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Caderno Eletroterapia 1º Bi

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Prévia do material em texto

1 
 
11.01.2019 
ELETROTERAPIA 
Professora: Juliana B. Corrêa 
8h25 – 11h15 
 AVALIAÇÕES: 
 
NP1 : 08.04.2019 
NP2 : 27.05.2019 
Sub : 10.06.2019 
Exame : 17.06.2019 
Revisão: 24.06.2019 
 
Data Conteúdo Programático 
 
11/02/2019 Apresentação da disciplina/ História da Eletroterapia 
18/02/2019 Propriedades eletrofísicas 
25/02/2019 Corrente Galvânica: característica física, ação principal, mecanismo de ação, 
indicação e contraindicação, iontoforese 
04/03/2019 Feriado 
11/03/2019 Correntes Diadinâmicas de Bernard: Tipos de correntes diadinâmicas, características 
físicas, ação principal, mecanismo de ação, indicação e contraindicação 
18/03/2019 Prática Corrente Galvânica e Diadinâmicas de Bernard 
25/03/2019 Fisiologia da dor 
01/04/2019 Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS): características físicas, ação 
principal, mecanismo de ação, indicação e contraindicação 
Corrente Aussie para analgesia 
08/04/2019 PROVA NP1 
15/04/2019 Vista NP1 
22/04/2019 Corrente interferencial: heteródina, vetorial e estereodinâmica, Características físicas, 
ação principal, mecanismo de ação, indicação e contraindicação 
29/04/2019 PráticaTENS, Aussie e Interferencial 
06/05/2019 Correntes excitomotoras (FES, NMES, Russa e Aussie) 
Terapia combinada 
13/05/2019 Correntes excitomotoras (FES, NMES, Russa e Aussie) 
Terapia combinada 
20/05/2019 Prática correntes excitomotoras 
27/05/2019 PROVA NP2 
03/06/2019 Congresso Fisioterapia 
10/06/2019 SUB e Vista NP2 
17/06/2019 EXAME 
24/06/2019 Revisão de notas 
2 
 
18.02 – Propriedades Eletrofísicas das Correntes 
 
> Conceitos 
 
> Classificação das correntes “ “ 
 
25.02 – Corrente galvânica (corrente direta) 
(mais antiga, primeira a ser utilizada pelo fisioterapeuta) 
 
> Diminui edemas (mais indicação) 
 
> Iontoforese: medicação através da pele, embaixo do eletrodo. Aplicação de um 
princípio ativo, transcutâneo. 
 
 Corrente direta + - : polos sempre fixos, sempre na mesma direção; risco 
de queimar embaixo do eletrodo (queimadura química, não gera calor). 
 
 Iontoforese é mais utilizado na corrente galvânica. É muito comum na 
ortopedia; não tem efeito colateral; muito usado na dermato-funcional. 
 
> Estimulação transcraniana (para chegar no córtex cerebral – Sistema Nervoso 
Central) atinge de forma superficial, não há contração, só neuro-modulação 
(córtex motor e sensorial). 
 
Observação: há risco de convulsão, na magnética é mais comum; não há estudo. 
 
> Indicações: dor crônica, paciente neurológico (AVC, Parkinson, no início por 
psiquiatria para tratamento de depressão). É usado em associação com imagética 
(imaginar o movimento bem-sucedido e depois executar). É um curso só há na 
USP. 
 
04.03 – Feriado 
 
11.03 – Correntes Diadinâmicas de Bernard (corrente direta) 
 
Observação: todas correntes diretas são fixas e tem risco de queimaduras 
químicas. 
 
> É uma evolução da galvânica, ela está entrando em desuso. Foi concebida para 
dor. Só faz 2 coisas: diminui o edema e iontoforese. A corrente galvânica tem 
melhores resultados. 
> Aparelhos “combo”, contém várias correntes em um mesmo aparelho. 
 
18.03 – Prática galvânica e diadinâmicas 
3 
 
25.03 – Fisiologia da dor 
 
> Trabalha na clínica a dor mais crônica (é sempre multifatorial – biomecânica/ 
fibromialgia). 
 
> A dor está na matriz do cérebro; neurociência da dor. 
 
> Livro “explicando a dor”; tem site, aplicativo gratuito só sobre a dor. Há artigo 
recente sobre a dor e fisioterapeuta não entende a dor. O paciente tem que 
entender a dor (como movimento). 
 
> EUA: fisioterapeuta Kathering N., disciplina – Fisiologia da Dor. 
 
01.04 – TENS (corrente alternada) os pólos + - não são fixos. 
(é a mais conhecida) 
 
> Indicação: analgesia, tem estudos sobre a melhora na reparação tecidual. 
 
> Na prática não queima. 
 
> Brasil só clínica; EUA em casa (ajuda do governo) com anotação dos dados para 
passar para pesquisadores. 
 
> R$ 400,00 o custo/ benefício 
 
> Corrente Aussie 
 
08.04 – NP1 
 
15.04 – Vista NP1 
 
22.04 – Corrente Interferencial (corrente alternada) 
 
> Aussie. Utilizada na analgesia e contração muscular (mais utilizada). 
 
> EUA: usa mais TENS (em casa) 
 
> Brasil não usa muito, pois é cara, temais vantagens, é mais confortável e 
profunda 
 
> Testar para verificar o efeito analgésico (pelo número de sessões) 
 
29.04 – Prática TENS, interferencial e Aussie 
 
4 
 
06.05 – Correntes excitomotoras 
 
13.05 – Correntes excitomotoras + terapia combinada 
 
> Corrente Russa, FES e Aussie: usadas para contração muscular. 
 
> Corrente Russa mais utilizada para fortalecimento muscular (músculo fraco – 
graus 3 e 4), para o músculo saudável não tem efeito. Músculo saudável é boa a 
contração voluntária. Corrente Russa é desconfortável. Exemplo da academia que 
cobra R$ 800,00/ hora com uso de roupa com essa corrente. 
 
> Combinada com mais 1 aparelho para uso em atleta. A corrente diminui a 
impedância da pele. Exemplo: Corrente Russa/ Aussie e ultrassom – o efeito do 
ultrassom é potencializado. 
 
20.05 – Prática das correntes excitomotoras 
 
27.05 – NP2 
 
03.06 – Congresso Bacelar 
 
04.06 – Congresso Bacelar 
 
10.06 – Sub e Vista NP2 
 
17.06 – Exame 
 
24.06 – Revisão de notas 
 
 
INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
(aprender a fazer pesquisa) 
 
> Orientador de qualquer área que tem um projeto 
 
> Bolsa da UNIP/ Santander 
 
> Tem que ter tempo, pesquisa, trabalho, atendimento ao paciente 
 
> Dois alunos: 1 – avaliador (risco de viés – rigor metodológico) 
 2 – Terapeuta 
 
> Vantagens: vale como TCC, currículo (para fins de concurso público, mestrado), 
sai como publicado. 
5 
 
> É um compromisso 
 
> Prazo das inscrições 31.03 
 
> Prazo término ago/2019 – ago/2020 
 
> Possibilidade de fazer revisão sistemática (USP e buscar todos artigos) 
 
 
TEXTO: História da Eletroterapia 
 
> Carlos Castro trouxe o TENS para o Brasil (origem de Estocomo). Adicionar 
“Carlos Castro” no facebook (tem cursos). 
 
> Começou com peixe elétrico (desenho nos túmulos do Faraó) 
 
> 1969 – primeiro relato sobre analgesia (teoria das comportas). Estímulo tátil, 
corrente elétrica. 
 
> Galvani (pesquisador). Na época escreveram o livro de Frankenstein 
 
> A volta das pesquisas constatou pelos sais a presença de íons 
 
> Duchenne (D.M.D) estimulou o paciente com paralisia muscular 
 
> 1960 – FES: uso de forma funcional, contração muscular e marcha 
 
> Olimpíadas de Montreal – uso da Corrente Russa obteve ganho de força (porém 
à época com pouco rigor metodológico) 
 
> Próteses mioelétricas – serve para lesados medulares, baseado no estímulo do 
nervo 
 
 Ler o texto para próxima aula. 
 
18.02.2019 
AULA 2 
 
PROPRIEDADES ELETROFÍSICAS DAS CORRENTES 
 
ELETRICIDADE 
 
 DESCOBERTA DA ELETRICIDADE 
 
6 
 
• 400 a.C 
 
• 1750 – Desenvolvido as Baterias; 
 
– Galvani (Demonstrou os efeitos da corrente elétrica no músculo e nervos de 
rã) – a rã teve uma contração por meio dos sais (íons) por onde a corrente passa; 
 
• 1800 (Descoberta da Bobina Indutiva); 
 
– Estimuladores FARÁDICOS (Pulsos em Curta Duração) 
Geddes, 1984 
 
 Corrente farádica não se usa mais, está presente na universal, era usada 
só na contração muscular, há o risco de queimaduras químicas, tem polos fixos. 
Só é utilizado hoje no eletrodiagnóstico. 
 
 
 
• 1900 (Inventado Alternador) – Corrente Alternada; 
 
 A diferença é que os polos se alternam, não há risco de queimaduras. A 
corrente galvânica (direta) é mais utilizada, polos fixos. 
 
• D´Arsonval: Estudou corrente alternada (KHz); 
 
• 1959 Nemec: corrente alternada (4KHz) – corrente interferencial; 
 
• 1970 Kotz “Cientista Russo” (2,5KHz); 
 
– Fortalecimento Muscular 
 
 1970/ 1979 – Olimpíadas, uso da Corrente Russa. Observação: ler texto. 
 
Ward & Shkuratova 2002 
 
7 
 
CARGA ELÉTRICA 
 
 Toda a matéria é formada por... 
 
 
 
 
•Um átomo é eletricamente neutro quando há uma equivalência entre as 
cargas do núcleo e dos elétrons 
 
 
•Quando modificadopor força externa (reações químicas, calor, luz, campos 
magnéticos, forças eletrostáticas): pode perder ou ganhar elétrons (ionização) 
 
 
Ele passa a adquirir propriedades elétricas 
 
 
Íon 
 
> É a base da propriedade física positivo ou negativo. Princípio: cargas iguais se 
repelem e diferentes se atraem (muito aplicado na corrente galvânica). 
 
> Bohr – matéria formada por átomos 
 
> Início estado neutro e a corrente gera ionização – o íon pode ser positivo ou 
negativo (modificado por estímulo externo e adequada propriedade elétrica). 
Ocorre no tecido biológico (é diferente do laser que ocorria via diodo). 
 
 
ÍON 
 
> Negativo: átomo que ganhou um ou mais elétrons, tornando-se carregado 
negativamente (Cátion -) 
 
8 
 
> Positivo: átomo que perdeu um ou mais elétrons, tornando-se carregado 
positivamente (Ânion +) 
 
POLO 
 
> Qualquer corpo que tenha somente uma das cargas 
 
> Pólos: (+) Ânodo 
 (–) Cátodo 
 
Polaridade: indica a carga relativa dos terminais de um circuito elétrico. 
 
