Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PROCESSUAL PENAL II– ATIVIDADE PERSECUTÓRIA E DEFENSIVA Mestre em Direito -UFS PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA NO DIREITO BRASILEIRO. ANÁLISE COMPARATIVA COM O SISTEMA PERSECUTÓRIO CRIMINAL DO COMMON LAW Espécies de medidas cautelares diversas da prisão Flagrante delito: conceito, espécies, efeitos, sujeitos, procedimento e audiência de custódia Liberdade provisória com fiança: cassação, inidoneidade, reforço, dispensa Ilegalidade da prisão cautelar. Relaxamento Liberdade provisória com fiança: requisitos, cabimento, valor da fiança e procedimento Liberdade provisória sem fiança: requisitos, cabimento e procedimento Medidas cautelares pessoais no processo penal Medidas cautelares: requisitos, características Outras modalidades de prisão cautelar. Prisão cautelar: conceito, formalidades e execução provisória Prisão preventiva: conceito, cabimento, requisitos, duração e procedimento. Prisão domiciliar Prisão temporária: conceito, cabimento, requisitos, duração e procedimento SUJEITOS PROCESSUAIS E ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL Acusado. Defensor. Querelante Assistente de acusação. Assistente técnico da defesa Atos judiciais. Despachos de mero expediente: conceito e espécies Contagem de prazos no Processo Penal Decisões Interlocutórias Mistas: conceito e espécies. Decisões Interlocutórias Simples: conceito e espécies. Emendatio libelli. Mutatio libelli. Coisa julgada Formas de comunicação processual. Citação: conceito e espécies Intimação e notificação: conceitos e espécies Revelia e Suspensão no Processo Penal Servidores do Poder Judiciário. Auxiliares do juízo. Sujeitos processuais penais. Juiz. Ministério Público PROCEDIMENTO Ações penais de competência originária dos Tribunais Considerações gerais. Procedimento comum Crimes contra a propriedade imaterial Crimes de abuso de autoridade, crimes de lavagem de dinheiro Crimes de calúnia e injúria de competência do Juiz Singular Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos Crimes praticados por organizações criminosas, crimes de tóxicos Procedimento comum ordinário: instrução, debates e julgamento Procedimento comum sumário: cabimento e etapas Procedimento comum sumaríssimo (juizados especiais criminais): cabimento, fase preliminar, transação penal, suspensão condicional do processo, etapas judiciais TRIBUNAL DO JÚRI Absolvição sumária Desaforamento Desclassificação Fase de instrução preliminar: etapas – I Fase de instrução preliminar: etapas – II Fase de instrução preliminar: etapas – III Formação do Conselho de Sentença, atos instrutórios, debates, quesitos, votação, sentença e ata da sessão Impronúncia Instalação e preparação da sessão do Tribunal do Júri Jurados: função, alistamento, sorteio, convocação Júri: cabimento, princípios e características Pronúncia Ação Penal Processo Penal de conhecimento, o princípio da busca da verdade real/ substancial – artigo 156, parte final, do C.P. Significa a reconstrução histórica do acontecido, em juízo, sob a completa igualdade das partes na produção probatória – o contraditório – e a ampla oportunidade à defesa – a plena defesa –, para que o convencimento judicial expresso na sentença definitiva, porque de mérito, seja devidamente motivado (princípio da persuasão racional: artigo 157, C.P.P.). Condições da Ação Utilidade Adequação Necessidade Interesse de Agir Condições da Ação Legitimidade da Parte (Legitimatio ad causam) é a pertinência subjetiva da demanda, ou seja, a ação só pode ser proposta por quem é titular do interesse que se quer realizar e contra aquele cujo interesse deve ficar subordinado ao do autor (TÁVORA; ALENCAR, 2015). Condições da Ação Possibilidade jurídica do pedido Diz respeito à exigência de que o crime narrado seja digno de aplicação de pena (pois este será o pedido da acusação). JUSTA CAUSA PARA AÇÃO PENAL I. S. A M . D Partes do processo penal, comunicação de atos processuais e atos judiciais Sujeitos e partes do processo penal Ministério Público nas ações penais públicas; e querelante nas ações penais privadas) Juiz Acusado Os sistemas processuais comumente destacados pela doutrina: sistema inquisitório, sistema acusatório e sistema misto. O sistema inquisitório ou inquisitivo caracteriza-se pela inexistência de