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LCA - Unidade 1

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DISPOSIÇÕES INICIAIS SOBRE 
LICITAÇÕES
Professora:
Me. Daniela Carla Monteiro
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Editoração Victor Augusto Thomazini 
Qualidade Textual Produção de Materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; MONTEIRO, Daniela Carla.
 
 Licitações e Contratos Administrativos. Daniela Carla 
Monteiro.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 29 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Licitação. 2. Contrato. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 352.5
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| CONCEITOS, OBJETIVOS E FINALIDADES DA LICITAÇÃO
12| PRINCÍPIOS BASILARES DA LICITAÇÃO
16| LICITAÇÃO DISPENSADA, DISPENSÁVEL E INEXIGÍVEL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Explicar o que é licitação, seus objetivos e suas finalidades.
 • Apresentar os princípios expressos e implícitos da licitação.
 • Compreender as situações que envolvem licitação dispensada, dispensá-
vel e inexigível.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Conceitos, objetivos e finalidades da Licitação
 • Princípios expressos e implícitos da Licitação
 • Licitação dispensada, dispensável e inexigível
DISPOSIÇÕES INICIAIS SOBRE LICITAÇÕES
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao nosso estudo sobre Licitações e Contratos Administrativos. 
Neste encontro, estudaremos as disposições iniciais sobre licitações. Em outras 
palavras, estudaremos o conceito, os objetivos e as finalidades da licitação, bem 
como os princípios basilares e as situações que envolvem licitação dispensada, 
dispensável e inexigível.
A aprendizagem em questão é fundamental para o entendimento dos 
procedimentos administrativos que envolvem as licitações que vigoram para 
aquisições de bens e serviços, tanto para aqueles que estão do lado da adminis-
tração pública, ou seja, que representam os contratantes, quanto para aqueles 
que estão do lado dos contratados, quais sejam, os fornecedores. 
Visando atingir aos objetivos de aprendizagem elencados para este estudo, 
o mesmo foi dividido em três aulas. Na primeira aula, estudaremos o conceito, 
os objetivos e as finalidades da licitação. Na segunda aula, por sua vez, estuda-
remos os princípios expressos e implícitos do referido procedimento. Por fim, 
na terceira e última aula, estudaremos sobre as situações que permitem não 
licitar, isto é, licitação dispensada, dispensável e inexigível.
Nessa direção, ao término deste estudo, você será capaz de entender o 
conceito, os objetivos e as finalidades da licitação, bem como de compreen-
der os princípios primaciais, sejam eles expressos ou implícitos, que norteiam 
o procedimento administrativo em questão. Ademais, será capaz de discutir as 
exceções à regra geral que é licitar, ou seja, será capaz de identificar os casos 
em que pode haver dispensa ou inexigibilidade de licitação. 
Espero que você absorva o máximo de conhecimento possível e que se 
encante por tudo que aprenderá neste estudo. O conhecimento que você 
adquirirá aqui será fundamental para o desenvolvimento das atividades profis-
sionais que você escolheu.
Bons estudos e um forte abraço!
Professora Me. Daniela Carla Monteiro.
Pós-Universo 6
Conceitos, objetivos
e finalidades da licitação
A presente aula tem como propósito apresentar a forma como alguns autores 
conceituam licitação, bem como apresentar seus objetivos, suas finalidades e sua 
divisão em três partes. Na primeira parte, explica-se o que é proposta mais van-
tajosa de acordo com a ótica pública e conceitua-se licitação. Posteriormente, na 
segunda parte, explicam-se os três primaciais objetivos do procedimento licitató-
rio. Por fim, na terceira e última parte explicam-se as duas finalidades principais do 
referido procedimento.
Pós-Universo 7
Conceitos de Licitação
A busca pela melhor proposta – proposta esta que envolve tanto preço quanto qua-
lidade dos produtos e/ou serviços oferecidos – é um procedimento unânime entre 
os compradores. No entanto, a referida busca para uns é opcional, enquanto para 
outros é requisito. Em outras palavras, para pessoas jurídicas privadas a busca em 
questão não é obrigatória, já para a União; Estado-Membro; Distrito Federal; Municípios; 
Autarquias; Empresas públicas; Sociedades de Economia Mista; e Fundações é quase 
sempre uma obrigação (GASPARINI, 2011).
