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DISPOSIÇÕES INICIAIS SOBRE LICITAÇÕES Professora: Me. Daniela Carla Monteiro Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Editoração Victor Augusto Thomazini Qualidade Textual Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MONTEIRO, Daniela Carla. Licitações e Contratos Administrativos. Daniela Carla Monteiro. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 29 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Licitação. 2. Contrato. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 352.5 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| CONCEITOS, OBJETIVOS E FINALIDADES DA LICITAÇÃO 12| PRINCÍPIOS BASILARES DA LICITAÇÃO 16| LICITAÇÃO DISPENSADA, DISPENSÁVEL E INEXIGÍVEL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Explicar o que é licitação, seus objetivos e suas finalidades. • Apresentar os princípios expressos e implícitos da licitação. • Compreender as situações que envolvem licitação dispensada, dispensá- vel e inexigível. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Conceitos, objetivos e finalidades da Licitação • Princípios expressos e implícitos da Licitação • Licitação dispensada, dispensável e inexigível DISPOSIÇÕES INICIAIS SOBRE LICITAÇÕES INTRODUÇÃO introdução Olá, caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao nosso estudo sobre Licitações e Contratos Administrativos. Neste encontro, estudaremos as disposições iniciais sobre licitações. Em outras palavras, estudaremos o conceito, os objetivos e as finalidades da licitação, bem como os princípios basilares e as situações que envolvem licitação dispensada, dispensável e inexigível. A aprendizagem em questão é fundamental para o entendimento dos procedimentos administrativos que envolvem as licitações que vigoram para aquisições de bens e serviços, tanto para aqueles que estão do lado da adminis- tração pública, ou seja, que representam os contratantes, quanto para aqueles que estão do lado dos contratados, quais sejam, os fornecedores. Visando atingir aos objetivos de aprendizagem elencados para este estudo, o mesmo foi dividido em três aulas. Na primeira aula, estudaremos o conceito, os objetivos e as finalidades da licitação. Na segunda aula, por sua vez, estuda- remos os princípios expressos e implícitos do referido procedimento. Por fim, na terceira e última aula, estudaremos sobre as situações que permitem não licitar, isto é, licitação dispensada, dispensável e inexigível. Nessa direção, ao término deste estudo, você será capaz de entender o conceito, os objetivos e as finalidades da licitação, bem como de compreen- der os princípios primaciais, sejam eles expressos ou implícitos, que norteiam o procedimento administrativo em questão. Ademais, será capaz de discutir as exceções à regra geral que é licitar, ou seja, será capaz de identificar os casos em que pode haver dispensa ou inexigibilidade de licitação. Espero que você absorva o máximo de conhecimento possível e que se encante por tudo que aprenderá neste estudo. O conhecimento que você adquirirá aqui será fundamental para o desenvolvimento das atividades profis- sionais que você escolheu. Bons estudos e um forte abraço! Professora Me. Daniela Carla Monteiro. Pós-Universo 6 Conceitos, objetivos e finalidades da licitação A presente aula tem como propósito apresentar a forma como alguns autores conceituam licitação, bem como apresentar seus objetivos, suas finalidades e sua divisão em três partes. Na primeira parte, explica-se o que é proposta mais van- tajosa de acordo com a ótica pública e conceitua-se licitação. Posteriormente, na segunda parte, explicam-se os três primaciais objetivos do procedimento licitató- rio. Por fim, na terceira e última parte explicam-se as duas finalidades principais do referido procedimento. Pós-Universo 7 Conceitos de Licitação A busca pela melhor proposta – proposta esta que envolve tanto preço quanto qua- lidade dos produtos e/ou serviços oferecidos – é um procedimento unânime entre os compradores. No entanto, a referida busca para uns é opcional, enquanto para outros é requisito. Em outras palavras, para pessoas jurídicas privadas a busca em questão não é obrigatória, já para a União; Estado-Membro; Distrito Federal; Municípios; Autarquias; Empresas públicas; Sociedades de Economia Mista; e Fundações é quase sempre uma obrigação (GASPARINI, 2011). No âmbito público, a seleção dessas “melhores propostas” é realizada com base em normas previamente definidas e que se dá entre os interessados que visem con- tratar com a Administração Pública e que atendam ao seu chamamento promovido por meio de instrumento convocatório. O “melhor preço” é a combinação da melhor qualidade