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Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 1 A dificuldade em transformar o conhecimento teórico em prática: um estudo de caso sobre as compras públicas sustentáveis e a especificação de materiais e serviços. Lucas Ribeiro Ferraz Ronian Grossi da Silva Siqueira Rafael Leal de Paula Daniel Ribeiro de Oliveira Resumo: A especificação dos itens faz parte da fase inicial dos pedidos de compra de materiais e da contratação de serviços, esta etapa é o primeiro momento em que a demanda é acusada e a real necessidade da aquisição é moldada. Por isso, uma descrição com qualidade pode ser considerada crucial para o avanço do processo e para uma boa compra. Observado o contingenciamento dos recursos públicos disponibilizados às Instituições Federais de Ensino Superior, as crescentes exigências de planejamento que antecedem as licitações e a exigência pela adoção de critérios sustentáveis nas aquisições públicas. A pesquisa realizou um estudo de caso em um campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro, tendo como objetivos gerais verificar o percentual de processos de licitações sustentáveis, comparado com o total realizado, e perceber as dificuldades dos servidores solicitantes em especificar os itens e em adotar critérios de sustentabilidade. Os métodos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e documental, aliada a aplicação de questionário semiaberto a grupo de servidores que já atuaram como requisitantes de materiais ou serviços. A investigação observou a dificuldade destes profissionais na etapa de especificação dos itens e o baixo índice de compras sustentáveis realizadas no campus. Portanto, infere-se a necessidade de construir ferramentas de apoio aos servidores solicitantes, tais como manuais, mapas mentais e a realização de workshops, todas estas focadas na elaboração de uma requisição de compra mais eficiente e sustentável. Palavras-Chave: compras públicas sustentáveis, especificação de itens e licitações. 1. Introdução O atual cenário de crise financeira vivenciada pela Administração Federal – implicando no contingenciamento dos orçamentos destinados às instituições federais de ensino – e o advento da IN nº 05/20171, demandam aumento na eficiência do emprego dos recursos públicos. Somando-se a isto, temos a introdução da Instrução Normativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) nº 01, de 19 de janeiro de 2010, que é considerada como o primeiro marco regulatório para adoção de critérios de sustentabilidade ambiental nas compras públicas ocorridas no âmbito do governo federal. Observado o momento político, social e econômico vivenciado no Brasil, a Administração verifica a demanda por maior probidade em seus gastos e pela adoção de ações sustentáveis em suas compras. Logo, sendo imperativa a capacitação de gestores e servidores na etapa de planejamento e na fase de operacionalização da execução orçamentária, observada a relevância dos assuntos e a carência de pessoal qualificado. 1 Instrução Normativa Nº 05, de 26 de maio de 2017, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 2 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), apesar de sua nomenclatura e estrutura terem sido reformuladas pela Lei Nº 11.892/20082, está inserido numa trajetória com mais de 100 anos de evolução da educação federal profissional e tecnológica de nível técnico, iniciada em 1910 com criação da Escola Média de Agricultura Técnica de Pinheiro (IFRJ, 2017). O campus em estudo iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2007, ainda como CEFET/Química, estando alinhado às políticas públicas de inclusão social e de interiorização do ensino público federal. Igualmente aos demais campi do IFRJ, a sua principal missão é desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão, abrangendo a educação superior e tecnológica de nível médio-técnico, participando de programas voltados às ações inclusivas (IFRJ, 2015). Na estrutura administrativa do IFRJ, regulamentada pelo seu Regimento Geral3, a incumbência da gestão dos recursos orçamentários dos campi cabe a Direção Geral (ordenador de despesas) e a Direção Administrativa (gestor financeiro). A operacionalização das licitações é atribuída a Coordenação de Compras, Licitações e Contratos e a especificação dos materiais e serviços compete aos servidores (técnicos administrativos e professores) investidos na função de solicitante. A pesquisa busca propor soluções para problemas observados na fase inicial das compras públicas, dada a