> Aparelho de eletroterapia – terminal com carga relativa; sempre dois eletrodos 
para formação do campo elétrico (+ e –) 
 
> Corrente direta (fixa) : positiva do aparelho é cor vermelha (Ânodo); 
 : negativa do aparelho é cor preta (Cátodo). 
 
 Exemplo: teste da batata. 
 
> Polaridade indica a carga. O aparelho tem vários tipos, há um cabo específico 
para cada. 
 
ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA: 
 
Método de intervenção fisioterápico em várias patologias 
 
 
O fisioterapeuta deve conhecer a patologia a ser tratada e o mecanismo pelo 
qual a estimulação elétrica afeta os tecidos 
 
 
Escolher um procedimento de estimulação elétrica seguro e efetivo 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS EM ELETRICIDADE 
 
> O principal é entender o que está gerando no paciente. 
 
• Carga elétrica: é a propriedade da matéria que é a base da força 
eletromagnética 
 
> A força: carregadas se atraindo e repelindo. Na ionização forma uma corrente 
elétrica que é carregada e é atraída ou repelida. 
9 
 
> Voltagem (110/220): É a força que permite os íons se movimentar = força 
eletromotriz. 
 
• Cargas positivas e negativas: elétrons (negativa) e prótons (positiva) 
 
• Cargas iguais se repelem e cargas opostas se atraem 
 
• Polaridade: indica a carga relativa (+ ou –) dos terminais ou condutores de um 
circuito elétrico 
 
 
• Campo elétrico: a força elétrica das partículas carregadas é transportada para 
outras partículas carregadas pelo campo elétrico. 
 
 
 
 
• Condutores e isolantes: 
 
• As partículas carregadas que se movem facilmente ou com dificuldade quando 
colocadas em um campo elétrico são os condutores. Exemplo: metais (BOM 
CONDUTOR) e gordura (MAU CONDUTOR) 
 
• Os isolantes são substâncias que tendem a não permitir movimentos livres de 
íons ou de elétrons. Exemplo: borracha e plástico 
 
> Condutores: bons ou maus condutores. Dentro do tecido biológico há íons (+) e 
(–). Os ricos em íons são de fácil movimentação, os pobres em íons são de difícil 
movimentação. 
 
> Tecidos ricos em água tem muitos íons e tem fácil movimentação (exemplo do 
sangue). Tecidos pobres em água tem difícil movimentação (exemplo do tecido 
adiposo). Por isso na aplicação da corrente a gordura atrapalha. Exemplo do 
paciente com obesidade mórbida. 
 
> Materiais: há bons materiais como metais, e maus como a madeira e a borracha 
(são isolantes). 
 
> Músculos e nervos são ricos em íons. 
10 
 
> Gordura e pele possuem poucos íons. Na pele, uma das formas é usar gel e 
cobrir todo eletrodo. 
 
 
• Corrente elétrica: é o movimento de partículas carregadas através de um 
condutor em resposta a um campo elétrico aplicado (qualquer corrente). 
 
> Serve para efeitos biológicos. No tecido ocorre mudanças fisiológicas que são: 
imediatos e mediatos (longo prazo, durante o tratamento). O maior efeito é a 
diminuição da dor. 
 
> Substâncias são os tecidos corporais. 
 
> Eletromotriz: força para carrega-los é a intensidade da corrente. 
 
> Estímulo: Lembrar que qualquer estímulo físico (eletro/ termo/ foto); qualquer 
paciente? Não. Qualquer doença? Não. Há indicações e contraindicações. Qual o 
mais indicado? 
 
> O procedimento seguro – saber utilizar para não prejudicar o paciente. Exemplo 
do ultrassom é bom para reparação tecidual, mas é pior para dor. 
 
> Ver o site de evidência “P E D R O” – Pubmed. Tem estudos e revisões 
sistemáticas, tem artigos com nota entre 0 a 10. A nota 6 para baixo é referência 
ruim para evidência. São os 3 pilares: 
 
1) A evidência; 
2) A experiência do terapeuta 
3) A opinião do paciente, por exemplo, sente mal com uso de eletro, gelo – pensar 
nisso. Pois não vai melhorar, mesmo com a melhor evidência. 
 
 Não tem que seguir o médico, por exemplo, o uso do turbilhão na cervical 
indicado pelo médico, pois pode afogar o paciente. 
 
 
• Unidade de medida padrão é o ampère (A) 
 
• Nas aplicações eletroterapêuticas são geralmente mensuradas em 
miliampères (mA) 
 
> Clinicamente é o miliampère (mA) é a medida mais baixa. Na prova tem que 
colocar mA *** 
 
 
11 
 
• Impedância: é a oposição à corrente oferecida pelo tecido 
 
> O tecido oferece uma resistência à passagem da corrente. Interessa mais é a 
pele. 
 
> A corrente possui várias frequências: baixa (estética), média e alta. A mais usual 
é a baixa e média (neurofuncional e ortopédica).: 
 
1) Baixa entre 1 – 1000Hz 
2) Média entre 1000 – 10000Hz 
=> Quanto mais alta, menor a impedância (menos resistência do tecido). 
 
• Quanto mais alta a frequência de estimulação, mais baixa será a impedância 
dos tecidos 
 
> Fórmula da impedância Ω = Ohm. Na prática, a baixa é mais difícil, é mais 
desconfortável e menos profundo o tecido; a média é mais fácil de passar e mais 
profunda. Exemplo: TENS = baixa; Interferencial = média. 
 
> Mais rigorsoa: FES = baixa (mais indicação), Russa = média. 
 
Para pulsos bifásicos com frequência baixa, de 50 Hz, temos: 
 
 
 
 
 
 
Para pulsos bifásicos de média frequência de 4000 Hz, a resistência capacitiva 
é 80 vezes menor. 
 
 
 
 
 
 
 Por que uma determinada corrente está mais indicada do que a outra 
para fazer uma determinada ação terapêutica e não outra? 
 
 
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DAS CORRENTES 
 
> Como classificar? Variáveis físicas (= parâmetros). É um pulso (frequência = 
número de pulsos/ segundo). 
Xc = 1 = 3225Ω 
 10-6.2.ᴨ.50 
Xc = 1 = 40,3Ω 
 10-6.2.ᴨ.4000 
12 
 
INSTRUMENTAÇÃO 
Variáveis Físicas e seus Controles nos Equipamentos Eletroterápicos 
 
 É um pulso 
 
 
 
 Frequência = 4000Hz (4.000 pulsos por segundo) 
 
 Há dois tipos: 
1) Frequência da própria corrente 
2) Frequência de ajuste 
 
 Intensidade (mA): quanto está gerando de corrente. 
 
 
VARIÁVIES FÍSICAS 
 
> Há aparelhos mais modernos = mais ajustes, mais controle de variáveis 
> Há aparelhos menos modernos = menos ajustes 
=> Há vários tipos de correntes em um mesmo aparelho 
 
•Características de 1 Pulso Elétrico 
 
•Forma de Onda (Tipo de Corrente) 
 
•Amplitude ou Intensidade de Corrente (mA) 
 
•Tempo de Duração do Pulso (μs ou ms) 
 
•Frequência dos Pulsos (Hz ou pps) 
 
13 
 
•Características do Trem de Pulsos 
 
•Ciclo ON / OFF – Duty Cicle- Taxa de Repetição (em segundos) 
 
•Modulação de Rampa ou Tempo de Subida e Descida do Trem de Pulso 
(segundos) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
1) DIRETA OU ALTERNADA: 
> Direta: unidirecional, polos fixos (sempre) 
> Alternada: bidirecional, sem interrupção (polos não são fixos) 
 
 
14 
 
> Direta: os polos são fixos (+ e –) => polarizada. A corrente atual só acima. É 
monofásica. Na prática é mais simples e pode queimar. 
 
 
 
 
>> Alternada: os polos não são fixos (+ e –) => não polarizada. É bifásica (acima e 
abaixo). Na prática é mais avançada, há pouco risco de queimar. 
 
 
 
 
2) PULSADA = NÃO PULADA (OU PULSÁTIL) 
 
 DIRETA ALTERNADA 
(PULSADA) (PULSADA) 
 
 
 O intervalo entre os pulsos é PULSADA 
 
Observação: as mais modernas são pulsadas, agridem menos o tecido nervoso. 
 
 
3) FORMA CORRENTE(CORRENTE GEOMÉTRICA) 
 
> Senoidal/ Sinodal 
 
> Quadrado/ retângulo 
 
> Exponencial/ triângulo 
 
15 
 
 
 
 
4) FASES DO PULSO 
 
 
 
 
5) SIMETRIA 
 
> Só classifica como bifásico, se não dá para comparar, não dá para classificar 
(comparar o que está em cima com o está embaixo). 
 
> Simétrica: mesma forma em cima e embaixo. 
 
> Formas geométricas são iguais em cima e embaixo. 
16 
 
 
 
6) EQUILÍBRIO 
 
> BALANCEADA E NÃO BALANCEADA. 
 
> Balanceada: o retângulo tem uma área. Se a área 1 = área 2 está balanceada. O 
risco de queimadura é mínimo. 
 
> Não balanceada: se a área 1 é diferente da área 2. 
 
Observação: olhar sempre para o desenho. 
 
 
17 
 
NÍVEIS CLÍNICOS DE RESPOSTA À ESTIMULAÇÃO 
ELÉTRICA DE NERVOS E MÚSCULOS 
 
> Intensidade = amplitude. Com aumento da amplitude o paciente começa a 
sentir formigamento (sensorial), novo aumento gera contração dos músculos 
(motor); outro aumento começa afetar fibras de dor – indica Sistema Nervoso 
íntegro. Porquê? Estimula o nervo periférico. 
 
> Porque? A via sensitiva é mais rápida que a motora e esta é mais rápida que a 
dor. As fibras mielinizadas de grosso calibre são mais fáceis de serem ativadas 
pela corrente que amielinizadas de calibre menor. 
 
 
 
 
18 
 
EXCITABILIDADE 
 
> Na prática. Exemplo: as fibras de dor são amielinizadas, mais difíceis de seram 
ativadas. 
 
 
 
 
ELETRODIAGNÓSTICO 
 
> Estímulo fora da medula é periférico. Exemplo: lesão no plexo braquial, nervo 
mediano – paciente não consegue estimular sem o nervo (como na secção do 
nervo motor). 
 
> No eletrodiagnóstico com ou sem o nervo é possível estimular, faz no exame 
direto no músculo. Demora cerca de 4h, não é usual, é inviável, só faz no SUS. 
Embora tenha bastante resultado. 
 
Observação: é a única forma de estimular o músculo sem o nervo*** 
 
 A questão é: qual a intensidade? (muito complexo). Se não contrai, atrofia 
e perde a função. Para religar o nervo só com cirurgia. Quanto mais demora, mais 
perde músculo. 
 