separação de funções, de modo que o mesmo juiz que inicia a ação penal defende o réu e julga o processo. No sistema acusatório, por sua vez, há clara separação das tarefas de acusar, defender e julgar, sendo que nesse sistema o órgão acusador possui o ônus de comprovar todas as suas alegações e o réu tem em seu favor todos os direitos e garantias constitucionalmente assegurados. A Constituição brasileira adota expressamente o sistema acusatório, art. 129, inc. I (BRASIL, 1988). O sistema misto caracteriza-se pela predominância do caráter inquisitório na fase pré-processual, em que não há contraditório, e pela presença do caráter acusatório no seio do processo, sendo que alguns autores consideram que o sistema adotado no Brasil é o misto, haja vista as características do inquérito policial. Juiz das Garantias- Até a fase do Recebimento da Denúncia. Juiz das Garantias Art. 3-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. Juiz Renato Brasileiro Lima (2017) descreve em sua obra que a lei confere ao magistrado o poder de disciplina, de impulsão e de instrução. Juiz Poder de Disciplinar Visa coordenar e inspecionar a atividade das partes, concretizada no poder de negar a perícia requerida pelas partes quando não for necessária ao esclarecimento da verdade ou quando recusa as perguntas da parte que puderem induzir a resposta, por exemplo. Poder de Impulsão Consiste nas providências adotadas pelo juiz para que processo tenha um andamento regular, como a citação do acusado e a avocação de processos em casos de conexão ou continência. Poder de instrução Poder de instrução permite ao juiz, de ofício, mesmo antes do início da ação penal, determinar a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, bem como determinar, no curso da instrução ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Com fundamento no sistema acusatório, há aqueles que criticam a atuação de ofício na fase preliminar. FINAL DO INQUÉRITO POLICIAL 1- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministério Público -> Oferecer denúncia ou Requerer diligências (Juiz não pode indeferir)! 2- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministério Público -> Propor arquivamento-> Juiz (concorda) -> Arquivado! 3- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministério Público -> Propor arquivamento-> Juiz (discorda) -> Remete para o Procurador geral (ele próprio denuncia ou designa outro promotor para denunciar! 4- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministério Público -> Propor arquivamento-> Juiz (discorda) -> Remete para o Procurador geral (se insistir no arquivamento)-> Arquivado! Partes do processo penal, comunicação de atos processuais e atos judiciais Comunicação de atos processuais TÍTULO VIII DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA CAPÍTULO I Art. 251 ao Art. 281 . CPP DO JUIZ – Art. 251 ao 256 CPP DO MINISTÉRIO PÚBLICO- Art. 257 ao 258 CPP DO ACUSADO E SEU DEFENSOR - Art. 259 a0 267 CPP DOS ASSISTENTES – Art. 268 ao 273 CPP DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA Art. 274 CPP DOS PERITOS E INTÉRPRETES Art. Art. 275 281 DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável. DO JUIZ – Art. 251 ao 256 CPP Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitara força pública. DOS ASSISTENTES Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar. Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público. ASSISTENTE Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. § 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo assistente. § 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado. Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; e (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - fiscalizar a execução da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes. DO ACUSADO E SEU DEFENSOR – 259 ao 267 CPP Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador. Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. DOS PERITOS E INTÉRPRETES- 275 A0 281 Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária. Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; b) não comparecer no dia e local designados para o exame; c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. DOS PERITOS E INTÉRPRETES- 275 A0 281 Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução. Art. 279. Não poderão ser peritos: I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. Juiz Art. 251 CPP Art. 252 CPP ( IMPEDIMENTO) Art. 253 CPP Art. 254 CPP( SUSPEIÇÃO ) IMPEDIMENTO X SUSPEIÇÃO IMPEDIMENTO ( ART. 252 CPP)>>Situações Objetivas Parente de 3º grau Testemunha do Processo SUSPEIÇÃO (ART. 254 CPP)>> Situações Subjetivas Amigos ou inimigo das partes Quando tiver aconselhado qualquer das partes. Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. . Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. . Partes do processo penal, comunicação de atos processuais e atos judiciais Atos judiciais DAS CITAÇÕES- Art. 351 ao art. 354;357 Intimações 370 ao art. 372 Citação e Intimação Citação: Ato de Chamar para o processo “Réu, se defenda!” Intimação: Ato de dar conhecimento de algum ato processual ‘’Réu, há novidade no processo!’’ Citação Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.( CPP) Citação- por mandado Art. 352. O mandado de citação indicará: I - o nome do juiz; II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; IV - a residência do réu, se for conhecida; V - o fim para que é feita a citação; VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. Citação- por mandado- requisitos Art. 357. São requisitos da citação por mandado: I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. Citação- por precatória Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória. Art. 354. A precatória indicará: I - o juiz deprecado(EXPEDIU) e o juiz deprecante(RECEBEU); II - a sede da jurisdição de um e de outro; Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. Procedimento precatório – art. 355 e 356 cpp Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado. § 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a esteremeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação. § 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362. Procedimento: precatória Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará. Súmula 351 do STF: é nula a citação por edital de réu preso na mesma Unidade da Federação em que o Juiz exerce a sua jurisdição (BRASIL, 1963). O que é a carta precatória itinerante? Art. 355, §1º, do CPP (BRASIL, 1941), a carta precatória itinerante é cabível quando, ao cumprir o mandado de citação expedido pelo juízo deprecado, o oficial de justiça verifique que o acusado encontra-se em comarca diversa daquela em que o juízo deprecado possui competência territorial. Nesse caso, desde que haja tempo para se realizar a citação, o juiz deprecado remeterá a carta precatória ao juiz da comarca em que o réu esteja localizado a fim de que este cumpra a diligência, independentemente de determinação ou anuência do juízo deprecante. Na redação original do art. 362 do CPP (BRASIL, 1941) caso o réu se ocultasse para evitar a citação, esta deveria ser feita por edital. Entretanto, após a reforma, caso o oficial de justiça suspeite da ocultação, ele deverá imediatamente proceder à citação por hora certa. O legislador, nesse caso, modificou o art. 362 do CPP (BRASIL, 1941) sem, contudo, alterar o art. 355, §2º, do CPP (BRASIL, 1941). Carta de Ordem A carta de ordem, por sua vez, é aquela expedida por um órgão jurisdicional superior, o qual solicita o cumprimento de uma diligência ao órgão jurisdicional inferior Carta Rogatória Se o acusado estiver fora do Brasil, em local certo e sabido, será citado mediante carta rogatória, Suspendendo-se o curso do prazo prescricional desde o momento em que o juiz manda expedir a carta rogatória até o seu efetivo cumprimento O que é a carta precatória itinerante? Prevista no art. 355, §1º, do CPP (BRASIL, 1941), a carta precatória itinerante é cabível quando, ao cumprir o mandado de citação expedido pelo juízo deprecado, o oficial de justiça verifique que o acusado encontra-se em comarca diversa daquela em que o juízo deprecado possui competência territorial Carta Precatória 354 CPP juiz deprecado Juiz deprecante Comarca onde tramita um processo Juiz(a) da comarca por onde tramita um processo. Execute atos a serem praticados na comarca : citação, intimação, ouvir testemunha, Nayara Sthefany Gonzaga Silva (NSGS) - Citação ficta ou presumida- Exceção Citação por edital Mostra-se imprescindível que tenham sido esgotados todos os meios de localização do réu, sob pena