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Prévia do material em texto

ESCOLA ESTADUAL EMÍDIO DE SALES
Curso Técnico de Administração
Disciplina: Português Instrumental
Prof.ª.: Tatiana Natália da Silva
Aluno (a): _______________________________________________________________________
AULA 01 – LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
1 - Introdução
Você deve estar se perguntando por que necessitamos nos comunicar, bem como o que é linguagem? Como comunicação e linguagem se relacionam? Observe o conceito abaixo:
	
Sistema de Comunicação
Aumentativa e Alternativa
	A atividade de comunicação é uma constante em qualquer escala da vida animal: todos os animais se comunicam de alguma forma e em algum período de sua vida, seja por necessidade de sobrevivência seja por imperativos biológicos [...] através de um mínimo de interação (BORBA, 1998, p. 09).
Acompanhe o texto para entender melhor:
Prof. Dr. Francisco da Silva Borba 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara 
Departamento de Linguística
Comunicar é uma atividade necessária na vida animal. Segundo Borba (1998), é uma ‘necessidade de sobrevivência’. Observe que, ao nascermos, nos comunicamos pelo choro, pelos movimentos e nos diferenciamos dos outros animais porque somos dotados de linguagem articulada, a língua que se realiza na fala. É por meio da comunicação realizada pela linguagem que nos tornamos seres/sujeitos dialógicos (não deixe de verificar no endereço eletrônico, fornecido logo abaixo, o conceito de dialógico).
Comunicar-se é essencial para o estabelecimento e fortalecimento das relações humanas. Se pararmos para pensar, observaremos que a comunicação está na base de todas as áreas do conhecimento, logo necessitamos nos apropriar cada vez mais da linguagem, para que o processo de comunicação ocorra de modo efetivo e adequado ao contexto. Cada ser humano é único, com sentimentos, ideias próprias; assim, necessitamos nos expressar, interagir com os outros, estarmos ligados a um grupo social. 
A comunicação é indispensável ao processo de interação e pode se realizar mediante o uso de diferentes linguagens, produtos da sociedade e cultura humanas. 
A comunicação, do ponto de vista da linguística, nada mais é do que a interação entre um determinado grupo que usa a mesma língua ou o mesmo dialeto; tendo em vista a diversidade linguística e a heterogeneidade no discurso, faz-se necessário adequá-lo estrategicamente para que o fenômeno da comunicação se processe devidamente. 
Muitas vezes você já deve ter ouvido alguém falar sobre a importância da comunicação. Mas o que exatamente significa comunicar? Conforme Cereja e Magalhães (1999, p. 16), “Comunicar é expressar e interagir com o outro como um agente de transformação social por meio da mensagem/linguagem – situando-se assim numa intencionalidade discursiva”.
Dessa forma, comunicação e linguagem se relacionam, uma vez que só há comunicação por meio da linguagem, e esta última se realiza na língua, como infraestrutura (base ortográfica), dentro de uma dada sociedade. Ou seja, “se preestabelece num sistema convencional de signos e regras presentes em um dado grupo social por meio do seu código. Sendo alicerce nessa interação social intercomunicativa” (BARROS, 1991, 25).
 A linguagem é a capacidade do homem de comunicar-se por meio de um sistema de signos, a língua. 
Se a linguagem se realiza na língua, é importante que você saiba o que é língua.
 
2 – A língua
A língua é o laço que une e integra os indivíduos num mesmo universo, e é ela que dá acesso à vida cultural na sociedade. É um sistema de signos, um conjunto organizado de elementos representativos convencionados por indivíduos e utilizados por membros de um mesmo grupo social. Observe a afirmação de um estudioso dessa área:
Enquanto a linguagem abrange um conjunto multiforme de fatores físicos, fisiológicos e psíquicos, a língua aparece como uma totalidade uniforme, um sistema específico de signos com uma função social predominante: a comunicação (BORBA, 1998, p. 45).
A língua(gem) é, antes de tudo, uma atividade do sujeito, um lugar de interação entre os membros de uma sociedade e seu conceito é bastante abrangente, pois engloba todas as manifestações realizadas pela fala.
Para Bourdieu (1998, p. 81):
A linguagem é de modo mais geral, às representações, uma eficácia propriamente simbólica de construção da realidade [...] – ao estruturar a percepção que os agentes sociais têm do mundo social, a nomeação contribui para construir a estrutura desse mundo, de uma maneira tanto mais profunda quanto mais amplamente reconhecida (isto é, autorizada).
Nessa perspectiva, a partir dessa relação interdiscursiva o sujeito social (homem) tem a necessidade de nomear o mundo que o rodeia, ou seja, uma luta simbólica ritualizada como prática social – de que esse homem transforma e é transformado constantemente. 
	O que não podemos perder de vista é que nenhuma variação linguística é melhor que a outra, pois elas servem a suas comunidades e ao contexto no qual os interlocutores estão inseridos. Estudar a língua(gem) nos é essencial e necessário, já que a mesma é mecanismo de interação com o outro, com o mundo, e nos permite estabelecer relações sociais.