Gráfico: estímulo mais sensorial e motor, 
pode fazer o estímulo doloroso em poucos casos: 
 
19 
 
 
 
ELETRODO 
 
> Material de borracha, usar gel; impedância pode atrapalhar (exemplo do pelo 
do animal que aumenta a resistência) como pele com óleo e creme atrapalha; 
também pele com suor e suja atrapalha. 
 
> Passar álcool líquido ou gel no local para melhorar a condução da corrente e 
diminuir a impedância. 
 
 
20 
 
 
 
 
FISIOLOGIA DO MÚSCULO E DO NERVO 
 
> A fibra sensorial, motora e de dor. 
 
> Potencial de ação: a todo momento ocorre despolarização-repolarização. Se 
gera corrente, gera potencial de ação. 
 
> Contração do músculo: fadiga sináptica da fibra nervosa, se não der tempo para 
repolarizar gera fadiga. Há correntes que dá mais tempo para resposta. 
 
Potenciais de ação 
 
• Quando um estímulo apropriado é aplicado em uma pequena região da célula 
excitável (exemplo da fibra nervosa periférica), a permeabilidade da membrana 
de íons sódio aumenta temporariamente 
 
• Íons sódio movem-se para dentro da célula e o potencial transmembrana é 
reduzido (próximo a zero) – despolarização 
 
Potenciais de ação 
 
•Potencial de equilíbrio de sódio ocorre em torno de + 60mV – parada de influxo 
de sódio 
21 
 
•Íons de potássio começam a sair da célula – potencial transmembrana torna-
se mais negativo 
 
•Ocorre a repolarização 
 
Potencial de ação 
 
• As modificações da voltagem transmembrana que ocorrem em resposta à 
estimulação das células excitáveis são chamadas de potencial de ação 
 
•Ocorre geralmente dentro de 1m/s 
 
 
 
Propagação do potencial de ação 
 
• Os estímulos espalham-se para porções adjacentes da membrana do nervo e 
do músculo e desencadeiam a mesma sequência de movimentos iônicos através 
da membrana 
 
•Células amielinizadas e mielinizadas 
 
> A propagação é mais rápida em fibras mielinizadas. 
 
 
A unidade motora 
 
• Um motoneurônio juntamente com o grupo de fibras musculares que ele 
inerva é chamado de unidade motora. 
 
> Unidade motora é um neurônio motor + fibras do músculo enervadas pelo 
neurônio. 
 
> Uma lesão no neurônio ou fibra específica não gera estímulo nervoso. 
 
DESPOLARIZAÇÃO 
REPOLARIZAÇÃO 
22 
 
 
 
 Exemplo: paralisia facial: é só uma compressão do nervo e não secção. Se 
ocorrer secção, é comum colocar FES e o eletrodo pegar várias fibras, vai 
estimular só as fibras que estiverem íntegras. Pode gerar “...nezia” – contrai o 
músculo em momento que não era para contrair. Não é para fazer 
eletroestimulação, só eletrodiagnóstico. 
 
 
 
23 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 
 
• É possível usar eletroestimulação em nervos periféricos lesados 
(desnervados)? Por que? 
 
• Doenças que acometem o neurônio motor inferior (eferente) não são 
elegíveis. 
 
• As moléstias que acometem a placa motora, interferindo na passagem do 
impulso nervoso para o músculo, também não podem ser tratadas por esta 
metodologia 
 
R.: Não, porque é preciso a integridade dos nervos, só pelo método 
eletromagnético. 
24 
 
 Exemplo: lesão do nervo do Sistema Nervoso Central, como no AVC, sim! 
O nervo motor inferior está íntegro, não há lesão periférica! Assim como no 
medular (Sistema Nervoso Central). 
 
 
25.02.2019 
AULA 3 
 
CORRENTE GALVÂNICA/ CORRENTE DIRETA CONTÍNUA 
 
>> Utilização da corrente contínua com finalidades terapêuticas 
 
 
 
 Também chamada corrente direta, monofásica, contínua com finalidades 
terapêuticas (linha horizontal). Utilizações: 
 
> Muito utilizada em edemas; estimulação transcraniana, iontoforese, 
eletrodiagnóstico (é o mais completo) 
 
>> Movimentos de carga de mesmo sinal se deslocam no mesmo sentido, com 
uma intensidade constante. 
 
 
 
> Cargas de mesmo sinal na mesma direção, sentido e velocidade. 
25 
 
 Toda ação polarizada tem ação dos polos (efeitos); não polarizada tem 
outros efeitos. 
 
HISTÓRIA 
 
>> 1786 Luigi Galvani estimulou o nervo e músculo de rãs com carga elétrica; 
 
 Trabalho publicado em 1791 
 
 
IMPULSO À EXPERIMENTAÇÃO CIÊNTIFICA NESSA ÁREA 
 
 
Humboldt denominou a corrente constante de Galvanismo 
 
 
Passaram a ser amplamente usadas terapeuticamente e ainda mais 
extensivamente para introduzir medicamentos nos tecidos corporais 
(IONTOFORESE) 
 
 Iontoforese: é a aplicação de medicamento pela corrente direta; 
medicação transcutânea. Se utilizada com ultrassom é a sonoforese – é preciso 
da prescrição médica (regra geral), com exceção da área de dermatofuncional, 
pois não são considerados medicamentos, só princípios ativos. 
 
APLICAÇÃO 
 
 GALVANIZAÇÃO: 
 
>> Uso terapêutico da corrente galvânica, utilizando-se exclusivamente os 
efeitos polares por ela promovidos 
 
 
>> Os tecidos biológicos apresentam grande quantidade de íons + e – 
dissolvidos nos líquidos corporais, que podem ser colocados em movimento 
ordenado por um campo elétrico polarizado aplicado na superfície da pele 
 
 
>> Consequências químicas e físicas 
 
> Utilizada na terapia da corrente, exclusivamente por ação dos polos. Cada polo 
faz uma coisa (positivo e negativo). 
 
26 
 
> Íons dissolvidos nos tecidos corporais, cujo efeito é obtido a partir do campo 
elétrico, por meio de reações químicas e físicas. 
 
 
AÇÃO FÍSICO-QUÍMICA 
 
>> DISSOCIAÇÃO IÔNICA (eletroquímica) 
 
 Os fluídos corporais são formados por soluções salinas oxigenadas que 
contêm íons. Quando a corrente contínua é transmitida por mio de um par de 
eletrodos de metal na superfície da pele, um campo elétrico é formado entre os 
eletrodos e os íons se movem da solução em direção à região cutânea sob os 
eletrodos, processo esse denominado: dissociação eletrolítica (Guirro e Guirro, 
2002). 
 
– É o fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em diferentes compostos 
químicos; 
 
– Polo positivo: atrai íons negativos e repele íons positivos; 
 
– Polo negativo: atrai íons positivos e repele íons negativos; 
 
> A melhor condução da corrente são eletrodos de metal; a borracha também é 
usual. Tem quecolocar esponja com água ou solução em gel com soro fisiológico. 
 
> Os íons se deslocam para baixo dos eletrodos. O polo positivo atrai íons 
negativos e repele íons positivos. 
 
> Dissociação iônica: moléculas se dividem em diferentes compostos, sob os 
eletrodos formando um novo composto químico (reação química que gera 
mudanças fisiológicas no tecido), há uma atração de íons. 
 
 
EFEITOS ELETROQUÍMICOS 
 
>> Cátodo (Polo Negativo) migram os íons positivos chamados Cátions Na+ e H+ 
(cátions) 
 
>> Ânodo (Polo Positivo) migram os íons negativos chamados Ânions Cl– e OH– 
(ânions) 
 
> Coloração universal: Cátodo = preto; Ânodo = vermelho. 
 
 
27 
 
 
 
 
– No pólo (+): irá ocorrer uma reação ácida (PH) – Ácido Clorídrico (HCl), com 
liberação de oxigênio – Necrose de coagulação; 
 
> Ocorre alteração de PH, com diminuição do PH intracelular. É importante o 
efeito bactericida, por exemplo, na úlcera de pressão; na acne na 
dermatofuncional. Hoje está sendo usado laser com substância azul de metileno. 
 
> Forma o ácido clorídrico, HCl, com liberação de oxigênio, é essa alteração que 
ocorre no polo positivo. 
 
> Necrose de coagulação. Ela é benéfica até certo ponto, pois gera reações, mas 
se utilizada de forma errada gera necrose de coagulação. O tecido fica hemi-
endurecido, mesmo efeito da necrose isquêmica, por falta de oxigênio. 
 
– Pólo (–): vai ocorrer reação básica (PH) – Soda Cáustica (NaOH), com 
liberação de hidrogênio e necrose de liquefação; 
 
> Na necrose de liquefação o tecido fica mole/ amolecido. É benéfica se utilizada 
de forma correta. 
 
28 
 
 
 
 
>> Necrose de liquefação: apresenta a área necrótica de consistência mole 
 
>> Necrose de coagulação ou isquêmica: desnaturação da maioria das proteínas 
celulares devido à queda acentuada no pH celular durante o processo de lesão 
por hipóxia ou isquemia. 
 
>> A concentração destas substâncias (ácidos ou bases) podem alcançar níveis 
lesivos para os tecidos na área sob os eletrodos 
 
>> A queimadura química resulta da formação de hidróxido de sódio sob o polo 
negativo 
 
 Qual dos dois é pior: ácido clorídrico ou soda cáustica? A soda cáustica! 
Embora os dois queimem, primeiro, queima o polo negativo (mais corrosivo) e 
depois queima o polo positivo. 
 
 Tanto na necrose de coagulação (isquêmica) – Ânodo –, como na necrose 
de liquefação – Cátodo –, ocorre a desnaturação de proteínas e a lesão tecidual. 
 
 Níveis lesivos no tecido na área sob os eletrodos ocorrem se utilizar errado, 
pois os objetivos são níveis fisiológicos. 
 
 
 ENDOSMOSE 
 
– É o deslocamento de partículas fluidas em direção ao cátodo (–); 
 
– Drenagem de edemas. 
29 
 
 
 
> Endosmose* é a mais usual na ortopedia e neurofuncional. É uma ação físico-
química que leva a drenagem do edema. É o deslocamento de partículas fluídas 
(líquidas) em direção ao polo negativo (Cátodo). 
 
 Utilização para drenagem do edema. Exemplo: edema de tornozelo. 
 
 Onde colocar os polos positivo e negativo? Para que serve o sistema 
linfático? Eliminação de toxinas, drenagem de líquidos corporais, funções do 
sistema imunológica. 
 
 No edema de tornozelo, por exemplo, colocar o polo negativo sobre os 
linfonodos, próximo ao tornozelo ficam os linfonodos poplíteos, porque aí atria 
as partículas. E o positivo? Pode ser na região ou em cima do edema. Daí fecha o 
circuito, e uma das funções é ressecar o tecido. Além disso pode associar com 
contração voluntária, drenagem linfática. 
 
 Gelo: se usa depois da corrente, pois diminui a excitabilidade do nervo. 
 