dificuldade apresentada pelos solicitantes em especificar os materiais e serviços no momento da confecção da Solicitação de Aquisição de Produtos/Serviços, documento integrante do Termo de Referência4. Esta dificuldade apresentada, pode implicar negativamente nos materiais adquiridos e nos serviços contratados, dado que a especificação é o momento inicial do processo licitatório, em que os itens são descritos pelo servidor requisitante. Dentre as possíveis causas do problema mencionado, pode-se citar questões relacionadas à aprendizagem organizacional, à falta de qualificação dos servidores solicitantes, à escassez de material de apoio específico e a não inclusão de critérios de sustentabilidade nas aquisições de bens e contratação de serviços. Como prováveis soluções, a proposição de estudos relacionados à aprendizagem organizacional e à especificação sustentável de materiais e serviços, assim como a elaboração de novos mecanismos de aprendizagem e suporte aos requisitantes. A pesquisa será desenvolvida em um campus do IFRJ, mas as experiências vividas e os conteúdos produzidos poderão ser aplicados nos outros campi, tendo em vista a similaridade estrutural e racional-legal da instituição. Os resultados do trabalho proposto visam beneficiar os usuários de bens e serviços prestados pela organização, por meio da melhoria contínua do processo de compras públicas. Para isso, foi realizado um levantamento do número total de processos de compras realizados pelo campus (no período de maio de 2010 a agosto de 2018), sendo destacados, aqueles que contém critérios de sustentabilidade em seus itens. A pesquisa também visa medir o nível de entendimento dos servidores solicitantes, sendo aplicado questionário 2 Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. 3 O Regimento Geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ, de 10 de agosto de 2011, disciplina a organização, as competências e o funcionamento das instâncias deliberativas, consultivas, administrativas e didático-pedagógicas do IFRJ, com o objetivo de complementar e normatizar as disposições estatutárias. 4 O Termo de Referência ou o Projeto Básico é o documento, elaborado a partir dos estudos técnicos preliminares, deve conter os elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar o objeto da licitação. (BRASIL, 2014) Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 3 semiaberto para avaliar os conhecimentos relativos às legislações vigentes e às especificações de itens, com e sem natureza sustentável. O estudo tem como meta principal facilitar o trabalho realizado pelos servidores solicitantes, verificando a necessidade de criação de novos mecanismos didáticos de apoio (manual, mapa mental e workshop) a fim de subsidiá-los noprocesso de especificação dos materiais e serviços, visando a eliminação das dificuldades atualmente encontradas neste processo. Tal como atender as especificações sustentáveis, buscando agregar valor em todo o ciclo de vida do produto/serviço trazendo benefícios para organização, sociedade e trazer economia com a redução dos danos ao meio ambiente. 2. Fundamentação teórica A Administração tem o dever de selecionar os bens e serviços de maneira mais vantajosa, buscando o cumprimento das legislações vigentes e o alcance do interesse público. Isto, não abrange somente o preço e a qualidade, mas também, a preocupação com a sustentabilidade e a proteção à natureza. “A aquisição de bens e a contratação de serviços [...] são ações administrativas cuja gestão tem impacto direto sobre o meio econômico, político, social, ambiental e cultural”. (STJ, 2016). Dada a complexidade do assunto e a elevada gama de normas infraconstitucionais que regulamentam as compras públicas. Apenas serão apontados alguns dos dispositivos existentes, sendo destacadas as mais relevantes para fundamentar a presente pesquisa, levando em consideração normas legais, pareceres, instruções normativas, guias e manuais de instituições competentes para disciplinar a matéria. 2.1. Processo de compras públicas A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 37, regulamenta os princípios que regem a Administração Pública Direta e Indireta5 no âmbito da União, Estados e Municípios. E especificamente, no inciso XXI, é definido o processo licitatório como o procedimento administrativo pelo qual o ente público realizará as aquisições de materiais e serviços. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] XXI - Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (BRASIL, 1988) Segundo Di Pietro (2016, p. 412), a licitação “[...] tem por objetivo selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, promover o desenvolvimento nacional e garantir a isonomia entre os licitantes”. A autora também conceitua o processo licitatório como um procedimento administrativo prévio a efetivação da contratação, que celebra o 5 O IFRJ é uma Autarquia Federal integrante da Administração Indireta da União, portanto estando subordinada aos princípios estabelecidos pelo Art. 37 da Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 4 ajuste de vontades entre o ente público e o licitante, em estrita conformidade com os princípios básicos que regem as compras públicas. Para regulamentar o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal de 1988, foi promulgada a Lei 8.666/19936 que, dentre outros objetivos, regulamenta as compras e os contratos governamentais. A referida lei, em seu art. 14, define que “nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto [...] sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa” e, no art. 15, §7º, incisos I e II, dispõe: Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: [...] § 7º: Nas compras deverão ser observadas, ainda: I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação; (BRASIL, 1993) O Decreto 3.555/20007 regulamenta o Pregão como a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, sendo estes definidos como itens “[...] cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais praticadas no mercado” (BRASIL, 2000). Em seu artigo 8º, são tratados os documentos necessários para as instruções iniciais do processo, com destaque para o Termo de Referência, onde consta – dentre outras informações – a descrição dos itens que serão contratados: Art. 8º: A fase preparatória do pregão observará as seguintes regras: I - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou a realização do fornecimento, devendo estar refletida no termo de referência; II - o termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela Administração [...] considerando os preços praticados no mercado, a definição dos métodos, a estratégia de suprimento e o prazo de execução do contrato. (BRASIL, 2000) O Decreto 5.450/20058, em seu artigo 9º, inciso I, estabelece que a atribuição da confecção do Termo de Referência cabe ao órgão requisitante. Porém, no caso do campus em análise, a atribuição recai sobre o setor solicitante – personificado na figura do servidor requisitante. Em regra, o solicitante é o coordenador do setor onde os materiais serão utilizados e/ou os serviços serão executados, mas esta atribuição pode ser delegada a outros servidores lotados no mesmo departamento. 2.2. Especificação de itens A Lei 8.666/1993 apresenta orientações gerais que devem ser atendidas pelos servidores solicitantes. No contexto deste estudo, destacam-se a vedação da “[...] realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável” e a 6 Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. 7 Decreto Nº 3.555, de 8 de agosto de 2000. Aprova o Regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. 8 Decreto Nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 5 observância de “[...] especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução”. A especificação correta dos itens é fundamental para a realização de um processo licitatório eficiente, pois a Advocacia-Geral da União9 (AGU) adverte que “[...] importante é descrever detalhadamente o objeto a ser contratado, com todas as especificações necessárias e suficientes para garantir a qualidade da contração” (BRASIL, 2018). Reforçando esta recomendação o Superior Tribunal de Justiça10 (STJ) em seu Guia Prático de Licitações Sustentáveis (2016) afirma, que “a falta de informações ou parâmetros no levantamento ou na especificação [...] pode comprometer a aquisição de material em qualidade ou em quantidade ou ambos os casos, ou mesmo pode impossibilitar o atendimento da demanda”. Ao detalhar os produtos/serviços desejados deve-se buscar informações sobre a rotulagem ambiental que o objeto licitatório deveria possuir. Estes podem ser conhecidos como Selos Verdes que “[...] consiste em instrumento que pode ser utilizado como forma de identificar um produto sustentável, oumais amigável ao meio ambiente” (BRASIL, 2010b, p. 32). A exigência de produtos que possuam estes rótulos pode inviabilizar todo o processo licitatório devido a limitar a competitividade, porém, não há impedimentos legais a especificar que os produtos atendam aos critérios estabelecidos por estes rótulos, sem a exigência do Selo. 2.3. Sustentabilidade nas