 
	
3 - Resumo 
Nessa aula estudamos que as variadas formas de códigos – gestos, movimentos, símbolos, palavras, e outras que sintetizam a interação do homem e o meio em que vive – priorizam a língua(gem) e seu processo de comunicação como um instrumento da prática social dos sujeitos, pois as mensagens que se estabelecem não só enriquecem esse processo de interação como também priorizam de maneira particular a “fala”, a “língua” e suas “representações” do mundo como “lutas simbólicas ritualizadas” pela linguagem, que está em constante movimento. Buscamos refletir acerca da importância da linguagem para a constituição da sociedade. A todo o momento estamos produzindo linguagem, pois é por meio dela que interagimos com os outros indivíduos e com o mundo.
ATIVIDADE
1) A partir do que estudamos até agora, redija um parágrafo expressando o que Linguagem, Língua e Fala significam para você.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
AULA 02 – FUNÇÕES DA LINGUAGEM
1 – Introdução
Nesta aula, esperamos que você perceba que, ao empregarmos a linguagem, seja no discurso escrito ou no falado, devemos considerar os vários mecanismos existentes para se produzir uma mensagem. 
Para que a comunicação se processe, são necessários alguns elementos que, segundo denominação de Jakobson (2005), seriam:
• Fonte ou emissor: é quem elabora e transmite a mensagem;
• Receptor ou destinatário: é aquele que recebe a mensagem; 
• Mensagem: é tudo aquilo que o emissor transmite ao receptor, é o objeto da comunicação; 
• Referente: é o assunto da comunicação, o conteúdo da mensagem; 
• Canal: é o meio físico, o veículo através do qual a mensagem é levada do emissor ao receptor; e
• Código: é o conjunto de signos e suas regras de comunicação.
2 - As funções da linguagem
Partindo dos seis elementos que foram apresentados, o linguista Roman Jakobson (2005) teorizou a respeito das funções da linguagem.
Conhecer e estudar as funções da linguagem nos possibilita identificar os vários tipos de mensagem e suas finalidades. Vamos conhecê-las a seguir e você compreenderá sua importância.
• Função referencial: no processo comunicativo, predomina o assunto ao qual a mensagem faz referência. Nos textos jornalístico, técnicos e científicos destaca-se essa função, pois buscam transmitir uma informação objetiva. Vejamos os exemplos em cada função.
• Função emotiva: com essa função o emissor objetiva suscitar emoções, opiniões. Ela se destaca nas correspondências pessoais, em diários, discursos de formaturaetc.
• Função conativa: seu uso objetiva persuadir o receptor da mensagem, seduzi-lo. Essa função é muito presente em mensagens publicitárias.
• Função fática: visa estabelecer uma relação com o emissor para verificar se a mensagem está sendo transmitida, ou para prolongar ou cessar uma mensagem. Quando atendemos uma chamada telefônica e dizemos ‘Alô’ ou perguntamos, em meio ao discurso, ao receptor ‘Você está entendendo?’, utilizamos da linguagem com essa função.
•Função metalinguística: consiste em usar a linguagem, a língua, para falar dela mesma, tornando-se seu próprio referente. Os dicionários e os textos que estudam e interpretam outros textos são exemplos do emprego da linguagem com essa função.
•Função poética: objetiva expressar sentimentos, descrições, visões de mundo, em textos que exploram a sonoridade, o ritmo, ou seja, novas possibilidades de combinação dos signos linguísticos. Predomina em textos literários, publicitários e em letras de música.
Vejamos abaixo o esquema desse processo, bem como a sua estrutura com os elementos da comunicação em uma mensagem:
 
Logo, como você teve oportunidade de perceber, conforme acima explicitado, diferentes funções se mesclam durante o processo de constituição da comunicação, ou seja, a finalidade do texto/discurso determinará as funções nele predominantes.
 É importante ressaltar que em um mesmo texto pode aparecer mais de uma função, porém a função referencial estará sempre presente, pois de algum assunto estaremos tratando, falando, ao produzir um texto/discurso.
3 – Resumo
Nessa aula estudamos que é importante fazer a distinção dos elementos da comunicação a partir da sua prática no processo da linguagem. Teve oportunidade de reconhecer também que as funções da linguagem podem ser identificadas nas relações teórico-práticas da língua com os elementos da comunicação – facilitando assim a interação entre os falantes em uma sociedade.
ATIVIDADE
1) Como agora você já pôde conhecer os elementos da comunicação, vamos identificá-los na prática? Verifique na imagem de que forma os elementos da comunicação estão representados.
	
	Mensagem: ____________________________________________
Emissor: ______________________________________________
Receptor: ______________________________________________
Referente: _____________________________________________
Código: _______________________________________________
Canal: ________________________________________________
2) Elabore uma mensagem onde estejam presentes todas as funções da linguagem, com destaque para a função conativa.
AULA 03 – REDAÇÃO CIENTÍFICA
1 – Introdução
Ao longo do tempo, percebemos que a falta de conhecimento linguístico e de normas que possam facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores na elaboração dos seus trabalhos é uma constante quando se trabalha a língua como pressuposto científico. 
