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Roma e Grécia- Direito e institutos

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XXVII
BRYAN VINICIUS ASCIELLO Nº24 – 1ºA NOTURNO
FELIPE MACHADO FRANCO DA SILVA N°43 - 1°A NOTURNO
GUILHERME CUNHA PRIMO N°52 - 1°A NOTURNO
IAGO CARVALHO BOMFIM CARRIJO N°57 - 1°A NOTURNO
 
 
GRÉCIA E ROMA - HISTÓRIA, DIREITO E INSTITUIÇÕES 
Trabalho apresentado à Faculdade de Direito de Franca para a disciplina de Introdução ao Direito do curso de Direito.
Prof. Dr. Marcelo Toffano
 
 
FRANCA 
2020 
BRYAN VINICIUS ASCIELLO Nº24 – 1ºA NOTURNO
FELIPE MACHADO FRANCO DA SILVA N°43 - 1°A NOTURNO
GUILHERME CUNHA PRIMO N°52 - 1°A NOTURNO
IAGO CARVALHO BOMFIM CARRIJO N°57 - 1°A NOTURNO
 
 
GRÉCIA E ROMA - HISTÓRIA, DIREITO E INSTITUIÇÕES 
Trabalho apresentado à Faculdade de Direito de Franca para a disciplina de Introdução ao Direito do curso de Direito.
Prof. Dr. Marcelo Toffano
 
 
FRANCA 
2020 
Sumário
3.1.1 BREVE HISTÓRIA	VI
3.1.2 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO	VII
3.1.3 PRINCIPAIS INSTITUTOS	IX
3.1.4 JURISDIÇÕES CRIMINAIS DE ATENAS	X
3.2.1 BREVE HISTÓRIA	XI
3.2.4 PERÍODOS DO IMPÉRIO ROMANO	XIII
3.4.1 DIREITO DE FAMÍLIA	XVI
3.4.2 CASAMENTO	XVI
3.4.3 DIVÓRCIO	XVII
3.4.4 BENS MATRIMONIAIS	XVII
3.4.5 DIREITOS REAIS	XVIII
3.4.6 DIREITOS REAIS LIMITADOS	XIX
3.4.7 SUCESSÃO	XXI
3.4.8 OBRIGAÇÕES	XXIII
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................XXVI
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................XXVI
1.RESUMO
Este trabalho foi realizado em conjunto com o intuito de buscar as referências do Direito atual nas raízes de seus antepassados, os quais foram de extrema importância para a solidificação dos direitos e obrigações na sociedade ocidental.
O conteúdo deste foi retirado de obras diversas, cujas são de renomados doutrinadores, a fim de exemplificar toda a história, a jurisprudência, os institutos, os agentes, as teorias, os códigos e tudo relacionado com a ciência do direito.
Durante o desenvolvimento será encontrado desde o surgimento dos primeiros povos da Grécia, até a queda do Império Romano. Todo o processo e transição da oralidade para a escrita, a qual foi adequando-se com os códigos da respectiva época.
2.INTRODUÇÃO
De início, é necessário o esclarecimento da importância da Grécia Antiga para os dias atuais. Seja na filosofia, na astronomia, na matemática, e sobretudo, no Direito. As primeiras discussões políticas surgiram naquele meio, onde algumas pessoas se reuniam para debater os assuntos mais pertinentes. Além disso, a evolução dos direitos que foram adquiridos é indispensável.
Quanto à Roma, quase todos os costumes, crenças e normas jurídicas que temos hoje, foi devido à continuação do direito romano através da história. Óbvio que muitos deles foram alterados para se encaixarem na realidade social em que se encontram.
3.DESENVOLVIMENTO
3.1 GRÉCIA (ATENAS) 
 
Hoje em dia o termo jurista, faz referência à pessoas que possuem licenciatura em direito e estudaram sua ciência para atuar profissionalmente. Os gregos são muito conhecidos por sua ligação com o Direito, porém eles não eram grandes juristas, pois não faziam questão de construir o Direito quanto ciência, nem organizar suas instituições de direito privado. Porém, eles faziam questão de colocar o direito como parte da educação de todo cidadão. 
Dessa forma, na Grécia, não houve profissionalização do Direito, já que todos deviam conhecer seus direitos e obrigações, estando apto para enfrentar qualquer tipo de ação jurídica. 
O direito em Atenas, não era formado com base em textos legislativos, nem em comentários de juristas, já que não encaravam o Direito como uma profissão, sendo que todos os direitos e deveres na ordem jurídica era a noção de justiça presente na consciência da coletividade. 
 
3.1.1 BREVE HISTÓRIA
A Grécia está localizada na Europa Oriental, com solo montanhoso é pouco fértil, e é banhada por três mares. A primeira civilização que se destacou na Grécia foi a Micênica, que era formada por povos da primeira diáspora. Essa diáspora ocorreu por em meados do início do segundo milênio antes da era atual, onde os povos tinham a língua dos aqueus, e uma escrita chamada Linear B. 
Essa civilização se estendeu até Creta, e chegou ao fim com a invasão dos dórios, onde a arte da escrita deixou de ser tão relevante. Após as invasões a escrita Linear B desapareceu, e os povos locais adotaram uma versão do alfabeto fenício, o que contribuiu para a criação das vogais. 
Para os gregos a fonte do direito é o nomos, o que geralmente significa lei, e era entendido como forma de limitar o poder das autoridades, já que ninguém devia obedecer a nada, senão à lei. Porém os gregos não legislavam lei no sentido que a palavra tem nos dias atuais, uma vez que nomos significa tanto lei, quanto costume. Dessa forma, a lei dos gregos era baseado nos bons costumes presente em cada cidadão para garantir que a sociedade viva em paz e harmonia. 
Para os gregos, a participação na vida pública era uma das coisas mais importantes, porém em sua cultura, os únicos aptos a exercerem tal atividade, eram os cidadãos nascidos em Atenas, do sexo masculino, e maiores de vinte anos. A vida pública demandaria praticamente todo o tempo e dedicação do cidadão apto, dessa forma, muitas pessoas defendiam a escravidão, para que os homens atenienses maiores de vinte anos, pudessem abrir mão das tarefas braçais executadas pelos escravos, e dedicarem-se exclusivamente á atividade da vida pública. 
Qualquer cidadão (que na época eram considerados somente os homens atenienses maiores de vinte anos) que não se interessasse pela vida pública, seria considerado inútil. Os cidadãos de vida pública se encontravam na Ágora, para discutir temas relevantes sobre o exercício do poder político. Eles discutiam questões de Estado, e tinham o mesmo papel do parlamento dos tempos atuais, sendo que se diferenciam pelo fato de que, era uma democracia direta, sem participação popular nos momentos decisivos. 
As assembleias governavam diretamente tomando decisões em todas as esferas que compõe o estado, dessa forma a Grécia era considerada pouco democrática, uma vez que os escravos não possuíam nenhum tipo de direito. 
Os gregos tinham costumes de aprender de cor alguns textos jurídicos, como as Leis de Sólon, que eram ensinadas como poemas. Os cidadãos gostavam tanto do direito, que a literatura jurídica era fonte de instrução e prazer. As leis deviam fazer parte da educação de todo cidadão, onde o direito devia ser aprendido na teoria e na prática. Uma prova disso era a habilidade de persuasão que os discursos tinham diante dos julgadores, pois esses eram leigos, só bastava um discurso belo e persuasivo para convencê-los. Até hoje existe grande diferença ao argumentar perante um júri, e argumentar perante um juiz. 
Os gregos se destacaram como pensadores políticos e filosóficos da antiguidade, instaurando regimes usados até hoje pelas civilizações ocidentais, e em sua história a Grécia conheceu várias formas de organização de institucionalização, onde cada cidade principal, usava uma forma de governo extremamente diferente. 
 