 A corrente pode ser utilizada na fase aguda, subaguda e crônica, não 
produz calor, é irrisório. 
 
 Exemplos: 
 
1) Em fraturas de tornozelo é comum o edema crônico, é bom usar meia elástica 
de compressão. 
 
2) Edema de joelho: polo positivo no joelho (edema) e o negativo nos linfonodos 
inguinais (virilha). 
 
3) Edema na mão: colocar o polo positivo no edema e o negativo no linfonodo 
cubital (cotovelo) 
 
*** É a melhor corrente para diminuição de edema e a mais utilizada para 
membros superiores e inferiores 
30 
 
 Para melhorar, elevar o membro para favorecer o retorno venoso. 
 
BANHO GALVÂNICO 
 
 
É aplicação corrente dentro da água. 
 
 Exemplo: não é possível colocar no processo estiloide, pois o eletrodo não 
encaixa/ acopla. Então usar a bacia com água à temperatura ambiente e o 
eletrodo dentro da água – o polo positivo. O polo negativo na região cubital. 
 
> Essa técnica é usada para mão e pé. 
 
*** Tanto o membro como o eletrodo tem que estar dentro da água, se não 
estiver, o paciente toma choque. 
 
AÇÃO FÍSICO-QUÍMICA 
 
 VARIAÇÃO DO ELETROTÔNUS (no eletrodiagnóstico atua nos músculos) 
 
>> Modificações elétricas locais produzidas pela corrente elétrica no potencial 
de repouso das membranas celulares 
 
>> A membrana em repouso apresenta eletronegatividade interna em relação 
ao meio externo 
 
> A corrente altera a eletricidade da membrana celular do nervo. A alteração da 
eletricidade da membrana a torna mais positiva e diminui a permeabilidade 
(aneletrotonus) ou negativa e aumenta a permeabilidade (cateletrotonus). 
31 
 
 
 
> A membrana é mais negativa internamente. 
 
 
>> Aneletrotônus (+): a corrente anódica faz com que a fibra fique mais 
resistente à excitação do que o normal. (diminuição da permeabilidade da 
membrana ao sódio) 
 
Deprimindo a excitabilidade = alívio da dor. 
 
> No polo positivo se chama aneletrotonus. A fibra fica ais resistente à excitação 
e a membrana fica menos permeável à entrada de Na+ (sódio), diminui a 
excitabilidade do nervo e assim, gera alívio da dor. 
 
 Na prática: gera formigamento, pois adormece por alterar o limiar da 
membrana. 
 
 As melhores correntes para alívio da dor são TENS e interferencial*** 
 
 O maior efeito ocorre quando está ligada. 
 
 
>> Cateletrotônus (–): a corrente catódica excita a fibra. (aumento da 
permeabilidade da membrana ao sódio do que o normal) 
 
> No polo negativo se chama cateletrotonus. A membrana fica mais relaxada, há 
aumento da permeabilidade, excita a fibra e entra mais Na+, tem ação excitatória. 
 
 Ela é ideal para contração muscular, mas não é usada para isso. Não se usa 
na prática clínica, nem analgesia e nem para reparação tecidual. Porém, é a 
melhor para edema*** 
32 
 
 ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE: 
 
– Ânodo (+): a membrana está tensa, menos permeável – Hiperpolarização 
 
– Cátodo (–): a membrana está mais relaxada, mais permeável – 
Hipopolarização 
 
ANELETROTÔNUS (polo +) 
 
 
  A positividade externa da membrana aumenta = 
 aumenta o limiar de ativação =  Excitabilidade 
 Hiperpolarização 
 
 
 
CATELETROTÔNUS (polo –) 
 
 
A positividade externa da membrana diminui = 
diminui o limiar de ativação =  Excitabilidade 
Hiperpolarização 
 
33 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS 
 
 AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO (VASODILATAÇÃO) SOB OS 
ELETRODOS: 
 
>> Hiperemia local: permanece por 20 minutos 
 
>> Maior nutrição tecidual local; 
 
>> Maior oxigenação; 
 
>> Maior aporte de células de defesa; 
 
>> Facilitação da reparação tecidual. 
 
>> Aumento da temperatura 
 
> Os dois polos fazem vasodilatação, porém o negativo é mais vasodilatador que 
o positivo. Na prática é norma a hiperemia. 
 
 É importante efeito para reparação tecidual, pois retira toxinas da região, 
porém não é utilizada com essa finalidade. 
 
 
 PRODUÇÃO DE CALOR: 
 
>> Quando a corrente galvânica flui pelos tecidos ocorre um pequeno 
aquecimento (2-3°C): 
 
 Pelas reações químicas; 
 
 Vasodilatação ativa; 
 
>> O calor gerado está relacionado com: 
 
 
 
 
> O calor gerado é irrisório, fica entre 2ºC e 3ºC. 
 
> A amplitude da corrente depende da intensidade (= quando o paciente sente), 
que é a carga, corrente elétrica. Amplitude é o tempo: quanto mais calor gerar, 
não usar mais de 25 minutos, pois corre o risco de queimar. 
 
Calor gerado (Q) = Amplitude (i2). Resistência (R). tempo (t) 
34 
 
> A resistência é a impedância. Aumenta a resistência da pele: pelose sujeira. 
 
 
 EFEITO BACTERICIDA: 
 
>> Alteração do pH local. 
 
> Não é usado para isso, é mais usado na dermatofuncional. 
 
 
 EFEITO ANALGÉSICO: 
 
>> Modula a dor através da teoria das comportas; 
 
> A teoria das comportas é a explicação mais aceita para analgesia. 
 
>> Hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo) ajuda a remover fatores que 
induzem a dor. 
 
> Os mediadores químicos geram estímulos para o córtex identificar a dor. 
 
 
 ACELERA A CICATRIZAÇÃO: 
 
>> Melhora a qualidade do tecido na reparação; 
 
>> Fraturas (efeito piezoelétrico); 
 
>> Ulceras dérmicas isquêmicas; 
 
>> Indução fibroblástica e aumenta a velocidade das sínteses de proteína; 
 
>> Polaridade: Eletrodo Negativo (3 primeiros dias) – inverte a polaridade (4-7 
dia); 
 
 “Poucas referências sobre o assunto, baixa aplicação clínica” 
 
Brown et al.,1988; Weiss et al.,1990; Feedar et al.,1991; Brighton et al.,1981 
 
> O efeito de cicatrização não é usado para úlceras, e para indução fibroblástica 
é mais indicado o laser. A literatura nesse ponto está superada. 
 
> A corrente só é usada para edema e eletrodiagnóstico. 
 
35 
 
CARACTERÍSTICAS DOS POLOS 
 
 POLO POSITIVO POLO NEGATIVO 
 
– Reação ácida (HCl) – Reação acalina (NaOH) 
 
– Atrai e libera oxigênio – Atrai e libera hidrogênio 
 
– Menos vasodilatador – Vasodilatador 
 
– Desidrata os tecidos – Hidrata os tecidos 
 
– Endurece os tecidos – Amolece os tecidos 
 
– Provoca coagulação – Liquefaz os tecidos 
 
– Analgésico – Estimulante 
 
> Os dois polos vasodilatam. Isso também acontece nas correntes diadinâmicas, 
é igual. 
 
ELETRODO 
 
>> Silicone com esponja em água 
 
>> Metálico com esponja em água 
 
 
 
> O material pode ser metálico ou de silicone, em ambos usar esponja com água. 
O eletrodo metálico é melhor para condução, mas é difícil acoplar. 
36 
 
DOSE 
 
>> Dosagem = i x tmin 40 a 80 mA x minutos (dose galvânica) 
 
> De 40 a 8mA/min: tem que chegar no tecido se não, não tem efeitos fisiológicos. 
 
> i (mA) = intensidade; t (minutos) = tempo. 
 
 Exemplo: colocar eletrodo no edema: 
 
1º) Aumento da intensidade (ir pressionando o botão: 0,5; 1; 1,5...). O paciente 
avisa quando sentir formigamento ou pontadas leves. A sensação depende do 
paciente, cada um tem um limiar diferente, supondo que chegue a 2mA, aplicar 
a fórmula: 
 
 i (mA) x t (min) => 2 (mA) x 20 (min) => 40mA/ min 
 
> Usar 20 minutos como tempo (média entre 12 e 25 minutos) 
 
 Exemplo: se a tolerância do paciente chegar a 4mA, aplicar: 
 
 4 (mA) x 10 (min) => 40mA/min 
 
> O limite fica sempre entre 40mA e 80mA 
 
 Exemplo : 4mA x 15min = 60mA/min  
 : 4mA x 20min = 80mA/min  
 
 O que pensar? Na terapia há em média um tempo de 50 minutos, quanto 
menos tempo usar, mais otimiza a fisioterapia. 
 
 Exemplo: 3mA x 15minutos = 45mA/ min  
 
 O que é norma? O paciente sentir de 2 a 7mA. Acima disso o risco de 
queimar é grande (pacientes com risco como problemas de sensibilidade, o 
“tigrão”, e ainda o fato de o aparelho estar desregulado). 
 
*** Não pode arder, doer, porque [e sinal que está queimando 
 
*** Usar entre 10 a 25 minutos de tempo 
 
*** Pode sentir irritação e coceira (principalmente no polo negativo) 
 
37 
 
 
 
SENSAÇÃO DO PACIENTE 
 
>> Leve sensação de formigamento / pontadas; 
 
 
 
 
Leve irritação ou coceira 
 
 
IONTOFORESE / TRANSFERÊNCIA IÔNICA 
 
 DEFINIÇÃO 
 
>> Introdução de íons ativos através da pele por meio de uma corrente contínua 
com objetivos terapêuticos. 
 
>> Alternativa para as outras vias de administração – Injeção X ingestão 
 
*** Monitorar o paciente, há risco de queimadura 
 
> Na dermatofuncional o efeito é local. 
 
*** O fisioterapeuta pode fazer uma cartinha para o médico para prescrever. 
 
 
 STEPHANE LE DUC 1903 
 
>> Polo Positivo – repele íons positivos 
 
>> Polo Negativo – repele íons negativos 
38 
 
– Experiência com o coelho utilizando Estricnina (–); 
 
 Foi apontado como o criador! 
 
> O experimento com o coelho utilizando estricnina (veneno para ratos) matou-
o, mas geralmente o efeito é local e não sistêmico. 
 
 
 USO CLÍNICO DA IONTOFORESE 
 
>> Ishihashi (1936) observou que a sudorese excessiva das palmas (hiperidrose) 
podia ser reduzida com a transferência de íons de soluções medicamentosas 
por meio das técnicas iontoforéticas. 
 
> Na hiperidrose (excesso de suor nas palmas das mãos, planta dos pés e nas 
axilar) hoje é usado botox. Na prática não é utilizado iontoforese. 
 