Sendo assim, o principal objetivo da redação científica é fazer com que os trabalhos comumente realizados em cursos que você realiza sejam feitos por meio da pesquisa e dos seus embasamentos técnico-científicos, bem como sociais. 
Para Medeiros (1997, p. 12), apud Câmara Jr. (1978, p. 58): “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu”. Ou seja, “Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que quer escrever”.
 “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu” (MEDEIROS, 1997, p. 12) e temos que concordar com Câmara Jr. (1978) quando ele afirma que não é possível escrever bem quando não se sabe exatamente o que se pretende escrever.
2 – Fichamento
O fichamento é um processo utilizado para elaborar fichas de leitura na qual devem constar as informações mais relevantes de um texto lido. São anotações que servirão posteriormente para consulta, na elaboração do seu trabalho. Lembramos que fichamento não é um resumo, mas sim um apontamento das principais ideias contidas num artigo ou obra lida. 
É válido ressaltar que o fichamento, segundo Medeiros (1997, p. 93), é precedido por uma leitura que atenta para o texto. Assim teremos: fichas de comentário, citação direta, resumo e crítica/analítica. A diferença entre os vários tipos de fichas é só o seu texto. As fichas compreendem o cabeçalho, referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se encontra a obra. O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, se for utilizar mais de uma. Veja:
3 – Resumo
É a captação da ideia maior do texto, o ponto central. A norma NBR 6028:1990 define resumo como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Segundo Medeiros (1997, p. 142), resumo é "uma apresentação sucinta, compacta dos pontos mais importantes de um texto".
* NBR é uma abreviação adotada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Assim temos que N representa norma e BR brasileira.
4 – Resenha 
Para Andrade (1995, p. 60), apud Medeiros (1997, p.132), a resenha é um tipo de trabalho que “exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”. Logo, observamos a resenha com algumas condições estruturais: delimitação, análise textual, temática, interpretativa, problematização e síntese pessoal. Segundo Santos (2001), as partes essenciais de uma resenha são: identificação da obra (referência bibliográfica), credenciais do autor, conteúdo (resumo da obra/digesto), a crítica e a indicação do resenhista. A resenha não é um resumo. Medeiros afirma que enquanto o resumo não aceita o juízo valorativo, o comentário e a crítica à resenha exige esse elemento. 
Veja o exemplo de como estruturar uma resenha:
ATIVIDADES
1) Assista ao filme “A Rede Social” (David Fincher. EUA, 2010) e faça um resumo abordando os seus pontos principais. 
Link do filme: https://www.youtube.com/watch?v=bJ0hlm6MAz0 (Disponibilizado no grupo de Whatsapp da turma)
2) Faça um levantamento sobre à sua área de formação (Técnico em Administração) e aborde seus principais objetivos (conteúdos). 
3) Faça um resumo de no máximo 8 linhas do texto abaixo, neste não poderá conter trechos do texto.
A importância da comunicação no ambiente de trabalho
Não importa qual o ramo ou segmento de uma empresa, uma boa comunicação no ambiente de trabalho deve ser necessária para uma corporação se manter e prosperar no mercado competitivo atual. 
Segundo uma pesquisa realizada pelo Project Management Institute Brasil (PMI), as grandes empresas definem a comunicação no ambiente de trabalho como o principal motivo de fracasso de diversas atividades propostas. 
A comunicação é responsável por transmitir mensagens claras, com o objetivo de aprimorar a rotina de trabalho. A comunicação é uma ferramenta crucial em todas as suas faces, é por meio dela que procedemos uma boa avaliação de desempenho. 
Os seres humanos são altamente relacionáveis e, com isso, a comunicação se torna a base de todas as atividades. O homem sempre esteve em busca e maneiras de relacionar que fossem eficientes, e hoje não é diferente. Temos diversas formas de estabelecer relações pessoais e profissionais a fim de gerar compreensão e engajamento. 
No ambiente corporativo, as empresas precisam se adequar às gerações contemporâneas que possuem sua própria maneira de se comunicar e trabalhar. 
As novas tendências de mercado, e os avanços tecnológicos aumentaram a importância do domínio da comunicação no ambiente de trabalho, seja ela escrita, seja ela oral. Hoje o mercado está cada vez mais exigente. Assim, o profissional precisa sempre aprimorar a boa comunicação no ambiente de trabalho, fazendo cursos específicos como, por exemplo, falar em público, aprimoramento do conhecimento da Língua Portuguesa etc. 
Quanto mais envolvidos e bem informados os colaboradores estiverem, mais empenhados eles estarão para realizar as suas atividades. Contudo, o desenvolvimento de capacidades depende não só do canal utilizado para realizara comunicação, mas sim a forma de se expressar. 
O que muitos empreendedores ainda não perceberam é que muitas empresas não realizam, de fato, o processo de comunicação. Ao analisar o assunto, a justificativa para esses problemas está em pequenos erros de administração na implantação da comunicação, tais como: excesso de informação, falta de envolvimento e participação das pessoas, falhas na comunicação, desmotivação dos funcionários, pouco trabalho em equipe, dificuldade de personalizar mensagens para os diferentes níveis de funcionários e entre outros. 