No âmbito público, a seleção dessas “melhores propostas” é realizada com base 
em normas previamente definidas e que se dá entre os interessados que visem con-
tratar com a Administração Pública e que atendam ao seu chamamento promovido 
por meio de instrumento convocatório.
O “melhor preço” é a combinação da melhor qualidade possível com o valor 
que a Administração Pública está disposta a pagar?
Fonte: a autora.
reflita
Assim sendo, para efeito de avaliação e classificação de propostas, somente serão 
consideradas “aquelas propostas” que tenham sido apresentadas a partir do referi-
do chamamento, mesmo que existam propostas indiscutivelmente melhores fora 
do mesmo.
O procedimento administrativo em questão é denominado licitação. A palavra 
licitação provém do latim licitatione, que significa “arrematar em Leilão”. Segundo 
Bandeira de Melo apud Barchet (2012, p. 1), licitação é um:
 “
[...] Certame que as entidades governamentais devem promover e no qual 
abrem disputa entre os interessados em com elas travar determinadas rela-
ções de conteúdo patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às 
conveniências públicas. Estriba-se na ideia de competição, a ser travada iso-
nomicamente entre os que preencham os atributos e as aptidões necessários 
ao bom cumprimento das obrigações que se propõem a assumir.
Pós-Universo 8
De acordo com Pietro (2004, p. 300), quando se fala em “procedimento administra-
tivo”, está se fazendo menção a inúmeros atos preparatórios do ato final objetivado 
pela Administração Pública e que a licitação é “um procedimento integrado por atos 
e fatos da Administração e atos e fatos dos licitantes, todos contribuindo para formar 
a vontade contratual”.
Compete à Administração (atos e fatos) a elaboração do edital e sua publicação, 
a recepção dos documentos de habilitação e das propostas de preços, a análise dos 
documentos de habilitação e das propostas, de modo a habilitar e classificar forne-
cedores, a homologação, a adjudicação, entre tantos outros.
Compete aos licitantes (atos e fatos) a retirada do edital, os pedidos de esclareci-
mentos, as impugnações, a apresentação da documentação relativa à habilitação, as 
propostas de preços, a apresentação de recursos etc.
Todos esses atos e os outros aqui não citados se unem e se justificam pela produ-
ção de um ato final: a atribuição do objeto da licitação ao seu vencedor.
Por sua vez, Costa (2013, p. 67) define licitação como:
 “
[...] procedimento administrativo pelo qual a administração pública selecio-
na a proposta mais vantajosa para a celebração de contrato de seu interesse 
por meio de convocaçãode pessoas físicas ou jurídicas interessadas no ofe-
recimento de bens e serviços.
Ainda nessa vertente, Marçal Justen Filho apud Barchet (2012, p. 1) define a licitação 
como:
 “
[...] procedimento administrativo destinado a selecionar, segundo critérios 
objetivos predeterminados, a proposta de contratação mais vantajosa para a 
Administração, assegurando a ampla participação de todos os interessados, 
com observância de todos os requisitos legais exigidos.
Assim sendo, podemos dizer que a licitação corresponde a uma oferta dirigida a todos 
os que se interessarem e que se sujeitarem às condições previamente fixadas em edital.
Nessa direção, Pietro (2004) nos ensina que alguns fornecedores, diante do exigido, 
desistirão de apresentar propostas, mas que outros apresentarão e que tais propos-
tas corresponderão a uma aceitação às condições do órgão, o qual se certificará de 
quais são mais convenientes para resguardar o interesse público.
Pós-Universo 9
Em suma, a licitação é o procedimento prévio que a Administração Pública deverá 
adotar quando pretender celebrar um contrato, ressalvadas as hipóteses previstas 
em Lei, que estudaremos mais adiante.