3.1.2 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO
Hoje em dia, a legislação ateniense mais antiga conhecida são as leis de Drácon, de 621 a.C. Essa legislação põe fim a solidariedade familiar, com objetivo de construir uma sociedade de Atenas, com maior participação social e política, dispondo que o espírito da vida social não se restringe apenas a família. As leis de Drácon também torna obrigatório o recurso aos tribunais 
caso ocorra conflito entre clãs. Apesar disso, esse código de leis, ficou muito conhecido por introduzir no direito penal, a diferenciação de homicídio, sendo eles: homicídio voluntário, homicídio involuntário, e homicídio em legítima defesa. 
Alguns anos depois, entre 594 e 593 a.C, foi criado um novo código de leis, denomidado leis de Sólon, que sofreu influência egípcia e alterou as leis de Drácon. O novo código promoveu principalmente reformasnos âmbitos institucionais, sociais e econômicos. 
Na economia, Sólon desenvolveu leis de incentivo a cultura da oliveira e da vinha, incentivou também a exportação de azeite, além de ter criado leis para atrair trabalhadores, prometendo concessão de cidadania. 
No âmbito social, o novo código de leis, obrigou os pais ensinarem alguma atividade de trabalho aos filhos, e se não ensinassem, os filhos não eram obrigados a ampará-los na velhice. 
No âmbito institucional, as leis de Sólon criou o Tribunal de Heliaia, onde qualquer pessoa poderia recorrer sobre as decisões dos tribunais. O tribunal de Heliaia julgava todas as causas, exceto os crimes de sangue. 
Na área jurídica, o código de Sólon instaurou igualdade civil, e ceifou a propriedade coletiva dos clãs, eliminou a servidão por dívidas, limitou o poder do patriarca, estabeleceu o testamento, a adoção, etc. 
Ao ser criado as leis de Sólon, foi instaurada uma democracia moderada, onde as assembleias seriam essenciais, a justiça passaria a estar na mão dos cidadãos e não de profissionais especializados. Desse modo, os gregos promoviam o debate sobre o justo e a justiça. 
Dentro da sociedade democrática ateniense, o exercício da retórica era essencial, para convencer as pessoas sobre o que tal cidadão pensava e defendia. Os cidadãos que exerciam a retórica eram chamados de oradores, e tinha o objetivo de persuadir com a força dos argumentos. 
No conflito jurídico, não havia advogados, juízes, promotores públicos, havia somente dois litigantes se dirigindo aos jurados. A atividade de advogar era mal vista, pois qualquer cidadão deveria se indignar com qualquer tipo de atividade ilícita, mesmo sem ser a vítima. Porém apesar de não ser exercida a advocacia, existiam pessoas denominadas logógrafos, que de forma escondida dirigiam discursos para as partes do processo. 
Em algum período, com o objetivo de coibir corrupção e chagas sociais, foi estabelecido que denunciantes de irregularidades recebessem parte do valor da condenação do réu. Porém começou haver muitas denúncias falsas, e para isso foi criada a regra que dizia que se no curso do processo o denunciante não obtivesse no mínimo um quinto dos votos do tribunal, o mesmo estaria sujeito a uma multa. 
 
3.1.3 PRINCIPAIS INSTITUTOS
Direito Privado: Deixou poucas heranças para o direito moderno, pois os gregos não sabiam expressar regras jurídicas de maneira não concreta. Mesmo assim, ainda utilizam-se algumas terminologias jurídicas provenientes da língua grega, como: hipoteca, enfiteuse e anticrese. O direito privado mais conhecido era o de Atenas, onde o mesmo era muito individualista e até mesmo dispunha de maior liberdade individual do que o direito romano clássico. No direito privado de Atenas, o cidadão poderia até dispor de sua pessoa e de seus bens. 
Direito público: Se Atenas praticava um direito privado muito diferente do direito privado moderno, no direito público é o oposto, Atenas praticava um direito público bem parecido com o nosso sistema de direito material e processual, onde existia a lei substantiva e a lei processual. 
-Substantiva: O fim que a administração judicial busca, determina a conduta e as relações condizentes com os assuntos litigados. 
-Processual: Meios e instrumentos pelos quais os fins eram atingidos, regulava as condutas e as relações dos tribunais e dos litigantes. 
Podemos usar um exemplo encontrado no estudo dos árbitros públicos e privados, para exemplificar o quão evoluído era o direito público ateniense. 
-Arbitragem privada: Maneira simples e rápida de resolver litígio fora do tribunal 
, os árbitros não julgavam, e sim buscavam acordo para conciliação das partes. 
-Arbitragem pública: Utilizada como preliminar do processo, onde o árbitro tinha a tarefa de emitir um julgamento, com possibilidade de apelação. Todos os árbitro públicos eram escolhidos por sorteio e deviam ter mais de sessenta anos. 
O direito ateniense também distinguia claramente ação pública de ação privada, sendo: 
-Ação pública: Iniciada por qualquer cidadão com sentimento de ter sido prejudicado pelo Estado 
-Ação privada: Debate entre dois ou mais litigantes, seja um reivindicando direitos, e o outro contestando. Somente as partes podiam dar início à ação. Ex: assassinato, injúria, roubo, etc. 
A seguir, estão algumas características do direito grego ateniense: 
· O direito de acusação e de julgamento era democrático. 
· O direito grego, dispunha liberdade provisória sob caução, exceto em casos de crime contra a pátria e a ordem pública. 
As penas no direito ateniense costumavam-se serem castigos, multas, feridas, mutilações, etc. O sistema penal era baseado na acusação popular, caso o crime fosse de natureza pública, e qualquer cidadão poderia apresentar suas provas. 
3.1.4 JURISDIÇÕES CRIMINAIS DE ATENAS
-Assembleia do povo (Senadores e Magistrados): Discutiam crimes políticos graves 
-Aerópago: Tribunal mais antigo, em seu início julgava todos os crimes, porém depois de um tempo, passaram a julgar crimes com pena de morte. 
-Tribunal dos Efetas (51 juízes): Os juízes eram escolhidos pelos senadores, e julgavam crimes de homicídio não premeditado. 
-Tribunal de Heliaia: Encontrava-se na praça pública, tinha jurisdição comum. 
 