Uma boa comunicação no ambiente de trabalho evita que informações sejam divulgadas de forma inadequada. Uma boa comunicação é elemento fundamental para o sucesso. Os profissionais não devem ter medo de expor suas ideias, apenas devem estar atentos para falar de forma a serem compreendidos, ou seja, de maneira objetiva e clara. 
4) Leia o texto abaixo:
Crítica: O dia em que a Terra parou
 
O remake O dia em que a Terra parou, filme estrelado por Keanu Reeves e com um orçamento de US$ 80 milhões, é um prato cheio para os aficionados da ficção científica. O primeiro O dia em que a Terra parou, dirigido por Robert Wise, rodado em 1951, foi um apelo ao fim da Guerra Fria. O recente, dirigido por Scott Derrickson, um apelo ao desmatamento, guerras insanas, violência, etc. O que muitos [5] não sabem é que o filme foi baseado no conto Farewell to the Master, do escritor Harry Bates. Relevante no aspecto “conscientização”, mas infantil em outros. Os efeitos especiais são incríveis, e o gigante robô biológico Gort, que acompanha o alienígena Klaatu, mesmo sem pronunciar palavra e ficando estático quase todo o tempo, dá um show. O pequeno Jaden Smith, filho do ator Will Smith, fez boa interpretação, e tenho certeza do promissor sucesso. Mas, como apaixonado por FC [ficção científica], sou suspeito pra [10] falar deste gênero. Confesso que, em “longos” momentos, o filme foi parado: sem ação alguma. Já no termo da lógica: se realmente existirem alienígenas, será que se preocupariam com o nosso planeta? Por quê? Acredito que não. O universo pode ter milhões de outros planetas habitados, segundo o consagrado doutor em cosmologia e físico teórico Stephen Hawking. Por que se interessariam em salvar justamente o nosso? [15] No filme, o alienígena Klaatu, diferente do que parece, não tem boas intenções com os seres humanos. Sua única intenção é salvar o planeta Terra de nós, que o estamos destruindo aos poucos, o que não deixa de ser verdade. Interessante, com menos ação e violência que Guerra dos mundos, mas igualmente impactante.
Recomendo.
Ademir Pascale www.cranik.com 
O texto oferece ao leitor informações sobre o filme filtradas pelo autor e somadas às suas avaliações pessoais. Esse recurso linguístico, próprio das resenhas, está mais bem exemplificado em:
a) O remake O dia em que a Terra parou, filme estrelado por Keanu Reeves e com um orçamento de US$ 80 milhões, é um prato cheio para os aficionados da ficção científica. (1. 1-2)
b) O que muitos não sabem é que o filme foi baseado no conto Farewell to the Master, do escritor Harry Bates. (¢. 4-5)
c) Mas, como apaixonado por FC [ficção científica], sou suspeito pra falar deste gênero. (1 9-10)
d) O universo pode ter milhões de outros planetas habitados, segundo o consagrado doutor em cosmologia e físico teórico Stephen Hawking. (1. 12-13)
AULA 04 – COERÊNCIA E COESÃO
1 – Introdução
Escrever, para muitos, nunca foi fácil, e isso é evidente quando somos convidados a produzir um texto escrito. Escrever é dar sentido as ideias, organizando-as. Mas como organizá-las de forma que a mensagem seja compreendida pelo receptor? Existem alguns mecanismos que nos ajudam a relacionar as ideias de forma que elas sejam claras e objetivas. A coerência e a coesão são dois desses mecanismos. Vamos conhecê-los
2 – Coerência
A coerência significa a ligação lógica e harmoniosa da linguagem, ou seja, o sentido do texto deve estar claro e ordenado. Na produção de um texto coerente, deve-se considerar também o público a que se destina a mensagem e o gênero textual que será utilizado como instrumento para transmiti-la. As ideias, os argumentos utilizados em um texto coerente, não podem se contradizer.
3 – Coesão
Produzir um texto coeso significa organizar as ideias, de forma que haja concordância, relação entre os diversos elementos que constituem um texto. Dentre os mecanismos de coesão, podemos citar: concordância verbal e nominal, regência verbal, colocação pronominal, retomadas por pronomes ou sinônimos, conexão oracional etc. Assim, escrever de forma coesa é atentar aos detalhes de um texto, articular as partes que o compõem, tornando-o compreensivo ao receptor.
Vejamos dois exemplos:
	Texto coeso:
 Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra (BELLEZI, 2007).
Texto coerente:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora? 
(Carlos Drummond de Andrade)
	
Observe como ao longo das estrofes há uma sucessão lógica de fatos que nos dão a exata ideia do processo de desagregação social do qual José é vítima. A esse enquadramento dá-se o nome de coerência textual. Assim, a consistência das ideias apresentadas é fator fundamental para garantir um texto coerente. Logo, produzir um texto coeso e coerente é dar sentido a ele, é fazê-lo significar a mensagem que se deseja transmitir. 
Dessa forma, ao produzir textos coesos, devemos observar se há sentido entre as ideias do texto e se essas mesmas ideias não se contradizem. Devemos atentar para não repetirmos questões já abordadas anteriormente, ou seja, devemos evitar repetição de ideias e termos. 