Objetivos da Licitação
Segundo Bandeira de Mello apud Barchet (2012, p. 1), a licitação visa três objetivos 
primaciais:
1º Possibilitar à Administração celebrar a contratação de forma mais van-
tajosa. Contratação de forma mais vantajosa nada mais é do que contratar 
com o melhor custo-benefício. Em outras palavras, para que uma oferta seja 
realmente vantajosa para a Administração Pública, não basta que ela tenha o 
menor preço quando comparada com as demais, ou seja, a mesma precisa 
atender também a todos os requisitos pré-determinados em edital, inclusive 
quanto à qualidade do produto. Assim sendo, podemos dizer que proposta 
“mais vantajosa” é sinônimo de preço, qualidade e demais exigências previa-
mente estabelecidas. Faz-se relevante destacar que na maioria dos certames 
esse objetivo na maior parte das vezes não é atingido, ou seja, é muito difícil 
encontrar entre todos os fornecedores que se propõem a vender para o órgão 
a proposta mais vantajosa. Tal situação é decorrente do fato de os fornecedo-
res não conseguirem identificar corretamente o objeto que a administração 
pública pretende adquirir, além de ignorar determinadas exigências na “for-
mação dos preços”, que por sua vez frustrarão a licitação.
2º Permitir a todos os interessados a participação no procedimento. De 
acordo com o artigo 3º, parágrafo 1º, da Lei n.º 8.666/1993, é vedado aos 
agentes públicos: admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convoca-
ção, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem 
o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades coopera-
tivas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, 
da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância im-
pertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado 
o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de 
outubro de 1991.
Pós-Universo 10
Ademais, é vedado aos agentes públicos também estabelecer tratamen-
to diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou 
qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que 
se refere à moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando en-
volvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto 
no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991 
(Lei n.º 8.666/1993 – art. 3º - § II).
A referida Lei reitera ainda em seu artigo 15, § 7º, inciso I, que a especificação 
completa do bem a ser adquirido deve ser feita sem a “indicação de marca”.
Na maioria dos certames esse objetivo na maior parte das vezes é atingi-
do ao passo que cidadãos comuns ou licitantes impugnam os editais que 
apresentam qualquer sinal de direcionamento.
3º Promover o desenvolvimento nacional sustentável. Por força da Lei n.º 
12.349/2010, o art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passou a vigorar 
com a seguinte redação: A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do “desenvolvimento nacional susten-
tável” e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento con-
vocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Note que ao definir os objetivos primaciais da licitação, Bandeira de Mello reforça a 
definição de licitação apresentada pelos autores supracitados.
Assim sendo, se esses três objetivos forem alcançados, três exigências, em se tra-
tando de esfera pública, serão satisfeitas:
1ª Proteção aos interesses públicos e aos recursos governamentais, ao ser se-
lecionada a proposta mais vantajosa para a Administração;
2ª Observância dos princípios da isonomia e da impessoalidade, pelo caráter 
aberto do procedimento, adiante analisados; e
3ª Respeito ao princípio da probidade administrativa, também adiante analisado.
Pós-Universo 11
Finalidades da Licitação
Quanto às finalidades do processo licitatório, vale destacar que, segundo Maffini 
(2008, p. 131), teríamos inúmeras para discutir, dentre elas, a “transparência nas rela-
ções convencionais da Administração Pública; a ampliação da noção de publicidade; 
e o controle na seleção dos interessados em contratar com o Poder Público”; no 
entanto, discutiremos nesta aula apenas as duas principais destacadas pela Lei nº 
8.666/93, quais sejam:
 • a) A obtenção da proposta mais vantajosa; e b) A observância do princípio 
constitucional da isonomia.
De acordo com Mazza (2011, p. 305), as finalidades supracitadas visam:
 “
a) a busca pela melhor proposta, estimulando a competitividade entre 
os potenciais contratados a fim de atingir o negócio mais vantajoso para 
a Administração; e b) o oferecimento de iguais condições a todos que 
queiram contratar com a Administração, promovendo, em nome da iso-
nomia, a possibilidade de participação no certame licitatório de quaisquer 
interessados que preencham as condições previamente fixadas no instru-
mento convocatório.
