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DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 60 DICAS MATADORAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO (Instagram: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Queridos amigos e futuros colegas de profissão, É CHEGADA A HORA! Passados cerca de dois meses, vocês se esforçaram e se dedicaram, renunciaram a prazeres da vida para atingir esse sonho. Vocês estão aqui e podem conseguir esse objetivo, basta acreditar no seu projeto de vida. Como sempre disse a vocês, o segredo da aprovação e ́ uma boa revisão. Logo, preparei algumas dicas especiais, querendo ajudar vocês ao máximo. Lembrem-se de que esse objetivo e ́ seu e que você ̂ se preparou para isso. Não ha ́ concorrentes, não ha ́ qualquer obstáculo além de você ̂. Basta ter confiança e acreditar, que a aprovação com certeza vira ́! Vamos juntos! Prof. Marcílio Ferreira Filho NÃO DEIXE DE SEGUIR O NOSSO INSTAGRAM E ENVIAR FEEDBACK SOBRE O NOSSO MATERIAL Insta: @marciliosff E-mail: contato@marcilioferreira.com DICA 01 (Princípios administrativos) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA: Cuidado com o princípio da autotutela!! Autotutela significa CONTROLE pela própria Administração pública, que pode ser em face de atos ilegais (ANULAÇÃO) ou atos inconvenientes e inoportunos (REVOGAÇÃO). Súmula 473-STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá- los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. NÃO ESQUEÇA: Anulação Ilegalidade Retrospectivos Ex tunc Revogação Conveniência e oportunidade Prospectivos Ex nunc *Prazo decadencial de 5 anos em relação a terceiros de boa-fé, conforme art. 54 da Lei 9.784/99. DICA 02 (Princípios administrativos) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO TCU: Os Tribunais de Contas exercem função administrativa e, por isso, devem observar o princípio do contraditório e ampla defesa em seus feitos. Há, no entanto, uma exceção para o caso da “a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão”. Súmula Vinculante 3: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” ATENÇÃO: Tema 445/RG - obrigatoriedade de o TCU observar os princípios do contraditório e da ampla defesa no exame da legalidade de atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões, após o decurso do prazo de cinco anos (RE 636553 RG). DICA 03 (Princípios administrativos) PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA DEVOLUÇÃO DE VERBAS RECEBIDAS DE BOA-FÉ: “É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais.”. Resumo: O servidor público que recebe verba paga pelo Estado de maneira indevida, desde que esteja de boa-fé, não é obrigado a devolvê-la. DICA 04 (Princípios administrativos) PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: O art. 37, §1º, da CF/88 representa uma hipótese de princípio da impessoalidade: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. CUIDADO: Embora o dispositivo inicie com a palavra “publicidade”, o princípio aqui é da impessoalidade. As publicidades realizadas pelo Estado devem ser impessoais, não caracterizando promoção pessoal dos agentes públicos. DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com DICA 05 (Princípios administrativos) PUBLICIDADE E SIGILO: Conforme o art. 5º, XXXIII da CF/88: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. ATENÇÃO: A decretação de sigilo é possível quando preenchido o requisito de ser imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Nessa hipótese, conforme art. 24, §1º, da Lei 12.527 (Lei de Acesso à Informação), o sigilo poderá ser classificado como ultrassecreto (25 anos); Secreto (15 (quinze) anos); e reservado (5 anos). DICA 06 (Princípios administrativos) NEPOTISMO: “Súmula Vinculante 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” A vedação ao nepotismo não depende de lei ordinária para a sua aplicação, que decorre diretamente dos princípios consagrados na CRFB/88, conforme o Art. 37, caput, da CRFB/88 e da Súmula Vinculante nº 13, do STF, notadamente os da isonomia, moralidade e eficiência. A vedação ao nepotismo não se aplica à investidura de servidores por efeito de aprovação em regular concurso público, sob pena de violar o disposto no Art. 37, inciso II, da CRFB/88. DICA 07 (Organização administrativa) ESPECIALIDADE: A Administração Pública se rege pelo princípio da especialidade, devendo criar órgãos e entidades para atingir o interesse público. Não