Observe o exemplo: “Hoje dezoito anos. Como uma data pode mudar tanto a vida de uma pessoa, apesar de que quando a situação aperta pedimos conselhos aos nossos tutores” (ROCCO, 1981, p. 60).
Assim, podemos perceber que, um texto, muitas vezes, apresenta-se sem coerência devido à falta de planejamento em sua elaboração.
Um bom exercício é, como emissores e produtores de texto, nos colocarmos no lugar do receptor e perceber se a mensagem transmitida foi ou é compreensível.
4 – Resumo
Nessa aula observamos que os mecanismos de coerência e coesão textual são importantes, uma vez que ao produzir textos de forma clara e ordenada, você evita ambiguidades, conseguindo atingir os objetivos do seu texto e alcançando o seu leitor.
ATIVIDADES
1) No trecho de texto seguinte, identifique e explique as incoerências: 
Havia, em uma galáxia distante, um planeta chamado "Paz". Tudo era tranquilo, todos se amavam e se respeitavam. Nas guerras, o vencedor era quem distribuía mais amor e carinho. Lá existiam no vocabulário das pessoas palavras como "por favor", "desculpe-me" e "muito obrigado". Não existiam drogas, porém não havia mortes e disputas entre gangues (Texto inspirado em redação escolar).
2) Os textos seguintes apresentam problemas relacionados à falta de coesão decorrente do mau uso de expedientes linguísticos. Nosso objetivo com a proposta de análise desses textos é que você mesmo verifique se consegue detectar e resolver os problemas.Esse tipo de análise pode contribuir para que você fique mais atento ao uso adequado dos recursos coesivos quando for escrever textos diversos.
a) O povo está desanimado. Eles não suportam mais tantos escândalos políticos. 
b) O homem o qual me referi chama-se Clemente.
c) A criança que falei dela tem apenas cinco anos. 
d) A nova proposta de reforma educacional trará benefícios à população carente, onde os jovens mais pobres finalmente terão acesso a uma escola de qualidade. 
e) Ele chegou ao Brasil em 1920. Em 1925, ele regressou à Itália para rever os familiares.
3) O conteúdo do segmento textual seguinte é incompreensível. Tente identificar e explicar o problema que causa a incompreensão. 
Os brasileiros que estão indignados com os últimos escândalos políticos, que, juntamente com os tantos outros já ocorridos, são motivo de vergonha para o país, que, por sinal, vive à mercê de interesses escusos desde sua colonização.
AULA 05 – INTERPRETAÇÃO E INTELECÇÃO TEXTUAL
1 - Introdução
No decorrer de nossa trajetória escolar, da mesma forma que fomos convidados a produzir textos, também o fomos para interpretá-los. E a concepção de interpretação textual que embasava os exercícios propostos em muitos casos era ou é errônea. Na maioria das vezes, fomos ensinados que interpretar é descobrir o que o emissor/autor do texto quis ou quer dizer, e as atividades para alcançarmos essa proposta de aula propunham a mera transcrição de dados do texto para um questionário. Quem nunca realizou uma interpretação de texto cujos questionamentos eram “Quem é o autor do texto”? “O que o autor quis dizer no texto”? As respostas a esses questionamentos muitas vezes não correspondiam ao que realmente é interpretar um texto.
2 – Interpretação
Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis dizer, mas estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto. Cabe ao receptor levantar os implícitos e pressupostos da mensagem, sempre ancorado no texto.
3 – Intelecção
A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em relação à mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o emissor expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o receptor deve descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não concordando com as ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que essa não era a ideia principal do texto, simplesmente porque o receptor não é favorável a tais ideias. Assim, a intelecção não admite o uso de termos como “o autor quis dizer”, mas sim de termos que demonstrem, afirmem o que realmente está explícito na mensagem/texto/ discurso.
 No processo de leitura, é importante que haja interação entre o emissor e o receptor da mensagem, mediada pelo texto, de modo que haja compreensão e interpretação da mensagem.
4 – Resumo
Nessa aula vimos que o processo de intelecção significa perceber o que de fato o emissor/autor expôs. Já a interpretação não é mera decodificação, mas levantamento de hipóteses a partir, também, de elementos extratextuais, o contexto de produção, o diálogo com outros textos etc.
ATIVIDADES
1) Leia o fragmento do poema de Manuel Bandeira, “Evocação do Recife”, e em seguida realize a intelecção do mesmo, ou seja, demonstre, afirme o que Manuel Bandeira explicitou nesse trecho do poema.
A vida não me chegava pelos jornais nem
pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do
povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do
Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.
2) Leia o texto abaixo:
Brasil, um país de não-leitores
O brasileiro lê em média 1,8 livro não-escolar por ano. Várias iniciativas estão sendo tomadas para melhorar a situação. O governo lançou, em 13 de março, um programa nacional de incentivo à leitura que visa criar bibliotecas, financiar editoras, estimular projetos de formação de professores, entre outras coisas. No Brasil, já existem ONGs dedicadas a isso e, ultimamente, até as novelas de TV têm mostrado personagens lendo. Um dos problemas é que os livros são caros, devido às baixas tiragens. Outro é cultural: nunca se criou o hábito da leitura, e o sucesso do rádio, desde os anos 1930, e o da TV, desde os anos 1950, contribuíram para isso. 
