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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E CITOPATOLÓGICO É caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância. Etiologia: O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. Fatores de risco: · Menarca precoce; · Condição sócio econômica mais baixa; · Parceiros sexuais promíscuos; · Relação sexual com homens não-circuncisados; · Relação sexual sem proteção; · História de múltiplos parceiros sexuais; · Tabagismo; · Estado imunodeprimido; · Infecção pelo HIV; · Uso de anticoncepcionais orais; · Infecção pelo HPV; · Filhas de mulheres que tomaram dietilestibestrol (DES); · Infecção crônica por clamídia ou herpes genital; Manifestações clínicas: · Sangramento vaginal após a relação sexual; · Desconforto vaginal; · Corrimento fétido; · Disúria; · Algumas mulheres não apresentam sintomas; · Em estádio avançado: dor pélvica, lombar ou nas pernas, perda de peso, anorexia, fraqueza e fadiga, e fraturas ósseas. · Pode invadir os tecidos, incluindo as glândulas linfáticas anteriores ao sacro; · Com o progresso frequentemente produz anemias extremas, usualmente acompanhadas por febre. Classificavam-se em três graus: Neoplasia intraepitelial escamosa → NIC I, NIC II, NIC III; CARCINOMA INVASIVO DO COLO DO ÚTERO · É um tumor maligno que se instala no colo do útero; · Pode ser detectado nos estádios iniciais, através da adoção de programas de rastreamento. Alguns cuidado importantes: · Colocar a lâmina no recipiente adequado e com a solução fixadora; · Não sobrepor células; · Limpeza leve do colo para a coleta; · Usar o corante adequado para a preparação da leitura; · Não deixar o material exposto a calor DURANTE a coleta; · Leitura do diagnóstico adequado. Adequabilidade da Amostra: · INSATISFATÓRIA · Material acelular ou hipocelular · Leitura prejudicada por presença de: sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular. · SATISFATÓRIA · Células escamosas; · Células glandulares; · Células metaplásicas Diagnóstico: · Anamnese - Deve ser dirigida principalmente aos fatores de risco e aos sinais e sintomas relacionados ao câncer. · Exame físico - Deve incluir palpação do fígado, regiões supraclaviculares e inguinais para excluir metástases quando se estiver diante de doença localmente avançada. · Exame specular · Citologia oncótica - É o principal método de rastreamento do câncer cervical; Tecido necrótico, sangramento e células inflamatórias podem prejudicar a visualização de células neoplásicas.A taxa de falso negativo da citologia pode ultrapassar 50%. Assim, um esfregaço negativo em uma paciente sintomática nunca deve ser considerado como resultado definitivo. Resultado de Citologia: Tratamento - O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. · A cirurgia e o tratamento com radiação (intracavitária e externa) são usados com maior frequência; · Quimioterapia PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA O CÂNCER CERVICAL · Histerectomia total: retirada do útero, colo e ovários; · Histerectomia radical: retirada do útero, anexos, vagina proximal e linfonodos bilaterais através da incisão abdominal; · Histerectomia vaginal radical: retirada vaginal do útero, anexos e vagina proximal; · Linfadenectomia pélvica bilateral: retirada dos linfonodos e vasos linfáticos ilíacos comuns, Ilíacos externos, hipogástricos e obturador; · Exenteração pélvica: retirada dos órgãos pélvicos, incluindo a bexiga ou reto e linfonodos pélvicos, e construção de um conduto de desvio, colostomia e vagina. ESTRATÉGIAS DE CAPTAÇÃO DO PSF · Massificar a importância da realização do exame citopatológico do colo do útero; · Identificar as pacientes de alto risco e incluí-las no programa de prevenção; · Realização de exames complementares; · Encaminhamentos adequados.
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