esquecer que a diferença entre órgão e entidade está na PERSONALIDADE JURÍDICA: ÓRGÃO Não tem personalidade jurídica ex: Ministérios, Secretarias, Departamentos Etc.) ENTIDADE Possui personalidade ex: Administração Direta e Indireta) jurídica *ATENÇÃO: - Na Criação de Órgão, fala-se em desCOncentração. - Na Criação de Entidade (tem personalidade jurídica), fala-se em desCEntralização. DICA 08 (Organização administrativa) INSTRUMENTO DE CRIAÇÃO DE ENTIDADES: As entidades possuem personalidade jurídica. São as que compõem a Administração Pública Direta (União, Estados, DF e Municípios) e Indireta (Autarquias, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas). A forma de criação das indiretas varia conforme a personalidade jurídica: AUTARQUIAS Lei CRIA autarquias SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Lei AUTORIZA a criação. EMPRESAS PÚBLICAS Lei AUTORIZA a criação. FUNDAÇÕES Se de Dir. Público, a lei CRIA a fundação. Se de Dir. Privado, a lei AUTORIZA a criação da fundação. DICA 09 (Terceiro Setor) PRESTAÇÃO DE CONTAS: O terceiro setor se constitui de pessoas jurídicasde direito privado que NÃO integram a Administração Pública. Porém, ao receber verbas públicas mediante instrumentos (convênios, contratos de gestão, termos de parceria etc.), precisam prestar contas. *Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária (CF, art. 70, parágrafo único). DICA 10 (Poderes Administrativos) PODER DE POLÍCIA: O Poder de Polícia, como regra, é dotado de autoexecutoriedade, ou seja, pode ser executado independentemente de autorização do judiciário. Exceção: Nos casos de MULTA, não se pode executar imediatamente, pois há necessidade de execução judicial para penhorar e alienar os bens do devedor. DICA 11 (Poderes Administrativos) DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com PRESCRIÇÃO DO PODER PUNITIVO DO ESTADO: A Lei 9.873/99 prevê o prazo de prescrição do exercício do poder de polícia: “Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.” ATENÇÃO: O prazo de prescrição intercorrente do processo administrativo é diferente (3 anos). Conforme art. 1º, p.ú. da Lei 9.873/99: “Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.” DICA 12 (Poderes Administrativos) DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO: O poder hierárquico está intrinsecamente ligado à possibilidade de utilizar dos instrumentos da delegação e avocação, que são diferentes: - Delegação: O superior hierárquico ou de mesmo nível transfere o exercício da competência para outro. ATENÇÃO: “Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.” - Avocação: O superior hierárquico (apenas) pega para si a competência que é do seu subordinado. ATENÇÃO: A avocação demanda “caráter excepcional e motivos relevantes devidamente justificados” (Lei 9.784/99, art. 15). DICA 13 (Poderes Administrativos) PODER REGULAMENTAR: A Administração Pública pode criar atos normativos infra legais (atos normativos secundários), que estão abaixo da lei, visando regulamentá-la, por exemplo, através de decreto, Cuidado com a distinção entre regulamento AUTÔNOMO e EXECUTIVO Regulamento EXECUTIVO visa dar mera execução à lei já existente, sem criar direitos ou obrigações novas (CF, art. 84, IV) Regulamento AUTÔNOMO cria direitos e obrigações não previstos em lei e, portanto, é vedado no direito brasileiro em virtude do princípio da legalidade (CF, art. 5º, II). Exceção para a hipótese do art. 84, VI. DICA 14 (Responsabilidade civil extracontratual) PRESCRIÇÃO E AÇÃO REGRESSIVA: A responsabilidade civil do Estado é regida pela teoria do risco administrativo (responsabilidade objetiva – CF, art. 37, §6º, prazo prescricional de 5 anos – Decreto 20.910 + Lei 9.494), mas o agente público causador do dano só deve responder de forma regressiva, em casos de dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva). *A ação regressiva é de ajuizamento OBRIGATÓRIO, dado o princípio da indisponibilidade do interesse público, possuindo prazo prescricional de 3 anos. DICA 15 (Responsabilidade civil extracontratual) RESPONSABILIDADE ESTATAL EM CASO DE MORTE EM PRESÍDIO: Entende-se que, na morte de presidiário, o Estado responde em virtude da teoria do risco assumido (risco suscitado). Nessas hipóteses, a responsabilidade é objetiva (conduta, dano e nexo de causalidade). DICA 16 (Responsabilidade civil extracontratual) RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LÍCITO: A responsabilidade do Estado