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R e d . Red. Professor: Rafael Cunha Eduardo Valladares Monitor: Maria Paula Queiroga R e d . Análise da banca do ENEM 08/10 mai RESUMO Agora que já conhecemos a estrutura e alguns detalhes importantes sobre a produção textual, cabe analisar, de maneira bem aprofundada, a banca do maior exame que vamos enfrentar, neste ano: o ENEM. Um conhecimento completo de cada um dos critérios e suas especificidades é essencial para uma produção coerente com o que o corretor precisa ver no seu texto e, por isso, é importantíssimo entender cada uma das competências analisadas pela banca. Vamos lá? Os critérios de correção do ENEM Critério 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. No primeiro critério, verifica-se, basicamente, correção gramatical e escolha de registro no texto. Isso significa que, na produção, é importante que haja uma revisão atenta do texto, de forma que você, aluno, evite problemas de acentuação, pontuação, construção dos períodos, ortografia e, é claro, as famosas letras e palavras "comidas". Na mesma análise, é crucial que a redação mantenha um mesmo registro, um mesmo nível de linguagem - que, no caso do ENEM, será necessariamente o culto -, evitando misturas e desvios. Observação: Como já falamos na aula de planejamento textual, é essencial que separe um tempinho para uma revisão atenta dos erros que você mais cometeu durante o ano. Como a nossa leitura fica, de certa maneira, viciada depois de algumas repetições, o ideal é voltar ao texto, para a revisão, depois de algumas questões objetivas. Isso, certamente, facilitará o foco e, consequentemente, a identificação de erros. Critério 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Aqui, os objetivos são três: em primeiro lugar, é importante que o leitor, na sua redação, deixe claro o entendimento do tema e seus comandos. Isso leva em consideração, é claro, a interpretação dos textos motivadores. Além disso, espera-se que o texto esteja dentro dos limites da dissertação argumentativa - com introdução, desenvolvimento e conclusão, além de, é claro, a defesa de uma tese clara. Por fim, a utilização de outras áreas do conhecimento - como aquelas que você aprende no Ensino Médio - é bem interessante, aqui, e dá os pontos necessários para chegar ao 1000. Critério 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. A ideia aqui é, basicamente, trabalhar a argumentação do texto. Isso envolve, é claro, a coerência, o sentido que as informações passam - tanto com relação à própria construção do texto quanto o mundo em que ele está inserido. É essencial, então, trabalhar bastante a comprovação das ideias, da tese, com exemplos, dados estatísticos, argumentos de autoridade, explicações, saindo sempre do senso-comum - ou seja, trazendo referências e argumentos além dos apresentados nos textos motivadores (configurando a famosa autoria). Critério 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. O foco, nesta competência, está em duas ideias: evitar repetições e trabalhar ligações no texto. Isso significa que este é o momento de investir em sinônimos, hipônimos, hiperônimos, pronomes demonstrativos, advérbios e outras ferramentas, a fim de evitar repetir palavras na redação e trabalhar referências, além de variar o uso de conectivos e de ganchos no texto, trabalhando a conexão entre as orações, períodos e parágrafos. É importante lembrar que a construção dos períodos também é muito avaliada aqui. Isso significa que frases muito longas não são bem-vindas no seu texto! R e d . Critério 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. A última competência ataca, basicamente, a produção de propostas de intervenção. Isso significa que, na redação do ENEM, criar medidas para resolver um problema é uma exigência. Portanto, não deixe de apresentá-las, ok? Essas soluções precisam ter três características importantes: em primeiro lugar, é importante que estejam ligadas ao tema, ou seja, que falem sobre a temática apresentada pela prova, levando em consideração todas as suas especificidades. Além disso, precisam estar ligadas à discussão apresentada na redação - suas causas, consequências, argumentos apresentados. Por fim, é essencial que sejam detalhadas, ou seja, que falem não só do que pode ser feito, mas de como as medidas podem ser tomadas e, é claro, quem pode colocar isso em prática. Como as partes do texto são avaliadas na prova? Na introdução, a contextualização dá ao aluno a chance de utilizar outras áreas do conhecimento na construção do parágrafo. Isso significa que a competência três, de coerência