possível com o valor que a Administração Pública está disposta a pagar? Fonte: a autora. reflita Assim sendo, para efeito de avaliação e classificação de propostas, somente serão consideradas “aquelas propostas” que tenham sido apresentadas a partir do referi- do chamamento, mesmo que existam propostas indiscutivelmente melhores fora do mesmo. O procedimento administrativo em questão é denominado licitação. A palavra licitação provém do latim licitatione, que significa “arrematar em Leilão”. Segundo Bandeira de Melo apud Barchet (2012, p. 1), licitação é um: “ [...] Certame que as entidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar determinadas rela- ções de conteúdo patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às conveniências públicas. Estriba-se na ideia de competição, a ser travada iso- nomicamente entre os que preencham os atributos e as aptidões necessários ao bom cumprimento das obrigações que se propõem a assumir. Pós-Universo 8 De acordo com Pietro (2004, p. 300), quando se fala em “procedimento administra- tivo”, está se fazendo menção a inúmeros atos preparatórios do ato final objetivado pela Administração Pública e que a licitação é “um procedimento integrado por atos e fatos da Administração e atos e fatos dos licitantes, todos contribuindo para formar a vontade contratual”. Compete à Administração (atos e fatos) a elaboração do edital e sua publicação, a recepção dos documentos de habilitação e das propostas de preços, a análise dos documentos de habilitação e das propostas, de modo a habilitar e classificar forne- cedores, a homologação, a adjudicação, entre tantos outros. Compete aos licitantes (atos e fatos) a retirada do edital, os pedidos de esclareci- mentos, as impugnações, a apresentação da documentação relativa à habilitação, as propostas de preços, a apresentação de recursos etc. Todos esses atos e os outros aqui não citados se unem e se justificam pela produ- ção de um ato final: a atribuição do objeto da licitação ao seu vencedor. Por sua vez, Costa (2013, p. 67) define licitação como: “ [...] procedimento administrativo pelo qual a administração pública selecio- na a proposta mais vantajosa para a celebração de contrato de seu interesse por meio de convocaçãode pessoas físicas ou jurídicas interessadas no ofe- recimento de bens e serviços. Ainda nessa vertente, Marçal Justen Filho apud Barchet (2012, p. 1) define a licitação como: “ [...] procedimento administrativo destinado a selecionar, segundo critérios objetivos predeterminados, a proposta de contratação mais vantajosa para a Administração, assegurando a ampla participação de todos os interessados, com observância de todos os requisitos legais exigidos. Assim sendo, podemos dizer que a licitação corresponde a uma oferta dirigida a todos os que se interessarem e que se sujeitarem às condições previamente fixadas em edital. Nessa direção, Pietro (2004) nos ensina que alguns fornecedores, diante do exigido, desistirão de apresentar propostas, mas que outros apresentarão e que tais propos- tas corresponderão a uma aceitação às condições do órgão, o qual se certificará de quais são mais convenientes para resguardar o interesse público. Pós-Universo 9 Em suma, a licitação é o procedimento prévio que a Administração Pública deverá adotar quando pretender celebrar um contrato, ressalvadas as hipóteses previstas em Lei, que estudaremos mais adiante. Objetivos da Licitação Segundo Bandeira de Mello apud Barchet (2012, p. 1), a licitação visa três objetivos primaciais: 1º Possibilitar à Administração celebrar a contratação de forma mais van- tajosa. Contratação de forma mais vantajosa nada mais é do que contratar com o melhor custo-benefício. Em outras palavras, para que uma oferta seja realmente vantajosa para a Administração Pública, não basta que ela tenha o menor preço quando comparada com as demais, ou seja, a mesma precisa atender também a todos os requisitos pré-determinados em edital, inclusive quanto à qualidade do produto. Assim sendo, podemos dizer que proposta “mais vantajosa” é sinônimo de preço, qualidade e demais exigências previa- mente estabelecidas. Faz-se relevante destacar que na maioria dos certames esse objetivo na maior parte das vezes não é atingido, ou seja, é muito difícil encontrar entre todos os fornecedores que se propõem a vender para o órgão a proposta mais vantajosa. Tal situação é decorrente do fato de os fornecedo- res não conseguirem identificar corretamente o objeto que a administração pública pretende adquirir, além de ignorar determinadas exigências na “for- mação dos preços”, que por sua vez frustrarão a licitação. 2º Permitir a todos os interessados a participação no procedimento. De acordo com o artigo 3º, parágrafo 1º, da Lei n.