Internet: <www.opiniaoenoticia.com.br/interna> (com adaptações).
De acordo com o texto, o governo lançou um programa de incentivo à leitura porque
a) os livros, no Brasil, apesar das baixas tiragens, são caros. 
b) o Estado deve, além de distribuir livros didáticos à população pobre, assegurar-lhe acesso à literatura brasileira. 
c) levantamentos demonstraram que o hábito de leitura é pouco cultivado no Brasil. 
d) os apelos dos meios de comunicação audiovisuais fomentam o desinteresse das crianças pela leitura.
AULA 06 - LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS DA ÁREA PROFISSIONAL
Nessa aula faremos a leitura e interpretação de textos/artigos relacionados à área de Administração:
artigo 1 - A autonomia profissional como estratégia de motivação.
A palavra “autonomia” de acordo com o dicionário Aurélio significa direito ao livre-arbítrio que faz com que qualquer indivíduo esteja apto para tomar suas próprias decisões. Para Kant, é uma faculdade do ser humano de se autogovernar de acordo com seus padrões de conduta moral sem que haja influência de outros aspectos exteriores.
A autonomia é um termo que traz contradições. Algumas pessoas dizem que a autonomia pode chegar ao egocentrismo, ao querer fazer tudo sozinho, sendo assim independente. Mas a autonomia torna a pessoa mais liberta e segura de si, um cidadão que busca aprender e escutar o que o outro tem a dizer/oferecer, para a partir daí organizar seus pensamentos e chegar a uma conclusão. A autonomia deve ser respeitada, como o pensador Paulo Freire (1996) mostra a seguir.
O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Precisamente porque éticos podemos desrespeitar a rigorosidade da ética e resvalar para a sua negação, por isso é imprescindível deixar claro que a possibilidade do desvio ético não pode receber outra designação senão a de transgressão. (FREIRE, 1996, p. 25)
Como uma realidade a ser respeitada, a autonomia é um direito de cada pessoa e não deve ser restrita. É uma busca por conhecimento de si mesmo e ação perante os outros.
É comum ao analisar uma situação com a qual não se concorda, ficar observando, porém com vários pensamentos e ainda assim nada fazer. Mas e se isso acontecesse no ambiente de trabalho e sem uma autoridade maior presente na empresa? Certamente dependeria que certo profissional avaliasse com os demais para assim tomar uma atitude sensata. Infelizmente não é o que acontece em todos os casos.
Muitas pessoas têm uma “trava” emocional que os impossibilita de agir em momentos de tensão por se sentirem pressionadas. Alguns perdem a voz, preferem não opinar até que o superior chegue e dê sua decisão; outros escutam o que um colega tem a dizer e simplesmente aceitam, causando assim um ciclo de hierarquia em que somente quem possui os maiores cargos pode tomar alguma decisão sem colaboração dos demais, independente da situação.
O funcionário sem atitude causa desconforto ao cliente e certas vezes à equipe. Isso faz com que ele receba o título de oprimido. Como diz Freire (1987).
Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela práxis de sua busca; pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela. Luta que, pela finalidade que lhe derem os oprimidos, será um ato de amor, com o qual se oporão ao desamor contido na violência dos opressores, até mesmo quando esta se revista da falsa generosidade referida. (FREIRE, 1987 p. 17)
Um cidadão que procurou aprendero necessário para seu trabalho, que estudou para isso, e que também conhece a cultura organizacional da empresa, sabe ouvir e respeitar opiniões alheias. Sim, esse cidadão também merece expor seu conhecimento, sua opinião, tomar partido de uma situação quando necessário e permitido, colaborando dessa forma em seu ambiente de trabalho e ficando bem consigo mesmo naquela sensação de dever cumprido.
Esse profissional consegue demonstrar suas capacidades em benefício do próximo, solucionando um problema imediato na empresa em que trabalha, ou adiando uma preocupação que não precisa ser resolvida naquele momento. Ele acaba se destacando de uma forma boa, como funcionário que observou, alertou, conversou, ouviu, e assim ganhou a confiança dos demais presentes. Esse profissional se destaca por ter características de um bom líder, de uma pessoa com autonomia.
Segundo Idalberto Chiavenato (1999):
Podemos definir liderança como a uma influência interpessoal exercida numa situação dirigida através do processo de comunicação humana com objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança são, portanto, quatro: a influência, a situação, o processo de comunicação e os objetivos a alcançar. (CHIAVENATO, 1999, p. 558)
Dessa forma é mais fácil não se sentir menosprezado ou oprimido pela maioria, fazendo a diferença e demonstrando-se importante.