compras públicas A Lei 8.666/1993, em seu artigo 3º, informa que a proposta mais vantajosa deverá ser selecionada pela Administração, resguardado o interesse público e a promoção da sustentabilidade. Somado à manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, imposta como obrigação ao poder público e a coletividade pela redação do art. 225 da Constituição Federal de 1988, torna legítima a utilização de critérios sustentáveis nos processos de compras públicas (BIDERMAN, et al., 2006). A Instrução Normativa do MPOG nº 01/2010 “dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional”. Esta legislação regulamenta o artigo 3º da Lei nº 8666/93 e impõe a necessidade de exigências de cunho sustentável no instrumento convocatório dos certames, sendo um exemplo de norma promulgada para estabelecer a adoção de ações voltadas ao desenvolvimento socioeconômico e de proteção à natureza (STJ, 2016). A Advocacia-Geral da União, por meio do Guia Nacional de Licitações Sustentáveis (2016), traz importantes orientações a respeito das licitações verdes, dentre elas a necessidade da observância de práticas e diretrizes de sustentabilidade nas fases de avaliação e planejamento das compras. Ressaltando que as contratações públicas são importantes ferramentas para o fomento do avanço econômico, social e ambiental nacional, pois “[...] a inclusão de critérios sustentáveis nas licitações deve ser a regra e a não inclusão é exceção, que necessita inclusive ser justificada pelo gestor” (AGU, 2016, p.9). 9 A Advocacia-Geral da União é uma instituição pública que tem como objetivo a representação da União no campo judicial e extrajudicial, sendo-lhe, ainda, reservadas as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do poder executivo, nos termos do art. 131 da Constituição Federal. Fonte: Portal AGU. 10 O Superior Tribunal de Justiça é a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil. É de sua responsabilidade a solução definitiva dos casos civis e criminais que não envolvam matéria constitucional nem a justiça especializada. Fonte: Portal STJ Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 6 Tendo em vista, o volume da movimentação financeira gerada por meio dos contratos resultantes dos processos de compras governamentais, pode-se agir estrategicamente fomentando o desenvolvimento sustentável através de especificações de produtos e/ou serviços que consideram as consequências ambientais, sociais e econômicas. Assim, favorecendo o uso de materiais renováveis, métodos de fabricação e produção sustentáveis, logística reversa, manutenção, reuso, reciclagem, entre outras ações que englobam toda a cadeia de suprimentos. Estas três áreas, a Ambiental, Social e Econômico formam o chamado Triple Bottom Line que surgiu em 1997 e é conhecido como o tripé da sustentabilidade. (FORCE, 2006) Assim, ao buscar um processo licitatório sustentável, reduz-se impactos à natureza e à saúde humana. Esta prática pode tornar-se uma poderosa ferramenta de proteção ambiental, promovendo a produção de bens e serviços mais sustentáveis (BIDERMAN, et al., 2006). Ao contrário do que se pode imaginar, a especificação de materiais sustentáveis nem sempre se tornará mais onerosa aos cofres públicos. Os autores afirmam ter um efeito positivo na economia nacional e regional, promovendo uma demanda maior fomenta a competitividade na busca de soluções mais baratas para fabricação destes produtos e/ou serviços. A Constituição Federal de 1988, no art.170, incisos IV e VI versa sobre os princípios gerais da atividade econômica, assegura a livre concorrência e a defesa do meio ambiente, respectivamente. 3. Método de pesquisa Na metodologia desta pesquisa foi tomado como base (ROESCH, 2000), que divide a metodologia em relação aos fins e aos meios. O estudo possui características que o define como descritivo e aplicado, pois, trata de fatos reais vivenciados e tem por motivação a necessidade de se resolver um problema constatado. Já visando aos meios da pesquisa, pode- se definir como sendo bibliográfica, documental e estudo de caso. Para a fundamentação teórica deste estudo, ocorreu a pesquisa bibliográfica de autores na área de licitações, especificação de materiais/serviços e compras públicas sustentáveis. A pesquisa é considerada como documental, pois buscou-se informações nas leis vigentes, que versam sobre o tema, documentos internos dos Institutos Federais, guias de órgãos de controle e registros de dados disponibilizados pelos sites Portal de Compras e Painel de Compras, ambos do governo federal. O estudo