º 8.666/1993, é vedado aos agentes públicos: admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convoca- ção, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades coopera- tivas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância im- pertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. Pós-Universo 10 Ademais, é vedado aos agentes públicos também estabelecer tratamen- to diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere à moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando en- volvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991 (Lei n.º 8.666/1993 – art. 3º - § II). A referida Lei reitera ainda em seu artigo 15, § 7º, inciso I, que a especificação completa do bem a ser adquirido deve ser feita sem a “indicação de marca”. Na maioria dos certames esse objetivo na maior parte das vezes é atingi- do ao passo que cidadãos comuns ou licitantes impugnam os editais que apresentam qualquer sinal de direcionamento. 3º Promover o desenvolvimento nacional sustentável. Por força da Lei n.º 12.349/2010, o art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passou a vigorar com a seguinte redação: A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do “desenvolvimento nacional susten- tável” e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento con- vocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Note que ao definir os objetivos primaciais da licitação, Bandeira de Mello reforça a definição de licitação apresentada pelos autores supracitados. Assim sendo, se esses três objetivos forem alcançados, três exigências, em se tra- tando de esfera pública, serão satisfeitas: 1ª Proteção aos interesses públicos e aos recursos governamentais, ao ser se- lecionada a proposta mais vantajosa para a Administração; 2ª Observância dos princípios da isonomia e da impessoalidade, pelo caráter aberto do procedimento, adiante analisados; e 3ª Respeito ao princípio da probidade administrativa, também adiante analisado. Pós-Universo 11 Finalidades da Licitação Quanto às finalidades do processo licitatório, vale destacar que, segundo Maffini (2008, p. 131), teríamos inúmeras para discutir, dentre elas, a “transparência nas rela- ções convencionais da Administração Pública; a ampliação da noção de publicidade; e o controle na seleção dos interessados em contratar com o Poder Público”; no entanto, discutiremos nesta aula apenas as duas principais destacadas pela Lei nº 8.666/93, quais sejam: • a) A obtenção da proposta mais vantajosa; e b) A observância do princípio constitucional da isonomia. De acordo com Mazza (2011, p. 305), as finalidades supracitadas visam: “ a) a busca pela melhor proposta, estimulando a competitividade entre os potenciais contratados a fim de atingir o negócio mais vantajoso para a Administração; e b) o oferecimento de iguais condições a todos que queiram contratar com a Administração, promovendo, em nome da iso- nomia, a possibilidade de participação no certame licitatório de quaisquer interessados que preencham as condições previamente fixadas no instru- mento convocatório. Note que os objetivos e as finalidades da licitação caminham na mesma direção reafirmando em todos os atos que compõem o procedimento administrativo a ne- cessidade de se selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e de se oferecer igualdade de condições a todos que queiram contratar com o órgão público de modo a resguardar competitividade e/ou evitar direcionamentos. Assim sendo, em síntese, as finalidades do processo licitatório podem ser resu- midas em propiciar a melhor contratação possível (proposta mais vantajosa), com o maior número possível de concorrentes (preservação da competitividade), por meio da oportunidade em igualdade de condições a todos que se mostrarem interessados. Pós-Universo 12 Princípios basilares da licitação Como vimos, de acordo com o art. 3o da Lei nº 8.666/93, a licitação destina-se a ga- rantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será “processada e julgada” em estrita conformidade com os “princípios básicos” da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publici- dade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo (princípios expressos) e dos que lhes são correlatos (princípios implícitos). Pós-Universo 13 Assim sendo, vejamos atentamente, com base em Costa (2013, p.68-69), o que determina cada um dos princípios expressos da licitação. • 2.1 Princípio da Legalidade: no âmbito da licitação, legalidade significa a vinculaçãodos licitantes e da Administração às regras estabelecidas nas normas e nos princípios em vigor. • 2.2 Princípio da Impessoalidade: esse princípio significa que, no proce- dimento licitatório, a