 
Provas: Os gregos não se utilizavam apenas do juízo de Deus como prova judiciária como fazia outros povos antigos. Em Atenas, testemunhas ou partes poderiam depor, seja por escrito, ou pessoalmente. Os juízes poderiam testemunhar quando tivessem conhecimento dos fatos. Os escravos só podiam depor sob tortura, pois se acreditava que a natureza do escravo seria mentir, para proteger ou vingar o seu Senhor. 
Provas admitidas pelo direito em Atenas: 
-Provas naturais: Evidências empíricas, como contrato, juramentos, existência da lei, etc. 
-Provas artificiais: São provas provenientes do raciocínio, que são fornecidas pela descoberta. 
Conceitos e práticas modernas influenciadas pelo direito grego: 
-Júri popular 
· Advogado (logógrafo) 
-Diferenciação entre tipos de homicídio 
-Mediação e Arbitragem 
-Penas definidas de acordo com gravidade do crime cometido 
· Retórica e eloquência forense 
-O poder do pai é limitado até a maioridade do filho 
-Transferência de propriedade por sistema de contrato que sejam públicos para proteger ambos os interessados. 
-Júri: Parte fundamental da democracia foi inventado em Atenas. Consiste na direito a um julgamento dado por cidadãos comuns, ao invés de especialistas. 
 
 
3.2 HISTÓRIA DE ROMA 
 
3.2.1 BREVE HISTÓRIA
 
A cidade de Roma, fundada aproximadamente em 763 a.C, passou de um pequeno e simples centro rural para o centro de um extenso império que cobria as áreas da Inglaterra, da Gália e da Ibéria à África e ao Oriente Próximo até os confins do Império Persa, e futuramente viria a se tornar um dos maiores e mais importantes impérios de todos os tempos. Existe uma lenda que conta a história do nascimento de Roma, em que dois irmãos, Rômulo e Remo, criados por uma loba, e futuramente Rômulo assassina seu irmão se tornando o fundador de Roma. Segundo Moreira Alves, essa lenda na verdade representa a disputa de poder entre grupos etruscos rivais, que já dominavam parte da Europa e acabaram fundando a cidade de Roma depois de derrotar vários povoados locais. 
Durante suas várias partes de sua história, Roma funcionou sob um regime escravagista, em que a aristocracia patrícia, com suas grandes propriedades, dominavam os meios de produção, terras e ferramentas de trabalho, além de dominarem também a parte social da cidade, incluindo os livres e pobres, da classe dos plebeus; já os escravos não eram vistos como res (coisa), ou seja , uma propriedade instrumental animada, apenas um objeto de serviços, nada mais. Isso fazia com que os proprietários pudessem viver com riqueza nas cidades, enquanto os escravos trabalhavam massivamente das regiões agrícolas, uma vez nada se produzia em grande escala nas cidades, e sim no campo. 
 
 
3.2.2 Período da Realeza
 
Na época da realeza, que durou ate o ano de 509 a.C. , Roma erapraticamente povoada por pastores, e tinha sociedade muito limitada que cultivavam muito pouco o solo, e falavam um idioma comum, o latim. Viviam em vici (aldeias), que ficavam em colinas arborizadas, locais mais altos e estratégicos em torno da cidade, em locais que serviam de refúgio para eventuais ataques de povos inimigos. 
Essas famílias que ocupavam as aldeias, por sua vez eram patriarcais e os chefes de família, denominados patris (referente à patrício) , tinham o costume de se reunirem para tomar decisões em nome de todos que ali viviam, processo esse que futuramente viria a dar inicio ao Senado Romano. 
Havia também um rei em comum, denominado Rex, que no geral era um estrangeiro colocado para comandar Roma, e em muitas das vezes esse rei era de origem estrusca, pelo fato de que na espoca, a Etrúria (região hoje conhecida como Itália) era a potencia política e econômica mais relevante. Porém, com o tempo o poder do rei foi perdendo força, e assim foi dando espaço a novos tipos de governo, e o próximo período, conhecido como Republica Romana. 
 
 
3.2.3 Período da República.
 
O período da República Romana, que durou do ano 509 a.C. ate o ano 27 a.C. ,foi comandado pelo Senado de Roma, e é caracterizado pela pluralidade das assembleias e magistraturas, anuais e colegiais. Na Roma antiga, o magistrado, diferente do que entendemos com juiz hoje, ele era um detentor de poder, de cargos públicos, assim como o pretor e o cônsul. 
Havia naquela época um tratamento diferente entre os que foram fundadores da cidade de Roma, denominados patrícios, e os demais habitantes denominados como plebeus e peregrinos (os estrangeiros que ali moravam), diferença de tratamento essa que não somente se fazia no campo social da sociedade, mas também no âmbito jurídico, havendo normas jurídicas especificas para cada qual em sua respectiva posição. Haviam assembleias especificas da plebe, como por exemplo os concilia plebes, por sua vez não tinha participação de patrícios, e esses elegiam os tribunos da plebe, pessoas que falariam em nome dessa parte da sociedade, fariam normas destinadas à plebe, através dos plebiscitos, e para que entrassem em vigor, essas leis deveriam passar pelo crivo do Senado, que era um órgão composto exclusivamente pelos patrícios, mas foi somente a partir do ano 287 a.C., com a lei denominada Lex Hortênsia, que os plebiscitos foram assimilados às leges e passaram a ser aplicados também aos patrícios. 
Apenas os cidadãos romanos poderiam desfrutar do direito de Roma, os estrangeiros (peregrinos) eram subordinado ao ius gentium, o direito comum de todos os homens. 
O comando de Roma, por sua vez se dava totalmente pelos patrícios já que o Senado tinha por dever, intervir na autorização de despesas públicas, no recrutamento de tropas, nas relações externas, no controle dos magistrados e na ratificação das decisões das assembleias. 
A concentração de terras era muito grande ora diminuindo o campesinato livre à escravidão por débitos, ora se apropriando de terras de uso comum, e em muitas das vezes estava associada à guerras de conquistas, fazendo com que cada vez mais pessoas fossem ficando sem ter propriedades, e sem ter outra saída ,se aglomeravam nas cidades e começavam a fazer parte do exercito romano. Essas guerras tinham como motivo também, movimentar a economia, por meio de saques praticados, fazendo os vencidos como prisioneiros, substituindo pequenos proprietários por escravos, fazendo os mesmo se dirigirem ao exercito, e consequentemente, aumentando o numero da população, carecendo assim de mais produtividade para pode sustentar a sociedade como um todo. 
A queda da República veio por meio da insatisfação dos soldados, que ao terminarem suas missões ,eram liberados se quaisquer indenizações, o que acabou gerando muita revolta por parte dessa classe, e os generais por sua vez eram a voz desses solados, e foram ganhando cada vez mais força, sendo esse um dos motivos para o termino do período da República Romana. 
 
3.2.4 PERÍODOS DO IMPÉRIO ROMANO
O período do império romano, se divide em Alto Império (27 a.C. a 284) e Baixo Império ( 284 ), cada qual com suas respectivas particularidades. 
 
3.2.4.1 ALTO IMPÉRIO
O Alto Império teve seu inicio logo após a queda da República, devido à má administração do progresso econômico, guerras de conquista, insatisfações populares, crises advindas das dificuldades sociais. 
Com essa crise, poder foi cada vez mais se firmando nas mãos dos generais, e ate um deles, o general Octavio, conseguiu juntar todos os poderes para si, e acabou recebendo do Senado Romano, o título de Imperator ( general virtuoso), fazendo dessa época a de mais sucesso da civilização romana. 
 