de caso foi utilizado porque permite uma análise mais profunda da realidade estudada, o que não seria possível com o uso de técnicas puramente estatísticas. Desta forma, por meio de diferentes métodos de pesquisa, pode-se reunir quantidades significativas de informações, assim facilitando a construção de uma visão holística da situação e a descrição das especificidades do caso concreto (ROESCH, 2000). Para a coleta de dados, foi utilizado o método de questionário semiaberto aplicado à amostra dos servidores envolvidos no processo de compras que possuem o seguinte perfil: (i) dois anos de efetivo exercício do cargo público; (ii) que já tenham realizado, pelo menos, uma solicitação de compras e/ou os que avaliam e aprovam estas solicitações. Segundo Roesch (2000), este método possui questões abertas tornando possível captar a perspectiva dos entrevistados, sem que o entrevistador pré-determine sua percepção através de uma seleção de opções previamente definidas. Após ser definido o perfil dos entrevistados, foi gerado a amostragem de forma aleatória, dentre os servidores que possuem o perfil definido. Este universo possui a representação de cerca de 70% de Técnicos Administrativos em Educação (TAE) e 30% de Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 7 Professores, sendo na amostragem observada a proporção de 60% TAE e 40% docentes. Portanto, pode-se observar que a amostra aleatória possui proporção aproximada do universo definido. O questionário semiaberto foi aplicado com perguntas fechadas, utilizando em determinadas questões, padrões de resposta como “sim” e “não”, e, em outras questões, a escala Likert de cinco pontos para capturar as respostas dos entrevistados. Na escala Likert, “[...] os respondentes não apenas respondem se concordam ou não com as afirmações, mas também informam qual seu grau de concordância.” (OLIVEIRA, 2001, p.19). Além destas, foi utilizado perguntas abertas para que os entrevistados possam responder sem nenhum direcionamento por parte do entrevistador. A aplicação foi realizada em dois dias consecutivos de forma individual, durando em média 15 minutos para cada aplicação. A pesquisa documental foi realizada utilizando dois métodos de coleta de dados, mediante busca em processos físicos arquivados na Coordenação de Protocolo do campus e por meio dos sites Portal de Compras do Governo Federal (https://www.comprasgovernamentais.gov.br) e Painel de Compras do Governo Federal (http://paineldecompras.planejamento.gov.br). As consultas físicas e no site Portal de Compras do Governo Federal foram realizadas para o levantamento dos processos de compras efetuados no período de maio de 2010 a dezembro de 2012 e as pesquisas feitas noPainel de Compras do Governo Federal para os processos de compras realizadas de janeiro de 2013 a agosto de 2018. Para determinar o quantitativo e o percentual das compras ocorridas no campus, que utilizaram critérios sustentáveis, foi necessário enumerar o total de processos efetuados. Deste quantitativo, verificou-se os processos que contaram com a adoção da sustentabilidade em seu termo de referência, assim como, utilizaram-se de especificações verdes. O site Painel de Compras do Governo Federal nos fornece os dados a partir de janeiro de 2013 e para a obtenção das informações de maio de 2010 a dezembro de 2012 foi preciso realizar uma contagem manual. Na análise dos dados realizada por meio do método qualitativo, Roesch define como “[...] apropriada [...] quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso de proposição de planos [...] e construir uma intervenção” (ROESCH, 2000, p. 155). Assim, a análise busca a proposição de ferramentas e mecanismos que possam dar suporte aos servidores nestas atividades de especificação de materiais para solicitação de compras. 4. Análise dos resultados Baseando-se na Lei 8.666/1993, que institui as normas para as licitações e contratos da Administração Pública e demais entendimentos do Tribunal de Contas da União (TCU), o processo licitatório, pela prática, foi divido em duas partes, interna e externa. Na primeira, há a identificação da necessidade do objeto, seguido pela elaboração do Projeto Básico ou Termo de Referência, estimativa da contratação, estabelecimento das condições do ato convocatórios, entre outras atividades. O Acórdão 2684/2008 do TCU disciplina que “a realização da fase interna da licitação é condição prévia essencial à contratação, inclusive nos casos de dispensa ou inexigibilidade de licitação”. Na segunda, a fase externa, inicia-se com a divulgação do ato