Administração não pode beneficiar nem prejudicar pessoas determinadas. É vedado, por exemplo, inserir item no edital que favoreça um licitante em detrimento do outro. • 2.3 Princípio da Moralidade: na licitação, moralidade traduz-se na atuação de acordo com a lealdade e boa-fé. • 2.4. Princípio da Igualdade: a isonomia faz parte do próprio instituto de li- citação e significa dar tratamento igual a todos os interessados. Para alguns, é considerado o princípio mais importante da licitação. • 2.5 Princípio da Publicidade: esse princípio impõe a divulgação pela Administração de todos os atos praticados na fase externa da licitação e qualquer interessado pode ter acesso ao procedimento. • 2.6 Princípio da Probidade Administrativa: a probidade administrativa impõe ao administrador público atuar dentro de padrões éticos na condu- ção do procedimento licitatório. • 2.7 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: esse princípio obriga tanto a Administração quanto o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no edital. O não atendimento às normas do edital gera a ilegalidade do ato praticado. • 2.8 Princípio do Julgamento Objetivo: decorre da legalidade, significa que o julgamento deve ser feito com base em critérios prefixados. Afasta- se, com isso a subjetividade do julgamento das propostas. Pós-Universo 14 Os princípios administrativos consubstanciados essencialmente na Constituição Federal e, esparsamente em normas infraconstitucionais, bem como, os princípios básicos aplicados às licitações constituem objeto do presente estudo, sendo abordados de maneira não exaustiva em páginas seguintes, com contornos introdutórios e objetivos, para a imediata com- preensão e assimilação, ampliando a bibliografia correlata, para que venham a ser conhecidos por todo e qualquer cidadão leigo ou estudante iniciante e efetivamente observados e aplicados por todo e qualquer administrador ou agente público, visando à transparência, legalidade, economia e respei- to ao patrimônio público. Fonte: <http://portalespi.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2016/04/ 3-Princ%C3%ADpios-da-Administra%C3%A7%C3%A3o-P%C3%BAblica.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017. saiba mais Com inteira propriedade, Maria Sylvia Zanella Di Pietro apud Barchet (2012, p. 15), traz a seguinte consideração acerca dos princípios: “ A própria licitação constitui um princípio a que se vincula a Administração Pública. Ela é uma decorrência do princípio da indisponibilidade do interes- se público e que se constitui em uma restrição à liberdade administrativa na escolha do contratante; a Administração terá que escolher aquela cuja pro- posta melhor atenda ao interesse público. Posto isso, vamos conhecer alguns dos “princípios implícitos” da licitação, sendo eles: princípio do procedimento formal; princípio do sigilo das propostas até sua abertu- ra; princípio da competitividade e princípio da adjudicação compulsória. • 2.9 Princípio do Procedimento Formal: o procedimento licitatório pre- visto na Lei n.º 8.666/1993 caracteriza ato “administrativo formal”, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública (art. 4º; § único). Pós-Universo 15 • 2.10 Princípio do Sigilo na Apresentação das Propostas: o sigilo das propostas de preços deverá ser mantido até a abertura das mesmas pela Comissão de Licitação ou Pregoeiro e equipe de apoio. A partir desse momento, o teor de cada proposta é de conhecimento público. Em outras palavras, a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura (art. 3º, § 3º da Lei n.º 8.666/1993). • 2.11 Princípio da Competitividade: esse princípio visa a vedar a imposição de qualquer condição que prejudique o caráter competitivo do procedi- mento administrativo licitação, por dele excluir possíveis interessados em contratar com o órgão público, admitindo apenas as condições que sejam indispensáveis à adequada execução do contrato. • 2.12 Princípio da Adjudicação Compulsória: esse princípio visa a atribuir ao vencedor da licitação, pela autoridade competente, o seu objeto. A ad- judicação produz dois importantes efeitos, sendo eles: a) a impossibilidade da administração firmar contrato com outro licitante durante o prazo de validade da adjudicação; e b) a impossibilidade de abrir nova licitação en- quanto valida a adjudicação anterior. Em síntese, os princípios basilares da licitação, tanto os expressos quanto os implíci- tos, tem por objetivo nortear esse importante procedimento administrativo. Não há hierarquia entre ele e é muito comum encontrá-los nas impugnações e nos recursos protocolados. Em outras palavras, os fornecedores ao impugnarem um edital e/ou entrarem com um recurso se ancoram em tais princípios na tentativa de fazer com que licitações enviesadas transcorram dentro do que exatamente determina a Lei. Pós-Universo 16 Licitação dispensada, dispensável e inexigível O artigo 1º da Lei n.