 
 CONCEITO DO ELETRODO 
 
– Eletrodo Ativo área alvo 
 
– Eletrodo Dispersivo ou Passivo afastado 
 
> Depende do medicamento: O medicamento no eletrodo ativo na área alvo e o 
eletrodo passivo afastado para fechar o campo. 
 
 
>> O eletrodo de tamanhos iguais. 
 
 O negativo é mais irritante (NaOH) pela alta concentração de íons de 
Hidrogênio e a velocidade de reação; 
 
IGUAIS DIFERENTES 
 
 
 
Igual concentração para ambos Mais concentração na corrente do 
eletrodo pequeno. Há risco de queimas, 
principalmente no polo negativo que 
queima mais. 
 
 
 
+ – + – 
Usar eletrodos iguais, idem na 
galvânica 
39 
 
 ATIVO/ PASSIVO 
 
Eletrodo 
 
ATIVO PASSIVO 
 
 
____________________________________________________ Pele 
 
> Esponja molhada com medicamento 
(com anti-inflamatório) 
 
> Esponja molhada com água para fechar o campo 
 
 O medicamento em polaridade (positivo ou negativo, que já vem indicado 
no próprio medicamento). No caso, se ele é positivo, qual deve ser o polo do 
eletrodo? 
 
 Exemplos comparativos: 
 
 Polo positivo e medicamento positivo: efeito de repelir 
 
 
 Polo negativo e medicamento positivo: efeito de atrair 
 
 Então, o polo correto do exemplo tem que ser positivo, pois o 
medicamento só entra se for repelido. No negativo ele fica sub eletrodo e não 
penetra na pele. Se o medicamento for negativo o efeito tem que ser negativo. 
Sempre na mesma polaridade do medicamento. 
 
 
 CONCEITO DO MEDICAMENTO 
 
>> O medicamento deve ser dissolvido em água ou gel e colocado entre o 
eletrodo ativo e a pele do paciente. 
 
>> Em relação à concentração da substância: 
 
 Baixas concentrações têm apresentado melhores resultados. 
 – 1 a 3 %. 
 
> O medicamento tem concentração própria, medicamento é manipulado para 
ser dissolvido na pele para fazer iontoforese. 
 
+ 
– 
40 
 
>> Associação de 2 medicamentos de mesma polaridade 
 
 
 Competição iônica pela corrente 
 
 
 Diminuição da penetração de um ou ambos 
 
> Se usar 2 medicamentos haverá competição iônica e o efeito será anulado. Usar 
um e após o outro. 
 
 
 DOSAGEM 
 
>> “A quantidade de íons é diretamente proporcional à intensidade da corrente 
e ao tempo de aplicação.” 
 
>> Deve-se levar em conta a tolerância do paciente e a polaridade do eletrodo 
 
> Usar a regra do formigamento leve ou pontada, de 6 a 12 minutos – esse tempo 
é controverso, mas é mais usado, não precisa fazer conta, é só medicamento 
 
 
 OS BENEFÍCIOS DA IONTOFORESE 
 
>> Diminuição dos efeitos colaterais sistêmicos; 
 
>> Ação local do medicamento; 
 
>> Ação mais efetiva e prolongada do medicamento na região; 
 
>> Atuação profunda também. 
O’Malley e Oester, 1955 
> Só é mais trabalhoso, é uma via alternativa 
 
 DOSE 
 
>> Concentração do fármaco – 1 a 3%; 
 Diluição em água (deionizada). 
 
>> Intensidade: 0,1 mA/cm² (eletrodo) – o parâmetro da intensidade é sempre a 
sensação do paciente, não usar 0,1mA.; 
 
>> Tempo: 6 min (ideal) – 12 min – na prática o tempo oscila entre 6 a 10 minutos. 
41 
 
 INDICAÇÕES 
 
>> Edema; 
 
 Banho galvânico / posicionamento. 
 
>> Reparação tecidual (não é o melhor); 
 
>> Analgesia (não é o melhor); 
 
>> Antiinflamatório (não usa: é melhor a iontoforese); 
 
>> Antibiótico; 
 
>> Amolecimento de aderências (melhor é laser e ultrassom); 
 
>> Vasodilatação; 
 
>> Hiperidrose 
 
>> Relaxamento e estimulação. 
 
 DE TODOS ESSES USAR MESMO NO EDEMA! 
 
 
 CONTRAINDICAÇÃO 
 
>> História de reação adversa ao medicamento ou condições em que a 
substânciaseja contraindicada. 
 
 Exemplo: Corticoesteróides na gravidez. 
 
>> Respeitar também as mesmas restrições em relação ao uso da corrente 
elétrica. 
 
 Tórax, mediastino, alteração de sensibilidade, olhos, pescoço, gônadas, 
tecidos infectados, tumores, região anterior de pescoço. 
 
> Tem que avaliar o paciente. Pensar, não decorar: não usar na área cardíaca 
(tórax); pacientes com alterações de sensibilidade (diabéticos); na região do 
pescoço fica a glândula tireoide e as artérias carótidas nas laterais (é comum 
obstrução por trombo que pode virar embolo) – mas na cervical pode! Infecção/ 
tumor aumenta; na grávida pode usar, menos no útero e na lombar; pacientes 
com marcapasso não (nem no pé e nenhum lugar do corpo); pacientes com pino 
42 
 
e parafuso pode, pois não aquece, assim como na fase aguda e nas epífises de 
crescimento; paciente com TVP não usar, pois faz vasodilatação! 
 
 
 COMPLICAÇÕES 
 
>> Queimaduras 
 
 QUÍMICAS: 
 
– Concentração excessiva de NaOH (–); 
 
– Lesão rósea (imediatamente) – ferida mole e acinzentada (tardia). 
 
> Queimaduras por reações químicas ocorrem principalmente pelo polo negativo: 
necrose de liquefação. 
 
 
 CALOR: 
 
– Alta resistência da pele, falta de umidade no eletrodo, erros na coaptação do 
eletrodo, pressão sobre o eletrodo (isquemia local); 
 
– Reação alérgica (fármaco) 
 
> De modo geral pelo aumento da resistência da pele: sujeira (pele não limpa), 
eletrodo seco, eletrodo descoaptado concentra e queima (o eletrodo tem que 
estar inteiro coaptado) 
 
 
 APLICAÇÃO 
 
>> Avaliação da região aplicada; 
 
> Atenção para se tiver ferida, tem água é bom condutor e tem risco de 
queimadura. É indicado usar microporo para não concentrar a corrente. 
 
>> Limpar a região (impedância); 
 
>> Escolha do medicamento; 
 
>> Tipo de eletrodo (metal / borracha); 
 
>> Eletrodo Ativo / dispersivo (polaridade, tamanho do eletrodo); 
43 
 
>> Colocação do eletrodo, meio de contato (esponja), estabilização e técnica de 
colocação; 
 
>> Aplicação (dose correta, monitorar o paciente o que está sentido) 
 
>> Monitorizarão dos sinais. 
 
TABELA MÉDICA COM POLARIDADE PRONTA. SÓ AJUSTAR O ELETRODO: 
 
Íons mais comumente utilizados em Iontoforese, incluindo a fonte mais conveniente 
do íon, polaridade do íon, indicações e concentrações 
Íon Fonte Polaridade Indicações Concentração (%) 
Acetato Ácido Acético 
H3CCOOH 
Negativa Depósito de Cálcio 2,5 – 5 
Cloreto Cloreto de 
Sódio NaCl 
Negativa Aderências, 
Amolecimento de 
cicatrizes 
2 
Cobre Sulfato de 
Cobre CuSO4 
Positiva Infecção Fúngica Ex. 
Pé de atleta 
2 
Dexametasona Decadron 
DexNa2PO3 
Positiva Inflamações 
Musculoesqueléticas 
0,4 
Hyaluronidase Wyadase Positiva Redução de Edema 
Magnésio Sulfato de 
Magnésio 
MgSO4 
Positiva Relaxamento 
muscular, 
Vasodilatação 
 
Salicilato Salicilato de 
Sódio NaSal 
Negativa Inflamação 2 
Xilocaína Xilocaína Positiva Analgesia Local 5 
Zinco Óxido de 
Zinco ZnO2 
Positiva Úlceras Cutâneas, 
Feridas 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
>> Eletroterapia Explicada – Princípios e prática. John Low e Ann Reed – Editora 
Manole. 
 
>> Princípios e Prática de Eletroterapia. Joseph Kahn – Editora Santos. 
 
>> Fisioterapia Dermato-Funcional. Elaine Guirro e Rinaldo Guirro – Editora 
Manole. 
 
>> Eletroterapia Prática Baseada em Evidências. Sheila Kitchen – Editora 
Manole. 
44 
 
18.03.2019 
AULA 4 
 
CORRENTES DIADINÂMICAS DE BERNARD 
 
> Hoje as correntes diadinâmicas de Bernand entraram em desuso devido ao risco 
de queimar. A galvânica é a melhor corrente para edema. 
 
 HISTÓRICO: 
 
>> Pierre Bernard, 1929 – alívio da dor 
 
 Em 1929 só havia corrente galvânica e farádica. Bernard tentou melhorar 
as duas, já havia corrente alternada. 
 
>>São correntes alternadas senoidais de baixa frequência (50 a 100 Hz) com 
retificações monofásicas interrompidas 
 
 No aparelho há cinco (5) correntes diretas. Bernard retificou e levou para 
cima. 
 
 
 
Galvânica e Farádica: queimam muito 
 
 
 
Diadinâmicas: podem queimar 
Diretas: uso no eletrodiagnóstico; estímulo no 
músculo desnervado (perda da enervação) 
 
45 
 
> AÇÃO DE POLOS 
 
> REAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS 
 
> CORRENTE DIRETA RETIFICADA EM SEMI-ONDAS OU ONDAS COMPLETAS 
 
> USO DAS CORRENTES: 2 OU 3 ASSOCIADAS 
 
> TEMPO: 10 A 12 MINUTOS. MÁXIMO 4 MINUTOS POR CORRENTE 
 
> INDICAÇÕES : EDEMA 
 : IONTOFORESE 
 : NEURITES E NEURALGIAS (não é secção de nervo) 
 
 Neurite é uma inflamação do nervo 
 
 Neuralgia é uma alteração dos nervos periféricos: 
– Dor de origem nervosa 
– Sintoma: parestesia, dor em pontada/ queimação 
– Compressão importante: pode perder a função. Exemplo: Síndrome do túnel do 
carpo. 
– Protocolo para neurite e neuralgia: com o desuso de diadinâmicas, há artigos 
com indicação de laser e cinesioterapia 
– Laser DMC portátil de 100mw. Exemplo de uso: paralisia facial é um dos 
melhores protocolos. 
 