argumentativa, é diretamente impactada aqui. Além disso, a apresentação de uma tese clara e consistente - bem defendida, é claro - é essencial para que haja boas notas nos critérios de tema/tipo de texto e coerência, também. O desenvolvimento, por trabalhar a parte argumentativa, tem influência direta na competência três. Porém, por indicar a produção de uma dissertação, também tem impacto no critério dois e por sua construção formal, na quarta competência (referente a coesão textual). O uso de argumentos de autoridade e referências externas ao texto, resultantes do seu conhecimento de mundo, podem ajudar, também, na construção da autoria exigida no critério três. A conclusão, por retomar a tese, trabalha diretamente a coesão textual, avaliada na competência quatro, e a coerência interna - uma vez que mantém o mesmo raciocínio durante todo o texto -, presente no critério três. Além disso, por tratar de propostas, tem consequência direta na competência cinco, que trata apenas dessas intervenções. Resumindo as competências cobradas pelo ENEM: R e d . EXERCÍCIOS DE AULA Texto para as questões de 1 a 6. Tema: Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento? José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não é mais o que prevalece no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que um dia a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vêm sugerindo. Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que necessitamos, do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso são as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas. Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis. Nada disso, porém, seria tão prejudicial se tivéssemos consciência e o mínimo de preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autor renovável e que, mesmo se fosse, ela não teria umaforça de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção. Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir. 1. O autor procura um mecanismo para chamar a atenção do corretor à leitura, essencial para apresentar o tema e as ideias seguintes. Qual seria? Exemplificar. 2. É evidente que esta contextualização, mencionada no exercício 1, promove ao texto um encaminhamento para a tese. Apresentar esse recorte temático importantíssimo para o desenvolvimento restante da redação. 3. O autor, no segundo parágrafo, utiliza uma forma de reforçar sua argumentação seguinte (encontrada no terceiro parágrafo), qual seria ela? 4. Por que o autor utilizou os termos sublinhados em azul no terceiro parágrafo? Qual competência no ENEM ele contemplou? 5. Quanto à argumentação de um modo geral, como podemos observar que o autor atingiu às expectativas da banca? 6. Finalizando o texto e, assim, a conclusão, sabemos que é esperada uma proposta de intervenção clara e que não infrinja os direitos humanos. O autor contemplou esta competência? De que forma? R e d . EXERCÍCIOS DE CASA Texto para as questões 1, 2 e 3. a) Tema: A importância da humanização no atendimento ao paciente no Brasil Com o avanço tecnológico ao longo dos anos, as relações interpessoais têm se tornado cada vez mais líquidas. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, vivemos em uma época de artificialidade nas relações humanas e dessa forma, a lógica do imediatismo atinge até mesmo a questão da saúde. Com essa falta de empatia pelo outro, a desumanização no atendimento médico de pacientes tanto de redes públicas quanto particulares tem se tornado frequente. Em primeiro lugar, cabe ressaltar a perda dos médicos ditos da social, mas também pelo cuidado e atenção que o profissional tinha com as pessoas que precisavam de assistência e as respectivas famílias, tanto por analisar o contexto do enfermo quanto pela cura de sua doença, por exemplo, o marido de Madame Bovary na obra de Flaubert. A medicina, porém, tomou um caminho técnico e frio. À medida que os recursos avançam no tratamento de doenças, os pacientes são cada vez mais tratados apenas como registros de identificação. A atenção individual que os profissionais dedicavam foi perdida ao acompanhar o ritmo da sociedade que busca rapidez e soluções impacientes. Logo, o médico deve saber aproveitar as altas tecnologias, mas também não se esquecer dos valores humanísticos e filosóficos da profissão. Fica claro, portanto, que se deve investir em recuperar valores passados nos quais o paciente era tratado de forma mais humana, cuidar dele como uma vida única e respeitá-lo como um todo para poder tratar sua doença, também analisando o contexto de vida, cultural, psicológico e religioso em que aquela pessoa está inserida. O governo, dessa forma, aliado à iniciativa privada, pode trabalhar novas formas de abordagem e atendimento tanto no setor público quanto no privado, refletindo, diretamente, o que a mídia mostra como essencial - e resolvendo os problemas denunciados. Só assim, pode-se trazer de volta a visão de que médicos lidam com vidas e mostrar a Bauman que podemos recuperar valores perdidos no passado. 