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DIREITO CONSTITUCIONAL 
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 
Diferenciar direito processual constitucional de direito constitucional processual descrevendo-os
O Direito Constitucional Processual compõe-se de um conjunto de normas e princípios de direito processual contidos na Constituição Federal, e que embasam a aplicabilidade e a hermenêutica de todo o sistema processual brasileiro, como por exemplo: o devido processo legal, a ampla defesa, o Juiz natural etc. 
Já o Direito Processual Constitucional diz respeito à própria jurisdição constitucional, que reúne os instrumentos jurídicos destinados a garantia dos direitos humanos fundamentais contidos na própria Constituição, como os institutos do habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, ação civil pública, ação direta de inconstitucionalidade etc.
REVOGAÇÃO diferente NULIDADE
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 
ATRIBUIÇÃO TÍPICA DO JUDICIÁRIO
JURISDIÇÃO
O QUE É CONTROLAR A CONSTITUCIONALIDADE?
INDAGAR, PERGUNTAR SOBRE A COMPATIBILIDADE OU INCOMPATIBILIDADE DA LEI EM RELAÇÃO À CONSTITUIÇÃO.
A questão será de ADEQUAÇÃO – LEI X CONSTITUIÇÃO.
OBJETIVO: garantir a SUPREMACIA DA CF (PRINCÍPIO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL). QUER QUE A CONSTITUIÇÃO SEJA OBEDECIDA.
MUNDO DO SER: ANTECEDENTE OBRIGATORIAMENTE SE LIGA A UMA CONSEQUÊNCIA. AS LEIS SÃO IMODIFICÁVEIS – O INTELECTO HUMANO NÃO CONSEGUE MUDÁ-LAS – SÃO AS LEIS NATURAIS. Ex.: leis da química, física, biologia etc.
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MUNDO DO DEVER SER: SÃO AS CIÊNCIAS SOCIAIS. O UNIVERSO JURÍDICO ESTÁ AQUI. A UM ANTECENDENTE, A PESSOA, COM SUA INTELIGÊNCIA, ESTABELECE A CONSEQUÊNCIA QUE ACHAR MELHOR.
As regras da moral são horizontais (porque todas elas encontram-se na mesma categoria, porque não existe entre elas hierarquia). A regra jurídica é vertical.
Quando há hierarquia, a superior prevalece sobre a inferior.
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA: 2 ESPÉCIES
FORMAL: A CF é uma norma suprema porque decorre do poder constituinte originário (é ilimitado juridicamente). As demais regras decorrem do poder constituído legislativo, ou seja, a orgiem da Constituição é diferente das demais regras do país.
MATERIAL: a CF é o documento mais importante que nós temos, as matérias tratadas são as mais importantes para uma sociedade política chamada Estado.
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Temas tipicamente constitucionais:
D (direitos e garantias fundamentais)
O (organização do Estado)
E (estruturação dos Poderes – divisão orgânica da Montesquieu)
RIGIDEZ CONSTITUCIONAL
Não há controle de constitucionalidade se a CF não for do tipo rígida. 
RÍGIDA: a questão está na sua alterabilidade ou mutabilidade – é mais difícil (solene e burocrático) alterar a CF do que as demais normas do Estado.
É chamado de processo legislativo especial. Da lei é o processo legislativo comum.
SUPERRÍGIDA: ter cláusulas pétreas. 
O QUE GARANTE A RIGIDEZ DA CONSTITUIÇÃO É A SUPREMACIA CONSTITUCIONAL.
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PORTANTO:
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
É o conjunto de órgãos e instrumentos criados para assegurar a supremacia formal da Constituição. 
A supremacia formal da Constituição decorre da rigidez. Assim, só existe o controle de constitucionalidade da Constituição se ela for rígida. Para ser rígida, deve ela ser escrita.
Verificação da compatibilidade entre as leis e atos normativos (espécies previstas no artigo 59) com a Constituição.
Portanto:
Lei ou ato normativo incompatível é inconstitucional.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – CLASSIFICAÇÃO (MOMENTO EM QUE É EFETUADO)
CONTROLE PREVENTIVO: é aquele que acontece ANTES do nascimento da lei. Impede o nascimento de uma lei inconstitucional. Impede que a norma inacabada (projeto de lei) adentre no ordenamento jurídico, porque já é inconstitucional. 
Ocorre em três momentos:
LEGISLATIVO: Controle da CCJ: comissão de constituição e justiça. São parlamentares que analisam a constitucionalidade do projeto de lei. Parecer sobre a constitucionalidade do projeto de lei – ELE É TERMINATIVO E NÃO OPINATIVO. – ART. 58, §2º
EXECUTIVO: Veto jurídico: feita pelo Chefe do Poder Executivo – ART. 66, §1º
JUDICIÁRIO: MS impetrado por parlamentar. Um parlamentar pode impetrar mandado de segurança contra um projeto de lei que, em sua opinião, é inconstitucional. Ele alega a violação de participar de um processo regular, constitucional. DISCUTE PREVENTIVAMENTE A CONSTITUCIONALIDADE.