3.2.4.2 BAIXO IMPÉRIO
O período do Baixo Império Romano, o que marcou seu declínio, teve seu inicio com o governo de Diocleciano, em 284, , e foi até o término do império de Justiniano I. 
Um dos governos mais marcantes dessa época foi o de Constantino, período em que a religião cristã foi reconhecida oficialmente no território romano, com a publicação do Edito de Milão, em 313, além também de ser o responsável pela fundação de uma nova capital, chamada Constantinopla, antiga Bizâncio, que acabou se tornando a sede do Império Romano do Oriente que ao contrário do Império do Ocidente, que por sua vez sucumbiu às invasões bárbaras em 476, manteve-se até o século XV. Justiniano teve seu governo entre 527 e 565, foi o último imperador desse período. 
 
3.3 DIREITO EM ROMA 
 	 
 
Os períodos do direito em Roma são conhecidos como, época Antiga ou Arcaica, a época Clássica e época do Baixo Império. 
 
3.3.1 ÉPOCA ANTIGA OU ARCAICA:
No primeiro período que seria a época Antiga ou Arcaica, Roma foi dominada pela organização clânica das grandes famílias, as gentes, sendo a autoridade do chefe de família praticamente sem limites. Com esse quadro agrário e conservador, a evolução do direito assentou-se no crescente papel dos plebeus, pois os conflitos entre sociais entre a plebe e os patrícios que acabaram permitindo certa igualdade social, religiosa e política. 
Como no início de toda civilização, regras morais, jurídicas e religiosas ainda não estavam totalmente diferenciadas e estabelecidas. Nessa época, apenas os sacerdotes conheciam as formas rituais necessários e somente eles lhes interpretavam. Os sacerdotes guardaram esse segredo até aproximadamente 250 a.C., onde a sociedade passou a exigir maior transparência nas decisões jurídicas. Como o direito romano era extremamente ritualístico, caso não se pronunciassem as palavras certas na hora correta o contrato ou o processo não tinham validade. Por causa disso se é criada a lei das XII tábuas foi o principal fundamento do lus civile, ficando em vigor durante mais de mil anos, até a época de Justiniano. 
“Ius civile” é o termo usado no direito romano que significa direito civil romano, ou seja somente romanos tem esses direitos, tinha como destaque neste direito tudo aquilo que ajudasse a preservar a cidade tradicional, como o patrimônio da família, a propriedade da terra e dos escravos. Dessa forma, sucessão, propriedade e casamento ficavam reservados para os romanos, fazendo parte do ius civile. 
O inquérito policial pode-se dizer que tem como uma de suas raízes o direito romano local em que o acusador recebia do magistrado direito para proceder a diligências. Por meio delas, podia ir aos locais de infração, coletar dados, fazer buscas e apreensões, ouvir testemunhas etc. Havia, porém, a possibilidade do contraditório, cabendo as diligências também ao acusado. Existia ainda a apuração do Estado, denominada inquisitio generalis, considerada a origem mais remota da polícia judiciária. Os agentes da polícia imperial procediam a investigação e transmitiam aos órgãos jurisdicionais os resultados do inquérito por eles realizado. 
“Pater familias” é usado pois Roma era embasada em uma sociedade patriarcal, sua via social e jurídica era centrada no chefe da família. Tinha então o pater familias total poder sobre sua prole e os agregados,exercendo em determinadas épocas o poder de vida e morte sobre eles. Os filhos não saíam do pátrio poder a não ser por emancipação. Além disso, os recém-nascidos só eram recebidos na sociedade em virtude de uma decisão do chefe de família. 
 
 
3.3.3 ÉPOCA CLÁSSICA:
Vai de II a.C. até II d.C. Período de renovação e evolução em Roma, que também atingiu o Direito. Houve maior intercâmbio comercial com outros países, necessitando criar leis diferenciadas para os estrangeiros. O direito privado romano agora possui caráter essencialmente laico e individualista, com distanciamento entre o direito privado e o direito público. 
Com a decadência das assembleias, o Senado passou a ser o titular do poder de legislar. A propositura de uma lei, no entanto, ainda eram feitas somente pelo Imperador. A jurisprudência conhecida pelos romanos daquele período era composta pelas obras dos jurisconsultos, homens muito experientes na prática do direito, quer enquanto davam consultas jurídicas, quer enquanto redigiam atos e orientavam as partes nos processos. Atualmente damos nome a isso de doutrina. 
 
 
3.3.4 ÉPOCA DO BAIXO IMPÉRIO (DIREITO PÓS-CLÁSSCICO):
A época do Baixo Império tem início com Diocleciano e desenvolve-se até o império de Justianiano I. Foi um período de decadência política e intelectual, de regressão econômica, sofrendo também grande influência do Cristianismo, que se tornará muito popular entre as épocas, e transformará numerosos princípios do direito privado romano. 
O grande mérito do direito pós-clássico foi o de ter conservado, por intermédio do trabalho dos compiladores, a ordens principalmente de Teodosiano II e Justiniano I, as obras dos jurisconsultos romanos do período áureo de seu direito. 
Flavius Petrus Sabbatius Iustinianus, mais conhecido como Justiniano I, nasceu em Taurésio, em 11 de maio de 483, e faleceu em Constantinopla, em 13 ou 14 de novembro de 565, e foi uma das pessoas mais importantes para Roma na época de seu Baixo Império. Justiniano tinha por principal meta recuperar o antigo esplendor de Roma, e batalhou em várias frentes com esse intuito. Para ele, o que se produzia na sua época não possuía valor. Valorosos eram os antepassados e a respectiva produção jurídica por eles levada a cabo. Com isso, na tentativa do Imperador, e eventualmente com sucesso, conseguiu recuperar todos os escritos jurídicos do período em que Roma alcançou o seu maior desenvolvimento. 
Uma das principais "recolhas" oficiais, isto é, compilação de textos jurídicos antigos, foi realizada a mando de Teodosiano II, ficando conhecida como Código Teodosiano, com o objetivo de ter todas as constituições imperiais romanas, dividia-se em 16 livros, reproduzindo cada constituição imperial com o respectivo autor e sua data, seguida de uma interpretação em cada caso. No Oriente foi revogado pela codificação de Justiniano, o artífice e responsável, mesmo após a queda de Roma, pela publicação do denominado Corpus Juris Civilis, principal compilação do direito romano e composto de quatro partes distintas, elas sendo, o Código (Codex), o Digesto (Digesta ou Pandectas), as Instituições (Institutiones) e as Novelas (Novellae ou leis novas). 
3.4 INSTITUTOS DE ROMA
 