1. Quanto à Competência 1 da banca de redação do ENEM, como pode ser avaliado o texto? 2. Através da análise e da compreensão do texto, se torna mais fácil para o vestibulando entender o que se pede na hora da prova. Quanto à utilização dos conhecimentos gerais para trazer mais comprovação dos argumentos, qual foi a abordagem do autor? Dê exemplos. 3. Em um texto dissertativo-argumentativo, o objetivo principal é defender um ponto de vista, de modo a organizar suas ideias, fato que compreende a competência 3. O autor atingiu a meta? Como pode ser exemplificado? b) Tema: A imparcialidade da imprensa brasileira em discussão no século XXI Com a invenção da imprensa no século XV e o advento do rádio e da televisão no XX, a comunicação e a divulgação de ideias foram amplamente facilitadas. Graças a isso, hoje podemos saber das notícias em tempo real e estar sempre informados sobre o mundo. A mídia é, então, detentora de uma grande função na sociedade moderna. No entanto, seu papel principal, que é o de informar, vem sendo realizado sem a responsabilidade devida, negando, muitas vezes, seus próprios preceitos. Em primeiro lugar, é importante destacar o problema da parcialidade midiática no Brasil. O quarto poder, no nosso país, não está longe dessa realidade alarmante. Assim como no resto do mundo, a imprensa vem exercendo um papel bastante contrário ao original, mostrando-se extremamente tendenciosa e manipuladora. Exemplo disso foi a cobertura jornalística das manifestações contra o aumento das passagens em 2013, em que muito pouco se via a real situação das ruas pelo Brasil, o que foi uma clara tentativa de esconder a repressão vivida pelos manifestantes. Nesse panorama, cabe avaliar de que maneira essa parcialidade se dá na sociedade brasileira e sua respectiva consequência. É comum que liguemos a televisão ou abramos um jornal e vejamos somente um R e d . lado da moeda, principalmente quando a notícia ou reportagem é de cunho político. Isso gera não só uma população desinformada, mas acrítica e manipulada. Por isso, é importante refletir que, embora a imparcialidade seja difícil de ser alcançada, deve ser amplamente buscada, especialmente por aqueles que assumem a grande responsabilidade desse papel social. É preciso, portanto, que encaremos que temos um grande problema nas mãos que, principalmente em um período político instável, precisa ser resolvido. Para tanto, o governo e a população em geral devem agir em conjunto, aquele promovendo o projeto regulamentação da mídia, que não só estabeleceria regras de ação, como punições para possíveis descumprimentos, esta denunciando massivamente tudo aquilo que considerar um desvio. A escola, com palestras e debates, além de aulas de análise do discurso, pode investir em um olhar diferente por parte de seus alunos, de forma que, ainda que existam produções parciais, o indivíduo saiba interpretar e se posicionar com relação ao que foi apresentado. Dessa forma, a teórica imparcialidade ficará um pouco mais próxima da prática, e a informação será, com verdade, um serviço de utilidade pública. 4. O texto compreende de uma estrutura textual de introdução-desenvolvimentos-conclusão. Descrever a utilização do autor em mecanismos para garantir a progressão textual e de ideias (Apresentar exemplos). 5. Para escrever um texto, não é suficiente apenas uma argumentação, por isso a competência 4 compreende os mecanismos linguísticos para a efetivação dos argumentos. O autor atingiu este objetivo? Apresentar exemplos. Obs: lembre-coesão e coerência 6. Finalizando as competências, é imprescindível que o autor garanta ao texto uma síntese com proposta de intervenção clara e objetiva. Na redação acima, analisar se há ou não a compreensão total desta competência. As questões 7, 8 e 9 contemplam de fragmentos de uma mesma redação, cujo tema é a exposição exagerada no ambiente virtual. 