> BANHO GALVÂNICO (ENDOSMOSE) 
 
> COLOCAÇÃO DO POLOS 
 
> LESÃO AGUDA 
 
> LESÃO CRÔNICA 
 
> LESÃO SUBAGUDA Cura (–) Crônica (+) 
 
 TESTE DA BATATA: 
 
> POLO NEGATIVO (preto): reação básica, região úmida e mole, necrose de 
liquefação, atrai líquidos (libera, HCL, H+: bolhinhas) 
 
> POLO POSITIVO (vermelho): reação ácida, região seca e dura, necrose de 
oxidação, resseca o tecido (libera O2) 
46 
 
 CORRENTES GALVANO / FARÁDICAS ALTERNADAS, RETIFICADAS EM 
SEMI-ONDAS OU ONDAS COMPLETAS 
 
 Alternando estas duas teremos 5 correntes: 
 
>> Difásica Fixa (DF) 
 
>> Monofásica Fixa (MF) 
 
>> Curto período (CP) 50 ou 100 Hz 
 
>> Longo período (LP) 
 
>> Ritmo sincopado (RS) 
 Não usa mais porque só serve para contração muscular, há correntes 
melhores com menos risco de queimar 
 
 
 
 COMO USAR? 
 
> A primeira na terapia começar sempre com Difásica Fixa. Sempre usar 2 ou 3 
correntes juntas. Difásica Fixa é preparatória para demais correntes. Pode 
escolher : DF, MF e CP ou 
 : DF, MF e LP 
 
 Longo Período: tem analgesia prolongada, mas o objetivo são os 3 (edema, 
iontoforese, estímulo nervoso). 
 
> Templo: 10 a 12 minutos, no máximo 4 correntes. Exemplo de Protocolo: 
 
 
47 
 
 DF: 4 minutos 
 MF: 4 minutos 
 CP: 4 minutos 12 MINUTOS 
ou LP: 4 minutos 
 
 AÇÃO DOS POLOS (igual da corrente galvânica): 
 
– Analgesia : Positiva – reação ácida (ácido clorídrico) endurece; 
 
– Excitatório : Negativa – reação básica (ácido cáustico) amolece. 
 
 
 REAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA (igual da corrente galvânica): 
 
1) Dissociação Iônica : positivo atrai negativo 
 : negativo atrai positivo 
 
2) Endosmose: atração de partículas fluídas em direção ao cátodo 
 
3) Eletrotônus: mudança da eletricidade da membrana cellar: 
 
– No cátodo (eletrotônus): mais permeável e mais excitante 
 
– No ânodo (eletrotônus): menos permeável (hiperpolarizado), gera analgesia 
 
Observação: BANHO. Quando não consegue acoplar: 
 (+) dentro da água (bacia) 
 (–) linfonodos 
 
Fora da água : (+) no edema 
 : (–) no linfonodo 
 
> COLOCAÇÃO DOS POLOS (não acopla: só neurite e neuralgia) 
 
1) Lesão AGUDA: duração de no máximo 72h, a depender do tipo de lesão e sinais 
flogísticos. Exemplo: não confundir com doença AVE que a fase aguda pode 
chegar a 6 meses. 
 O polo positivo (+) é colocado na lesão e o polo (–) é colocado afastado 
(irradiação). 
 Exemplo: Facial. No local da dor o polo positivo (+) e o polo negativo (–) 
afastado; pois o positivo gera analgesia e o negativo estímulo excitatório. 
 Exemplo: Síndrome do Túnel do Carpo. Positivo no punho e o negativo na 
palma da mão (irradiação). 
 
48 
 
2) Lesão CRÔNICA: Colocar o polo negativo (– ) na lesão e o polo positivo (+) 
afastado (irradiação), porque eu quero estimular, por isso fica na lesão. 
 
 
3) Lesão SUBAGUDA: 
 
A) Cura: dura entre 3 a 4 dias até 21 dias. Marcada pelo desaparecimento dos 
sinais flogísticos e melhora da função. Nesse caso fazer a inversão de polaridade: 
começar com polo negativo (–) 
 
 Exemplo de protocolo (é o mesmo): indo para cura: 
DF (1º tudo negativo) : 2 minutos 
MF (1ºtudo negativo) : 2 minutos 
LP (1º tudo negativo) : 2 minutos 
 Inverte a polaridade: 
DF (positivo) : 2 minutos 
MF (positivo) : 2 minutos 
LP (positivo) : 2 minutos 
 
 
B) Se não estiver evoluindo, está indo para fase crônica. Nesse caso começa com 
o polo positivo (+) 
 
 Exemplo de protocolo (mesmo, inverte): indo para crônica: 
DF (positivo) : 2 minutos 
MF (positivo) : 2 minutos 
LP (positivo) : 2 minutos 
 Inverte a polaridade: 
DF (negativo) : 2 minutos 
MF (negativo) : 2 minutos 
LP (negativo) : 2 minutos 
 
Observação: após 20 dias usar o protocolo da fase crônica. 
 
 CONTRAINDICAÇÕES (mesma da corrente galvânica): 
> Sensação do paciente: o paciente tem que sentir um formigamento leve ou leve 
pontada. Não pode haver dor, queimar ou arder. 
 
 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DOS SLIDES: 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CORRENTES DIADINÂMICAS 
 
>> Difásica Fixa (DF): corrente alternada de 100 Hz em ondas completas 
retificadas 
49 
 
>> Monofásica Fixa (MF): corrente alternada de 50 Hz em semi-ondas retificadas 
 
>> Modulada em Curto Período (CP): forma de corrente MF e DF de conexão 
alternada 
 
>> Modulada em Longo Período (LP): forma de corrente MF mesclada com uma 
segunda forma de corrente MF, cuja fase está desenvolvida em semi-onda, 
variando sua amplitude entre zero e o valor máximo 
 
>> Ritmo Sincopado (RS): forma de corrente MF com pausas 
 
DIFÁSICA FIXA (DF) 
 
• Caraterizada por apresentar frequência de 100Hz com retificação com onda 
completa 
 
• Cada pulso tem a duração de 10ms, não havendo intervalo entre eles 
 
• Esta indicada para tratamento inicial antes da aplicação de outra corrente 
 
• Indicada para o tratamento de transtornos circulatórios 
 
• Durante a aplicação o paciente sente fibrilação e um formigamento que vão 
desaparecendo gradativamente (acomodação) 
 
• Se elevar muito a intensidade da corrente pode gerar contração muscular = 
efeito não desejado 
 
CORRENTE DIADINÂMICA DIFÁSICA FIXA (DF) 
 
 
50 
 
>> Difásica Fixa (DF): corrente alternada de 100 Hz em ondas completas 
retificadas 
 
 
DIFÁSICA FIXA: 
 
 • Preparatória para outras correntes 
EFEITO • Tonificação 
 • Vasomotricidade 
 • Analgesia temporária 
 
 • Fibrilação 
SENSAÇÃO • Formigamento 
 • Sem contração muscular 
 
INDICAÇÃO • Tratamento de transtornos circulatórios funcionais periféricos. 
 
 
MONOFÁSICA FIXA (MF) 
 
• Apresenta pulso alternado 
 
• Diferencia-se da DF apenas por apresentar retificação em semi-onda com 
frequência de 50Hz 
 
• Cada pulso da corrente tem duração de 10ms com intervalo de igual duração 
 
• É indicada para a estimulação do tecido conjuntivo (inespecífica)= acelera seu 
metabolismo 
 
 
 Produz contrações musculares com doses menores que a corrente DF = 
efeito não desejado 
 
 
>> Ao aumentar lentamente a intensidade: 
 
1° – Fasciculação muscular 
2° – Tetanização 
 
>> Utilizada no tratamento de dores que não tenham origem espasmódica, com 
prévia aplicação da DF 
 
 
51 
 
CORRENTE DIADINÂMICA MONOFÁSICA FIXA (MF) 
 
 
>> Monofásica Fixa (MF): corrente alternada de 50 Hz em semi-ondas retificadas 
 
 MONOFÁSICA FIXA: 
 
EFEITO • Acelera o metabolismo conjuntivo 
 • Analgésico 
 
SENSAÇÃO • Forte vibração como se a corrente fosse penetrante e resistente 
(persiste por + tempo que a DF) 
 • Pode provocar contração muscular 
 
INDICAÇÃO • Estimulação do tecido conjuntivo 
 • Estrias, celulites e flacidez 
 
CURTO PERÍODO (CP) 
• Trata-se da MF e DF aplicadas alternadamente por 1seg cada 
 
• Evita acomodação sensitiva, possuindo frequência variando entre 50 e 100Hz 
 
• Muito utilizada para o tratamento de dores de diferentes origens, estados 
pós-traumáticos e alterações tróficas 
 
 O paciente percebe claramente a troca entre os períodos monofásicos e 
difásicos 
 
• No período difásico o enfermo sente um ligeiro tremor que diminui 
rapidamente com aplicação de uma intensidade constante 
52 
 
• No período monofásico sente um forte vibração que é constante 
 
• Ao ultrapassar o limiar de excitação motora, produz-se contração muscular 
rítmica 
 
CORRENTE DIADINÂMICA CURTO PERÍODO (CP): 
 
 
>> Modulada em Curto Período (CP): forma de corrente MF e DF de conexão 
alternada 
CURTOS PERÍODOS: 
 
 • Analgesia 
EFEITO • Estimula o trofismo 
 • Preparatória para outras correntes 
 • Analgesia temporária 
 
SENSAÇÃO • Distinção dos períodos MF e DF (tremor no DF e vibração do MF) 
 • Contração muscular ritmica com intensidade alta 
 
 • Neurites, neuralgias, mialgias 
INDICAÇÃO • Pós-traumatismo ósteo-articular e tecidos moles 
 • Transtornos tróficos. 
 
LONGO PERÍODO (LP) 
 
• É formada pela composição da corrente monofásica com duração de 10s e por 
uma segunda forma de monofásica de amplitude variável entre zero e o seu 
valor máximo, com uma duração de 5s 
 
• Não há sensação brusca de alternância 
53 
 
• Caracteriza-se por um efeito analgésico favorável e persistente 
 
• Utilizada no tratamento de diferentes formas de mialgias e neuralgias 
 
CORRENTE DIADINÂMICA LONGO PERÍODO (LP) 
 
 
>> Modulada em Longo Período (LP): forma de corrente MF mesclada com uma 
segunda forma de corrente MF, cuja fase está desenvolvida em semi-onda, 
variando sua amplitude entre zero e o valor máximo 
 
LONGOS PERÍODOS 
 
>> Efeito analgésico (ao nível muscular) – relaxamento. 
 
>> Indicação: espasmos, contraturas e mialgias. 
 
