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Resumo cap 1 e 2 - Ergonomia Itiro Iida

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Anderson Rodrigues 4148506-8
ERGONOMIA: PROJETO E PRODUÇÃO - ITIRO IIDA
CAPÍTULO 1
Ergonomia é o estudo de adaptação do trabalho ao homem. A ergonomia tem uma visão que abrange atividades de planejamento e projeto, que ocorrem antes do trabalho ser realizado, e aqueles de controle e avaliação, que ocorrem durante e após esse trabalho. Tudo isso é necessário para que o trabalho possa atingir os resultados desejados. A ergonomia inicia-se com o estudo das características do trabalhador para, depois, projetar o trabalho que ele consegue executar, preservando a sua saúde.
Diversas associações nacionais de ergonomia apresentam as suas próprias definições. " Os praticantes da ergonomia são chamados de ergonomistas e realizam o planejamento, projeto e avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas, tornando-os compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Ergonomia Física: Características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física.
Ergonomia Cognitiva: Ocupa-se dos processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora, relacionados com as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.
Ergonomia Organizacional: Ocupa-se da otimização dos sistemas sociotécnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, políticas e processos. Portanto, a ergonomia estuda tanto as condições prévias como as consequências do trabalho e as interações que ocorrem entre o homem, máquina e ambiente durante a realização desse trabalho.
A ergonomia estuda os diversos fatores que influem no desempenho do sistema produtivo e procura reduzir as suas consequências nocivas sobre o trabalhador.
A saúde do trabalhador é mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas.
A segurança é conseguida com os projetos do posto de trabalho, ambiente e organização do trabalho, que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador.
A satisfação é o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador.
A eficiência é a consequência de um bom planejamento e organização do trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador.
O termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus, substituindo antigas denominações como fisiologia do trabalho e psicologia do trabalho. 
No Brasil, a Associação Brasileira de Ergonomia - Abergo, foi fundada em 1983. Antes disso, tinha-se realizado, no Rio de Janeiro, o I Seminário Brasileiro de Ergonomia, em 1974, quando diversos pesquisadores brasileiros apresentaram os seus trabalhos.
Em 1961 fundou-se a Associação Internacional de Ergonomia, que agrega, hoje, as associações de ergonomia dos diversos países.
O trabalho prescrito pela gerência nem sempre considerava as condições reais onde o trabalho era executado e nem as características individuais do trabalhador. Os trabalhadores achavam que isso os oprimia.
O taylorismo atribuía a baixa produtividade à tendência de vadiagem dos trabalhadores, e os acidentes de trabalho à negligência deles. Há uma série de fatores ligados ao projeto de máquinas e equipamentos, ao ambiente físico , ao relacionamento humano e diversos fatores organizacionais que podem ter uma forte influência sobre o desempenho do trabalho humano.
Mas estas se incluem entre os trabalhadores de menor renda e aqueles de temperamento individualista, que são mal vistos e isolados pelos próprios colegas. Outros serão motivados por fatores diversos como a autorrealização, coleguismo, justiça, respeito e reconhecimento do trabalho que realizam.
Mayo pretendia investigar a influência dos níveis de iluminamento sobre a produtividade. Para isso, preparou uma sala, onde um grupo de trabalhadores foi colocado sob observação contínua. À medida que o nível de iluminamento na sala foi aumentando, a produtividade do grupo também subiu. Porém, surpreendentemente, a produtividade continuou a subir. Nesse caso, o aumento da produtividade não seria explicado apenas pelos fatores físicos. Os trabalhadores foram alvo de atenção especial e, sabendo que estavam sendo observados, sentiam-se valorizados e ficaram motivados a produzir cada vez mais.
A contribuição da ergonomia classifica-se em concepção, correção, conscientização (Wisner, 1987) e participação.
A ergonomia de concepção ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante o projeto do produto, da máquina, ambiente ou sistema. Esta é a melhor situação, pois as alternativas poderão ser amplamente examinadas, mas também se exige maior conhecimento e experiência.
A ergonomia de correção é aplicada em situações reais, já existentes, para resolver problemas que se refletem na segurança, fadiga excessiva, doenças do trabalhador ou quantidade e qualidade da produção. Muitas vezes, a solução adotada não é completamente satisfatória, pois ela pode exigir custo elevado de implantação.
A ergonomia de conscientização procura capacitar os próprios trabalhadores para a identificação e correção dos problemas do dia-a-dia ou aqueles emergenciais. Muitas vezes, os problemas ergonômicos não são completamente solucionados; nem na fase de concepção e nem na fase de correção. Portanto, é importante conscientizar o operador, através de cursos de treinamento e periódicas reciclagens, ensinando-o a trabalhar de forma segura, reconhecendo os fatores de risco que podem surgir, a qualquer momento, no ambiente de trabalho.