Assim, podemos dizer que, para Kant, a autonomia é a vontade própria. É governar-se por si mesmo. É a escolha racional e emocional. É a escolha que não leva em conta as consequências externas e imediatas dos atos e nem as regras, por pura prudência, inclinação, interesse ou conformidade. (CHRISTINO, 1997, p. 73)
Sobre as questões emocionais e racionais, é necessário agir com cautela e sensatez a cada tomada de decisão para não infringir objetivos da empresa. E lembrar-se sempre de que não está sozinho, mas agindo também por outras pessoas para um bem comum da organização, exercendo a liderança.
Assim como diz Gonçalvez (2007),
Agir com autonomia exige visão de interdependência entre os diversos profissionais com quem trabalha; respeito ao próximo; reconhecimento de seus próprios limites; lealdade na competição; atitude de arcar com as consequências de suas ações, positivas ou não; e autocrítica permanente. (GONÇALVEZ, 2007).
E na vida? Fora do ambiente de trabalho? A pessoa que tem autonomia e organiza ações para concluir seus objetivos muitas das vezes tem melhor desempenho e satisfação em comparação àquela pessoa que somente guarda pensamentos e cumpre ordens sem sequer pensar ou questionar.
Na vida seria da mesma forma. A pessoa que está bem consigo expõe melhor seu pensamento, demonstra sua forma de agir, e produz atos que podem transformar seu cotidiano ou seu futuro para melhor. Esse é o fato, a segurança, pois é ela que traz a autonomia.
Segundo Freire (1996):
Há um sinal dos tempos, entre outros, que me assusta: a insistência com que, em nome da democracia, da liberdade e da eficácia, se vem asfixiando a própria liberdade e, por extensão, a criatividade e o gosto da aventura do espírito. A liberdade de mover-nos, de arriscar-nos vem sendo submetida a uma certa padronização de fórmulas, de maneiras de ser, em relação às quais somos avaliados. É claro que já não se trata de asfixia truculentamente realizada pelo rei despótico sobre seus súditos, pelo senhor feudal sobre seus vassalos, pelo colonizador sobre os colonizados, pelo dono da fábrica sobre seus operários, pelo Estado autoritário sobre os cidadãos, mas pelo poder invisível da domesticação alienante que alcança a eficiência extraordinária no que venho chamando “burocratização da mente”. (FREIRE, 1996, p.43)
O ser crítico e reflexivo ajuda quando possível, seja no ambiente de trabalho, com amigos ou outro lugar. O ser autônomo já não é mais considerado oprimido, pois ele anseia por mudanças e melhorias, e não deixa o mundo lhe “massacrar” com egoísmos, egocentrismos e opressão.
A autonomia também engloba a comunicação que é necessária no ambiente de trabalho. O funcionário que consegue comunicar-se bem e passar suas informações e pensamentos adiante quando necessário, melhora o ciclo de qualidade de vida e convivência no trabalho, melhorando também a si mesmo.
Já no sentido oposto, o funcionário que não tem autonomia e comunicação acaba gerando a desmotivação no ambiente de trabalho.
A autonomia ajuda a pessoa a conviver melhor no ambiente de trabalho, dar sua opinião, mesmo que seja necessário pedir orientação. Assim vai se desenvolvendo, conquistando seu lugar no mundo e sentindo toda importância que possa ter. É importante não “passar por cima” de ninguém, sempre respeitar a todos manter uma boa comunicação, eficiência e comprometimento.
Figura 1. Ponto RH: Desmotivação do trabalho, o que fazer?
Fonte: Disponível em: <https://www.pontorh.com.br/desmotivacao-trabalho-fazer/>. Acesso em 10 jun. 2021.
ATIVIDADES
1) Para você o que é possuir autonomia?
2) Porque ter autonomia na vida e no trabalho é importante?
3) Explique a afirmação: “As pessoas têm muito mais a oferecer do que aparentam” e relacione com o conteúdo do artigo.
4) Quais os motivos que levam funcionários de grandes empresas a serem reclusos/oprimidos?
5) Por quê a falta de autonomia causa desmotivação no ambiente de trabalho?
ARTIGO 2 - CLIMA ORGANIZACIONAL COMO PRINCIPAL PILAR DA ORGANIZAÇÃO
O clima organizacional é um elemento que não pode ser criado pela organização no seu sentido literal, é algo que já está presente, vivo e atuante nela. Representam as características das relações sociais entre os indivíduos em seu ambiente de trabalho. É uma variável que interfere diretamente na produtividade das pessoas nas organizações.
A presença de um clima organizacional harmonioso é de essencial importância para qualquer empresa. Um profissional motivado e satisfeito irá realizar seu trabalho de forma prazerosa, com qualidade, com economia de tempo e recursos financeiros gerando uma maior produtividade e inovação.
Além de diminuir conflitos e melhorar o relacionamento interpessoal, favorece a comunicação e o desenvolvimento organizacional, trazendo benefícios para todos os públicos envolvidos. Dessa forma o colaborador contribui significativamente para o crescimento, expansão e sobrevivência da empresa no qual está inserida.
A melhor forma de medir o clima organizacional de uma empresa é através da Pesquisa de Clima Organizacional. Esse tipo de abordagem procura reunir conhecimentos sobre aspectos psicológicos que abrange o ambiente de trabalho dos indivíduos e sua respectiva sensação neste contexto. É através do estudo de clima que se pode avaliar o estágio de satisfação ou insatisfação, as expectativas, o interesse, as necessidades e todas as outras variáveis que cercam o desempenho de uma equipe de trabalho.