RITMO SINCOPADO (RS) 
 
>> Esta corrente nada mais é do que a própria corrente monofásica com trens 
de pulso de 1s, intercalando com período de repouso de mesma duração 
 
>> Sua frequência é de 50Hz/0hz 
 
>> Aumenta o tônus e o trofismo 
 
>> Fortalece a musculatura 
 
>> Melhora retorno venoso e linfático 
 
>> Melhora o metabolismo e nutrição 
54 
 
>> Previne aderências 
 
CORRENTE DIADINÂMICA RS 
 
 
>> Ritmo Sincopado (RS): forma de corrente MF com pausas 
 
RITMO SINCOPADO 
 
EFEITO • Força e tônus muscular 
 
SENSAÇÃO • Contração muscular isotônica 
 
 • Imobilização prolongada 
INDICAÇÃO • Atrofias por desuso 
 • Estética(rugas, tecidos flácidos) 
• Provas de diagnóstico farádica dos nervos motores e dos 
músculos 
 
 
55 
 
EFEITOS TERAPÊUTICOS 
 
Analgesia 
AIF 
Drenagem edema 
Aumento circulatório 
Hidratação 
Redução de aderência 
Auxílio na regeneração 
 
* Não tem efeito regenerativo (síntese proteica), apenas auxilia chegada de 
células de defesa (US e LASER auxiliam diretamente) 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS 
 
>> Elevação do Limiar de Dor: 
 
– Teoria das Comportas (“Efeito de Mascaramento”) 
 
 Correntes DF e MF 
 
>> Liberação de Substância de Eficácia Vasomotora: 
 
– Após a aplicação da corrente, ocorrerá uma vasodilatação e 
consequentemente uma hiperemia a partir do aparecimento de substância 
tissular ativa (ex. histamina) 
•Diminuição da inflamação e do edema devido ao aumento da ação de 
bombeamento muscular e da circulação local 
 
•Alterações na permeabilidade da membrana celular 
 
•Facilitação da cicatrização de tecidos devido às alterações circulatórias locais 
e aos efeitos polares, levando a um aumento na atividade celular 
 
>> Influência Direta Sobre os Músculos: 
 
– As correntes CP e LP produzem contrações musculares quando se eleva a 
intensidade a limites contráteis 
 
 Destonização da musculatura hipertônica  melhor irrigação  efeito 
analgésico 
 
>> Efeito Psicológico / Placebo 
56 
 
INDICAÇÕES 
 
>> Enfermidades do Aparelho Músculo-Ligamentoso-Esquelético 
 
>> Transtornos Circulatórios 
 
>> Afecções dos Nervos Periféricos 
 
>> Transtornos Funcionais Vegetativos de Órgãos Internos 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
 
>> Uso de Marcapassos 
 
>> Endopróteses 
 
>> Grampos Medulares 
 
>> Alterações de Sensibilidade 
 
CUIDADOS E OBSERVAÇÕES 
 
>> Evitar contato direto metal/pele 
 
>> Evitar eletrodos sobre implantes metálicos 
 
>> Testar a sensibilidade térmica e dolorosa 
 
>> Lavar as esponjas em água corrente após o uso 
 
>> Explicações às sensações aos pacientes 
 
>> Evitar o contato direto do jacaréde fixação com a pele 
 
ELETRODOS 
 
>> Devem ser metálicos (preferencialmente alumínio), de tamanho adequado 
(ou carbono-silicone) 
 
>> Pode-se usar a técnica bipolar ou monopolar 
 
Bipolar= consiste na utilização de dois eletrodos de tamanhos iguais com o 
objetivo de distribuir uniformemente a corrente pela superfície do segmento a 
ser tratado 
57 
 
Monopolar= eletrodos de tamanhos diferentes proporcionam uma 
concentração maior da corrente no eletrodo de menor tamanho (enfatizando 
assim o local a ser tratado) 
 
PÓLO POSITIVO PÓLO NEGATIVO 
Repele íons + 
Atrai íons – 
Menos vasodilatador 
Analgésico 
Endurece tecidos 
Provoca coagulação 
Analgésico 
(Acidose) 
Repele íons – 
Atrai íons + 
Vasodilatador 
Amolece tecidos 
Hidrata os tecidos 
Fluidifica 
Estimulante 
(Alcalose) 
 
PODE-SE MUDAR A POLARIDADE RESPEITANDO A FASE FISIOPATOLÓGICA 
 
>> Inflamação aguda: coloca-se sempre o pólo positivo sobre essa região 
>> Quando os sinais inflamatórios não estão mais evidentes: coloca-se o pólo 
negativo 
 
ELETRODOS 
 
Tipo : Placa e esponja 
Técnica : Monopolar ou bipolar 
Aplicação : Umidificar a esponja e cobrir toda a placa 
 
Sempre iniciar com a DF ou MF por ter efeito analgésico mais rápido. 
 
 
58 
 
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS 
 
 Aplicação no Ponto Doloroso (monopolar e bipolar): 
 
• Coloca-se diretamente sobre o ponto da dor ou inflamado (polo + / eletrodo 
pequeno) 
 
• O polo – é colocado nas proximidades do primeiro (eletrodo grande) é 
colocado ao nível proximal do segmento ou na emergência da raiz nervosa 
correspondente a área 
 
 
 
Aplicação no Tronco Nervoso ou Troncular: Aplica-se um eletrodo na 
emergência da raiz nervosa e outro no trajeto do nervo 
 
Aplicação paravertebral: bilateral ao logo da coluna 
 
Aplicação Mioenergética: eletrodos aplicados sobre ambas as extremidades do 
músculo (a corrente atravessará o músculo em toda sua extensão) 
 
Aplicação Transregional ou Transarticular: eletrodos do mesmo tamanho 
posicionados em cada lado de uma área de interesse 
 
TÉCNICA TRONCULAR 
 
59 
 
TÉCNICA MIOENERGÉTICA 
 
 
 
TÉCNICA DO PONTO DOLOROSO 
 
 
 
APLICAÇÃO SUB-AQUÁTICA “BANHO GALVÂNICO” 
 
 
 
INTENSIDADE DA CORRENTE 
 
>> Depende do tamanho e técnica dos eletrodos 
60 
 
>> A dosificação é individual - sensação clara e tolerável da corrente 
 
>> Deve ser perceptível, mas não dolorosa 
 
>> Pessoal 
 
>> Sensação (vibração e não queimação) 
 
>> Normalmente não ultrapassa 15 mA 
 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
 
>> Total de 10 - 12 minutos com o uso de 3 correntes distintas no mesmo local 
 
>> Máximo por corrente= 4 minutos 
 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
T total = 12 minutos 
T máximo por corrente = 4 minutos 
 
INVERSÃO DE POLARIDADE 
Exemplo: 
1º fase (aguda) : DF (+), MF (+), CP (+) 
2º fase (subaguda) : DF (–), DF (+), CP (–), CP (+) 
3º fase (crônica) : DF (+), DF (–), CP (+), CP (–) 
4º fase (crônica) : DF (–), MF (–), CP (–) 
 
NÚMERO DE SESSÕES 
 
>> Na maioria dos casos uma sessão não é suficiente para se obter um efeito 
terapêutico persistente, sendo necessário no mínimo 3 sessões. 
 
>> A partir da 3ª sessão, os sintomas deverão ter desaparecidos ou 
minimizados, no entanto deve-se continuar com mais 3 ou 4 sessões para 
estabilizar os efeitos terapêuticos. 
 
>> O tempo de uma sessão para outra não deve ultrapassar 48 horas. 
 
>> No caso de dores agudas tem-se evidenciado como favorável iniciar o 
tratamento com uma sessão diária podendo se possível realizar 2 sessões nas 
primeiras 24 horas. 
 
>> Os casos que necessitem mais que 7 sessões contínuas, aconselha-se uma 
pausa de pelo menos 7 dias 
61 
 
INVERSÃO DE POLARIDADE 
 
 INVERSÕES DE POLARIDADE 
 
 Aguda: polo (+) sobre lesão 
 Subaguda: alternância de polos sobre lesão 
 Crônica: polo (–) sobre lesão 
 
 
 INVERSÃO DE POLARIDADE 
 
 Exemplo 
 1ª fase (aguda): DF (+), MF (+), CP (+) 
 2ª fase (crônica): DF (–), MF (–), CP (–) 
 
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO 
 
• Entorses articulares : DF e CP 
• Lesões ligamentares : DF, MF e CP 
• Contusão muscular : DF, CP ou LP 
• Distensão muscular : DF, MF e LP 
• Sinovite traumática (subluxação) : DF e CP 
• Tendinites : DF, MF e LP 
• Mialgias : DF, CP (intercostais) e DF, MF, CF (lombar, fadiga) 
• Lombociatalgia e cervicobraquialgia : DF, CP ou LP 
 
INVERSÃO DE POLARIDADE 
 
FASE AGUDA FASE CRÔNICA 
 
 
 
FASE SUBAGUDA 
 
 
 
CURA CRÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ – 
 
– + 
– + + – 
+ – – + 
62 
 
PRÁTICA 
 
1) Galvânica para edema: 
 
> Limpar a área (melhora a impedância); 
 
> Molhar a esponja; 
 
> Acoplar (edema + distante –). Paciente deitada (decúbito dorsal): levantar a 
perna para melhorar o retorno venoso; 
 
> Galvânica: parâmetro é a sensação do paciente. Exemplo: o paciente sentir com 
2,5 manter. Para chegar no cálculo do tempo: D = i x t => 18 minutos e intensidade 
de 45mA (i). 
 
Observação: os 2 são vasodilatadores, o negativo é mais vasodilatador, daí que é 
normal sentir coceira. 
 
> Na água: o positivo é plugado na bacia até cobrir os maléolos: sensação de 
formigamento em todo pé (i = 5mHz; 10 minutos). 
 
 Síndrome do túnel do carpo (neurite e neuralgia). Começar com DF, i = até 
15mA, mudar para MF e depois para LP como objetivo: gerar a oscilação de 
correntes e diminuir a acomodação sensorial. 
 
Observação: RS – só para contração muscular. 
 
25.03.2019 
AULA 5 
 
FISIOLOGIA DA DOR 
 
> DOR. IASP (International Association for Study of Pain): Associação 
Internacional de Estudo da Dor. A cada 2 dois anos promove o Congresso Mundial 
da Dor. Qualquer pessoa pode se associar a U$ 50,00 ao ano. Recebe a revista 
“Pain”. Há vantagens e subsídios (“Financial Age”). Para países em 
desenvolvimento ajuda de custo para pesquisadores da dor que comprovem com 
publicações. 
 
DOR 
 
• “Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tecidual 
potencial ou de fato ou, ainda, descrita em termos que sugerem tal dano”. 
(IASP) 
63 
 
> A experiência não é só sensorial, mas também emocional (não a fase aguda que 
passa, mas a fase crônica). 
 
> Dano potencial de fato: quando há lesão tecidual. Exemplo: fibromialgia, 
ninguém sabe a causa, há 7 pontos de dor e não há nenhum dano tecidual. Esta 
relacionado a nocirreceptores. 
 
> A dor não está no local, mas no cérebro. Exemplo da dor fantasma. O 
homúnculo é a representação cortical do pé, daí as dificuldades para desenvolver 
a prótese. No cérebro há matriz de dor, que há todas conexões. 
 
• A dor é sempre subjetiva. Cada um sente de um jeito, pois é sempre 
multifatorial. 
 
> Revista “PAIN”. É a melhor revista de dor do mundo. 
 
“A dor é uma experiência angustiante associada a dano tecidual potencial com 
componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e comportamentais” 
 
> A dor crônica é angustiante. 
 