A ergonomia de participação procura envolver o próprio usuário do sistema, na solução de problemas ergonômicos. Esse princípio é baseado na crença de que eles possuem um conhecimento prático, cujos detalhes podem passar desapercebidos ao analista ou projetista.
A análise dos postos de trabalho é o estudo de uma parte do sistema onde atua um trabalhador. A abordagem ergonômica ao nível do posto de trabalho faz a análise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e das suas exigências físicas e cognitivas.
Atualmente, poucos trabalhadores dependem da força física, mas principalmente dos aspectos cognitivos. A cognição refere-se ao processo de aquisição, armazenamento e uso dos conhecimentos para o trabalho.
Numa situação ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde as etapas iniciais do projeto de uma máquina, sistema, ambiente ou local de trabalho.
A ergonomia contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e a qualidade das operações industriais. O aperfeiçoamento do sistema homem-máquina-ambiente pode ocorrer tanto na fase de projeto de máquinas, equipamentos e postos de trabalho, como na introdução de modificações em sistemas já existentes. Uma segunda categoria de atuação da ergonomia está relacionada com os aspectos organizacionais do trabalho, procurando reduzir a fadiga, a monotonia, e a falta de motivação provocada pela pouca participação dele nas decisões sobre o seu próprio trabalho.
Em terceiro lugar, a melhoria é feita pela análise das condições ambientais de trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, gases tóxicos e iluminação.
A análise do custo/benefício indica de um lado, o investimento necessário para implementar um projeto ou uma recomendação ergonômica, representado pelos custos de elaboração do projeto, aquisição de máquinas, materiais e equipamentos, treinamento de pessoas e queda de produtividade durante o período de implantação.
Na área de ergonomia, o risco de investimento pode ser provocado principalmente pelo avanço tecnológico, que promove mudanças substanciais na natureza do trabalho, a ponto de extinguir certas tarefas e cargos.
CAPÍTULO 2
Em um sistema, nem sempre o conjunto das soluções subótimas dos subsistemas leva à solução ótima do sistema. As subotimizações ocorrem frequentemente no sistema homem-máquina-ambiente. Se cada equipe procurar otimizar a sua parte, serão produzidas diversas soluções sub-ótimas. Entretanto, quando essas soluções subótimas forem conjugadas entre si, dentro do sistema global, não significa necessariamente que a solução resultante sejaótima.
A subotimização ocorre frequentemente devido à consideração errônea da fronteira do sistema. Ou seja, a solução ótima é procurada dentro de um espaço limitado, inferior ao do sistema, ou por julgamentos errados sobre a verdadeira fronteira do sistema.
As atividades preliminares à pesquisa são muito importantes, pois, se forem bem elaboradas, poderão proporcionar economia de tempo, esforço e dinheiro.
A primeira providência necessária, antes de iniciar uma pesquisa, é definir o seu objetivo. Os objetivos devem ser definidos claramente de forma operacional.
O levantamento do “estado da arte” destina-se a verificar tudo aquilo que já se conhece sobre o assunto, tendo dois objetivos básicos. Em primeiro lugar, para saber se a pesquisa ou projeto pretendido ainda não foi realizado. Em segundo, para dar suporte à pesquisa ou projeto.
Dada a enorme quantidade de informações científicas e tecnológicas hoje disponíveis, é bem possível que já haja informações prontas sobre aquilo que se pretende pesquisar.
Método de pesquisa é um procedimento ou caminho utilizado pelo pesquisador para estabelecer a relação entre causa e efeito. O método é composto de uma série de etapas, partido de uma hipótese para se chegar ao resultado da pesquisa, confirmando ou rejeitando essa hipótese. Assim, pode manipular as variáveis independentes de acordo com o plano experimental, para assegurar que os dados sejam adequadamente colhidos.
Os experimentos de campo servem para verificar o comportamento do projeto nas condições reais de uso. São feitos ainda em condições controladas, para sanar eventuais problemas, antes que o sistema seja colocado em uso efetivo.
Uma pesquisa em ergonomia geralmente consiste em estabelecer relações entre determinadas variáveis. As variáveis usadas em ergonomia geralmente referem-se ao homem, à máquina, ao ambiente ou ao sistema.
Variáveis independentes ou de entrada são aquelas que podem ser deliberadamente manipuladas, para verificar como influem no desempenho de um sistema.