pela prática de ato lícito assenta no princípio da isonomia, ou seja, na igualdade entre os cidadãos na repartição de encargos impostos em razão do interesse público. Assim, quando for necessário o sacrifício de um direito em prol do interesse da coletividade, tal sacrifício não pode ser suportado por um único sujeito, devendo ser repartido entre toda a coletividade Em resumo, o Estado pode responder por atos ILICITOS ou mesmo por atos LÍCITOS, desde que haja comprovação de um dano ANORMAL e ESPECÍFICO. DICA 17 (Atos administrativos) ELEMENTOS DO ATO: Os elementos do ato administrativo são CO.FI.FO.M.OB: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Lembrar: todo ato administrativo possui MOTIVO (pressupostos de fato e de direito do ato), mas nem todo administrativo possui MOTIVAÇÃO (indicação/exposição do motivo). ATENÇÃO MÁXIMA!!!! Teoria dos motivos determinantes: a MOTIVAÇÃO do ato deverá ser verdadeira, sob pena de nulidade. Mesmo que não seja necessária a MOTIVAÇÃO, mas se ela for feita, o MOTIVO declarado deverá corresponder à verdade, sob pena de nulidade. DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com DICA 18 (Atos administrativos) EXTINÇÃO DOS ATOS: Além da anulação e revogação, os atos administrativos podem ser extintos por três formas: Cassação ocorre quando o ato é legal, mas o destinatário DESCUMPRE REQUISITOS para seu gozo. Caducidade ocorre quando o ato é legal, mas uma LEI SUPERVENIENTE passa a proibi- lo. Contraposição ocorre quando o ato é legal, mas um novo administrativo CONTRAPOSTO é editado, impedindo o seu cumprimento. DICA 19 (Atos administrativos) PRAZO DECADENCIAL PARA EXERCÍCIO DA AUTOTUTELA: “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má- fé”. (Lei 9.784, art. 54) ATENÇÃO: Se o beneficiário não estiver de boa-fé, o prazo de 5 anos não tem incidência. DICA 20 (Atos administrativos) RESTRIÇÃO À DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: Embora a delegação de competências seja possível no ordenamento jurídico, existem matérias que não podem ser delegadas: Lei 9.784/99: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. DICA 21 (Licitações) ME E EPP NAS LICITAÇÕES: As ME e EPP’s possuem direitos especiais em sede de licitações, sem que isso viole a isonomia. O fomento ás ME’s e EPP’s possui previsão constitucional (CF, art. 179). Alguns benefícios: (a) Procedimento licitatório exclusivo quando não ultrapassar R$ 80.000,00 (LC 123, art. 48, II); (b) Exigência de subcontratação de ME e EPP por empresas vencedoras de licitações (LC 123, art. 48, II); (c) Cota específica em certames de bens de natureza divisível (LC 123, art. 48, III); (d) Empate fictício (LC 123, art. 44); (e) Prazo distintivo para apresentar documentos de habilitação (LC 123, art. 43).DICA 22 (Licitações) MODALIDADES DE LICITAÇÃO: Existem 6 modalidades de licitações (concorrência, tomada de preços e convite, em razão do valor; concurso, leilão e pregão, em razão do objeto). Nas modalidades em razão do valor, sempre que couber convite (valores mais baixos), caberá concorrência (mais altos) e tomada de preços (intermediários). Sempre que couber tomada de preços (intermeditários), cabe concorrência (valores mais altos) ATENÇÃO: Não é possível fracionar o objeto a ser licitado para fazer uma modalidade mais simples (ex: Dividir 10 objetos em R$ 80.000,00 para fazer a modalidade convite). Isso é o que se chama de fracionamento do objeto, que poderá ocorrer, mas deverá observar a modalidade mais rígida. DICA 23 (Licitações) MITIGAÇÃO DA REVOGAÇÃO NO ÂMBITO DA LICITAÇÃO: “A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.” (8.666, art. 49) Resumo: Embora a autotutela permita à Administração Pública revogar seu atos inconvenientes e inoportunos, a revogação de uma licitação só pode ocorrer que houver: (i) fato superveniente; e (ii) comprovação pertinente e suficiente para justificar tal conduta. DICA 24 (Licitações) PREGÃO: No direito brasileiro, existem 6 (seis) modalidades de licitação: - Em razão do valor: Concorrência, tomada de preços e convite. - Em razão do objeto: Concurso, leilão e pregão. O pregão foi inovação trazida pela Lei 10.520/02 e é fixada em razão do objeto, ou seja, é possível utilizar o pregão sempre que estivermos diante de um bem ou serviço comum, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR da contratação. “Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado” (Lei 10.520, art. 1º, parágrafo único). DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com ATENÇÃO: O pregão possui alguns benefícios que são cobrados em prova, portanto, tenha atenção. Alguns deles: 1. Inversão da fase de habilitação e julgamento; 2. Inversão da fase de homologação e adjudicação; 3. Possibilidade de utilização da modalidade eletrônica; 4. Recurso administrativo único; 5. Sessão de lances. DICA 25 (Licitações) INVERSÃO DA FASE DE HABILITAÇÃO E JULGAMENTO EM LICITAÇÕES PARA CONCESSÕES: Além do pregão, é possível a inversão da fase de habilitação e julgamento em sede de licitação para concessões comuns (Lei 8.987, art. 18-A) e concessões em PPP (Lei 11.079, art. 13). DICA 26 (Licitações) CONTRATAÇÃO DIRETA: A Administração Pública pode contratar sem licitação (contratação direta), através de 2 (duas) principais modalidades: dispensa de licitação e inexigibilidade de licitação. Dispensa de licitação (Lei 8.666/93, art. 24): Hipóteses discricionárias, através da qual o Administrador poderá fazer ou não a licitação em decorrência de uma autorização legal. Rol TAXATIVO! (ex: dispensa em razão do baixo valor da contratação). Inexigibilidade de licitação (Lei 8.666/93, art. 25): Hipóteses em que a licitação é inviável, uma vez que não há competição. O rol é EXEMPLIFICATIVO! (ex: fornecedor único). ATENÇÃO: Nas duas situações, é necessário justificar o preço da contratação, pois a autorização para não licitar não significa autorização para superfaturar. DICA 27 (Contratos administrativos) EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO: Em virtude do princípio da continuidade dos serviços públicos, aquele que contrata com o Estado é obrigado a permanecer até 90 dias cumprindo o contrato, mesmo que a Administração Pública não efetue os pagamentos mensais. Isso é o que se chama de exceção do contrato não cumprido, que só pode ser alegada após 90 dias. *Após os 90 dias, o contratado pode suspender a execução do contrato, mas deverá ajuizar uma ação para ver rescindido o contrato administrativo, caso queira. DICA 28 (Contratos administrativos) ARBITRAGEM NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A arbitragem, como forma alternativa de resolução de conflitos entre contratante e contratada, pode ser aplicada à Administração Pública se houver previsão em lei, como no caso da concessão de serviço público (Lei 8987, art. 23-A) e na PPP (Lei 11.079, art. 11, III). DICA 29 (Contratos administrativos) NULIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO E VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA: A Lei 8.666/93 prevê, em seu art. 59, p.ú., a impossibilidade o dever de pagamento pelos serviços já prestados pelo contratado, mesmo nas hipóteses em que o contrato administrativo seja considerado nulo. Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. DICA 30 (Contratos administrativos) CONTRATO ADMINISTRATIVO VERBAL: O contrato administrativo verbal é exceção, cabível apenas em até R$ 4.000,00, que não resulte em obrigações futuras. (Lei 8.666, art. 60, parágrafo único). DICA 31 (Contratos administrativos e TCU) TRIBUNAL DE CONTAS E CONTRATO ADMINISTRATIVO: “No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.” (art. 71, p. 1) “Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.” (p. 2) Resumo: Mesmo que haja uma irregularidade, o TCU, como regra, não pode determinar a suspensão de contratos administrativos, uma vez que se trata de competência do Congresso Nacional. Deverá, no entanto, tomar providências caso o Congresso Nacional ou Poder Executivo não faça nada dentro de 90 dias. DICA 32 (Serviços públicos) PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (Lei 11.079): A parceria público privada é uma forma subsidiária de concessão de serviço público, ou seja, só cabe quando preenchidos os seus três requisitos: 1) Valor mínimo: R$ 10 milhões *Atenção: O valor foi reduzido de 20 para 10 milhões pela Lei 13.529/2017. 