º 8.666/1993 nos ensina que o referido estatuto estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, in- clusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Ademais, deixa claro em seu parágrafo único que: “ [...] subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Pós-Universo 17 Assim sendo, conseguimos verificar que a licitação é regra e não exceção. Porém, como toda regra tem sua exceção, também nos procedimentos licitatórios existem as exceções à regra geral, exceções essas previstas na Lei n.º 8.666/93 nos artigos 17 (Licitação Dispensada); 24 (Licitação Dispensável); e 25 (Licitação Inexigível). Obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando “contratadas com terceiros”, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hi- póteses previstas na Lei n.º 8.666/1993. Fonte: Elaborado pela autora a partir do art. 2º, caput da Lei n.º 8.666/1993. atenção Licitação Dispensada (Art. 17 da Lei n.º 8.666/1993) Segundo o artigo 17 da Lei n.º 8.666/1993, a alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: “ I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licita- ção na modalidade de concorrência, “dispensada” esta nos seguintes casos: a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da ad- ministração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; Pós-Universo 18 f ) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; g) procedimentos de legitimaçãode posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e in- seridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensa- da esta nos seguintes casos: a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamen- te à escolha de outra forma de alienação; b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legis- lação específica; d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f ) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. [...] Pós-Universo 19 Observe que nessas condições a licitação não ocorrerá, embora seja possível. Assim sendo, é extremamente relevante que o órgão observe as exceções que a Lei auto- riza em seu artigo 17, de modo a não adquirir sem licitação o que não é permitido. O alerta serve também para os fornecedores, que devem estar atentos sempre ao chamamento promovido pelos órgãos públicos. Licitação Dispensável (Art. 24 da Lei n.º 8.666/1993) A licitação “dispensável” não se confunde com a licitação dispensada, haja vista que, no primeiro caso, o legislador atribui à Administração Pública o poder de decisão sobre a licitação. Em outras palavras, cabe ao Administrador Público decidir se a licitação ocorre- rá ou não. Os casos de licitação dispensável estão previstos no art. 24 da Lei Federal n.º 8.666/93 e são inúmeros. Vejamos alguns deles: “ Art. 24. É dispensável a licitação: III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracte- rizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emer- gência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; Você percebeu a principal diferença entre as exceções previstas nos artigos 17 e 24 respectivamente? Note que no artigo 17 a exceção é prevista em seus incisos e que a Administração Pública não tem nenhum poder de decisão sobre licitar ou não. Pós-Universo 20 Ou seja, a licitação não acontecerá, pois a Lei prevê que nos casos supracitados a mesma deve ser dispensada. Já diante das situações dispensáveis (art. 24), caberá ao Administrador decidir se licitará ou não. É importante frisar que a regra é licitar, logo o ente público deve optar sempre por esse caminho, evitando assim cometer erros ou atos de improbidade administrativa. Em outras palavras, o órgão público deverá se valer das situações expressas no artigo 24 somente em situações extremas, afinal foi justamente para isso que a exceção foi pensada. Licitação Inexigível (Art. 25 da Lei n.º 8.666/1993) A licitação será inexigível quando for “inviável a competição”. Ou seja, falamos em inexigibilidade de licitação quando não há possibilidade de competição entre pos- síveis interessados. Logo, em tais casos, se deixa de “exigir a licitação”, pois a mesma não tem razão de acontecer. As situações de licitação inexigível estão descritas no artigo 25 da lei n.