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216477230420_PROC_PENAL_AULA_03

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Princípio da territorialidade 
 
 Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
 I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
 II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos 
com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade; 
 III - os processos da competência da Justiça Militar; 
 IV - os processos da competência do tribunal especial; 
 V - os processos por crimes de imprensa. 
 Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis 
especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
• Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (aprovada pelo Decreto Legislativo 103/64 e promulgada 
pelo Decreto 56.435/65) 
 
• Convenção de Viena sobre Relações 
Consulares (aprovada pelo Decreto 
Legislativo 106/67 e promulgada pelo 
Decreto 61.078/67) 
 
• Tribunal Penal Internacional (Estatuto 
de Roma – promulgado pelo Decreto 
4.388/2002) 
Art. 5º, § 4º, CF → “O Brasil se submete à 
jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão” 
 
 
 
 
 
 
 
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Artigo 5o 
 
Crimes da Competência do Tribunal 
 
A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional 
no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes 
crimes: 
 a) O crime de genocídio; 
 b) Crimes contra a humanidade; 
 c) Crimes de guerra; 
 d) O crime de agressão. 
 
Artigo 89 
Entrega de Pessoas ao Tribunal 
1. O Tribunal poderá dirigir um pedido de detenção e entrega de uma pessoa, instruído com os documentos 
comprovativos referidos no artigo 91, a qualquer Estado em cujo território essa pessoa se possa encontrar, 
e solicitar a cooperação desse Estado na detenção e entrega da pessoa em causa. Os Estados Partes darão 
satisfação aos pedidos de detenção e de entrega em conformidade com o presente Capítulo e com os 
procedimentos previstos nos respectivos direitos internos. 
 
Art. 5º, LI, CF - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma 
da lei; 
 
CF, art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem 
como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral 
da União nos crimes de responsabilidade; 
 
 
 
• Crimes de competência originária dos Tribunais (STF e STJ) → Lei 8.038/90 
• Infrações de menor potencial ofensivo → Lei 9.099/95 
• Lei de Drogas → Lei 11.343/06 
• Crimes Falimentares → Lei 11.101/05 
• Estatuto do Idoso → Lei 10.741/03, art. 94 
• Lei Maria da Penha → Lei 11.340/06 
 
CP, art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
I - os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, 
de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
II – os crimes: 
 
 
 
 
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a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em 
território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
 
1) Aplicação da lei processual penal brasileira em território nullius; 
2) Existência de autorização de um determinado país para que o ato processual seja praticado em seu 
território de acordo com a lei processual penal brasileira; 
3) Se houver território ocupado em tempo de guerra. 
 
Lei processual penal no tempo 
 
CF, art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
CP, art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
 
 
CPP, art. 2
o
 A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a 
vigência da lei anterior. 
 
→ lei nova é aplicada imediatamente ao restante do processo 
→ atos processuais praticados sob a vigência da lei anterior são válidos 
→ sistema do isolamento dos atos processuais 
 
 
 
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE 
 
Lei de Introdução ao Código de Processo Penal (Decreto-lei 3.931/41) 
→ Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei 
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal. 
Ex. 1: O prazo para recorrer é de 10 dias. No 9º dia, entra em vigor nova lei, fixando o prazo em 15 dias. 
 
 
 
 
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Ex. 2: O prazo para recorrer é de 10 dias. No 9º dia, entra em vigor nova lei, fixando o prazo em 5 dias. 
 
NORMAS PROCESSUAIS MATERIAIS, MISTAS OU HÍBRIDAS 
 
→ Natureza penal e processual penal (conteúdo misto) 
 
Normas processuais puras – cuidam de procedimentos, atos do processo ou técnicas processuais 
 
Normas processuais materiais – além de envolverem aspectos processuais, trazem reflexos na pretensão 
punitiva, atingem o direito de liberdade do réu (ex.: modificam causas de extinção da punibilidade – prescrição, 
decadência, renúncia, perempção -, modificam regras sobre prisão do réu etc.) 
 
