respeito do que aconteceu a Jesus é encontrada 
na Via Dolorosa hoje em dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram e 9 igrejas no 
caminho hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. (Magi) Hoje em dia, 
há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que foram usadas durante a época 
de Jesus. 
 
SOFRIMENTO NA CRUZ 
 
Salmo 22:16-17: " Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; 
transpassaram-me as mãos e 
os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me." 
 
 O evento da crucificação é profetizado em diversos lugares por todo o Velho 
Testamento. Um dos mais impressionantes é narrado em Isaías 52:13, aonde ele diz que, "Eis 
que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime." Em 
João 3, Jesus fala sobre o cumprimento dessa profecia quando Ele diz, "E como Moisés 
levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para 
que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna." Ele refere aos eventos narrado em 
Números 21:6-9. O Senhor tinha mandado uma praga de serpentes impetuosas no povo de 
Israel e morderam o povo de modo que muitas pessoas morreram. Depois que o povo 
confessou seus pecados a Moisés, o Senhor perdoou eles tendo feito uma serpente de 
bronze. O bronze é um símbolo do julgamento e a serpente é um símbolo da maldição. 
Quem quer que fosse mordido por uma serpente e então olhasse a serpente de bronze, era 
salvo da morte. Estes versos são profecias que apontam a crucificação, em que Jesus seria 
(levantado) na cruz para julgamento do pecado, para que todo aquele que nele crê não 
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pereça, (a morte eterna) mas tenha a vida eterna.II Cor 5 :21 Amplifica este ponto, nisso 
"Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que Nele fôssemos 
feitos justiça de Deus."(Pink) É interessante que o símbolo de Aesculapius que é o símbolo 
da profissão médica hoje em dia, teve suas raízes da fabricação da serpente de 
bronze.(Metherall) Certamente, Jesus é quem cura a todos! Jesus é conduzido ao lugar da 
caveira (Latim: Calvário, Aramaico: Golgota) para ser crucificado. A atual localização do 
Calvário está também em disputa. No fim da Via Dolorosa, há uma "T bifurcação ". Se 
virarmos a esquerda, nós iremos a Basílica do Santo Sepulcro. Se virarmos para direita, nós 
iremos ao Calvário de Gordon. A Basílica do Santo Sepulcro tem se acreditado por muito 
tempo ser o local tradicional da crucificação. 
 
 Calvário de Gordon possivelmente tem uma razão profética para ser o lugar da 
crucificação. Em Gênesis 22, Abraão é testado por Deus para sacrificar Isaque no topo da 
montanha. Percebendo que ele estava agindo fora da profecia, que "Deus proverá para si o 
Cordeiro", Abraão chama o lugar do evento de "Jeová-Jiré", "No monte do senhor se 
proverá." Se nós pegarmos isso como evento profético da morte de Jesus, então Jesus 
morreu no terreno mais elevado de Jerusalém. Calvário de Gordon é o ponto mais elevado 
de Jerusalém, 777 metros acima do nível do mar. (Missler: Map from Israel tour book) Hoje 
em dia, no Calvário de Gordon, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão 
ao local a aparência de uma caveira. 
 
Jesus foi então crucificado. Crucificação era uma prática que se originou com os Persas e foi 
mais tarde passado para os Carthaginians e os fenícios. Os romanos aperfeiçoaram como um 
método de execução o qual causava máxima dor e sofrimento em um período de tempo. Aos 
crucificados incluíam escravos, provincianos e os tipos mais baixos de criminosos. Cidadãos 
romanos, exceto talvez para soldados que desertavam, não eram sujeitados a esse 
tratamento. (McDowell) 
 
O local da crucificação "era escolhido propositadamente para ser fora dos muros da cidade 
porque a Lei proibia tais de ser dentro dos muros da cidade... por razões sanitárias... o corpo 
crucificado era as vezes deixado para apodrecer na cruz e servir como uma desonra, um 
convincente aviso e dissuasivo para os que ali passavam." (Johnson) Às vezes, o subordinado 
era comido quando vivo e ainda na cruz por bestas selvagens. (Lipsius) 
 