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CONTROLE REPRESSIVO: É posterior. Tem o objetivo de expulsar do ordenamento jurídico a norma acabada incompatível com a CF.
Feito em regra, pelo PODER JUDICIÁRIO – CONTROLE JURISDICIONAL – é misto.
 
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É misto: DOIS SISTEMAS OU DOIS MODELOS
DIFUSO E CONCENTRADO
Difuso ou americano: sistematizado em 1803 (EUA). Caso Marbury versus Madison – Juiz Marshall. Qualquer Juiz pode declarar uma lei inconstitucional, desde que haja um caso concreto. 
Também é chamado de controle: aberto; concreto; incidental; via de defesa; via de exceção. 
Concentrado: Austríaco ou europeu continental – Kelsen – 1920.
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EVOLUÇÃO:
1824: não fez qualquer referência a Controle de Constitucionalidade – inspirado na Constituição Inglesa e Francesa. Pregavam a supremacia do parlamento. Adota a teoria do poder moderador, que resolvia o problema/conflito entre os poderes.
1891: fonte é a Constituição Americana – 1787. Qualquer juiz ou tribunal, diante do caso concreto pode reconhecer a inconstitucionalidade
1934: Constituição alemã de 1919. Manteve o sistema difuso, com diferenças: reserva de maioria absoluta (tribunal só por ela); cria a ADIn interventiva; Se o STF reconhece no difuso a inconstitucionalidade (RE), remetia ao Senado para que suspendesse a execução da lei (atual 52, X da CF)
1937: Constituição polonesa de 1935. Manteve as características de 34, mas se o STF diz que a lei é inconstitucional, o Presidente pode dizer que ela é constitucional.
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1946: volta com as característica da CF de 34. Ela teve várias emendas. A EC 16/65, incorpora na ordem jurídica nacional o controle concentrado.
1967 e 1969: nada de novo.
1988: fala do controle preventivo e repressivo; Repressivo misto: difuso e concentrado. O concentrado se manifesta por 05 ações:
ADIN GENÉRICA (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADECON (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADIN POR OMISSÃO (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADPF (ABSTRATA – PROCESSO OBJETIVO)
ADIN INTERVENTIVA (É CONTROLE CONCENTRADO, MAS NÃO É ABSTRATO, E SIM CONCRETO)
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Espécies de inconstitucionalidade:
1º) FORMAL, ORGÂNICA OU NOMODINÂMICA – KELSEN
É aquela em que a lei ou ato normativo infraconstitucional viola o DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO CONSTITUCIONAL.
2º) MATERIAL OU NOMOESTÁTICA - KELSEN
É aquele em que a lei ou ato normativo infraconstitucional viola o CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO. O TEMA É INCONSTITUCIONAL
3º) OFENSA AO DECORO PARLAMENTAR (PEDRO LENZA): vício viola a livre convicção do parlamentar – ex. Mensalão.
Inconstitucionalidade material x formal
A material se apresenta quando a violação é ao conteúdo da Constituição. 
Uma norma que, por exemplo, permitisse a exploração do trabalho em condições próximas à degradante seria materialmente inconstitucional por afronta ao conteúdo de um dos fundamentos da República, qual seja o valor social do trabalho. Tal inconstitucionalidade persistiria mesmo que a norma seguisse todas as etapas formais do processo legislativo.
Já a inconstitucionalidade formal se configura quando algum dos requisitos procedimentais da elaboração normativa é desrespeitado, seja a competência para disciplinar a matéria, seja um quórum específico ou mesmo um pressuposto objetivo para editar o ato normativo. Um exemplo é o pressuposto de relevância e urgência da Medida Provisória, constantemente desrespeitado hodiernamente.
Inconstitucionalidade por ação x por omissão
A primeira dessas duas formas de inconstitucionalidade seapresenta por meio de uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a sistemática constitucional.
A segunda advém, por seu turno, de uma abstenção. O Poder Púbico, no momento em que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional. Para sanar tal inconstitucionalidade há a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão.
Inconstitucionalidade total x parcial
A total atinge a integralidade da norma, enquanto a parcial atinge um trecho, um artigo ou, até mesmo, uma expressão ou palavra mal colocada, eivando a norma de vício constitucional.
Inconstitucionalidade originária x superveniente
Há a análise de duas normas: uma, a constitucional, chamada de parâmetro, a outra, a infraconstitucional, chamada de objeto. Assim analisa-se a constitucionalidade da norma objeto de acordo com a norma parâmetro vigente. Por exemplo: uma lei editada em 1985 deve ter sua constitucionalidade aferida segundo a ordem constitucional de 1967.
Assim, a inconstitucionalidade originária ocorre quando a norma nasce inconstitucional em relação ao parâmetro vigente. A superveniente, por seu turno se apresenta quando uma nova ordem constitucional desponta, tornando a norma infraconstitucional anterior inconstitucional.
O STF não reconhece a inconstitucionalidade superveniente. Para a colenda corte, há que se falar em recepção ou não da norma infraconstitucional pela nova Constituição, uma vez que não seria adequado analisar uma norma produzida segundo um parâmetro de acordo com um novo, numa espécie de anacronismo.