→ Natureza penal e processual penal (conteúdo misto) 
 
Aplica-se a regra da imediatidade (processual) ou da irretroatividade (material)? 
 
Irretroatividade, salvo se benéfica 
CF, art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu 
 
PAULO QUEIROZ e ANTONIO VIERA → Sempre que a lei processual dispuser de modo mais favorável ao réu – 
v.g., passa a admitir a fiança, reduz o prazo de duração de prisão provisória, amplia a participação do advogado, 
aumenta os prazos de defesa, prevê novos recursos etc. – terá aplicação efetivamente retroativa. E aqui se diz 
retroativa advertindo-se que, nestes casos, não deverá haver tão somente a sua aplicação imediata, respeitando-
se os atos validamente praticados, mas até mesmo a renovação de determinados atos processuais, a depender da 
fase em que o processo se achar. 
 
Quando estivermos diante de normas meramente procedimentais, que não impliquem aumento ou diminuição de 
garantias, como sói ocorrer com regras que alteram tão só o processamento dos recursos, a forma de expedição 
ou cumprimento de cartas rogatórias etc. –, terão aplicação imediata (CPP, art. 2o), incidindo a regra geral, 
porquanto deverão alcançar o processo no estado em que se encontra e respeitar os atos validamente praticados. 
 
A) Art. 366 (redação anterior) – “O processo seguirá à revelia do acusado que, citado inicialmente ou intimado para 
qualquer ato do processo, deixar de comparecer sem motivo justificado”. 
 
Art. 366 (redação dada pela Lei 9.271/1996) - “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinara 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312”. 
 
 
 
STF: “(...) Citação por edital e revelia: L. 9.271/96: aplicação no tempo. Firme, na jurisprudência do Tribunal, que a 
suspensão do processo e a suspensão do curso da prescrição são incindíveis no contexto do novo art. 366 CPP (cf. 
L. 9.271/96), de tal modo que a impossibilidade de aplicar-se retroativamente a relativa à prescrição, por seu caráter 
penal, impede a aplicação imediata da outra, malgrado o seu caráter processual, aos feitos em curso quando do 
advento da lei nova. Precedentes. (...)”. (STF, 1ª Turma, HC 83.864/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 20/04/2004, 
DJ 21/05/2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) Lei 9.099/95 
 
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos processos penais cuja instrução já estiver iniciada. 
 
STF: “O art. 90 da lei 9.099/1995 determina que as disposições da lei dos Juizados Especiais não são aplicáveis 
aos processos penais nos quais a fase de instrução já tenha sido iniciada. Em se tratando de normas de natureza 
processual, a exceção estabelecida por lei à regra geral contida no art. 2º do CPP não padece de vício de 
inconstitucionalidade. Contudo, as normas de direito penal que tenham conteúdo mais benéfico aos réus devem 
retroagir para beneficiá-los, à luz do que determina o art. 5º, XL da Constituição federal. Interpretação conforme ao 
art. 90 da Lei 9.099/1995 para excluir de sua abrangência as normas de direito penal mais favoráveis ao réus 
contidas nessa lei” (ADI 1719/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Pleno, j. 18/06/2007, v.u.). 
 
B.1) Composição civil dos danos 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença 
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à 
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
 
B.2) Transação penal 
Art. 76 - Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de 
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser 
especificada na proposta. 
 
B.3) Suspensão condicional do processo 
Art. 89 - Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, 
o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde 
que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais 
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena” (culpabilidade, antecedentes, conduta social e 
personalidade do agente, motivos e circunstâncias autorizam a concessão do benefício) 
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
 
B.4) Passou a exigir representação nos crimes de lesão corporal leve e culposa 
Art. 88 - Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal 
relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas”. 
 
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal pública, o ofendido 
ou seu representante legal será intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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C) Prisão preventiva 
 
 
 
D) Acordo de não persecução penal 
 Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a 
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério 
Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: 
 I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; 
 II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou 
proveito do crime; 
 III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada 
ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do 
Código Penal; 
 IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, 
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo 
delito; ou 
 V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e 
compatível com a infração penal imputada 
 § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de 
punibilidade. 
 