2) Vigência contratual: 5 a 35 anos 3) Não pode ter como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com obra pública. (do contrário, teríamos mera contratação da Lei 8.666) DICA 33 (Serviços Públicos) PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (Lei 11.079): Diferentemente das concessões comuns, na parceria público privada, há SEMPRE contribuição do parceiro público (ou seja, há sempre transferência de veba pública para a empresa privada). Não esquecer a diferença: 1) Concessão PATROCINADA: Verba Pública + TARIFA 2) Concessão ADMINISTRATIVA:100% de Verba Pública DICA 34 (Servidores públicos) CONCURSO PÚBLICO: O concurso público é regra constitucional (CF, art. 37, II), sem o qual não é possível acessar um cargo público. Atenção à SV 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. *Apesar disso, existem formas de provimento derivadas autorizadas (reintegração, reversão, readaptação, recondução, promoção e aproveitamento). **ATENÇÃO: STF – o aprovado no concurso público dentro do número de vagas previstas no Edital possui direito subjetivo à nomeação. O aprovado em cadastro de reserva possui mera expectativa de direito. DICA 35 (Servidores públicos) AUMENTO REMUNERATÓRIO: O aumento da remuneração dos servidores públicos só pode ocorrer mediante LEI, conforme art. 37, X, da CF. ATENÇÃO: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.” (Súmula vinculante 37) DICA 36 (Servidores públicos) SINDICALIZAÇÃO: O servidor público tem direito à greve e à sindicalização, conforme art. 37, VI e VII. ATENÇÃO1: Apesar de haver o direito à sindicalização, é vedada a realização de acordo coletivo para aumento de remuneração sem previsão em lei. ATENÇÃO2: Apesar de o direito de greve ser uma norma constitucional de eficácia limitada, o STF vem garantindo o seu exercício com base na lei de greve privada. DICA 37 (Servidores públicos) EXAME PSICOTÉCNICO EM CONCURSO PÚBLICO: “Súmula Vinculante 44 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.” DICA 38 (Servidores públicos) LIMITE DE IDADE EM CONCURSO PÚBLICO: Tema 646/RG: "o estabelecimento de limite de idade para inscrição em concurso público apenas é legítimo quando justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido." (ARE 678112 ) Súmula 14/STF: "Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público." Súmula 683/STF: “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7, XXX, da Constituição quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”” DICA 39 (Servidores públicos) TATUAGEM EM CONCURSOS PÚBLICOS: Tema 626/RG: "editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais." (RE 898450) DICA 40 (Servidores Públicos) TETO CONSTITUCIONAL: O pagamento de vencimentos ou subsídios deve observar o teto de pagamento do funcionalismo. É importante que você saiba que existe um teto geral e 2 (dois) subtetos: Teto geral: Ministro do STF 1ºSubteto: No âmbito Estadual, ninguém recebe mais do que o Governador no Poder Executivo; do que o Desembargador do TJ no Poder Judiciário; e do que o Deputado Estadual no legislativo. 2ºSubteto: No âmbito Municipal, ninguém recebe mais do que o prefeito. ATENÇÃO: Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, o teto só precisa ser observado se estas entidades receberem verba pública para pagamento de despesas em geral ou custeio de pessoal. *Conferir o art. 37, §9º, da CF/88. DICA 41 DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com (Servidores Públicos) VENCIMENTO X SUBSÍDIO: O sistema de pagamento dos servidores públicos se diferencia entre vencimento e subsídio: Sistema de vencimento Há o pagamento de um valor base (vencimento), somado a gratificações, adicionais e indenizações. O total é chamado de remuneração. Sistema de subsídio Pagamento de parcela única ao servidor público, vedado outros acréscimos. ATENÇÃO1: Cuidado com o sistema de subsídio! Embora haja vedação a outros acréscimos, a jurisprudência entende como cabível o pagamento de direitos constitucionais (ex: 13º salário, 1/3 de férias), bem como as indenizações (ex: auxílios e diárias). ATENÇÃO2: Cuidado com o art. 39, §4º da CF/88: “O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI”. DICA 42 (Servidores Públicos) REGIME DISCIPLINAR: O Servidor Público responde em três esferas: administrativa, cível e criminal. As esferas de responsabilidade são INDEPENDENTES entre si, podendo resultar em condenação ou absolvição (princípio da independência das instâncias). EXCEÇÃO: No caso de absolvição penal por negativa do fato ou da autoria, as outras instâncias ficam vinculadas. DICA 43 (Servidores Públicos) ACUMULAÇÃO DE CARGOS/EMPREGOS: Art. 37, XVI: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; *ATENÇÃO: além dessas hipóteses, o Vereador também pode acumular se houver compatibilidade de horários (CF, art. 38, III) DICA 44 (Servidores Públicos) CARGO PÚBLICO: Existem 3 espécies de cargo: 1) Cargo efetivo: adquire ESTABILIDADE após 3 anos de estágio probatório, só podendo ser demitido mediante processo administrativo disciplinar. 