de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa. obedecendo, para tanto, Art. 365 do CPP. Decorrido o prazo de 15 dias a contar da data da publicação editalícia, a citação será considerada efetivada. Esse período de 15 dias é chamado pela doutrina de prazo de dilação. Réu não compareceu nem constituiu advogado Suspenso o prazo prescricional. podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva. Revelia Aplicação intertemporal do art. 366 do CPP: Constitucionalidade do art. 366 do CPP Limitação temporal do prazo de suspensão da prescrição Revelia O art. 367 do Código de Processo Penal prevê que “o processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.” não há de se falar em aplicação dos efeitos materiais da revelia, ou seja, não poderão ser presumidos verdadeiros os fatos narrados pela acusação, sob pena de ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, CF). Aplicação intertemporal do art. 366 do CPP: Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. será aplicada para os crimes praticados antes de sua vigência? Constitucionalidade do art. 366 do CPP Quanto a este ponto, questionou-se durante um tempo se o art. 366 do CPP (BRASIL, 1941) não teria ampliado o rol taxativo dos crimes imprescritíveis consagrados na Constituição. O STF, no entanto, assentou constitucionalidade do dispositivo ao argumento de ele não eliminou prazos prescricionais, mas tão somente os suspendeu. Limitação temporal do prazo de suspensão da prescrição: Em relação à limitação temporal do prazo de suspensão da prescrição, questiona-se: essa suspensão é por prazo indeterminado ou por prazo determinado? Há divergência entre o STJ e o STF. O primeiro entende que o prazo máximo de suspensão do prazo prescricional regula-se pela pena máxima em abstrato cominada ao delito, tendo como parâmetro o art. 109 do CP (BRASIL, 1940), sendo que findo o referido prazo a prescrição voltaria a correr novamente. Nesse sentido é a súmula n° 415 do STJ (BRASIL, 2009). O STF, por sua vez, entende que a suspensão do prazo prescricional deve se dar por prazo indeterminado, pois entendimento contrário seria totalmente legiferante. Prescrição antes de transitar em julgado a sentença- 109 CP Atos judiciais ATOS PROCESSUAIS DO JUIZ Renato Brasileiro adverte que os atos processuais do juiz subdividem-se em atos reais (ou materiais) e em provimentos judiciais. II – PROVIMENTOS JUDICIAIS- sentenças, decisões interlocutórias e em despachos. 1.Despachos de mero expediente 2. Decisões interlocutórias: Decisão interlocutória simples:(questão incidental do processo- irrecorrível ). Decisão interlocutória mista: (extinção do processo ou de uma de suas etapas). Decisão interlocutória mista terminativa (ou decisão com força de definitiva):são aquelas que geram a extinção do processo sem julgamento do mérito, bem como aquelas que encerram um procedimento incidental. Decisão interlocutória mista não terminativa: são aquelas que ocasionam o fim de uma etapa do processo, mas não acarreta a sua extinção. 3- Senteça Sentença Princípio da identidade física do Juiz: o § 2º do art. 399 do CPP (BRASIL, 1941) Requisitos da sentença: o art. 381 do CPP (BRASIL, 1941); Relatório, fundamentação(art. 93 IX) e dispositivo. ATENÇÃO Dispensa-se o relatório nas sentenças proferidas no âmbito dos Juizados Especiais Criminais. Sentença penal condenatória art. 59 e 61, 65, art. 33 do CP (BRASIL, 1940) CP. Detração. 44, 77, 49 CP Sentença penal absolutória: Atenção Quando tratamos da improcedência do pedido, há, além da sentença absolutória, a possibilidade de o magistrado prolatar uma decisão extintiva da pretensão punitiva estatal, como no caso da sentença que reconhece a prescrição. Trata-se de uma decisão de mérito, formando, assim, coisa julgada material. Renato Brasileiro subdivide a sentença absolutória em própria, imprópria, absolvição sumária, absolvição sumária imprópria e em anômala. A absolvição sumária, por sua vez, é aquela fundada nos arts. 397 (procedimento comum) ou 415 (procedimento do Júri); A absolvição sumária imprópria ocorre quando- o réu inimputável; A sentença absolutória anômala é aquela que concede o perdão judicial ao réu (LIMA, 2017); III - PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA OU CORRELAÇÃO ATENÇÃO: Haverá violação ao princípio da congruência ou correlação quando ocorrer a mutatio