convocatório, o edital, e estende-se até a assinatura do contrato. Como pôde-se perceber, através das respostas dos entrevistados, cerca de 73% possuem um conhecimento satisfatório sobre Lei 8.666/1993 que é a base de todo o procedimento de compras. Estes servidores são capazes de identificar etapas do processo, mas Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 8 sem claro domínio destas, sem reconhecer o fluxo e os possíveis impactos que cada um trâmite dos podem gerar no todo. Embora os entrevistados já tenham requerido ao menos um processo de compras e mais de 85% consideram ter conhecimento minimamente satisfatórios para realizarem a solicitação, cerca de 27% dos entrevistados alegam não saber realizar este procedimento. Pode ser dito que estes valores são corroborados quando por volta de 47% confirmaram ter nível médio ou alto de dificuldade em realizar uma solicitação, mesmo considerando ter conhecimentos satisfatórios. Quando o tema abordado se refere à descrição dos itens de bens e serviços, cerca de 87% reconheceram a necessidade de receberem orientações de pessoal qualificado. A especificação é fator crítico para o sucesso da solicitação, como pode ser visto na Figura 1. A má especificação poderá inviabilizar as etapas seguintes, criando problemas na elaboração do projeto básico necessário para qualquer obra ou serviço de engenharia, ou do termo de referência, nos casos de contratação de serviços e compras de materiais, que são a base para elaboração do ato convocatório. Figura 1. Etapas da fase interna do processo licitatório. Fonte: Elaborado pelo autor. Um objeto sem clara definição de suas especificações, tornará possível ao fornecedor oferecer produtos de baixo custo, mas que podem não atender às necessidades e/ou qualidades desejadas, podendo também, ofertar materiais de alto custo com características além daquelas pedidas, tornando o processo demasiadamente oneroso aos cofres público. Ao mesmo tempo, no Projeto Executivo deverá conter o máximo de detalhamento para a execução de todas as etapas do serviço contratado. Caso o processo de compras seja iniciado com falhas, o Projeto Básico ou o Termo de Referência, originalmente com erros decorrentes da má especificação dos itens, podem comprometer todo o processo. A Fase Externa do processo licitatório inicia-se com a publicação do Ato Convocatório – o Edital, e segue até a contratação do fornecedor. Existem algumas especificidades de acordo com a modalidade da licitação, mas a essência do processo é a mesma como mostra a Figura 2. Esta etapa é caracterizada pelo envolvimento de terceiros no processo e consequentemente, pelo cumprimento de regras e prazos que asseguram direitos iguais a todos os participantes. Com a publicação do ato convocatório, abre-se o prazo para impugnação do edital e entrega das documentações e propostas dos participantes. Qualquer alteração no edital neste momento, seja motivado pela Administração ou provocado pelos participantes, deve-se Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 9 publicar a retificação e reabrir os prazos para submissão de documentações e propostas de novos participantes, conforme versa o Acórdão 932/2008 do TCU. Assim, qualquer tipo de alteração no edital resultará num aumento do tempo para atendimento da demanda, salvo quando comprovado que a alteração não acarretará prejuízo na preparação dos documentos e propostas. Figura 2. Etapas da fase externa do processo licitatório. Fonte: Elaborado pelo autor. A reabertura do prazo, seja por falhas na especificação ou por qualquer outro vício ocorrido na fase interna, torna o procedimento licitatório lento e oneroso à Administração. Na possibilidade de ocorrer a impugnação do edital, seja pelo licitante ou pelo cidadão, e não havendo possibilidade de retificação do mesmo, todo o processo deverá ser refeito, desde a fase inicial. Caso a especificação do objeto esteja aquém da necessária, ela poderá gerar propostas de baixo custo, mas que atendem a todos os requisitos previstos no edital. Desta forma, podendo tornar o participante vencedor da licitação, com produtos de pouca qualidade, que obedecem às especificações publicadas, contudo, sem atender às demandas reais do requisitante. O excesso de especificação poderá gerar propostas de alto custo, podendo tornar a contratação inviável para Administração. Além disso, o processo licitatório poderá ser deserto, caso não há participantes interessados ou até mesmo, ou enviesado para a compra de determinada marca ou modelo, quando apenas um fornecedor atende a todas