APLICANDO CONHECIMENTOS
O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
 a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? 
 b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória?
RESPOSTA
a) As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. 
b) O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88.
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?
a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. 
b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. 
c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. 
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?
a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. 
b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. 
c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. 
O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta?
Apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar-se, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: trata-se do MS que, neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito líquido e certo à observância do devido processo legislativo) e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MS-MC 23047/DF, STF.
Regra: em regra, não se deve admitir a propositura de ação judicial para se realizar o controle de constitucionalidade prévio dos atos normativos.
Exceções
Há duas exceções em que é possível o controle de constitucionalidade prévio realizado pelo Poder Judiciário:
a) caso a proposta de emenda à Constituição seja manifestamente ofensiva à cláusula pétrea; e
b) na hipótese em que a tramitação do projeto de lei ou de emenda à Constituição violar regra constitucional que discipline o processo legislativo.
OBSERVAÇÕES - Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo” (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e independentemente de sua final aprovação ou não.
O STF admite a legitimidade do parlamentar – e somente do parlamentar – para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. 
[MS 24.667 AgR, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-12-2003, P, DJ de 23-4-2004.]
= MS 32.033, rel. p/ o ac. min. Teori Zavascki, j. 20-6-2013, P, DJE de 18-2-2014
 Isso não significa ser cabível mandado de segurança em qualquer situação de exercício da função legislativa por parlamentar. Deve-se apurarobjetivamente quando o direito-dever está sob ameaça ou lesão e quando a pretensão é debater interesses políticos, infensos à intervenção judicial.
Para resguardar o direito líquido e certo do parlamentar ao devido processo legislativo, este Supremo Tribunal tem assentado o cabimento do mandado de segurança quando haja vedação constitucional ao processamento de emenda, na forma do § 4º do art. 60 da Constituição da República, quando “a inconstitucionalidade diz respeito ao próprio andamento do processo legislativo, e isso porque a Constituição não quer – em face da gravidade dessas deliberações, se consumadas – que sequer se chegue a deliberação, proibindo-a taxativamente” (MS n. 20.257, Redator para o acórdão o Ministro Moreira Alves, Plenário, DJ.27.2.1981).
(OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. 
b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. 
c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. 
d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
(OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. 
b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. 
c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. 
d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE REPRESSIVO (JURISDICIONAL)
1º) DIFUSO:
Espalhado em mais de um ponto. Qualquer Juiz pode declarar uma lei inconstitucional, desde que haja um caso concreto. 
Também é chamado de controle: indireto; inter partes; incidenter tantum; aberto; concreto; incidental; via de defesa; via de exceção; subjetivo.
LEGITIMIDADE
QUALQUER PESSOA, DIANTE DE UM CASO CONCRETO, PODE ALEGAR INCIDENTALMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE.
A inconstitucionalidade é causa de pedir.
O Juiz pode RECONHECER DE OFÍCIO.
COMPETÊNCIA
QUALQUER JUIZ, QUALQUER TRIBUNAL, DIANTE DE UM CASO CONCRETO, INCLUSIVE, DE OFÍCIO.
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O Tribunal só pode se respeitar a cláusula de reserva de plenário – só declara a inconstitucionalidade por MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou do órgão especial – chamada de Cláusula de Reserva de Plenário (questão de ordem – art. 97 da CF).
Art. 93, XI: nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; 
Turma, câmara, sessão NÃO PODEM RECONHECER A INCONSTITUCIONALIDADE, mas podem reconhecer a CONSTITUCIONALIDADE.
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OBJETO DE CONTROLE
Só pode ser LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL.
PARÂMETRO OU PARADIGMA DE CONTROLE
É inconstitucional em face de que? 
NORMA REGRA
NORMA PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL (EXPRESSOS OU IMPLICITOS)
PREÂMBULO DA CF NÃO É PARÂMETRO, NÃO SE ENCONTRA NO CAMPO JURÍDICO, MAS SIM POLÍTICO.
ADCT SIM, DESDE QUE NÃO TENHA SE EXAURIDO.
O que é o BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE?
Bloco de constitucionalidade restritivo: normas supraconstitucionais ou suprapositivas não podem ser objeto de controle (valores: ética, justiça, equidade).
Hoje: NORMAS CONSTITUCIONAIS + TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS (ART. 5º, §3º)
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EFEITOS DA DECISÃO
No sistema difuso é inter partes (limite subjetivo da coisa julgada) e ex tunc – a decisão é declaratória.
Supremo remete a sua decisão ao Senado, OBRIGATORIAMENTE.
Art. 52, X da CF: suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;.
A decisão do processo (STF) era inter partes. A partir da resolução do Senado é erga omnes.
ATO DO SENADO É DISCRICIONÁRIO – NÃO PODE OBRIGAR O AGENTE POLÍTICO
SUSPENDE POR RESOLUÇÃO
PARTICIPAÇÃO DO SENADO SÓ NO DIFUSO
SUSPENDE SÓ O QUE O STF DECIDIU COMO INCONSTITUCIONAL – NA FORMA DA DECISÃO DO STF

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