 
3.4.1 DIREITO DE FAMÍLIA
 
 Tal direito abrange vários fatores, como patrimônio, sucessão de bens, hierarquia e poder. Desta forma, o entendimento de família é a junção de pessoas que podem ter laço de sangue ou não. Dito isto, houveram algumas mudanças desde os tempos antigos até os dias atuais, igualando por exemplo o poder familiar do marido e da esposa. 
Dito isto, o “status familiae”, ou seja, a posição da pessoa dentro da família é importante pois define qual é a capacidade jurídica da mesma, caracterizando o termo em dois sentidos: o “família communi iure” (sentido amplo) que está relacionado ao conjunto de pessoas que estão ligadas a um parente em comum; e havia o “família proprio iure” (sentido restrito) o qual designa um complexo de pessoas sob o poder de um “pater famílias”. Sendo assim, o poder pátrio era “sui iuris”, enquanto que os “filii famílias” (filhos e mulher) seriam “alieni iuris”. 
O Código Civil estabeleceu que o poder familiar (antes chamado de poder pátrio) refere-se aos deveres e obrigações, limitando por exemplo, algumas decisões do homem sob a mulher, a qual anteriormente abrangia até mesmo a morte. 
Além de toda a relação jurídica que permeava a família, seja ela consanguínea ou não, haviam também os rituais que eram realizados a fim de prestigiar a memória de algum parente que já se foi, juntamente com todos os elementos e deuses provenientes principalmente da Grécia; contudo mais tarde se adotou o cristianismo, que foi espalhado pelo resto do mundo. 
 
 
3.4.2 CASAMENTO
No Império Romano, o casamento não era tratado como uma relação jurídica, mas sim como uma relação social, onde a família era constituída pelo homem, a mulher, e seus filhos (independente se eram consanguíneos ou não). Quanto aos tipos de casamento, existiam basicamente duas divisões: o 
“cum manu”, o qual mudava o status da mulher após se casar, deixando de pertencer em quesito de nome da primeira família; e temos também o “sine manu”, caracterizado pela situação da mulher onde ela não tem direito à herança. Este último era mais recorrente depois da época Clássica. 
É requerido que para aconteça o matrimônio, é necessário o consentimento de ambas as partes, além da puberdade e da “conubium” (a faculdade de casar-se legitimamente com uma mulher). Entretanto, na atualidade, além de ser um ato jurídico, o matrimônio é também uma relação jurídica (estado de marido e mulher). Tal fato perdura até a morte de um deles, ou através do divórcio (em alguns países). No direito romano não existia essa obrigação, sendo que se um dos cônjuges deixasse te manter a vontade, o casamento era dissolvido. 
 
 
3.4.3 DIVÓRCIO
 
A separação de um casal podia ocorrer por morte, por perda de cidadania ou liberdade, ou por divórcio. Quanto a este último, qualquer um dos conjugues podia exercê-lo, não sendo necessária fiscalização. 
O divórcio podia ocorrer por “sine causa”, quando os conjugues se repudiavam sem justificativa. Havia também o “communi cosensu”, o qual determinava decisão mútua entre o casal. 
O “bona gratia” ocorria quando havia alguma limitação com um dos conjugues, como infertilidade ou impotência. 
Contudo, na época dos imperadores cristãos, o divórcio era mais limitado, pela ideia imposta de que não se podia quebrar o matrimônio unido por Deus, e outra por possível caso de adultério, chamado de “iusta causa” (o qual o homem ou a mulher abandona sua companheiro para se juntar à um terceiro). 
 
 
3.4.4 BENS MATRIMONIAIS
 
Quanto aos bens matrimoniais, a junção destes era realizada a partir do tipo de casamento (os quais já foram citados anteriormente). Se fosse “cum manu” (com a mão), o patrimônio da mulher se juntava automaticamente ao do marido. Já no “sine manu” (sem a mão), a mulher podia requerer seus bens em caso de divórcio, exceto os dotes (espécie de presente dado ao marido ao se casar). 
A intenção do casamento para a mulher era apenas patrimonial e imagem social, já que esta não tinha direito a decisões judiciais. Contudo, os filhos maiores tinham direito à integrar o patrimônio familiar; ao contrário dos filhos menores de idade, os quais eram considerados “alieni iuris” (dependentes do pátrio poder, tendo limitações em adquirir alguns direitos). 
 
3.4.5 DIREITOS REAIS
 
Ao descrever o direitos reais, é necessário dizer que o prefixo “res” quer dizer coisa. Esta portanto, é tudo o que existe na natureza, os indivíduos, os acessórios, móveis e imóveis, entre outros. Todavia, alguns desses direitos são limitados, separados por diferentes características. 
O direito de posse e de propriedade diferem pelo fato do primeiro não requerer comprovação documental, já o segundo abrange mais complicações por exigir contratos e outros fatores mais. Desta forma, a posse é um poder de fato, enquanto que a propriedade é um poder jurídico; não necessariamentequem possui algo tem poder de direito, mas isso será esclarecido nos versos adiante. 
A posse possui duas definições, de acordo com a obra “Curso Elementar de Direito Romano”, do doutrinador Thomas Marky: “é o fato material de a coisa estar subordinada fisicamente a alguém. Chama-se corpus. (…) O segundo elemento da posse é o intencional, chamado animus. É preciso a intenção de possuir, animus possidende; não basta a proximidade real.” Ele define portanto uma posse objetiva e uma subjetiva. Todavia, não havia referências do que se tratava o “corpus” e o “animus”, então os romanistas procuram estudar a prática de ambos para assim conceitua-los. Quanto ao “corpus”, haviam três teorias principais, que são a dos glosadores, a de Savigny, e a de Ihering. A primeira diz que há um contrato material com a coisa. A segunda relata que há possibilidade real de defender e dispor fisicamente da coisa. Já a terceira defende a relação de fato com o possuidor e a coisa, como o titular de um respectivo direito. 
Além disso, é necessário ressaltar que de acordo com a obra “Direito Romano”, do doutrinador Moreira Alves a posse é um direito real, pois se alguém toma posse de uma terra e seu proprietário não a reivindica, automaticamente ela passa e ser do usurpador. Entretanto, a definição de posse difere em duas, entre a posse sob a coisa (“possessio rei”) a qual recai no direito real de propriedade; e por outro lado a posse de direito (“possessio iuris”), que se relacionava a poderes inerentes à pessoa, exceto o direito de propriedade. Esta então possuía várias classificações de acordo com a época; no período pré-clássico por exemplo, havia a propriedade quiritária, bonitária, provincial, e peregrina. 
A primeira citada, dizia que para ter posse de uma propriedade era necessário ser cidadão romano (“civitatis”), além de ser regida pelo “ius civile” e o “jus civile”, direitos os quais obtinham regimento sólido e inflexível. Por esta razão, esta limitação prejudicava as pessoas que não eram cidadãos de Roma. 
Já a propriedade bonitária surgiu no período da República, amenizando as dificuldades em adquirir uma propriedade, sendo que os estrangeiros ficaram aptos a praticar este ato. 
E por último a propriedade provincial, a qual é de poder do Estado, mas é concedido aos usuários da terra o usufruto da mesma. Portanto, o povo romano tinha apenas a posse, sendo que tinham que pagar taxas ao Estado, estas chamadas de “agri tributarii”. 
Desta forma, é indispensável citar também a propriedade no período pósclássico, cujo foi importante no sentido de unificar o instituto. Apesar disso, as outras classificações de propriedades não desapareceram, apenas se juntaram com o intuito de estabelecer uma administração pública mais eficaz. 
3.4.6 DIREITOS REAIS LIMITADOS
 