7. Analisar a introdução em relação a promover no leitor o interesse da leitura e os mecanismos necessários para contextualizar o tema. Ademais, apresentar a tese. Com o advento da World Wide Web a Internet , a vida das pessoas foi extremamente impactada e sofreu inúmeras mudanças. A principal delas talvez seja o fato de que, hoje, tudo ou quase tudo o que fazemos seja online. Nossos álbuns de fotos, blocos de anotações e até diários, neste século, são abertos a visitação em nome da nossa busca desenfreada por visibilidade. Nessa conjuntura, cabe refletirmos sobre o com as consequências de seus atos. 8. O desenvolvimento, geralmente, é contemplado por dois ou três parágrafos. Tais estruturações complementam a ideia principal gerada pela tese. A seguir, analise o desenvolvimento do texto em Em primeiro lugar, é preciso entender a problemática da exposição online. Temos uma gama de sites e aplicativos em que o único objetivo parece ser o de exibir nossas figuras e fazemos isso com maestria. Postamos, diariamente, tudo aquilo que fazemos, comemos, pensamos. Isso gera um grande impacto coletivo, já que o rumo que estamos tomando é o de ser cada vez mais uma sociedade de espetáculo, em que cada indivíduo busca ser motivo de aplausos. Além disso, muitos problemas pessoais podem surgir, já que nossa individualidade e privacidade estão cada vez mais em risco. Além da auto-exposição, estamos à mercê de outro perigo na internet, que é a exposição por parte de terceiros. É muito comum, por exemplo, vermos uma notícia de que alguém teve um vídeo íntimo divulgado, caso que aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann. Isso revela que o meio virtual é encarado como um ambiente sem leis, em que se pode fazer o que quiser, sem punição. No entanto, é necessário que se tenha consciência de que essa tentativa de ganhar seguidores, curtidas e fama na internet não é uma atitude inocente, mas um crime passível de graves punições. R e d . É importante, no entanto, destacar que o problema não é a ferramenta tecnológica em si, mas o mau uso que fazemos dela. A internet e as redes sociais vieram para facilitar nossas vidas. Por meio delas, podemos nos comunicar instantaneamente, debater, expor ideias e até mesmo realizar atividades básicas do dia a dia, como pagamento de contas e compras diversas. Porém, a simples e útil ferramenta de comunicação vira uma arma perigosa quando a utilizamos para mostrar de nós e dos outros muito mais do que deveríamos. 9. Como visto anteriormente, a conclusão para o vestibular do ENEM, deve possuir uma síntese dos argumentos apresentados e uma solução clara e objetiva para a problemática. Aponte, com exemplos do texto, quais foram os mecanismos utilizados pelo autor para contemplar ou não- esta competência. Fica evidente, portanto, que o problema está na falta de responsabilidade das pessoas ao usar as redes. Assim, é preciso que haja uma reeducação para o uso dessa tecnologia, além do estabelecimento de punições para o crime de exposição de terceiros. Para tanto, as escolas, em parceria com o governo, poderiam divulgar cartilhas que incentivassem o bom uso da internet para crianças e adultos. Além disso, uma boa medida para facilitar a punição dos criminosos virtuais poderia ser a obrigatoriedade de registro com CPF em redes sociais e sites afins. GABARITO Exercícios de aula 1. O autor utiliza de um conhecimento geral, sendo este o resumo de um livro, para conectar o corretor José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. 2. Após a contextualização do livro com a utilização da fauna e flora, o autor introduz a sua tese, levando em consideração de que o ser humano não possui essa mesma visão indianista sobre a natureza, mas sim uma visão lucrativa. 3. O autor aborda seu argumento no segundo parágrafo e, posteriormente utiliza de dados estatísticos para comprovar o que ele está trabalhando, reforçando sua ideia. 4. O autor utilizou os termos sublinhados em azul no terceiro parágrafo para ser o que chamamos de entre os dois parágrafos fazem uma conexão sobre o texto. 5. É imprescindível que, ao trabalhar um texto, os exemplos trazidos, tanto da coletânea quanto de autoria, devem haver uma relação entre si. Dessa forma, a utilização dos dados estatísticos com o acontecimento da atualidade sobre Mariana, culminam para um entendimento de que o ser humano está utilizando de modo exacerbado a sua força sobre a natureza em prol do lucro. 6. Para um bom desenvolvimento textual, é necessário que a síntese possua uma conclusão final do problema em prol de uma proposta de solução, assim, vemos que o autor propõe uma regulamentação das questões em prol da natureza muito bem exemplificados e caracterizados com suas determinadas organizações. Exercícios de casa 1. Quanto à competência 1, o autor não possui desvios gramaticais e erros de concordância. R e d . 