2) Cargo vitalício (magistratura e MP): adquire VITALICIEDADE, em regra após 2 anos (acesso direto em Tribunal é imediato), só podendo ser demitido mediante sentença judicial transitada em julgado. 3) Cargo em comissão: livre nomeação e exoneração. DICA 45 (Improbidade administrativa) TIPOLOGIA DA IMPROBIDADE: Existem 3 tipos infracionais da improbidade administrativa (natureza cível): 1) Enriquecimento ilícito: exige DOLO 2) Prejuízo ao erário: exige DOLO ou CULPA 3) Violação a princípios administrativos: exige DOLO A ação não é exclusiva do Ministério Público, já que a pessoa jurídica lesada pelo ato de improbidade também pode ajuizá-la. (Lei 8.429, art. 17) DICA 46 (Improbidade administrativa) ABRANGÊNCIA: Qualquer AGENTE PÚBLICO pode ser réu em ação de improbidade administrativa, bem como particulares que tenham concorrido para o ato, desde que em litisconsórcio passivo com o agente público. Cuidado: A aplicação das penalidades prescritas na Lei 8.429 independe da “I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento” e “II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.” ATENÇÃO: O conceito de agente público é abrangente e inclui qualquer pessoa que esteja executando uma função pública, seja ou não servidor. (ex: estagiário, voluntário, mesário, jurado etc., também estão incluídos). DICA 47 (Improbidade administrativa) PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE IMPROBIDADE: A ação de improbidade administrativa possui prazo prescricional, exceto quanto à pena de ressarcimento ao erário, a qual, segundo o STF, é imprescritível. Nas demais hipóteses, o prazo prescricional constado art. 23 da Lei 8.429. Os prazos serão sempre de 5 anos, porém com contagem diferenciada conforme o cargo: DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com Cargo em comissão ou função de confiança após o término do exercício de mandato Cargo efetivo ou emprego. Contagem conforme estatuto funcional Funções que se submetem à prestação de contas Data da apresentação da prestação de contas final DICA 48 (Improbidade administrativa) SUCESSÃO E O IMPACTO NA IMPROBIDADE: “Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.” DICA 49 (Intervenção do Estado na propriedade) DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA X SANÇÃO: Diferentemente da desapropriação ordinária (utilidade, necessidade pública e interesse social), a desapropriação sanção ocorre em 3 hipóteses e, embora haja indenização, não há o pagamento de forma prévia e em dinheiro: 1) Desapropriação para fins de reforma agrária (UNIÃO): pagos em TDA (Títulos da Dívida Agrária), resgate em até 20 anos, exceto benfeitorias úteis e necessárias. (CF, art. 184) 2) Desapropriação para fins de intervenção urbanística (MUNICÍPIO): pagos em TDP (Títulos da Dívida Pública), resgate em até 10 anos. (CF, art. 182, §4º) 3) Desapropriação confisco ou expropriação (UNIÃO): não há pagamento. (CF, art. 243). *LEMBRAR: se houver o trabalho escravo ou cultura de plantas psicotrópicas em parte da propriedade, a desapropriação confisco ou expropriação ocorrerá em toda a propriedade, não apenas na parte onde ocorreu o ato ilegal. DICA 50 (Intervenção do Estado na propriedade) Sempre distinguir a desapropriação DIRETA da desapropriação INDIRETA. 1) Desapropriação DIRETA: O procedimento regular é observado, com a fase declaratória (mediante decreto do Chefe do Poder Executivo) e a fase executória (que pode ser delegada), pagando-se a indenização correspondente. - 5 anos para desapropriar no caso de necessidade ou utilidade pública e - 2 anos para desapropriar no caso de interesse social. 2) Desapropriação INDIRETA: O Estado não observa o regular procedimento, apossando-se da propriedade particular (chamada também de apossamento administrativo). Nesse caso, é o proprietário que ajuizará a ação contra o Estado, no prazo prescricional de 10 anos. DICA 51 (Intervenção do Estado na propriedade) CONSTRUÇÃO EM BEM DECLARADO DE UTILIDADE PÚBLICA PARA DESAPROPRIAÇÃO: O proprietário poderá construir em imóvel declarado de utilidade pública pelo Estado para fins de desapropriação, porém o valor não integra a indenização futura. Súmula 23-STF: Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada” ATENÇÃO: Apesar disso, a jurisprudência entende que benfeitorias necessárias e úteis autorizadas, mesmo posterior ao decreto, entrarão na indenização. DICA 52 (Intervenção do