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Histórico da Saúde Pública Professora: Thaiana de Lima Pamplona E-mail: Thaiana.Pamplona@esmac.com.br Ananindeua - 2020 ❖Brasil Colonial ❖Brasil Império ❖Brasil República ▪Modelo do Sanitarismo Campanhista ▪Modelo médico-Assistencial Privatista ▪Reforma Sanitária e criação do SUS Brasil Colonial (1500 a 1822) • Não havia preocupação por parte de Portugal com a melhoria da saúde pública na colônia • Raros médicos com diploma • Curandeiros práticos, barbeiros, rezadeiras e boticários • No final do séc. XVIII, em todo o Brasil existiam 12 médicos formados Brasil Colonial (1500 a 1822) • O Brasil não tinha estrutura urbana definida • Sociedade escravagista • Não havia limpeza urbana ou saneamento básico Foi em 1604: As ordenações Filipinas (regiam as câmaras municipais e coloniais) – atribuiu às câmaras o zelo pela limpeza das cidades Brasil Colonial (1500 a 1822) • No séc. XVII a ação municipal dava importância ao Porto, pois era o ponto de contato com o exterior e de chegada de epidemias; • Varíola, malária, febre tifóide, sífilis, sarampo, hanseníase etc • A maioria dos doentes recebia tratamento em casa com curandeiros Brasil Colonial (1500 a 1822) ❑ 1808: Família Real chega ao Brasil: começa então uma mínima organização sanitária no Rio de Janeiro; ❑A Saúde Pública então nasce neste início do Séc. XIX ❑Implantação de escolas de medicina: Escolas de cirurgia da Bahia (1808) e Escola anatômica, cirúrgica e médica do Rio de Janeiro (1811) Brasil Colonial (1500 a 1822) Regulação da prática médica na colônia: • Fisicatura- Mor: órgão que regulava questões de saúde-cartorial, com alvarás e regimento; • Atribuições dos físicos-mor: controles das atividades exercidas por cirurgiões, barbeiros, sangradores, boticários, parteiras.. Eram responsáveis pelo comércio de medicamentos O físico-mor prescrevia medicamentos e o cirurgião-mor realizava intervenções cirúrgicas • 1828: As câmaras Municipais passaram a controlar e inspecionar a saúde pública, extinguindo os cargos de provedor-mor da saúde, de físico-mor e cirurgião-mor; • Não se associava a competência da atividade médica a um diploma oficial Brasil Império (1822 a 1889) • 1870: médicos são agentes oficias de cura. Barbeiros, sangradores, curandeiros e parteiras são agentes subalternos. • Final do séc. XIX: Precárias condições sanitárias nos centros urbanos e muitos surtos epidêmicos ✓Processo de urbanização e o crescimento populacional ✓Ausência de infraestrutura básica nas cidades ✓Ausência de conhecimentos adequados em Saúde Pública Brasil Império (1822 a 1889) • Assistência médico-hospitalar: entidades beneficentes e filantrópicas; As pessoas eram atendidas por instituições de caridade e religiosas como as Santas Casas de Misericórdia, Hospital da Beneficência Portuguesa ou médicos filantropos. Brasil Império (1822 a 1889) • Primeira república: 1889 a 1930 – Crise do modelo imperial escravagista/ Sanitarismo • Período Populista: 1930 a 1945 - Criação dos Institutos de Seguridade Social • Regime Militar: 1964 a 1984 – Modelo Assistencial privatista e previdenciário • República Nova: 1988 – Reforma Sanitária e criação do SUS. Brasil República • No contexto da segunda metade do séc. XIX: Revolução Industrial ✓Migração da população rural para centros urbanos em formação: desenvolvimento de surtos epidêmicos • Escassez relativa de trabalhadores: preservar os trabalhadores ativos e atrair mais força de trabalho com políticas governamentais Brasil República • Rio de Janeiro: cidade de ruas sujas, saneamento precário e focos de doenças (febre amarela, varíola, tuberculose...) ✓Necessidade de controle dos portos brasileiros ✓“Túmulo dos Estrangeiros” Brasil República O sanitarismo Campanhista • As políticas públicas de saúde do brasil estão diretamente relacionadas ao modelo econômico da época – Modelo agroexportador em risco • A saúde pública vira efetiva prioridade do governo para enfrentar o risco à economia ✓Esse modelo predominou até o início da década de 1960: Realização de campanhas sanitárias ao combate de epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola. Oswaldo Cruz – Médico Sanitarista • Marcou a história como o pioneiro em campanhas sanitárias de combate às epidemias no Brasil; • Vacinação compulsória: com o apoio do presidente Rodrigues Alves, montou uma estratégia sanitarista obrigando a população a se vacinar ✓Campanha contra a peste bubônica: bem sucedida – vacinação e combate aos ratos; Oswaldo Cruz ✓Campanha contra a peste bubônica: bem sucedida – vacinação e combate aos ratos; ✓Combate ao mosquito da febre amarela 1903 – 1908: invasão de casas, interdição de construções antigas, demolição (“bota abaixo”). Revolta da Vacina Levante popular que ocorreu entre 12 a 16 de Novembro de 1904, no Rio de Janeiro ✓Oposição ao governo, tendo como alvo Dr. Oswaldo Cruz “general da brigada mata- mosquitos” ✓Agitação nas ruas contra vacinas obrigatórias Combate às epidemias • A revolta da vacina foi debelada, e a cidade remodelada: ✓Abertura de avenidas largas e construção de prédios mais modernos • Brigadas sanitárias cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos Modelo Médico- Assistencial Privatista • Implementado no período da Industrialização brasileira (1920) ✓Atender as necessidades de saúde dos trabalhadores (operários das fábricas) para evitar prejuízos econômicos ✓Previdenciário: Assistência médico- hospitalar para trabalhadores urbanos e industriais na forma de seguro saúde/previdência Modelo Médico-Assistencial Privatista • Caixas de aposentadorias e pensões (CAPs): ➢Organizada pelos trabalhadores das indústrias, ferrovias e bancos; ➢Benefícios: filiados e dependentes (assistência médica com contrato contribuitivo); • Década de 1930: o recém-criado Ministério do Trabalho organizou as CAPs em INSTITUTO de aposentadorias e pensões (IAPs) – Caráter Nacional com participação direta do Estado. Modelo Médico-Assistencial Privatista Década de 1970: ➢O governo unifica o sistema previdenciário e incorpora a assistência médica – que já era oferecida pelos institutos de previdência ➢Contratos e convênios com hospitais privados, pagando pelos serviços prestados aos usuários do INPS ➢Em 1978: o aumento da população, da arrecadação e ampliação do sistema de CAPs levou à Criação do Instituto Nacional de Assistência médica e Previdência Social (INAMPS) O Cenário.. • O modelo assistencial privatista passou a ser favorecido • O modelo campanhista perde espaço no cenário político e no orçamentos público • O orçamento passa a privilegiar a assistência médico-curativa, comprometendo a prevenção e o controle das epidemias O Cenário.. • As ações de saúde pública, vigilância epidemiológica e promoção de saneamento não estavam entre as ações do modelo previdenciário • Os tratamentos médicos faziam do hospital o centro do processo (hospitalocêntrico) • Medicina curativa Reforma Sanitária • Fim da década de 1970: O movimento sanitário brasileiro surge com um conjunto de forças sociais e de intelectuais que se articulam com as forças políticas mobilizadas em prol do processo de democratização do país dos anos 70. ✓Atenção à saúde como um direito de todos e dever do Estado e com participação social. 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde 1988 – Constituição Federal
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