O ANPP deve ser aplicado somente para os crimes praticados a partir da Lei 13.964/2019 ou para os processos em 
andamento? 
 
Enunciado 20 do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União 
(CNPG) e do Grupo Nacional de Coordenadores de Centro de Apoio Criminal (GNCCRIM): 
 
“Cabe acordo de não persecução penal para fatos ocorridos antes da vigência da Lei n. 13.964/19, desde 
que não recebida a denúncia”. 
 
 
 
 
 
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2ª Turma do STF confirma decisão do STJ que rejeitou recurso interposto pelo casal Nardoni 
 
 Com base no princípio fundamental de que a recorribilidade se rege pela lei em vigor na data em que a 
decisão foi publicada, decidiu-se que: 
- se lei nova vier a prever recurso antes inexistente, após o julgamento realizado, a decisão permanece 
irrecorrível, mesmo que ainda não tenha decorrido o prazo para a interposição do novo recurso; 
- se lei nova vier a suprimir ou abolir recurso existente antes da prolação da sentença, não há falar em direito 
ao exercício do recurso revogado. 
- se a modificação ou alteração legislativa vier a ocorrer na data da decisão, a recorribilidade subsiste pela lei 
anterior. 
(RE 752988. j. 10/12/2013 – INFO 732) 
 
Execução provisória 
 
Réu solto 
 
 
 
 
 
 
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Júri 
 Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: 
 I – no caso de condenação: 
 e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos 
da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, 
determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo 
do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; 
 § 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de que trata 
a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual 
competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação. 
 
 
 
Réu praticou o delito antes da Lei 13.964/2019 e, após essa data, foi condenado no Tribunal do Júri a pena 
igual ou superior a 15 anos. Aplica-se, desde logo, a Lei 13.964/2019 (execução provisória da pena? 
 
 
 
Réu praticou crime hediondo com resultado morte antes da Lei 13.964/2019 e está cumprindo pena após o 
advento dessa Lei. Terá direito à saída temporária? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NORMAS HETEROTÓPICAS 
 
CP, art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido 
pode pedir explicações em juízo. 
 
→ Direito ao silêncio assegurado ao acusado em seu interrogatório (art. 186 do CPP) 
→ Normas gerais quetratam da competência da Justiça Federal (art. 109 da CF) 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
 
CPP, art. 3
o
 A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: 
 
Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação (...) 
 
Art. 185, § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá 
realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão 
de sons e imagens em tempo real (...) 
 
 
 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 
Aplicação subsidiária do CPC 
CPC, art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as 
disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. 
 
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro 
(LINDB) 
 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
Etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A respeito da lei processual penal no tempo, considere: 
 
I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a vigência da lei anterior. 
II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos que se iniciarem durante 
a sua vigência. 
III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver disposição em contrário. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) I 
B) I e II 
C) I e III 
D) II e III 
E) III 
 
 
(FCC - TJ-SE - Juiz Substituto) 
A lei processual penal, 
 
A) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar o réu. 
B) não admite aplicação analógica, mas admite interpretação extensiva. 
C) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. 
D) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
E) admite interpretação extensiva, mas não o suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
 
(FCC - TJ-PE - Juiz Substituto) 
Antonio está sendo processado pela prática do delito de furto qualificado. É correto dizer que, caso haja 
mudança nas normas que regulamentam o procedimento comum ordinário, 
 
A) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, se concluída a fase de instrução. 
B) a nova lei apenas se aplica se benéfica ao acusado. 
C) os atos praticados sob a vigência da lei anterior são válidos. 
D) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, apenas se ainda não recebida a denúncia contra 
Antonio. 
E) os atos praticados sob a vigência da lei anterior precisam ser ratificados, caso contrário não serão considerados 
válidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBRIGADO!!! 
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