Note que os objetivos e as finalidades da licitação caminham na mesma direção 
reafirmando em todos os atos que compõem o procedimento administrativo a ne-
cessidade de se selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e 
de se oferecer igualdade de condições a todos que queiram contratar com o órgão 
público de modo a resguardar competitividade e/ou evitar direcionamentos.
Assim sendo, em síntese, as finalidades do processo licitatório podem ser resu-
midas em propiciar a melhor contratação possível (proposta mais vantajosa), com o 
maior número possível de concorrentes (preservação da competitividade), por meio 
da oportunidade em igualdade de condições a todos que se mostrarem interessados.
Pós-Universo 12
Princípios basilares
da licitação
Como vimos, de acordo com o art. 3o da Lei nº 8.666/93, a licitação destina-se a ga-
rantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta 
mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será “processada e julgada” em estrita conformidade com os “princípios 
básicos” da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publici-
dade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo (princípios expressos) e dos que lhes são correlatos (princípios 
implícitos).
Pós-Universo 13
Assim sendo, vejamos atentamente, com base em Costa (2013, p.68-69), o que 
determina cada um dos princípios expressos da licitação.
 • 2.1 Princípio da Legalidade: no âmbito da licitação, legalidade significa 
a vinculaçãodos licitantes e da Administração às regras estabelecidas nas 
normas e nos princípios em vigor.
 • 2.2 Princípio da Impessoalidade: esse princípio significa que, no proce-
dimento licitatório, a Administração não pode beneficiar nem prejudicar 
pessoas determinadas. É vedado, por exemplo, inserir item no edital que 
favoreça um licitante em detrimento do outro.
 • 2.3 Princípio da Moralidade: na licitação, moralidade traduz-se na atuação 
de acordo com a lealdade e boa-fé.
 • 2.4. Princípio da Igualdade: a isonomia faz parte do próprio instituto de li-
citação e significa dar tratamento igual a todos os interessados. Para alguns, 
é considerado o princípio mais importante da licitação.
 • 2.5 Princípio da Publicidade: esse princípio impõe a divulgação pela 
Administração de todos os atos praticados na fase externa da licitação e 
qualquer interessado pode ter acesso ao procedimento.
 • 2.6 Princípio da Probidade Administrativa: a probidade administrativa 
impõe ao administrador público atuar dentro de padrões éticos na condu-
ção do procedimento licitatório.
 • 2.7 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: esse princípio 
obriga tanto a Administração quanto o licitante a observarem as normas e 
condições estabelecidas no edital. O não atendimento às normas do edital 
gera a ilegalidade do ato praticado.
 • 2.8 Princípio do Julgamento Objetivo: decorre da legalidade, significa 
que o julgamento deve ser feito com base em critérios prefixados. Afasta-
se, com isso a subjetividade do julgamento das propostas.
Pós-Universo 14
Os princípios administrativos consubstanciados essencialmente na 
Constituição Federal e, esparsamente em normas infraconstitucionais, bem 
como, os princípios básicos aplicados às licitações constituem objeto do 
presente estudo, sendo abordados de maneira não exaustiva em páginas 
seguintes, com contornos introdutórios e objetivos, para a imediata com-
preensão e assimilação, ampliando a bibliografia correlata, para que venham 
a ser conhecidos por todo e qualquer cidadão leigo ou estudante iniciante 
e efetivamente observados e aplicados por todo e qualquer administrador 
ou agente público, visando à transparência, legalidade, economia e respei-
to ao patrimônio público.
Fonte: <http://portalespi.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2016/04/
3-Princ%C3%ADpios-da-Administra%C3%A7%C3%A3o-P%C3%BAblica.pdf>. 