Quanto aos direitos reais limitados, pode-se dizer que existem para determinar quais são as obrigações e os deveres de cada parte relacionadas à propriedade. 
O primeiro deles é a enfiteusa, a qual era uma relação de troca entre o proprietário da terra e aquele que a usufrui, sendo que este último focava na agricultura, a qual parte dela era utilizada como pagamento, chamado de “pensio”. Este instituto dá ao enfiteuta poderes de domínio, sendo que mantinha o poder econômico e a propriedade na mão do locador. 
Já a servidão (“seruitus”) era um direito sob a coisa alheia, geralmente predial, a qual não necessariamente beneficiava a pessoa, mas sim o imóvel. Existiam vários tipos de servidão, mas a servidão predial foi o primeiro direito real sobre coisa alheia que surgiu no direito romano. Desta forma, a venda do imóvel não podia ser realizada separada desta, sendo que a servidão predial beneficiava um imóvel, e não uma pessoa 
Haviam também as servidões rústicas, as quais se baseavam em serviços aparentes e contínuos, como a passagem de gado por um imóvel alheio. Relacionado a esta, era chamado de “servitus pecoris pascendi” o direito de fazer pastar o gado em outra propriedade vizinha. 
Já a servidão urbana se baseavam em serviços urbanos, dividindo em três espécies. A primeira delas é a servidão de água (“seruitutes aquarum”), dando o direito de escoar a água da chuva para o prédio serviente. A segunda é a servidão de parede (“seruitutes parietum”), a qual dava o direito de colocar travas no prédio serviente e avançar balcões ou telhados sobre o imóvel vizinho. E por último a servidão de luz (“seruitutes luminum”), que disponibilizava o direito do proprietário do imóvel exigir ao vizinho que não levantasse prédio a uma determinada altura, impedindo a chegada da luz e atrapalhando a vista. 
Por outro lado, a servidão pessoal abrangia o usufruto, o uso, o direito à moradia e o direito de possuir um escravo ou um animal doméstico. 
O primeiro citado definia-se pelo direito de utilizar um bem em prol de si próprio ou de sua família, podendo servir-se dos frutos para alimentar sua família. 
O usufruto portanto, era o direito de gozo da coisa alheia, estando vinculado em coisas consumíveis ou inconsumíveis, sem alterar sua substância. A denominação da pessoa física era “fructuarius”, enquanto que a pessoa jurídica era chamada “usufructuarius”. Consequentemente, aquele que usufrui de uma propriedade, tem um prazo determinado para permanecer na mesma, além de ter que arcar com todas as despesas e manutenções, além de ser obrigado a manter a coisa em bom estado. Mas este classifica-se como direito temporário pelo fato de que perdura até o fim da vida do usufrutuário (nesse caso, vitalício). 
Além disso, havia o direito de habitação (tratando-se de um bem imóvel) o qual possibilitava o titular morar na residência juntamente com sua família, sendo intransferível a titularidade. Dito isto, é importante realçar que atividades comerciais realizadas nesta propriedade anulavam o contrato. 
E finalmente, temos o escravo, que no ponto de vista jurídico era vista como uma coisa, ou até mesmo um animal, o qual não podia adquirir direitos. Como já mencionado antes, coisa (“res”) não contrai direitos, somente era objeto de direito de quem a possuía. Portanto, sobre este assunto há uma afirmação de um jurista romano, chamado Ulpiano: “no que concerne ao direito civil, o servo é tido como nulo.” 
Esta classificação não foi imposta apenas em Roma; na Grécia por exemplo, Aristóteles denominava o escravo de “órganon”, ou seja, um instrumento (ainda que com alma). 
Consequentemente, além de trabalhos braçais, este muitas vezes era obrigado a realizar desejos sexuais. Se estivessem velhos ou feridos, podiam ser libertos, revendidos, ou mortos a qualquer momento, ficando a critério de seu proprietário escolher seu destino. 
Por último, deve ser mencionado o “pignus” (penhor), o qual era uma relação de garantia sob uma dívida. Sendo assim, o devedor transferia o título de posse de algum bem ao seu credor. 
Se o devedor pagasse a dívida, o bem deveria ser restituído a ele em perfeitas condições, tendo possibilidade de ambos os lados responderem por culpa leve. Contudo, existem doutrinadores que diferem na definição de penhor, como por exemplo Clóvis Beviláqua que acredita ser um direito real vinculado a um bem móvel, o qual pode ser pagamento de uma dívida. Por outro lado, para Eduardo Espínola o penhor é um direito real que dá preferências ao credor, de modo a escolher seu pagamento por meio de garantia. 
Em Roma, instrumentos também eram penhorados, como utensílios da lavoura, escravos e animais, impossibilitando que o devedor produzisse algo no campo. 
Paralelo a isto, surgiu a locação de um “predium urbanum", destinada à habitação. Esta caraterística é chamada hipoteca, a qual não necessitava de trocar de títulos em posses. 
Existiram alguns tipos de hipoteca, permeando alguns direitos e garantias diferentes em suas classificações. 
O primeiro deles é a “invecta et illata”, recaindo sob os bens móveis e os escravos da propriedade. 
A segunda classificação é a disposição legal, que abrange dívidas fiscais ou a favor do pupilo sob uma coisa que foi comprada com seu dinheiro pelo tutor.Havia também a disposição de autoridade, que seria quando o réu era julgado e se negava a pagar a dívida, podendo o juiz determinar a hipoteca de seus bens. 
Há estudos que acreditam que esta surgiu primeiro em Roma, no período pós-clássico; todavia, outros doutrinadores afirmam que na Grécia Antiga o termo “hypotheca” já era utilizado. 
No direito romano, havia o que era chamado de “praedia subdita vel subsignata”, o qual não era considerado uma hipoteca em si, mas sim um direito real. Entretanto, este tipo de garantia não dispunha de transferência de posse. 
No que diz respeito aos tipos de bens, estes podiam ser corpóreos ou incorpóreos, sendo que o primeiro eram os frutos e as coisas futuras. Já os bens incorpóreos abrangiam a enfiteuse, a servidão predial e o usufruto (todos explicados anteriormente). Entretanto, as hipotecas gerais legais podiam alcançar todos os bens, sejam eles presentes ou futuros. 
O conteúdo desta garantia não era coativo, pois os credores tinham algumas opções. Dito isto, é necessário ressaltar que aquele que pega um bem como garantia não pode usá-lo, pois era configurado como “furtum”. Por outro lado, se houvesse ausência de pagamento da dívida, o credor podia reclamar a “res”, tornando-se proprietário da mesma. 
Poderia ocorrer de o bem ser superior à dívida, tendo o devedor o direito de reclamar sua parte através de um pacto feito com o credor, chamado de “actio in factum”. Todavia, os casos de inadimplência se tornaram frequentes, podendo o credor ficar com o bem para satisfação da dívida, sem necessidade de restituir o valor. 
 