Estado na propriedade) DESAPROPRIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS: “Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa” (DL 3365, art. 2, § 2º). DICA 53 (Intervenção do Estado na propriedade) DESAPROPRIAÇÃO POR EMPRESA PRIVADA CONCESSIONÁRIA: É possível que a entidade administrativa promova a desapropriação e, consequentemente, ajuíze a respectiva ação, na forma do Art. 3º do Decreto-lei nº 3.365/41, desde que haja autorização expressa em lei ou no contrato. DICA 54 (Intervenção do Estado no domínio econômico) INTERVENÇÃO DIRETA E INDIRETA: Há distinção na intervenção no domínio econômico de forma direta ou indireta. Intervenção direta: O Estado cria sociedade de economia mista ou empresa pública para competir no cenário econômico, desde que necessário aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo (CF, art. 173, caput). Intervenção indireta: O Estado promove a regulação de setores econômicos (telefonia, energia, transporte etc.) por meio de órgãos reguladores (CF, art. 174, caput). DICA 55 (Bens públicos) DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) “Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com CONCEITO DE BENS PÚBLICOS (Critério da titularidade x afetação): Os bens públicos podem ser conceituadas por dois critérios: 1. Critério da titularidade (CC): são bens públicos os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. 2. Critério da afetação (doutrina e jurisprudência): são bens públicos aqueles afetados à prestação do serviço público, independentemente da titularidade. DICA 56 (Bens públicos) USUCAPIÃO SOBRE BENS PÚBLICOS: Não importa a natureza jurídica do bem público (uso comum, uso especial ou dominicais), os bens públicos não podem ser objeto de usucapião. (CF, art. 183, §3º, art. 191, parágrafo único). Essa característica dos bens públicos é chamada de IMPRESCRITIBILIDADE. DICA 57 (Controle da Administração Pública) O mandado de segurança tem por finalidade proteger direito líquido e certo, que significa aquela direito comprovado documentalmente, quando não houver necessidade de dilação probatória. Fica ligado nas súmulas: Súmula STF 625 Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de Mandado de Segurança. Súmula STF 630 A entidade de classe tem legitimação para o Mandado de Segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. Súmula STF 629 A impetração de Mandado de Segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. Súmula STF 269 O Mandado de Segurança não é substitutivo de ação de cobrança. Súmula STF 268 Não cabe Mandado de Segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. Súmula STF 267 Não cabe Mandado de Segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição. Súmula STF 266 Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese. Súmula STF 248 É competente, originariamente, o Supremo Tribunal Federal, para Mandado de Segurança contra ato do tribunal de contas da união. Súmula STF 101 O Mandado de Segurança não substitui a ação popular. DICA 58 (Controle da Administração Pública) O habeas data pode ser utilizado em 3 (três) hipóteses: 1. Acesso à informação. 2. Retificação de informação; e 3. Anotação de informação. CUIDADO: Conforme Súmula 02-STF: “Não cabe o ‘habeas data’ (CF/88, art. 5º, LXXII, ‘a’) se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa”. Assim, para impetração do habeas data, exige-se a comprovação da recusa ou omissão da providência requerida no âmbito administrativo. ATENÇÃO: Essa exigência não viola o princípio da inafastabilidade de jurisdição prevista no art. 5º, XXXV, da CF/88. DICA 59 (Controle da Administração Pública) REFORMATIO IN PEJUS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO: A Administração está autorizada a majorar a penalidade aplicada ao particular que se mostre contrária à lei, em decorrência do princípio da autotutela e do poder dever de zelar pela legalidade dos atos administrativos, na formado Art. 64 da Lei nº 9.784/99 c/c Súmula nº 473 do STF. ATENÇÃO: Em virtude disso, é possível a majoração de penalidade aplicada em sede de processo administrativo em caso de recurso. DICA 60 (Controle da Administração Pública) IMPOSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO OU ARROLAMENTO PARA RECURSO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO: Conforme a Súmula Vinculante 21, “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”
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