Acesso em: 14 dez. 2017.
saiba mais 
Com inteira propriedade, Maria Sylvia Zanella Di Pietro apud Barchet (2012, p. 15), 
traz a seguinte consideração acerca dos princípios:
 “
A própria licitação constitui um princípio a que se vincula a Administração 
Pública. Ela é uma decorrência do princípio da indisponibilidade do interes-
se público e que se constitui em uma restrição à liberdade administrativa na 
escolha do contratante; a Administração terá que escolher aquela cuja pro-
posta melhor atenda ao interesse público.
Posto isso, vamos conhecer alguns dos “princípios implícitos” da licitação, sendo eles: 
princípio do procedimento formal; princípio do sigilo das propostas até sua abertu-
ra; princípio da competitividade e princípio da adjudicação compulsória.
 • 2.9 Princípio do Procedimento Formal: o procedimento licitatório pre-
visto na Lei n.º 8.666/1993 caracteriza ato “administrativo formal”, seja ele 
praticado em qualquer esfera da Administração Pública (art. 4º; § único).
Pós-Universo 15
 • 2.10 Princípio do Sigilo na Apresentação das Propostas: o sigilo das 
propostas de preços deverá ser mantido até a abertura das mesmas pela 
Comissão de Licitação ou Pregoeiro e equipe de apoio. A partir desse 
momento, o teor de cada proposta é de conhecimento público. Em outras 
palavras, a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público 
os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até 
a respectiva abertura (art. 3º, § 3º da Lei n.º 8.666/1993).
 • 2.11 Princípio da Competitividade: esse princípio visa a vedar a imposição 
de qualquer condição que prejudique o caráter competitivo do procedi-
mento administrativo licitação, por dele excluir possíveis interessados em 
contratar com o órgão público, admitindo apenas as condições que sejam 
indispensáveis à adequada execução do contrato.
 • 2.12 Princípio da Adjudicação Compulsória: esse princípio visa a atribuir 
ao vencedor da licitação, pela autoridade competente, o seu objeto. A ad-
judicação produz dois importantes efeitos, sendo eles: a) a impossibilidade 
da administração firmar contrato com outro licitante durante o prazo de 
validade da adjudicação; e b) a impossibilidade de abrir nova licitação en-
quanto valida a adjudicação anterior.
Em síntese, os princípios basilares da licitação, tanto os expressos quanto os implíci-
tos, tem por objetivo nortear esse importante procedimento administrativo. Não há 
hierarquia entre ele e é muito comum encontrá-los nas impugnações e nos recursos 
protocolados. Em outras palavras, os fornecedores ao impugnarem um edital e/ou 
entrarem com um recurso se ancoram em tais princípios na tentativa de fazer com 
que licitações enviesadas transcorram dentro do que exatamente determina a Lei.
Pós-Universo 16
Licitação dispensada,
dispensável e inexigível
O artigo 1º da Lei n.º 8.666/1993 nos ensina que o referido estatuto estabelece normas 
gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, in-
clusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Ademais, deixa claro em 
seu parágrafo único que:
 “
[...] subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Pós-Universo 17
Assim sendo, conseguimos verificar que a licitação é regra e não exceção. Porém, 
como toda regra tem sua exceção, também nos procedimentos licitatórios existem 
as exceções à regra geral, exceções essas previstas na Lei n.º 8.666/93 nos artigos 17 
(Licitação Dispensada); 24 (Licitação Dispensável); e 25 (Licitação Inexigível).
Obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, 
permissões e locações da Administração Pública, quando “contratadas com 
terceiros”, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hi-
póteses previstas na Lei n.º 8.666/1993.
Fonte: Elaborado pela autora a partir do art. 2º, caput da Lei n.º 8.666/1993.
atenção
Licitação Dispensada (Art. 17 da Lei 
n.º 8.666/1993)
Segundo o artigo 17 da Lei n.º 8.666/1993, a alienação de bens da Administração 
Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será 
precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
 “
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da 
administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, 
inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licita-
ção na modalidade de concorrência, “dispensada” esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da ad-
ministração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto 
nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso 
X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer 
esfera de governo;
Pós-Universo 18
f ) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de 
uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, 
destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais 
ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos 
ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimaçãode posse de que trata o art. 29 da Lei 
no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos 
órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal 
atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, 
locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito 
local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e in-
seridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social 
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras 
públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de 
que trata o § 1o do art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins 
de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensa-
da esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após 
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamen-
te à escolha de outra forma de alienação;
b)  permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legis-
lação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades 
da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f ) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da 
Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
[...]