2. O vestibulando trabalha com conhecimentos gerais como a teoria de Bauman e Madame Bovary para aprofundar as relações mais líquidas e efêmeras, caracterizando a falta de humanização nos atendimentos do Brasil. 3. O autor contempla a competência 3 por trazer a comprovação de ideias a partir de exemplos trazidos pelo próprio vestibulando. Além disso, é importante ressaltar o entendimento do tema e a seleção dos argumentos de modo linear, relacionando os parágrafos de desenvolvimento. 4. A progressão textual pode ser vista através de uma linearidade histórica nos parágrafos, iniciando com o advento da imprensa na introdução e com os exemplos da atualidade como as manifestações contra o aumento das passagens em 2013, valorizando o poder da imprensa. 5. ideias com o parágrafo conclusivo. 6. A redação consegue descrever com ampla excelência a conclusão ao trabalhar todos os agentes da problemática no texto, como mídia e escola e, além disso, desenvolver minuciosamente as atividades a serem feitas. 7. A introdução contextualiza o tema ao descrever o mundo da internet e como pode haver as problemáticas de uma exposição exacerbada. 8. m o que está sendo dito. Além disso, o desenvolvimento contempla de autoria argumentativa na comprovação de ideias ao trazer casos da atualidade como da atriz Carolina Dickmann. 9. A conclusão e a proposta de intervenção abrangem uma autoria na solução a partir do momento em que é trabalhado, detalhadamente, onde ocorrerão os agentes transformadores e, a partir disso uma inovação trazida ao delimitar uma possibilidade de requisição de CPF para todos os cadastros de site. R e d . Red. Professor: Eduardo Valladares Rafael Cunha Monitor: Bruna Saad R e d . Eixo temático: comunicação - conceitos 22/24 mai RESUMO Começamos, agora, um novo momento nas nossas aulas: a produção de conteúdo. Sabemos que, na redação, a estrutura é uma parte muito importante na produção. Entretanto, saber construir a introdução, o desenvolvimento e a conclusão não é o bastante: é crucial que o aluno, na tarefa de interpretar e redigir um texto, tenha conteúdos adquiridos ao longo de sua formação e de seus estudos - o que, já na proposta temática, é destacado pelo próprio ENEM. Porisso, trabalharemos, aqui, os chamados Eixos Temáticos, começando pela aula de comunicação, assunto que dará a você, aluno, muitos dados para futuras redações. Vamos juntos? Antes de tudo, cabe destacar, na história do ENEM, o que já foi cobrado com relação a esse assunto. Vejamos: - ENEM 2004: "Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?"; - ENEM 2006: "O poder de transformação da leitura"; - ENEM 2011: "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado"; - ENEM 2014: "Publicidade infantil em questão no Brasil". Por meio dessas temáticas, já é possível imaginar o quanto esse eixo pode ajudar na sua produção textual, não é mesmo? Vamos, agora, às perguntas que funcionarão como pautas para as nossas discussões. EXERCÍCIOS 1. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com Em entrevista à revista Época, em outubro de 2009, Paulo Coelho, o escritor que mais vende livros no mundo, em uma reflexão sobre a chegada dos e-books ao Brasil, afirmou que "o caminho digital é sem volta". É fácil considerar, então, que houve uma longa jornada nas maneiras de se trocar informações até aqui, época em que nos comunicamos, basicamente, de forma virtual. Alguns momentos dessa caminhada são conhecidos como revoluções. Com base nos seus conhecimentos obtidos até este momento, procure apontar algumas das principais revoluções comunicacionais e de que maneira funcionaram como base para o que vivemos hoje - tempo em que quase toda mensagem é passada via internet. 2. Como consequência de sua grande circulação virtual na América, o jornal El País, maior veículo da Espanha, anunciou em 2016, no seu aniversário de 40 anos, sua conversão a produto "essencialmente R e d . digital", nas palavras de seu diretor, Antonio Caño. Ao ser perguntado sobre o futuro do jornalismo, em entrevista à Folha de São Paulo, afirmou não saber, mas que "o El País estará nele". Você pode encontrá-la aqui: O que importa não é o jornal, mas o jornalismo, diz diretor do 'El País'. Hoje, a publicação faz sucesso no Brasil e em outros países americanos. Não é de hoje a discussão sobre a digitalização dos jornais e dos livros. Na questão anterior, falamos sobre o caminho até os dias de hoje, momento em que nos comunicamos, frequentemente, de forma online. Entretanto, há perdas nisso e é importante destacá-las, sempre. Usando seus conhecimentos, aponte os prós e contras dessa digitalização da comunicação e que medidas poderiam ser levantadas para acabar com essas desvantagens - a fim de, nesse caminho sem volta, nas palavras de Paulo Coelho, aproveitarmos o máximo as novas formas de comunicação. 