O Procedimento da crucificação pode ser resumido conforme o seguinte. O patibulum era 
colocado sobre a terra e a vitima colocada em cima dele. Os pregos, com aproximadamente 
18 centímetros de comprimento e com 1 cm de diâmetro eram cravados nos pulsos. Os 
pregos entrariam na proximidade do nervo mediano, causando que choques de dor fosse 
irradiado por todo o braço. Era possível colocar os pregos entre os ossos de modo que 
nenhuma fratura (ou ossos quebrados) ocorressem. Estudos tem mostrado que os pregos 
provavelmente estiveram cravados através dos ossos pequenos do pulso, desde que pregos 
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na palma da mão não suportariam o peso de um corpo. Em terminologia antiga, o pulso era 
considerado ser parte da mão. (Davis) Posicionado no local da crucificação estariam postes 
em pé, tendo aproximadamente 2.15 metros de altura.(Edwards) No centro dos postes 
estava um ordinário assento, chamado sedile ou sedulum, no qual servia como suporte para 
a vítima. O patibulum era então levantado sobre os postes. Os pés eram então pregados aos 
postes. Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, 
deixando numa posição muito desconfortável. O titulo era pendurado sobre a cabeça da 
vitima.Havia diversos tipos diferentes de cruzes usadas nas crucificações. Na época de Jesus, 
era mais provável que a cruz usada fosse no formato de T (ou "tau" cruz,), não a popular 
cruz no formato t a qual é aceita nos dias de hoje.(Lumpkin) 
 
 
 
SOFRIMENTO FÍSICO NA CRUZ 
 
Salmos 22:14-15: "Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o 
meu coração é 
como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A minha força secou-se como um 
caco e a língua se 
me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte." 
 
Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de severa hipovolemia 
pela perda de sangue. Os versos acima descrevem Seu estado desidratado e a perda de Sua 
força. 
 
Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma tremenda tensão posta sobre os pulsos, 
braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos 
cotovelos.(Metherall) Os braços, sendo preso para cima e para fora, prendendo a caixa 
torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificulta extremamente o exalar, e 
impossibilitava ter completa inspiração do ar. A vítima poderia apenas ter pequenas 
respiradas.(Isto talvez explique o porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na 
cruz). Enquanto o tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de oxigênio e 
posição fixa do corpo, passariam por severas cãibras e contrações espasmódicas. 
 
ABANDONADO POR DEUS -- MORTE ESPIRITUAL 
 
Mateus 27:46: "Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá 
sabactani; isto é, 
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" 
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Com o pecado do mundo sobre Ele, Jesus sofreu a morte espiritual (separação do Pai).Isaías 
59:2 diz que o pecado causa separação de Deus, e que Ele esconde Sua face de vós de modo 
que Ele não ouça. O Pai teve que virar a face de Seu Filho Amado quando estava na cruz. Pela 
primeira vez, Jesus não dirige a Deus como Seu Pai.(Courson) 
 
MORTE POR CRUCIFICAÇÃO: LENTA SUFOCAÇÃO 
 
 Respiração superficial causando colapso em pequenas áreas do pulmão. 
 
 Diminuição do oxigênio e aumento de gás carbônico causando acides nos tecidos. 
 Líquido formado nos pulmões. Piorando a situação citada na 2ª etapa. 
 O coração é estressado e eventualmente para. 
 
O lento processo do sofrimento e consequência da morte durante a crucificação pode ser 
sumariado como segue: 
 
"... aparentemente parece que o mecanismo da morte na crucificação era asfixia. A corrente 
de eventos no qual conduziram finalmente a asfixia são as seguintes: Com o peso do corpo 
que está sendo suportado pelo sedulum, os braços eram puxados para cima. Causando o 
intercostal e o músculo peitoral a ser esticado. Além disso, o movimento destes músculos era 
oposto pelo peso do corpo. Com os músculos respiratórios esticados assim, a respiração 
torna-se relativamente fixa. Enquanto dispnea desenvolve e dor nos pulsos e braços 
aumentam, a vítima era forçada a levantar o corpo do sedulum, transferindo desse modo o 
peso do corpo aos pés. A respiração tornam-se mais fácil, mas com o peso do corpo sendo 
exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas aumentava. Quando a dor se tornava 
insuportável, a vítima repentinamente abaixava outra vez para o sedulum com o peso do 
corpo puxando os pulsos e outra vez esticando os músculos intercostal. Dessa maneira, a 
vítima alterna entre levantar seu corpo do sedulum a fim de respirar e repentinamente 
abaixando no sedulum para aliviar a dor nos pés. Eventualmente, ele torna-se esgotado ou 
fica inconsciente de modo que não poderia mais levantar seu corpo do sedulum. Nesta 
posição, com os músculos respiratórios essencialmente paralisados, a vitima sufocava e 
morria.(DePasquale and Burch) 
 