Pós-Universo 19
Observe que nessas condições a licitação não ocorrerá, embora seja possível. Assim 
sendo, é extremamente relevante que o órgão observe as exceções que a Lei auto-
riza em seu artigo 17, de modo a não adquirir sem licitação o que não é permitido. 
O alerta serve também para os fornecedores, que devem estar atentos sempre ao 
chamamento promovido pelos órgãos públicos.
Licitação Dispensável (Art. 24 da Lei 
n.º 8.666/1993)
A licitação “dispensável” não se confunde com a licitação dispensada, haja vista que, 
no primeiro caso, o legislador atribui à Administração Pública o poder de decisão 
sobre a licitação.
Em outras palavras, cabe ao Administrador Público decidir se a licitação ocorre-
rá ou não. Os casos de licitação dispensável estão previstos no art. 24 da Lei Federal 
n.º 8.666/93 e são inúmeros.
Vejamos alguns deles:
 “
Art. 24. É dispensável a licitação:
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracte-
rizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo 
ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e 
outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários 
ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de 
obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento 
e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emer-
gência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
Você percebeu a principal diferença entre as exceções previstas nos artigos 17 e 24 
respectivamente? Note que no artigo 17 a exceção é prevista em seus incisos e que 
a Administração Pública não tem nenhum poder de decisão sobre licitar ou não. 
Pós-Universo 20
Ou seja, a licitação não acontecerá, pois a Lei prevê que nos casos supracitados a 
mesma deve ser dispensada. Já diante das situações dispensáveis (art. 24), caberá ao 
Administrador decidir se licitará ou não. É importante frisar que a regra é licitar, logo 
o ente público deve optar sempre por esse caminho, evitando assim cometer erros 
ou atos de improbidade administrativa. Em outras palavras, o órgão público deverá 
se valer das situações expressas no artigo 24 somente em situações extremas, afinal 
foi justamente para isso que a exceção foi pensada.
Licitação Inexigível (Art. 25 da Lei 
n.º 8.666/1993)
A licitação será inexigível quando for “inviável a competição”. Ou seja, falamos em 
inexigibilidade de licitação quando não há possibilidade de competição entre pos-
síveis interessados.
Logo, em tais casos, se deixa de “exigir a licitação”, pois a mesma não tem razão 
de acontecer.
As situações de licitação inexigível estão descritas no artigo 25 da lei n.º 8.666/93. 
Vejamos o que nos diz esse artigo na íntegra:
 “
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, 
em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam 
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, 
vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade 
ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio 
do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, 
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, 
de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especializa-
ção, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente 
ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica es-
pecializada ou pela opinião pública.
Pós-Universo 21
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo 
conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho ante-
rior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe 
técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita 
inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado 
à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se com-
provado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à 
Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público 
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
Aparentemente, com base nas orientações e nos esclarecimentos promovidos pelo 
artigo supracitado, identificar casos de inexigibilidade é muito fácil; mas na verdade, 
não é, pelo contrário. Com a gama de produtos e serviços que temos a nossa dispo-
sição, identificar um fornecedor exclusivo, um produto exclusivo ou até mesmo uma 
prestação de serviços exclusiva é quase que encontrar agulha no palheiro. Assim 
sendo, toda atenção é necessária para a identificação da inexigibilidade, pois o órgão 
público poderá responder por isso. Aos fornecedores, toda atenção também é neces-
sária de modo a não ficar impossibilitados de participar de um determinado certame.
atividades de estudo
1. A licitação, inegavelmente, constitui um dos mais relevantes procedimentos admi-
nistrativos. Por parte da Administração, entre tantos outros, compete à elaboração 
do edital; a recepção dos documentos de habilitação; a análise das propostas e a 
homologação. Por parte dos licitantes, a retirada do edital, a apresentação da docu-
mentação relativa à habilitação, a apresentação de recursos etc.