Ao contrário das variáveis independentes, que podem ser arbitrariamente escolhidas, aquelas dependentes nem sempre são facilmente determinadas, pois dependem do tipo de interação entre os elementos que compõem o sistema e os resultados que ele provocará. Na ergonomia, a maioria das variáveis dependentes recaem no tempo, em erros ou em algum tipo de consequência fisiológica ou psicológica.
Existem diversas técnicas experimentais para se saber até que ponto as variáveis independentes estão influenciando os resultados do experimento.
O grupo controle é aquele que não é submetido às variáveis independentes do experimento. Ele é mantido em condições semelhantes ao do grupo experimental, exceto na incidência das variáveis independentes. Se os resultados forem semelhantes para os dois grupos, pode-se supor que essas variáveis não tiveram influência nos resultados e estas foram devidos a algum outro fator não-controlado.
Um experimento de laboratório, para ser bem sucedido, precisa isolar os fatores estranhos ou, em outras palavras, eliminar todas as fontes de ruídos, que tendem a mascarar os verdadeiros efeitos pretendidos.
Cada pessoa que participa de um experimento tem atitudes e expectativas próprias. Uma forma importante para controlar as atitudes e expectativas é pela instrução correta passada aos sujeitos, de modo que os objetivos e os procedimentos fiquem claramente estabelecidos, para eliminar qualquer tipo de suposições ou mal-entendidos. O importante, nesse caso, é que todos os sujeitos tenham o mesmo grau de motivação. Geralmente, para reduzir as diferenças motivacionais, recomenda-se que os sujeitos sejam estimulados positivamente.
Os sujeitos fazem parte da sociedade e o contato entre eles ou deles com o pesquisador podem influir nos resultados. Por exemplo, a presença ou ausência do pesquisador na sala de experiência pode influir no desempenho dos sujeitos.
Em ergonomia, certos experimentos podem ser direcionados para determinados tipos de pessoas que possuam características semelhantes ao dos futuros usuários do sistema ou produto que se quer desenvolver.
A técnica da amostragem consiste em selecionar um número limitado de sujeitos que participarão do experimento, reproduzindo, da melhor forma possível, as características presentes do universo que eles representam.
Na amostragem aleatória, os sujeitos são escolhidos ao acaso.
A amostragem estratificada é semelhante à aleatória, mas é feita de acordo com uma classificação prévia dos sujeitos e certas características que poderão influir nos resultados.
No tipo anterior, todos os estratos comparecem com igual número de sujeitos. Entretanto, quando houver um conhecimento prévio da predominância relativa de algum estrato sobre o outro, a amostra pode ser feita proporcionalmente ao aparecimento dessas características na população; está é a amostragem proporcional estratificada.
O tamanho da amostra, ou seja, a quantidade de sujeitos a serem utilizados no experimento depende de dois fatores. Em primeiro lugar, depende da variabilidade da variável que se quer medir. Quanto maior for a dispersão das medidas, maior deverá ser o tamanho da amostra e vice-versa. Em segundo lugar, depende da precisão que se deseja nas medidas.
Análise da demanda:
Demanda é a descrição de um problema ou uma situação problemática, que justifique a necessidade de uma ação ergonômica. A análise da demanda procura entender a natureza e a dimensão dos problemas apresentados.
Análise da tarefa:
Tarefa é um conjunto de objetivos prescritos, que os trabalhadores devem cumprir. Ela corresponde a um planejamento do trabalho e pode estar contida em documentos formais, como a descrição de cargos.
Análise da atividade:
Atividade refere-se ao comportamento do trabalhador, na realização de uma tarefa. Ela resulta de um processo de adaptação e regulação entre os vários fatores envolvidos no trabalho. Os fatores internos localizam-se no próprio trabalhador e são caracterizados pela sua formação, experiência, idade, sexo e outros, além de sua disposição momentânea, como motivação, vigilância, sono e fadiga.
Formulação do diagnóstico:
O diagnóstico procura descobrir as causas que provocam o problema descrito na demanda. Refere-se aos diversos fatores, relacionados ao trabalho e à empresa, que influem na atividade de trabalho.
Recomendações ergonômicas:
As recomendações referem-se às providências que deverão ser tomadas para resolver o problema diagnosticado. Essas recomendações devem ser claramente especificadas, descrevendo-se todas as etapas necessárias para resolver o problema.
Projeto participativo:
O projeto participativo é um caso particular da ergonomia participativa, aplicado ao design de novos produtos ou redesign de produtos existentes. Se houver algum erro de concepção, a sua correção fica mais difícil, pois o projeto já se encontra em estado adiantado. No projeto participativo, o usuário é envolvido desde a etapa inicial. Assim, não há uma separação entre o projeto e a sua avaliação.

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