3. Na década de 60, o canadense Marshall MacLuhan ganhou destaque a partir das projeções que fazia relacionadas aos principais meios de comunicação. Sobre a TV, cunhou a seguinte frase: Com a televisão, o mundo está se transformando em uma aldeia global". Comente em que medida essa ideia se tornou pertinente no século XXI. 4. Laura Pires, uma das colunistas da revista Capitolina, escreveu, certa vez, sobre como "O Tinder está acabando com as suas habilidades interpessoais". Nesse artigo, a autora discute o quanto as novas formas de comunicação, em sua maioria virtuais, diminuíram a capacidade de se relacionar das pessoas e, consequentemente, alimentaram ainda mais o enfraquecimento dessas relações, hoje. Você pode encontrar o artigo inteiro aqui: O Tinder está acabando com as suas habilidades interpessoais. No mesmo contexto, em seu "Amor líquido", o sociólogo polonês Zygmunt Bauman defende que, no século XXI, as relações interpessoais estão mais frágeis, dando a elas, inclusive, o nome de "conexões" - denunciando, então, a facilidade de se fazer e desfazer qualquer contato. Levando em consideração as duas ideias, reflita sobre o quanto os dias de hoje, de virtualização do eu, fortaleceram o comportamento isolacionista dos indivíduos. 5. Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade, afirmou que "toda nova tecnologia cria seus excluídos". Comente sobre a exclusão digital. 6. O escritor Carlos Heitor Cony afirmou, certa vez, que a Internet é um veículo de poluição espiritual. Comente, relacionando-a às principais "novidades" existentes na rede. 7. Existe privacidade no mundo virtual? Segundo a Constituição Federal, artigo 5º, X, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Em tempos de Facebook, Instagram, Whatsapp está cada vez mais difícil enxergar a já tão tênue linha que define o que é privacidade, haja vista a criação da lei Carolina Dieckman. Comente sobre as consequências positivas e/ou negativas da dissolução desse conceito. 8. Em artigo para o Jornal O Globo, em 2016, a jornalista Cora Rónai denuncia a estratégia do Facebook: diante do crescimento acelerado de postagens de notícias, artigos, vídeos e textos de opinião, para retornar às suas origens - um espaço de compartilhamento da vida, do dia a dia, de conteúdos individuais e originais -, a rede decidiu lançar lembretes de publicações de outros anos, reações nas postagens e comentários, além do estímulo às transmissões ao vivo. Sinal dos tempos, a exposição exagerada no ambiente virtual é consequência da entrada das redes sociais na vida privada do indivíduo, o que, de certa forma, gera certos riscos. Indique alguns desses problemas. O uso de redes sociais, sem dúvidas, é um dos pontos mais relevantes quando tratamos da comunicação na as redes sociais como meio de ativismo. Leia uma redação exemplar sobre esse assunto. receio do destaque entre tantas opiniões divergentes e a necessidade de integrar-se ao âmbito coletivo fez R e d . com que os indivíduos, por vezes, fizessem uso das redes sociais como porta-voz de suas necessidades de expressão e de mobilização a causas sócio-políticas. No entanto, nem sempre essa conduta presente no mundo virtual faz-se verossímil à sua aplicação na realidade. É incontestável o impacto que essas redes propiciam aos cidadãos, pois, além do amplo acesso à informação, colabora para que os navegantes se sintam mobilizados pela força conjunta e tornem-se mais estimulados a práticas ativistas. As manifestações de Junho de 2013 comprovam que a organização por reuniu brasileiros de vários estados a reivindicarem seus direitos por saúde, educação e assistência pública. Em um inesperado sincretismo, a rua e a internet fomentaram uma marcha colaborativa pela democracia. No entanto, a Geração Curtir e Compartilhar, da mesma forma, pode dissimular um engajamento que só transparece no campo cibernético. Devido a acessibilidade e a difusão de informações favorecidas pelo uso da internet, os internautas podem traçar um tipo de perfil nas redes sociais que os mascarem por meio de discursos autossuficientes, quando, muitas vezes, sua contribuição à mobilização nas redes simula uma sensação de cumprimento de deveres como cidadãos. Assim como a 1ª Geração Romântica, a criação de uma identidade idealizadamente heroica com a pátria converte-se em uma ação paliativa às medidas de ativismo. Nesse sentido, portanto, usufruir dos prós desse estímulo à inclusão social, motivada pelas redes sociais, é fundamental para que o povo brasileiro exerça a