Com base nesse contexto e nas ideias que ele transmite, avalie as afirmativas 
que se seguem:
I. A licitação é um procedimento no qual a Administração permite a apresentação 
de propostas por parte de todos os interessados em com ela firmar contrato em 
relação a determinado objeto.
II. Apresentadas as propostas, a Administração escolherá aquela que lhe parecer a 
mais vantajosa, dentre as apresentadas pelos candidatos habilitados.
III. O procedimento de licitação tem por objetivos primaciais assegurar a obser-
vância do princípio da isonomia, selecionar a proposta mais vantajosa para a 
Administração e promover o desenvolvimento nacional sustentável.
IV.A licitação é o procedimento prévio que a Administração deverá adotar quando pre-
tender celebrar um contrato, ressalvadas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
atividades de estudo
2. Por força da lei n.º 12.349/2010, pode-se considerar, além da isonomia e da compe-
titividade, a promoção do desenvolvimento nacional sustentável como o terceiro 
princípio fundamental do procedimento licitatório.
Com relação a esse contexto e aos princípios norteadores da licitação pública, 
avalie as afirmativas que se seguem:
I. Em virtude do princípio da vinculação ao instrumento convocatório, a lei veda à 
administração o descumprimento das normas e condições do edital, ao qual se 
acha estritamente vinculada.
II. O princípio da impessoalidade impõe que os atos e termos da licitação sejam 
efetivamente expostos ao conhecimento de qualquer interessado.
III. O princípio da legalidade almeja impedir que a licitação seja decidida sob o 
influxo do subjetivismo, de sentimentos, das impressões ou dos propósitos pes-
soais dos membros da comissão julgadora.
IV. O princípio da moralidade implica o dever, não apenas de tratar isonomicamente 
todos os que participarem do certame, mas também o de garantir oportunida-
de de disputá-lo a quaisquer interessados.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
atividades de estudo
3. (Situação Fictícia) A Universidade Federal de Santa Catarina, popularmente conhe-
cida como UFSC, instituída como fundação federal, de direito público, subordina-se 
ao regime da Lei nº 8.666/93. Por ocasião de fortes chuvas no estado em que se lo-
caliza a universidade em questão, parte de um de seus prédios, onde funciona o 
departamento de administração, desabou. A administração da universidade orçou 
os gastos para a recuperação do prédio em R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos 
mil reais). As aulas da universidade foram suspensas para os alunos de administra-
ção até a solução do problema.
Considerando a situação fictícia acima e à Lei nº 8.666/93, avalie as afirmati-
vas que se seguem:
I. A administração da universidade poderá contratar uma empresa de engenharia 
para executar a obra de recuperação do prédio danificado pelas tempestades 
mediante processo licitatório.
II. A referida universidade poderá inexigir a licitação, tendo em vista a urgência de 
atendimento da situação.
III. Se nesta situação fictícia houver inviabilidade de competição entre fornecedo-
res ou prestadores de serviços, a licitação passará a ser dispensável.
IV. Devido a urgência a administração da universidade poderá por meio do que 
prevê o artigo 17 da Lei n.º 8.666/1993, contratar uma empresa de engenharia 
para executar a obra de recuperação do prédio.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
resumo
Caro(a) aluno(a),
Estamos terminando nosso estudo sobre as disposições iniciais das licitações. Vamos relembrar 
aqui, ainda que brevemente, tudo o que estudamos?
Você lembra-se de que, num primeiro momento, aprendemos o que é proposta vantajosa para 
administração pública e que diante desse entendimento aprendemos seu conceito, seus princi-
pais objetivos, bem como suas finalidades primaciais? Quanta coisa não é mesmo?