libelli. art. 395 e 384 do CPP. Consoante o disposto no art. 384 do CPP (BRASIL, 1941), a mutatio libelli ocorre quando, encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequênciade prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, independentemente de importar agravamento ou atenuação da pena a ser aplicada ao acusado. diferentemente do que ocorre na emendatio libelli, em que os fatos permanecem os mesmos, alterando tão somente a sua capitulação jurídica. MP> Aditamento da denuncia (5 dias); sendo obrigatória a oitiva da defesa e nova instrução processual, sob pena de violação aos princípios da ampla defesa, do contraditório e da correlação entre a acusação e a sentença, bem como ao sistema acusatório. art. 385 do CPP (B Caso não o faça, o juiz deverá PGJ. 28 do CPP (BRASIL, 1941). 5 dias 3 testemunhas Atenção: Ressalte-se que não se admite a mutatio libelli na segunda instância, sob pena de supressão de instância. Esse é o teor da súmula nº 453 do STF, que preconiza que Emendatio libelli Prevista no art. 383 do CPP (BRASIL, 1941), a emendatio libelli corresponde à possibilidade de o juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave. IV – COISA JULGADA Formal: Não tendo sido extinta a punibilidade e havendo prova nova, nada impede a propositura de nova denúncia em face do acusado. Material bis in idem Prazo do Processo Penal 798 CPP O prazo ficará prorrogado caso caia em sábado, domingo ou feriado. É corrido( não se interrompe em razão de sábado domingo e feriado). NÃO SÃO CONATDOS EM DIAS UTEIS , SÃO CONTADOS EM DIAS CORRIDOS. 219 CPC( contados em dias uteis). Não se inclui o início Inclui o final Contagem dos Prazos no processo Penal Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. § 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. § 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. § 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária. § 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão: a) da intimação; b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. Prazo Penal x prazo processual penal Prazo Penal Art. 10 CP Inclui-se o dia do Início e exclui-se o dia do fim Prisão, Penal, Decadência, Prescrição e Extinção da Punibilidade Prazo Processual Penal Art. 798 CPP Exclui-se o dia do início e Inclui-se o dia do fim Peças Processuais, salvo QUEIXA CRIME E REPRESENTAÇÃO( decadencial) É importante ressaltar que a contagem do prazo deve se dar na forma dos prazos processuais, prevista no art. 798, § 1º do CPP. Todavia, a maior parte da doutrina afirma que, estando o investigado preso, os prazos devem se dar como está descrito no art. 10 do Código Penal (BRASIL, 1940), por ser mais benéfico ao indiciado (NUCCI, 2018). Contagem dos prazos no processo penal Resposta à Acusação: 10 dias!!! Conta-se dessa forma: A contar da Data de Referência (efetiva/devida citação do réu). Súmula 710 STF: A data da efetiva citação ou intimação da parte. Que dia o réu foi citado?: logo a contagem está aberta no primeiro dia útil subsequente. Processo Penal, em caso recaia em dia não útil ele ser prorrogará ao primeiro dia útil seguinte; Contagem dos prazos no processo penal Caio foi citado no dia 30 de abril, uma terça-feira, para apresentação da Resposta à Acusação , qual a data limite para seu advogado peticionar tal Peça: O prazo estará aberto no primeiro dia útil subsequente Produção antecipada de provas Periculum in mora O STJ e a 1ª Turma do STF, entretanto, entendem que para a determinação da produção antecipada de provas é necessária justificativa lastreada. Em fatos concretos, não sendo o simples efeito deletério do tempo fundamento hábil para se autorizar a produção antecipada de provas. Esse é o entendimento consolidado na súmula n° 455 do STJ Prisões: 283 CPP Prisões anticrime CP- Art. 75 – 40 anos. Livramento condicional 83 CP; LEP- Progressão e Regime; Prisões- Cautelares Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Decretação de oficio; Reapreciação da medida; Possibilidade ou não de se redecretar a Prisão Preventiva; Prisão Preventiva O Juiz não pode decretar a Prisão Preventiva de Ofício a qualquer tempo Em 2011 – Lei 12.403/2011 vigor maio, 60 dias de vacatio, em julho Durante a fase de investigação Proibiu que o Juiz decretasse prisão de oficio; >> 2011 o Juiz só podia decretar prisão