 
3.4.7 SUCESSÃO
 
A sucessão mais antiga no direito romano foi a Testamentária, a qual dependia da vontade da pessoa que possuía algum bem passa-lo para um herdeiro. 
Esta transferência de patrimônio era considerada obrigatória a todo cidadão romano, apesar de que no fim da República o testador estava vinculado apenas a parentes consanguíneos. 
Porém, um direito que contesta o anterior é o do “pater familiae”, cujo podia escolher transferir o que é de sua posse tanto para parentes próximos quanto para desconhecidos, podendo até mesmo deserdar seus filhos sem dar nenhuma satisfação (“exheredatio”). Se a ocasião fosse esta última, a pessoa tinha de afastar os herdeiros legítimos no testamento (mulher e filhos). 
É necessário explicitar que existiam três tipos de sucessores de acordo com a Lei das XII Tábuas, os “sui”, os “agnati proximi” e os “gentiles”. 
Este primeiro se refere aos herdeiros legítimos, os quais eram os filhos (emancipados ou adotados), a mulher “in manu”, e as filhas casadas “com manus” não podiam herdar. 
O segundo tipo se referia aos parentes mais próximos do “de cuius”,que seriam os irmãos ou irmãs consanguíneas que adquiriam os bens do morto por falta de sucessores “sui”. Estes então possuíam a copropriedade. 
E por último temos os “gentiles”, que eram convocados na falta de herdeiros legítimos e de parentes próximos. Tais familiares eram classificados com base em um direito individualista. Enquadram-se nesta categoria os filhos e filhas de irmãos do “de cuius”, conferindo ainda o direito ao filho adotivo concorrer a sucessão com os “sui” e os emancipados. 
Neste tipo de sucessão, era obrigação do testador especificar quem seriam os recebedores, dando a característica de universalidade ao documento, sendo inviável a exclusão de qualquer outra parte. Desta forma, tal dever era um dos dois princípios da sucessão romana. Já o segundo é a superioridade da testamentária sob a legítima. 
Já na sucessão “ab intestato” (ou legítima), a pessoa que recebe o patrimônio é aquela com menor grau de parentesco do morto. Este portanto não deixava uma declaração para escolher seus sucessores, separando-os assim em quatro divisões: os descendentes, os ascendentes, os irmãos consanguíneos e os colaterais (materno ou paterno). 
Os descendentes podiam ser de ambos os sexos, estando ou não sob o poder da “pátria potestas”. Se por acaso fossem de mesmo grau, a decisão era por cabeça; mas se fossem de grau diferente, a decisão era por estirpe. 
Tais sucessores eram mantidos até que morressem, antes disso nenhum ascendente eram convocado. Estes últimos recebiam os bens de acordo com o grau mais próximo, sendo que se houvessem vários ascendentes de mesmo grau, eles eram separados por linha (masculino e feminino), e depois por cabeça. 
Consequentemente, se não houvessem descendentes ou ascendentes, eram chamados os irmãos ou irmãs consanguíneos, também divididos por cabeça. 
Em todo caso, se nenhum desses anteriores reclamassem o direito de sucessão, os colaterais surgiam para fazê-lo, tanto do lado paterno quanto do lado materno, sendo que o mais próximo excluía o mais distante. 
Desta forma, é notável que a sucessão de bens dependia de vários fatores, como o grau de parentesco, o patrimônio já recebido em vida ou não, entre outros. 
Na época de Justiniano, a Novela 53 dispunha que o conjugue que não havia recebido nenhum dote ou presente tinha direito a um quarto da sucessão, contudo se tivesse mais de três filhos concorria para o usufruto. 
Um termo ainda não citado, relacionado ao instituto dos bens é o “collatio”, dividindo a separação com justiça, separando-se em três espécies. A primeira delas é a “collatio bonorum liberi emancipati”, a qual conseguia o patrimônio ao emancipado através de seu próprio trabalho. Entendia-se portanto que seria injusto não entregar a parte devida ao emancipado, já que os bens eram de copropriedade dos herdeiros. 
Já a segunda espécie é denominada “collatio dotis”, que dizia respeito à filha que recebeu algum dote do “pater” ainda em vida. 
E por último havia a “collatio descendentium”, que era a colação dos descendentes, cuja propunha o valor adiantado pelo pai (quando vivo) a um ou mais descendentes, dividindo de forma justa a herança a ser passada. 
Em todo caso, se não houvesse nenhum desses sucessores, o Estado é quem obtinha os bens, sendo que se fosse uma propriedade, esta era leiloada ou arrendada, assim como outros instrumentos (terras, escravos, e diversos). 
 