participação política. Ainda que os receios à mudança sejam provenientes da vida, a análise de Freud sobre o novo incitaria com que os indivíduos agregassem o poder das redes sociais à realização de sua cidadania, com a mobilização de atos públicos, a cobrança ao governo por projetos de integração e a petição à fiscalização dos gastos políticos. Assim, a antiga personificação de uma identidade heroica nas redes faria jus ao sincretismo entre o mundo da internet e o das atuações. QUESTÃO CONTEXTOhttp://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/o-ativismo-de-facebook-funciona-a2gv7jl59b5zl930qlb1uzepp parágrafo argumentativo em que você se posicione sobre essa proposta. R e d . GABARITO Exercícios 1. A primeira grande revolução comunicacional se deu com a invenção da escrita. Depois, considerando a ordem cronológica, surgiram a imprensa, a fotografia, o rádio, a televisão essa considerada meio de comunicação de massa e o computador. Esse último, por exemplo, inaugurou um novo tempo: o dos meios comunicativos tecnológicos. Todas essas revoluções foram extremamente importantes para a evolução da vida sem sociedade. Sem dúvidas, a mais recente é a mais eficiente em integrar pessoas do mundo todo e possibilitar a alta velocidade nas trocas de informações. 2. Como pontos positivos, podemos destacar: • Melhor para o meio ambiente: menos papeis; diminuição da quantidade de lixo. • Praticidade: aqueles que costumam ler as notícias enquanto se deslocam não precisam carregar jornais, revistas, etc. • É mais barato. • Ficou mais acessível para a população: muitas pessoas que não compravam jornal agora leem Já como pontos negativos, podemos levantar: • Os leitores não dão conta de toda quantidade de informação disponível, fazendo, muitas vezes, uma leitura superficial. • Propagação de fake news. • Seletividade: muitos leitores não se propõem a se informar sobre o que não dialoga com a própria opinião. 3. A televisão possibilitou a troca de informações e, principalmente, a troca cultural. Os novos meios de comunicação reduzem a distância, tornando, dessa forma, o mundo como uma aldeia: todos interligados. 4. Nesse contexto, é importante pensar em como é fácil refletir sobre como as pessoas selecionam aquilo que os outros devem ver sobre elas nas redes sociais, muitas vezes não coincidindo com a realidade. Além disso, as redes sociais promovem o individualismo, sendo considerada, até mesmo, paradoxal: ao mesmo tempo que ela aproxima as pessoas, também afasta. 5. Em um país como o Brasil, que apresenta desigualdades socioeconômicas alarmantes, smartphones, tablets, notebooks, kindles são artigos de luxo para muita gente. Dessa forma, a tecnologia, que abre muitas portas para uns, provoca exclusão a outros. Por isso, é necessário considerarmos um crescente abismo entre os que têm acesso e os que não têm às inovações tecnológicas. 6. Em primeiro lugar, é importante pensar que o próprio uso desenfreado da internet pode ser considerado prejudicial. Isso porque muitas pessoas deixam de praticar outras atividades necessárias para o corpo e a alma. A internet possibilita, a partir de aplicativos, que o usuário consiga fazer muitas coisas sem nem se deslocar. Além disso, é importante pensar no individualismo evidente nas redes sociais, na falsa ilusão de felicidade e na imposição de padrões. 7. Primeiramente, devemos refletir que, ao mesmo tempo em que manipulamos a internet, nós somos manipulados por ela. O indivíduo se expõe voluntariamente em suas redes sociais. No entanto, essas informações pessoais disponíveis não deveriam, por exemplo, influenciar em uma possível contratação de emprego, mas muitas vezes são levadas em conta. R e d . Outro aspecto interessante é o fato de muitos indivíduos tratarem as redes sociais e a internet de maneira ingênua. O recente caso do facebook, em que houve vazamento de dados úteis para manipular uma eleição nos EUA, deixaram os internautas abismados, provando que a privacidade no mundo virtual é ilusória. Nós permitimos a todo tempo que os aplicativos tenham acesso a inúmeras informações pessoais, sem pensar em como elas podem ser utilizadas. 8. O uso demasiado de redes sociais traz bastantes problemas aos indivíduos: • Muitos ficam viciados e deixam de realizar tarefas do dia-a-dia. • A manipulação da própria imagem: nós escolhemos o que o outro pode ver da nossa vida, muitas vezes não correspondendo à realidade. • Individualismo e solidão. • Preocupamo-nos mais com a nossa imagem nas redes do que com a nossa imagem verdadeira. • Manipulação de informações.
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