de oficio se: Requerimento do MP ou Representação da Autoridade Policial Mas durante a fase de processo o JUIZ PODERIA decretar a Prisão de Oficio STJ- O Juiz não poderia decretar a prisão de oficio durante a investigação, mas poderia converter a prisão em flagrante em preventiva de oficio. Prisão Preventiva - Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Agora o Juiz não pode decretar a prisão preventiva a qualquer tempo. Nem durante a investigação nem durante a fase de processo. Requerimento: MP; Assistente de Acuação; Querelante; Autoridade Policial; TEMPORARIA( SÓ DURANTE A FASE DE INVESTIGAÇÃO E NÃO PODE MAIS DECRETARA PRISÃO DE OFICIO). Prisão Preventiva - Lei 13.964/19 (pacote anticrime). O Juiz pode revogar de Oficio; E sendo o caso de voltarem os requisitos da preventiva decretar novamente; PRAZO para reapreciar a necessidade de manter ou revogar da preventiva 90 DIAS. Tribunal do Júri- Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Sentença Júri Art.492 CPP Júri Sentença Condenatória cuja pena seja = ou superior a 15 anos; Execução Provisória da Penal ( Regra: Apelação não terá efeito suspensivo); 2008( desnecessidade da presença do réu) Exceção Efeito Suspensivo: 2 requisitos: Não manifestamente protelatório Argumento substancial ( absolvição, ou anulação ao a redução da pena); Afronta ao Princípio da Inocência – ADC 43, 44 e 54 Art. 315 CPP Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) STF em 2019– Art. 283 do CPP- Constitucionalidade Proibiu a execução Provisória da Penal ADC nº 43, 44 e 54 Não cabe a Execução Antecipada da Pena por conta de Recurso de efeito Suspensivo. Antes do Transito em julgado;Execução execução provisória( antecipada da pena): Sentença de Primeira Instância, segunda instancia, e agora Recurso Especial( não tem efeito suspensivo) e Recurso Extraordinário(não tem efeito suspensivo) ( NÃO CABE EXECUÇÃO PROVISORIA DA PENA) Art. 315 CPP- Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Toda prisão preventiva deve ser motivada E FUNDAMENTADA § 2º.- Vale para toda e qualquer decisão; Art. 93, IX CF- Sistema da Persuasão Racionar Exceção – Veredito ( Jurados- decidem e são proibidos de fundamentar, ante a quebra do sigilo das decisões); Caso Concreto porque a necessidade ISA; MD- Ex: Fuga; proporcionalidade, razoabilidade; Justa Causa, Ordem Pública; distinguishing (ou distinguish); overruling Audiência de Custódia - Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Ao final da audiência o Juiz(a) deverá: 1- Reconhecer a ilegalidade da prisão- Relaxamento; 2- Converter o flagrante em preventiva; 3- Conceder a liberdade provisória com ou sem fiança; 4- adotar as medidas cautelares diversas da prisão; art. 319 e 320 CPP. ATENÇÃO : FUX SUSPENDEU ART. 310 §, SE A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NÃO FOR REALIZADA EM 24H,a partir do momento em que autos chegam ao juiz, A PRISÃO SERIA RELAXADA. SUSPENSO. Fundamento: afronta a (RAZOABILIDADE E DESPROPORCIONALIDADE). Audiência de Custódia - Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Audiência de Custódia expresso no CPP: art. 310 CPP; Convenção Americana de Direitos Humanos- Pacto São José da Costa Rica Submetido ao processo Legislativo ( 2 casas em 2 turnos e 3/5)-Emenda Constitucional 2015 STF- Status Supre legalidade ( Abaixo da CF e acima da Lei) Não passaram sobre o processo legislativo. A. C Audiência de Custódia - Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Aferir a legalidade Necessidade ou desnecessidade da continuidade da prisão FLAGRANTE ou PREVENTIVA >>>Conduzido a presença da autoridade policial; Encaminha o APF Judiciário 24h ( de que chega a autoridade judiciaria) AC- MP e defensor Objetivo é não é o mérito Razoável Duração do Processo Cadeia de Custódia da Prova- Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Geraldo Prado. Art. 150 A ao 158 F CPP É o conjunto de todos os procedimentos que conseguem historiógrafar os vestígio. Que vai do reconhecimento do vestígio até o descarte; Centrais de custódia; Art. 564 CPP- Nulidades( nominadas e nominadas). Decisão não fundamentada gera nulidade; Art. 581 XXV CPP – Juiz que recusa a homologação do Acordo de Não Persecução Penal cabe: Recurso em Sentido Estrito. Art. 638 RECURSO ESPECIAL - PARA STJ( agora expresso CPP), antes- 105, III CF.
Compartilhar