as especificações, assim descumprindo o disposto na Lei 10.520/201211, artigo 3º, inciso II. Quando questionados sobre a existência de ferramentas que podem auxiliar os servidores no processo de compras, apenas 27% dos entrevistados reconheceram ao menos um instrumento de suporte, sendo o mais citado o site Compras Governamentais. Houve apenas uma citação ao material de suporte disponível na intranet do campus, embora apenas um servidor diz não saber como acessar a pasta na rede interna. Este material foi elaborado pelo Coordenação de Compras com o intuito de dirimir as dúvidas mais frequentes dos solicitantes locais, disponibilizando alguns procedimentos e modelos necessários para instruir os processos. Porém, os dados apontam que não há o reconhecimento deste material como ferramenta de suporte. É extremamente importante que a especificação do material requisitado seja feita de forma clara, equilibrada e com qualidade. Ao ser tratado os requisitos da Instrução Normativa 11 Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07de dezembro de 2018 10 do MPOG 01/2010, mais de 73% dos servidores reconheceram ter conhecimento ruim ou regular sobre esta legislação. Embora 60% alegam ter ao menos bons conhecimentos sobre o assunto sustentabilidade, quando questionados sobre as ações sustentáveis pratidas nas suas vidas pessoais, estes citaram apenas atitudes que demonstram conhecimento superficial do tema, como a economicidade de papel e água, reuso de alguns materiais, separação de lixo reciclável, dentre outras. A respeito da relação de ações sustentáveis praticadas no trabalho, 80% dos servidores afirmam realizar tais práticas, porém de forma muito superficial citando basicamente as mesmas ações que realizam no seu cotidiano pessoal. Apenas dois servidores reconheceram e apontaram diretamente atividades sustentáveis no processo de compras, através da especificação verde de bens e serviços. Esta informação é corroborada quando vemos que cerca de 80% assumem ter a necessidade de orientação referente a especificação sustentável dos itens e aproximadamente 90% dos servidores, que ainda não fizeram uma solicitação deste tipo, afirmam não saber como proceder e necessitar de auxílio Ao serem questionados se já utilizaram especificações sustentáveis nos processos de compras, 60% dos entrevistados afirmam que não e destes, aproximadamente 90% dizem não saber como fazê-lo. No total, 40% dos servidores alegam já ter efetuado ao menos um processo de compra verde, mas tal declaração pode ser questionada com base nos dados da pesquisa documental realizada, pois no período de maio de 2010 a agosto de 2018, foi registrado apenas 1 (um) processo com especificações realmente consideradas como sustentáveis. Assim, tem-se uma discrepância significativa com os dados obtidos através dos questionários e os realmente observados. A Tabela 1 apresenta os dados da pesquisa documental, demonstrando o contraste das informações obtidas nos questionários com a prática. Ao longo do período analisado, foram realizados 354 processos de compras no campus, destes somente um atendeu efetivamente a critérios sustentáveis, implicando no percentual de 0,28% do total. Tamanha divergência, evidencia o distanciamento entre o entendimento dos conceitos de sustentabilidade com a sua aplicação na prática. Tabela 1. Quantitativo de Processos de Compras. Período Processos de Compras (total) Processos de Compras com Critérios Sustentáveis 2010 - 2012 165 0 2013 - 2018 189 1 Total 354 1 Fonte: Coordenação de Protocolo e sites Painel e Portal de Compras do Governo Federal. Diante das dificuldades encontradas pelos servidores requisitantes e afim de se obter um processo mais célere e eficaz, faz-se necessário um estudo mais amplo. A fim de identificar as principais compras do campus, buscando uma padronização das especificações, com isso, possibilitando uma concentração de demandas para se realizar licitações de forma controlada e planejada. Uma capacitação poderá aprimorar conhecimento dos servidores sobre o processo de compras, conscientizando-os acerca da sua importância no processo, não apenas como requisitante, mas como conhecedor da demanda e das especificidades existentes. 