Como aprendemos, um ente público não pode realizar suas compras da mesma que forma que 
um ente privado, então para tal, precisa por meio de procedimento administrativo, cuja denomi-
nação é licitação, selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração entre os interessados 
que atendem ao seu chamamento. Nessa direção, precisará resguardar a todos os interessados 
a participação no procedimento, bem como promover o desenvolvimento nacional sustentável.
Você lembra-se também de que aprendemos sobre os princípios expressos e implícitos das li-
citações? Vale lembrar que não existe hierarquia entre tais princípios, ou seja, um não é mais 
importante do que o outro e os mesmos devem ser empregados concomitantemente para que 
as licitações estejam livres de vícios e/ou irregularidades.
Por fim, aprendemos neste estudo que o ditado popular “toda regra tem sua exceção” também 
é valido para as licitações. Ou seja, existem casos em que a Administração Pública, está deso-
brigada a licitar, casos esses que envolvem situações expressas em Lei, em que o administrador 
público não decide sobre licitar ou não. Ademais, têm-se as situações em que é possível licitar, 
mas dada a situação em que o órgão se encontra, a desobrigação, mediante justificativa, é pos-
sível, bem como situações em que em decorrência da impossibilidade de competição a mesma 
não acontece.
Espero que esse estudo tenha sido proveitoso e que você tenha gostado de aprender sobre esse 
rico procedimento administrativo que é a Licitação.
Um forte abraço!
Professora Me. Daniela Carla Monteiro.
material complementar
Direito Administrativo
Autor: Diógenes Gasparini
Editora: Saraiva
Sinopse: Esta obra aborda com objetividade e clareza de exposição toda 
a matéria do direito administrativo. Apresenta uma análise didática, mas 
aprofundada, dos princípios do direito administrativo, da administra-
ção pública, do ato administrativo, do poder regulamentar e de polícia, 
dos agentes públicos, dos cargos públicos, dos serviços públicos, da execução dos serviços 
públicos, da fundação pública, da sociedade de economia mista, da licitação, do contrato 
administrativo, da intervenção estatal no domínio econômico, da desapropriação, dos bens 
públicos, do controle da administração pública, do processo administrativo, da sindicância e 
da responsabilidade civil do Estado. A presente edição conta com referências à Lei das Micro 
e Pequenas Empresas e ao Regulamento da Lei dos Consórcios Públicos.
referências
BARCHET, Gustavo. Lei n.º 8.666/1993: Teoria e Questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição 
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras provi-
dências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun 1993. Disponível em <http://www.planalto.
gov.br>. Acesso em: 39 ago. 2017.
COSTA, Elisson Pereira da. Direito Administrativo. 2. ed São Paulo: Saraiva, 2013.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
JUSTEN FILHO, Marçal, Pedro. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. São 
Paulo: Dialética, 2012.
MAFFINI, Rafael. Direito Administrativo. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2011.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
resolução de exercícios
1. e) I, II, III e IV.
2. a) I, apenas.
Comentário:
II. O princípio da publicidade impõe que os atos e termos da licitação sejam efeti-
vamente expostos ao conhecimento de qualquer interessado.
III. O princípio do julgamento objetivo almeja impedir que a licitação seja decidi-
da sob o influxo do subjetivismo, de sentimentos, impressões ou propósitos pessoais 
dos membros da comissão julgadora.
IV. O princípio da igualdade implica o dever não apenas de tratar isonomicamen-
te todos os que participarem do certame, mas também o de garantir oportunidade 
de disputá-lo a quaisquer interessados.
3. a) I, apenas.
Comentário:
II. A referida universidade poderá dispensar a licitação, tendo em vista a urgência 
de atendimento da situação.
III. Se nesta situação fictícia houver inviabilidade de competição entre fornecedores 
ou prestadores de serviços, a licitação passará a ser inexigível.
IV. Para esse fim a Administração não poderá contratar por meio do que prevê o 
artigo 17, e simpor meio do que prevê o artigo 24.
	art17iia
	Conceitos, objetivos
	e finalidades da licitação
	Princípios basilares
	da licitação
	Licitação dispensada,
	dispensável e inexigível

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