 
3.4.8 OBRIGAÇÕES
 
Este termo (“obligatio”) é definido como sendo um acordo firmado entre duas ou mais pessoas, impondo sob elas responsabilidades que nomeiam o credor (aquele que cobra) e o devedor (aquele que paga). Dito isto, divide-se em duas espécies, o sentido amplo (“lata sensu”), e o sentido estrito (“stricto sensu”). 
Consequentemente, ao devedor era imposto o pagamento da dívida, com possibilidade de inadimplência se não o fizesse. Caso contrário, realizada a liquidação, era encerrado o contrato. Todavia, para que as obrigações se tornassem aplicáveis, somente o acordo entre as partes não era suficiente, sendo necessário fundamento jurídico. Este ato era chamado “erga omnes”, influenciando a todos, e não somente pessoas específicas. 
Pelo fato exposto no parágrafo anterior, a obrigação torna-se temporária, pela simples quitação da dívida. Tal característica a difere dos direitos reais, os quais tendem a ser perpétuos. 
Além disso, não existe superioridade entre as partes, deixando-as em igualdade perante suas obrigações. Os elementos relacionados a esta são justamente as partes, a prestação, e a responsabilidade pelo inadimplemento da prestação. 
Tratando-se primeiramente das partes, estas são o credor e o devedor, sendo uma ligação “inter partes”. Sem a existência delas, não há obrigação pois a mesma recai sob pessoas específicas, e não sob coisas. 
Contudo, esta relação pode mudar, sendo que a mesma pessoa pode ser um credor ou um devedor. Por exemplo um proprietário de um imóvel, sendo que este é alugado por um terceiro mas o dono do mesmo ainda não quitou o seu valor, tornando-se credor e devedor. 
Porém, tal relação pode abranger mais de duas pessoas, seja em um ato ilícito ou um serviço prestado, gerando a solidariedade entre as partes. Desta forma, quando um dos credores exige o pagamento, o recebimento por um deles extingue a dívida. Chama-se esta de solidariedade ativa. Por outro lado, se um dos co-devedores pagara prestação, automaticamente excluirá a obrigação para todos os outros; esta é chamada de solidariedade passiva. 
Além disso, a solidariedade pode surgir a partir de coisas indivisíveis, as quais são tratadas nas prestações, que são os objetos das obrigações. Esta portanto pode ser alternativa e indivisível, tendo limitações negativas: “a prestação não deve ser fisicamente ou juridicamente impossível, ilícita, imoral ou totalmente indeterminada.” 
Para distinguir cada uma, é necessário ressaltar que aquilo que é físico relaciona-se ao material; já a impossibilidade jurídica é aquilo que é possível de acontecer mas dentro da lei não cabe. Vale também dizer que o que é ilícito não se confunde com a impossibilidade jurídica. Por exemplo as coisas públicas, as quais são impossíveis de vender, como as ruas, as estradas, os monumentos, entre outros. Já atos os ilícitos são por exemplo a venda de órgãos humanos. 
Quando se trata da repartição da prestação, ela pode ser divisível, a qual é dividida proporcionalmente a partir do montante inicial. Já a indivisível perde seu valor quando é repartida, por exemplo um animal (se for dividido, estará morto). 
Este valor é econômico, por exemplo quando alguém recebe metade de um valor inteiro em dinheiro. Esta quantia não deixará de ter sua validade, ao contrário de um transporte, o qual não se pode pagar apenas a metade pois a mercadoria não chegará ao destino final. 
Já se tratando das alternativas, o próprio nome já diz por si só, o devedor tem opções de escolher como vai pagar sua dívida, podendo ser em dinheiro, ou em algum bem com o valor da prestação. Como mencionado anteriormente, se esta for quitada, a obrigação se extingue. 
E por último é necessário explicar sobre o inadimplemento, o qual ocorre quando o devedor não cumpre com suas obrigações. Este portanto, quando recai sob aquele que deve, gera responsabilidades, as quais se dividem em três tipos. 
A primeira delas é a dolo, quem vem do latim “dolus”, diz respeito à intenção de cometer certo ato que contraria a lei. Esta então gera responsabilidade, já que é comprovado que o indivíduo agiu de má-fé. 
A segunda é a culpa, quando não há intenção de infringir a lei mas está sujeita à responsabilidade. Contudo, ela possui uma subdivisão em duas partes: a “culpa lata” e a “culpa levis”. 
Esta primeira é a negligência grave, sendo que a situação era óbvia para ter o devido cuidado. Já a “culpa levis” é aquela mais branda, um descuido comum. Para este é dado o nome de “culpa levis in abstracto”. Ao contrário dela, a culpa específica recai sob o devedor, quando ele é descuidado. Geralmente se relaciona com matrimônio, e tutela (“in concreto”). 
E por fim há o “casus”, o qual é o fato que não poderia ser evitado nem mesmo pelo cuidado. Este diferencia-se entre “casus minor”, que podem acontecer com as pessoas mais cautelosas, como o furto, o estrago, a perda acidental, entre outros. E há também o “casus maior”, que são inevitáveis de ocorrerem, como raios, furacões, guerras e morte. 
Vale ressaltar o período de regência de Justiniano, o qual trouxe vários conceitos e normas que são utilizadas nos dias de hoje, algumas sendo alteradas e outras mantendo sua forma original. Juntamente com ele, houveram juristas muito importantes ao seu lado, que foram requeridos por suas habilidades a criarem um compilado de leis chamadas de Código Novo, ou “Corpus Juris Civilis” (Corpo do Direito Civil), constituído pelas Novelas, pelas Institutas, pelo Código, e pelo Digesto. Esta última, foi a obra que levou maior trabalho para ser publicada e também a mais extensa, por compor 50 livros, divididos em títulos, fragmentos, e parágrafos. As primeiras tratavam de Justiça e Direito, dos operadores do Direito, do estado dos homens, dos Direitos Reais, das leis e costumes, de questões de família, entre outros. 
Este portanto influenciou no Código de Processo Civil atual, que traz consigo no artigo 831: “A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios 
Além disso, havia também as Institutas, que nada mais era do que um manual de Direito Privado para estudantes, criado pelo jurista clássico Gaio. Tal instrumento chegou mais tarde até a Europa Ocidental e ao Ocidente, composta em 4 livros, os quais especificavam as instituições de direito privado e abordava algumas questões de direito público. Tal ferramenta traz ligação com o conceito de obrigação “é um vínculo de direito, constituído com base no nosso direito civil, que nos força rigorosamente a pagar alguma coisa.” 
Logo após a publicação do Digesto e das Institutas, temos as Novelas (“Nouellae”), obras que foram publicadas pouco tempo depois da morte de Justiniano, visando acompanhar a realidade social da época. Desta forma, esta possuía atualizações sobre o direito privado e público, além de sucessões e outros mais. 
Por fim, existem os Códigos, que foram obras pré-justinianeias, dividindo-se em leges e iura. Estas primeiras possuem fragmentos escassos produzidos por Gregoriano e Hermogeniano. Mais importante ainda é o Código Teodosiano, que focou sua produção sobre a Constituição Imperial, no período de Constantino. 
Já os leges e iura são compostos por obras particulares e outras oficiais. 
Quanto às primeiras, há temas sobre o Direito Romano no Oriente, comparação das leis romanas e mosaicas, entre outros. As oficiais por outro lado, possuem a Lei Romana dos Visigodos, a Lei Romana de Borgonha (bárbaros), e o Edito de Teodorico para a aplicação aos romanos e ostrogodos. 
Para concluir, é necessário dizer que o Direito Romano foi e continua sendo muito importante para a sociedade ocidental como um todo, por ser um dos três pilares na qual a mesma se construiu (direito romano, filosofia grega e moral judaico-cristã). Nos dias atuais tem forte influência na formação dos códigos, alguns sendo mantidos intactos outros sofrendo algumas alterações, além das figuras públicas, dos agentes do direito e das relações existentes entre as pessoas que compõem todo o meio jurídico.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo o conteúdo exposto neste trabalho, é imprescindível e notável que a sociedade atual não existiria sem as bases romanas e gregas, falando em todos os aspectos. Os pesadores e estudiosos daquela época realizaram trabalhos que foram de extrema importância para que as leis, as teorias, os costumes, e outros mais se consolidassem de forma contundente, ditando o rumo da história da humanidade.
Sem mencionar o senso comum de preocupação com as questões públicas, com o que era legislado e o que era imposto; tal fato foi possível pela frequente ação dos gregos. Este costume é muito valoroso, pois no regime atual (democracia), os eleitores tem a responsabilidade de escolher seus representantes, para que assim eles possam fazer seu trabalho em prol do bem maior, claro que conforme as regras (no caso, a Constituição Federal).
5. REFERÊNCIAS:
-MACIEL, José Fábio Rodrigues; AGUIAR, Renan. História do Direito. São Paulo: Saraiva, 2010. Disponível em: < file:///C:/Users/Yago/Documents/Iago/FDF/Historia%20do%20Direito%20-%20Jose%20Fabio%20Rodrigues%20Maciel%20-%204%C2%BA%20Edi%C3%A7%C3%A3o%20-%20Ano%202010%20(1).pdf>
-ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano. Rio de Janeiro: Forense, 2017. Disponível em: <file:///C:/Users/Yago/Documents/Iago/FDF/DIREITO_ROMANO_MOREIRA_ALVES%20(1).pdf>
-LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história: lições introdutórias. 3ª edição. São Paulo: Atlas 2008. Disponível em: <file:///C:/Users/Yago/Downloads/LOPES_Jose_Reinaldo_de_Lima_O_Direito_na.pdf>

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