A motivação é uma das variáveis mais abordadas no ambiente organizacional, e está ligada diretamente à satisfação das necessidades humanas. A motivação envolve sentimentos de realização e de reconhecimento profissional, manifestado por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho (Ribeiro,1994).
A gestão do clima organizacional é um desafio para as empresas, mas também é estruturalmente a base mais sólida que pode ser implementada para a busca dos melhores resultados. No instante em que a organização fixa como meta a busca da melhoria contínua do clima organizacional, este ponto se propaga em várias direções da gestão e pode ser à base de sustentação da melhoria dos resultados da confiabilidade dos processos e equipamentos, os quais irão gerar um número cada vez maior de micro atitudes e micro resultados, por parte dos colaboradores, inter-relacionados aos resultados de cada equipe e conjuntamente poderão modificar o resultado global da organização.
O estudo sobre o clima organizacional é imprescindível para a formulação de estratégias e para a competitividade das organizações, sendo de grande importância que o setor de RH esteja bem qualificado, conscientedo foco da organização fazendo com que o mesmo se torne seu. Através do conhecimento gerado é possível motivar o comportamento desejável ao ambiente interno e adquirir vantagens no mercado.
ATIVIDADES
1) O que compreende o clima organizacional de uma organização?
2) Porquê a presença de um clima organizacional harmonioso é de fundamental importância para a empresa?
3) Quais os benefícios o clima organizacional pode proporcionar a organização?
4) Porquê a gestão do clima organizacional é um desafio para as empresas?
AULA 07 – NÍVEIS DE LINGUAGEM
A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal, visual, auditiva etc. Damos o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita. Em decorrência do caráter bastante individual da língua, é necessário destacar algumas modalidades:
· NORMA CULTA: é aquela utilizada em situações formais, principalmente na escrita – mais planejada e bem elaborada. Caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuidado maior com o vocabulário, obediência às regras estabelecidas pela Gramática, organização rigorosa das orações e dos períodos etc. Confira no texto abaixo:
“(...) O mais forte e apreciável motivo para um estudo dos assuntos humanos é a curiosidade. Este é um dos traços distintivos da natureza humana. Ao que parece, nenhum ser humano é dele totalmente destituído, apesar de seu grau de intensidade variar enormemente de indivíduo para indivíduo. No campo dos assuntos humanos, a curiosidade nos leva a buscar uma óptica panorâmica, através da qual se possa chegar a uma visão da realidade, tão inteligível quanto possível para a mente humana.”
 Arnold TOYNBEE. Um estudo da história. Brasília: EdUnB. 1987. Pág. 47. (com adaptações).
· LINGUAGEM COLOQUIAL: é adotada em situações informais ou familiares. Caracteriza-se pela espontaneidade, já que não existe uma preocupação com as normas estabelecidas (aceita o uso de gírias e de palavras não dicionarizadas). Embora seja uma linguagem informal, não é necessariamente inculta, pois a desobediência a certas normas gramaticais se deve à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. É facilmente encontrada na correspondência pessoal (Whatsapp, mensagem de texto, e-mail etc.), na literatura, histórias em quadrinhos, nos jornais e revistas. Veja o exemplo:
Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo
· LINGUAGEM TÉCNICA: é utilizada por alguns profissionais (policiais, vendedores, advogados, economistas etc.) no exercício de suas atividades. Exemplo:
“Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou comando mal digitados”. 
Revista PC World, ago/2007. p. 98
OBS.: Não se deve confundir vocabulário técnico com jargão (modalidade coloquial).
· LITERÁRIA (artística): tem finalidade expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo). Observe:
“O céu jogava tinas de água sobre o noturno que
me devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para
as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos
óculos menineiros de um grupo negro.
Sentaram-me num automóvel de pêsames”.
 Memórias Sentimentais de João Miramar. Oswald de Andrade
ATIVIDADES
1) A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:
a) fará uso da linguagem metafórica
b) apresentará elementos não verbais
c) utilizará o registro informal
d) evidenciará a norma padrão
e) fará uso de gírias
2) Nas orações a seguir, as expressões coloquiais sublinhadas podem ser substituídas por sinônimas:
I – “... e beijava tudo que era mulher que passava dando sopa.”
II – “... que o Papa de araque...”
III – “... numa homenagem também aos salgueirenses, que no Carnaval de 1967, entraram pelo cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões:
a) descuidando, falso, deram-se mal;
b) reclamando, falso, obstruíram-se;
c) descuidando, esperto, saíram vitoriosos;
d) reclamando, falso, deram-se mal;
e) descuidando, esperto, obstruíram-se;
3) Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui!
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz!
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
4) Reelabore o diálogo abaixo, usando o nível formal (norma culta):
– O meu, vê se não me deixa numa furada. Essa de pagar mico toda hora já tá me azucrinando todo e mais, no arrasta-pé das minas lá no morro, não vai aprontar pra cima de mim.
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