5. Conclusão A pesquisa buscou examinar o percentual de compras públicas sustentáveis (CPS) realizadas pelo campus, em comparação ao total efetuado. Também, objetivou-se perceber o Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 11 nível de entendimento dos servidores solicitantes no tocante as legislações que tratam de licitações e sustentabilidade, mais especificamente, sobre os conceitos de especificação de itens e a adoção de critérios sustentáveis na descrição dos materiais e serviços por eles requeridos. Os resultados das investigações nos processos de compras, revelaram o baixo índice de CPS executadas no campus, sendo apenas 0,28% do total realizado, conforme exposto na Figura 3. Assim, explicitando a necessidade de atender de maneira mais efetiva às legislações, que impõem ao poder público, a obrigação de adotar critérios sustentáveis nos produtos, obras e serviços contratados. Figura 3. Etapas da fase interna do processo licitatório. Fonte: Coordenação de Protocolo e sites Painel e Portal de Compras do Governo Federal. Vale destacar, que a maior parte dos servidores afirmou ter conhecimento do conceito de sustentabilidade e dizem praticar ações no seu cotidiano pessoal e laboral. Contudo, este entendimento teórico e as pequenas práticas diárias relatadas, não são refletidas no momento da descrição dos itens e na construção do termo de referência. Na prática, observa-se que, na maioria dos casos, a Administração não está preparada para realizar procedimentos licitatórios sustentáveis. Deve-se lembrar o potencial dos órgãos públicos em atuar como agentes transformadores do mercado, a partir do seu poder de intervenção na economia, dado o montante financeiro das suas aquisições e contratações. Logo, os volumosos gastos governamentais poderão ser uma ferramenta estratégica para fomentar o desenvolvimento das CPS. Com isso, a médio e longo prazo, podendo tornar os produtos sustentáveis como itens padrões para a Administração, gerando benefícios sociais, econômicos e ambientais. A pesquisa também apontou a insegurança dos servidores em construir – sem apoio da Coordenação de Compras – a especificação dos materiais e serviços que estão demandando, conforme ilustrado na Figura 4. Esta falta de segurança foi evidenciada ao longo do estudo, apesar de afirmarem ter razoável conhecimento das principais legislações que disciplinam o tema. A Figura 5 mostra o considerável grau de desconhecimento das ferramentas de suporte existentes, tanto aquelas disponíveis em sites especializados, como as disponíveis na intranet do campus, mostrando falha na aprendizagem organizacional. 99,72% 0,28% Processos de Compras sem Critérios Sustentáveis Processos de Compras com Critérios Sustentáveis Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07 de dezembro de 2018 12 Figura 4. Servidores que afirmaram necessitar de orientações na etapa de especificação dos itens. Fonte: Dados da pesquisa. Figura 5. Servidores que afirmaram conhecer ferramentas de suporte ao solicitante. Fonte: Dados da pesquisa. Do exposto, sugere-se que a Administração estimule este aprendizado a todos seus servidores, conscientizando-os a fim de gerar melhorias nos processos de especificação, reduzindo a insegurança dos solicitantes e tornando o processo licitatório mais eficiente. Indo além, recomenda-se que os instrumentos convocatórios comecem a se observar a preferência por “produtos verdes”, assim atendendo às demandas legais e sociais. Pode-se inferir a importância de uma pesquisa futura, com o intuito de fomentar novas metodologias e instrumentos voltados à aprendizagem individual e coletiva, visando desenvolver competências voltadas à melhoria contínua da execução dos processos de compras da instituição. Através da difusão do conhecimento sobre CPS e da otimização dos processos de aquisição de materiais e contratação de serviços em geral. Acredita-se ser relevante a proposição de estudos relacionados à aprendizagem organizacional e à especificação sustentável, assim como a elaboração de novos mecanismos de suporte, como a realização de workshop e a construção de manuais e mapas mentais específicos. As ferramentas e os conhecimentos produzidos, além do impacto direto no cotidiano de trabalho do campus, poderão ser replicados nos demais campi da instituição e em outros órgãos da Administração Direta e Indireta, devido à similaridade do processo de compras públicas. Como limitação, a pesquisa não dialogou com os atores envolvidos a respeito dos motivos da pouca inclusão de critérios sustentáveis nos produtos e serviços requeridos esobre as suas principais dúvidas e inseguranças durante a etapa de especificação dos itens. Portanto, para investigar estas informações, sugere-se novos estudos que possam aprofundar aspectos não explorados nesta pesquisa, utilizando metodologia adequada para a investigação. 6. 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