Devido a defeituosa respiração, os pulmões da vitima começavam a ter colapsos em 
pequenas áreas causando hipoxia e hipercarbia. Uma acides respiratória, com a falta de 
compensação pelos rins devido a perda de sangue decorrentes das numerosas surras, 
resultou em um aumento da pressão cardíaca, que bate mais rápido para compensar. 
Acumulam líquidos nos pulmões. Sob o stress da hipoxia e acides o coração eventualmente 
falha. Há diversas teorias diferentes na real causa da morte. Uma teoria declara que houve 
um enchimento do pericárdio com liquido, que pôs uma pressão fatal na habilidade do 
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coração de bombear sangue (Lumpkin). Uma outra teoria declara que Jesus morreu de 
ruptura cardíaca." (Bergsma) A real causa da morte de Jesus , entretanto, " pode ter sido por 
múltiplos fatores e relacionado primeiramente a choques hipovolemicos, exaustante asfixia e 
talvez aguda falha cardíaca. "(Edwards) Uma fatal arritmia cardíaca pode ter causado o 
evento terminal. (Johnson, Edwards) 
 
UMA ÚLTIMA BEBIDA DO VINAGRE 
 
João 19:29-30: "Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo 
uma esponja 
ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca. Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, 
disse: Está 
consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espirito. 
 
Tendo sofrido severa perda de sangue de suas numerosos espancamentos e desta forma em 
um estado desidratado, Jesus, em uma das suas últimas declarações, diz "Tenho sede." Foi 2 
vezes oferecido bebida a Ele na cruz. A primeira, na qual Ele recusou, era vinho veja Vinho 
nos tempos de Jesusdrogado (misturado com mirra) veja também Aspéctos Médicos da 
Morte de Jesus. Ele escolheu enfrentar a morte sem uma mente turvada. Edersheim escreve: 
 
"Era uma prática de misericórdia Judaica dar aqueles conduzidos a execução uma poção de 
um forte vinho veja Vinho nos tempos de Jesusmisturado com mirra para entorpecer a 
consciência" (Mass Sem 2.9; Bemid. R. 10). Esta função caritativa era realizada à custa de, se 
não por, uma associação de mulheres em Jerusalém (Sanh. 43a). A poção foi oferecido a 
Jesus quando Ele alcançou Gólgota. Mas tendo provado....Ele não beberia....Ele encontraria 
com a Morte, mesmo no seu mais severo e violento modo, e conquistar submetendo-se ao 
todo....(p.880). 
 
A segunda bebida, a qual Ele aceita momentos antes da Sua morte, é descrita como um 
vinagre de vinho - veja . É importante notar Dois pontos. A bebida foi dada em "cana da 
planta de hissopo". Lembre-se que estes eventos ocorreram na festa da Páscoa. Durante esta 
festa, (Êxodo 12:22) hissopo foi usado para aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa nos 
umbrais de madeira dos judeus. É interessante o final desta cana de hissopo apontando para 
o sangue do cordeiro perfeito o qual era aplicado na cruz de madeira para salvação de toda a 
humanidade. (Barclay) Em adicional, o vinagre é um produto da fermentação, o qual é feito 
de suco de uva e fermento. A palavra literalmente significa "aquilo o qual é azedado" e é 
relacionado com o termo em Hebreu para "aquilo o qual é levedado". (Holmans) Fermento 
ou levedo, é um símbolo Bíblico do pecado. Quando Jesus tomou esta bebida, (i.e. a bebida 
no qual era "levedada") assim sendo simbólico Dele tomando os pecados do mundo sobre 
Seu corpo. 
 
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CELEBRAÇÃO DA OPOSIÇÃO GUERRA ESPIRITUAL 
 
 Salmos 22:12-13: " Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam. Abrem 
contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge." 
 
Enquanto Ele estava na cruz, trevas cobriram a terra (do meio-dia às três da tarde). Jesus, 
emLucas 22:53, assocía aqueles que o prenderam com o poder das trevas. Aonde estavam as 
forcas do mal enquanto Jesus estava na cruz? Os versos acima do Salmo 22 parece fora

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