º 8.666/93. Vejamos o que nos diz esse artigo na íntegra: “ Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especializa- ção, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica es- pecializada ou pela opinião pública. Pós-Universo 21 § 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho ante- rior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. § 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se com- provado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. Aparentemente, com base nas orientações e nos esclarecimentos promovidos pelo artigo supracitado, identificar casos de inexigibilidade é muito fácil; mas na verdade, não é, pelo contrário. Com a gama de produtos e serviços que temos a nossa dispo- sição, identificar um fornecedor exclusivo, um produto exclusivo ou até mesmo uma prestação de serviços exclusiva é quase que encontrar agulha no palheiro. Assim sendo, toda atenção é necessária para a identificação da inexigibilidade, pois o órgão público poderá responder por isso. Aos fornecedores, toda atenção também é neces- sária de modo a não ficar impossibilitados de participar de um determinado certame. atividades de estudo 1. A licitação, inegavelmente, constitui um dos mais relevantes procedimentos admi- nistrativos. Por parte da Administração, entre tantos outros, compete à elaboração do edital; a recepção dos documentos de habilitação; a análise das propostas e a homologação. Por parte dos licitantes, a retirada do edital, a apresentação da docu- mentação relativa à habilitação, a apresentação de recursos etc. Com base nesse contexto e nas ideias que ele transmite, avalie as afirmativas que se seguem: I. A licitação é um procedimento no qual a Administração permite a apresentação de propostas por parte de todos os interessados em com ela firmar contrato em relação a determinado objeto. II. Apresentadas as propostas, a Administração escolherá aquela que lhe parecer a mais vantajosa, dentre as apresentadas pelos candidatos habilitados. III. O procedimento de licitação tem por objetivos primaciais assegurar a obser- vância do princípio da isonomia, selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e promover o desenvolvimento nacional sustentável. IV.A licitação é o procedimento prévio que a Administração deverá adotar quando pre- tender celebrar um contrato, ressalvadas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. atividades de estudo 2. Por força da lei n.º 12.349/2010, pode-se considerar, além da isonomia e da compe- titividade, a promoção do desenvolvimento nacional sustentável como o terceiro princípio fundamental do procedimento licitatório. Com relação a esse contexto e aos princípios norteadores da licitação pública, avalie as afirmativas que se seguem: I. Em virtude do princípio da vinculação ao instrumento convocatório, a lei veda à administração o descumprimento das normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. II. O princípio da impessoalidade impõe que os atos e termos da licitação sejam efetivamente expostos ao conhecimento de qualquer interessado. III. O princípio da legalidade almeja impedir que a licitação seja decidida sob o influxo do subjetivismo, de sentimentos, das impressões ou dos propósitos pes- soais dos membros da comissão julgadora. IV. O princípio da moralidade implica o dever, não apenas de tratar isonomicamente todos os que participarem do certame, mas também o de garantir oportunida- de de disputá-lo a quaisquer interessados. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. atividades de estudo 3. (Situação Fictícia) A Universidade Federal de Santa Catarina, popularmente conhe- cida como UFSC, instituída como fundação federal, de direito público, subordina-se ao regime da Lei nº 8.666/93. Por ocasião de fortes chuvas no estado em que se lo- caliza a universidade em questão, parte de um de seus prédios, onde funciona o departamento de administração, desabou. A administração da universidade orçou os gastos para a recuperação do prédio em R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais). As aulas da universidade foram suspensas para os alunos de administra- ção até a solução do problema. Considerando a situação fictícia acima e à Lei nº 8.666/93, avalie as afirmati- vas que se seguem: I. A administração da universidade poderá contratar uma empresa de engenharia para executar a obra de recuperação do prédio danificado pelas tempestades mediante processo licitatório. II. A referida universidade poderá inexigir a licitação, tendo em vista a urgência de atendimento da situação. III. Se nesta situação fictícia houver inviabilidade de competição entre fornecedo- res ou prestadores de serviços, a licitação passará a ser dispensável. IV. Devido a urgência a administração da universidade poderá por meio do que prevê o artigo 17 da Lei n.º 8.666/1993, contratar uma empresa de engenharia para executar a obra de recuperação do prédio. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. resumo Caro(a) aluno(a), Estamos terminando nosso estudo sobre as disposições iniciais das licitações. Vamos relembrar aqui, ainda que brevemente, tudo o que estudamos? Você lembra-se de que, num primeiro momento, aprendemos o que é proposta vantajosa para administração pública e que diante desse entendimento aprendemos seu conceito, seus princi- pais objetivos, bem como suas finalidades primaciais? Quanta coisa não é mesmo? Como aprendemos, um ente público não pode realizar suas compras da mesma que forma que um ente privado, então para tal, precisa por meio de procedimento administrativo, cuja denomi- nação é licitação, selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração entre os interessados que atendem ao seu chamamento. Nessa direção, precisará resguardar a todos os interessados a participação no procedimento, bem como promover o desenvolvimento nacional sustentável. Você lembra-se também de que aprendemos sobre os princípios expressos e implícitos das li- citações? Vale lembrar que não existe hierarquia entre tais princípios, ou seja, um não é mais importante do que o outro e os mesmos devem ser empregados concomitantemente para que as licitações estejam livres de vícios e/ou irregularidades. Por fim, aprendemos neste estudo que o ditado popular “toda regra tem sua exceção” também é valido para as licitações. Ou seja, existem casos em que a Administração Pública, está deso- brigada a licitar, casos esses que envolvem situações expressas em Lei, em que o administrador público não decide sobre licitar ou não. Ademais, têm-se as situações em que é possível licitar, mas dada a situação em que o órgão se encontra, a desobrigação, mediante justificativa, é pos- sível, bem como situações em que em decorrência da impossibilidade de competição a mesma não acontece. Espero que esse estudo tenha sido proveitoso e que você tenha gostado de aprender sobre esse rico procedimento administrativo que é a Licitação. Um forte abraço! Professora Me. Daniela Carla Monteiro. material complementar Direito Administrativo Autor: Diógenes Gasparini Editora: Saraiva Sinopse: Esta obra aborda com objetividade e clareza de exposição toda a matéria do direito administrativo. Apresenta uma análise didática, mas aprofundada, dos princípios do direito administrativo, da administra- ção pública, do ato administrativo, do poder regulamentar e de polícia, dos agentes públicos, dos cargos públicos, dos serviços públicos, da execução dos serviços públicos, da fundação pública, da sociedade de economia mista, da licitação, do contrato administrativo, da intervenção estatal no domínio econômico, da desapropriação, dos bens públicos, do controle da administração pública, do processo administrativo, da sindicância e da responsabilidade civil do Estado. A presente edição conta com referências à Lei das Micro e Pequenas Empresas e ao Regulamento da Lei dos Consórcios Públicos. referências BARCHET, Gustavo. Lei n.º 8.666/1993: Teoria e Questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras provi- dências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun 1993. Disponível em <http://www.planalto. gov.br>. Acesso em: 39 ago. 2017. COSTA, Elisson Pereira da. Direito Administrativo. 2. ed São Paulo: Saraiva, 2013. GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. JUSTEN FILHO, Marçal, Pedro. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Dialética, 2012. MAFFINI, Rafael. Direito Administrativo. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2011. PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2004. resolução de exercícios 1. e) I, II, III e IV. 2. a) I, apenas. Comentário: II. O princípio da publicidade impõe que os atos e termos da licitação sejam efeti- vamente expostos ao conhecimento de qualquer interessado. III. O princípio do julgamento objetivo almeja impedir que a licitação seja decidi- da sob o influxo do subjetivismo, de sentimentos, impressões ou propósitos pessoais dos membros da comissão julgadora. IV. O princípio da igualdade implica o dever não apenas de tratar isonomicamen- te todos os que participarem do certame, mas também o de garantir oportunidade de disputá-lo a quaisquer interessados. 3. a) I, apenas. Comentário: II. A referida universidade poderá dispensar a licitação, tendo em vista a urgência de atendimento da situação. III. Se nesta situação fictícia houver inviabilidade de competição entre fornecedores ou prestadores de serviços, a licitação passará a ser inexigível. IV. Para esse fim a Administração não poderá contratar por meio do que prevê o artigo 17, e simpor meio do que prevê o artigo 24. art17iia Conceitos, objetivos e finalidades da licitação Princípios basilares da licitação Licitação dispensada, dispensável e inexigível
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