> Cognitiva: o que se entende sobre a dor influencia na dor. 
 
> Comportamental: como o indivíduo foi ensinado a sentir, de modo negativo ou 
positivo. É multifatorial 
64 
 
> Na dor crônica: muitas vezes não tem lesão. Exemplo: amputado, fibromialgia. 
Exemplo: dor no joelho, se for olhar só a estrutura não irá trata-lo, mas sim os 
outros fatores. 
 
> Psicólogo: terapia cognitiva, comportamental. Exemplo: antidepressivo ajuda a 
tratar o aspecto emocional. 
 
AS EXPLICAÇÕES PODEM VARIAR 
 
 
Exemplo: sobrepeso não está relacionado a dor lombar. São explicações erradas 
como “dor devido à idade”. 
 
COMO ANDA O ENSINO DE DOR NO BRASIL? 
 
 
24 (7%) apresentavam uma disciplina específica sobre dor 
65 
 
DOR EM IDOSOS 
 
 Mito # 1: A dor é uma parte natural do processo de envelhecimento e 
piora ao longo do tempo 
 
> É mentira, o envelhecimento traz alterações fisiológicas, mas não está 
relacionado a dor. 
 
 Idosos com OA (osteoartrose): 
"É assim que você sabe que está vivo ... Você dói.” 
 
> Dor é sinal que algo está errado. É uma proteção (nunca é normal). 
 
 Profissionais: 
"O que você espera? Eles estão ficando mais velhos.” 
 
 Thielke.Journal of Family Practice (2012) 
 
 Mito # 2: Aceitação resignada 
“É melhor você se acostumar com isso.” 
 
> “Se acostuma”, pessoas ainda com 40 anos sem solução? Não é fácil tratar, mas 
não é normal. 
 
DOR E ACHADOS NA IMAGEM 
(vale para qualquer dor crônica) 
 
 
 
> Dor lombar: 2º causa de queixa de dor dos brasileiros. No mundo é a 1ª. A 1ª 
no Brasil é Hipertensão Arterial Sistêmica. 
 
 Exames de ressonância magnética: 
① 
① 
④ 
66 
 
① Disk degeneration: Degeneração de disco. Quer dizer que há degeneração 
discal, por exemplo, aos 40 anos, mas não necessariamente tem dor. 
 
④ Disk bulge. Protuberância de disco. O que quer dizer? São achados normais. 
Mostram que os médicos pedem exames sem necessidade, pois os achados são 
esperados. São achados a partir dos 20 anos. 
 
> O tratamento é o mesmo. Esses achados são graves: fraturas, compressão de 
raiz. Na maioria dos casos os exames não são necessários. Exemplo da Inglaterra: 
Sistema NICE: só paga exame sob comprovação científica. A avaliação tem que 
ser clínica, o médico tem que tocar e fazer testes. 
 
DOR 
 
• Sensação necessária para o funcionamento do corpo. Exemplo: doença que 
nasce e não sente dor, os pacientes morrem jovens, ou ao contrário, com 
alterações: alodinia (sente dor em excesso); 
 
• Função protetora. Sempre é um sinal que algo está errado; 
 
• Sempre que possível deve-se intervir na causa! Intervir na causa quando 
souber, só fazendo avaliação para descobrir; 
 
 
WOOD, 1998 
 
• A dor é um dos mecanismos de defesa do organismo, que alertam o cérebro 
a respeito de algum perigo aos tecidos, ainda que a dor possa ser iniciada sem 
que tenha ocorrido danos físicos aos tecidos. 
 
> Defesa: alerta que algo está errado. 
 
> Sem dano físico como na fibromialgia (perigo mesmo sem dano). 
67 
 
• A resposta da dor é um fenômeno complexo que envolve componentes 
sensoriais, comportamentais, emocionais e culturais. 
 
> Há culturas que suportam a dor, outros não podem encostar que reclamam da 
dor. 
 
• Quando os nocirreceptores (receptores especializados) são ativados, enviam 
impulsos de dor ao cérebro. 
 
> Nocirreceptores que levam o estímulo ao cérebro: só ativados com estímulo 
nocivo. O limiar tem que ser rápido, corre o risco com a diminuição do limiar. 
 
>> NOCICEPTORES terminações nervosas livres (estímulos térmicos, 
mecânicos, químicos) – de qualquer origem 
 
>> Alto limiar de ativação. Tem que ser rápido 
 
>> Este limiar é alterado por mediadores químicos como bradicinina, substância 
P, histamina, prostaglandinas – tem funções como trazer células e levar impulso 
da dor para o cérebro. Ligados ao processo inflamatório 
WOOD, 1998 
 
68 
 
 Imagem: caminho da dor. Corte (ferimento ou lesão); Há liberação de 
mediadores químicos que ativam nocirreceptores. O estímulo sobre pela via 
aferente, na medula pelo corno posterior, faz sinapse e cruza a medula, daí sobe 
pelo Trato Espinotalâmico Lateral até a Formação Reticular e chega ao córtex, 
local em que sente a dor (torna-se consciente), região do giro pós-central 
(sensitivo). 
 
TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS 
 
 FIBRAS A-DELTA (Δ): PEQUENO DIÂMETRO, MIELINIZADAS. 
 
1) Fibras A-delta de pequeno diâmetro e mielinizadas, responde a estímulos de 
alta intensidade, 5 a 30 milissegundos. É considerada nem lenta e nem muito 
rápida. A dor rápida como uma “topada no dedo”, dor aguda, um corte, trauma 
e queda. Qualquer estímulo mecânico, térmico e elétrico. 
 
>> Estímulos térmicos e mecânicos de alta intensidade 
>> Velocidade de condução: 5 a 30 m/s 
>> Dor Rápida 
 
 FIBRAS TIPO C: PEQUENO DIÂMETRO, NÃO MIELINIZADAS. 
 
2) Fibras C de pequeno diâmetro mas não mielinizadas, fibras polimodais (vários 
tipos de estímulo). É a via da dor lenta, entre 0,5 a 2 milissegundos. Estímulo 
lento. Relacionado a dor crônica. Exemplo: fibromialgia. 
 
>> Estímulos mecânicos, térmicos e químicos (polimodais) 
>> Velocidade de condução: 0,5 a 2 m/s 
>> Dor Lenta 
 
 FIBRAS A-BETA (Β): GRANDE DIÂMETRO, MIELINIZADAS. 
 
3) Tipo A-beta de grande diâmetro e mielinizadas. É a mais rápida de todas. Na 
condução é mais rápida. É a via só de estímulos mecânicos (tato, pressão e 
vibração). Velocidade de 30 a 75 milissegundos. Está ligada à modulação da dor. 
Não é nociceptiva. A-beta é modulação ou controle de dor (principalmente a 
intensidade). 
 Exemplo: após a ativação da delta, por exemplo, em um estímulo 
mecânico, e ao gerar o estímulo do tato, as fibras A-beta mais rápidas fazem a 
sinapse e não deixam* (estímulo inibitório) a A-delta chegar no cérebro. 
 
* Teoria das comportas: nível medular, mas também tem controle superior 
(modulação) na Formação Reticular, na região do mesencéfalo. 
 
69 
 
>> Estímulos mecânicos: tato, pressão, vibração 
>> Velocidade de condução: 30 a 75 m/s 
>> Importância na modulação da dor 
 
DIFERENÇAS: TABELA 
 
 
> Dor surda (crônica): latejante 
> Difusa: acomete uma região 
> Longa duração: anos 
> Reflexo de retirada sem componente emocional 
> Lenta: leva até a depressão, pela dificuldade de lidar 
 
 TIPOS DE DOR 
 
• DOR AGUDA 
 
– Breve latência 
 
– Alta intensidade (proteção) 
 
– Reações autonômicas 
 
– Perfeita localização (pele/músculo) 
 
– Duração relativamente curta (segundos, minutos ou dias) 
 
– Pequeno envolvimento emocional (ansiedade) 
 
– Fibras A delta e Tipo C (Tipo C só pode se tornar crônica após 3 meses) 
 
 
70 
 
• DOR CRÔNICA 
 
– Maior duração (3 – 6 meses) – significa que não tem lesão, mas tem dor 
(período) 
 
– Não se resolve no período usual da reparação 
 
– Continua mesmo na ausência do estímulo nocivo ou lesão tecidual 
 
– Difusa ou imprecisa 
 
– Latejante ou em queimação 
 
– Alterações físicas, psicológicas e sociais 
> Alterações físicas: as capacidades das atividades de vida diárias (AVD’S). 
> Psicólogo: gera irritabilidade, mudança de humor, depressão... 
> Social: leva ao afastamento e isolamento. 
 
– Fibras Tipo C (dor lenta) 
 
• DOR REFERIDA 
 
– É a dor sentida em um local distante de sua fonte de origem 
> Dermátomos: mesma raiz nervosa, dor irradiada. Exemplo: C7 irradia para 
tríceps e áreas adjacentes. 
 
 
CAMERON, 1999 
71 
 
DOR AGUDA X DOR CRÔNICA 
 
 DOR AGUDA DOR CRÔNICA 
 
MELHOR ACEITA DIFICULDADE EM EXPLICAR 
PODE ENVOLVER LESÃO TECIDUAL NÃO EXISTE MAIS LESÃO 
EVENTO IDENTIFICÁVEL PERDA DA FUNÇÃO DE ALERTA 
MECANISMO DE PROTEÇÃO MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS 
 
> DOR CRÔNICA: perda da função de alerta, não tem a lesão, mas manda a 
informação de dor ao córtex (o exemplo da casa que toca o alarme sem ladrão). 
É problema de modulação da dor. Pode ser emocional, comportamental, cultural, 
cognitivo (como entende a dor). Exemplo: síndrome do pânico, todas sensações, 
mas sem perigo. É problema no controle da dor. 
 
Observação: Núcleo da base só controle de movimento e cognitivo. 
 
 
VIAS ASCENDENTES RESPONSÁVEIS 
PELA TRANSMISSÃO DA DOR 
 
• Trato Espinotalâmico (Neo-Espinotalâmico) – Anterior 
– Dor Aguda 
> Espinotalâmico Lateral: dor, temperatura 
 
• Trato Espinorreticular (Paleoespinotalâmico) – Fica entre a medula e a 
formação reticular 
– Dor Crônica 
 
• Trato Espinotectal / Espinomesencefálico – Trato da medula até o mesencéfalo 
– Dor Crônica 
 
Observação: há áreas com atrofia para dor crônica e gera problemas de controle 
da dor. 
 
TEORIA DAS COMPORTAS 
 
> Gera analgesia, pois não permitem que as fibras “A-delta” e “C” chegem ao 
córtex. 
 
> Melzack e Wall: iniciou com a eletroterapia, o peixe elétrico. O interneurônio a 
medula é que inibe o estímulo “A-delta” e “C”. Mas, também tem o mecânico 
central, o “bióides” (aula de TENS). 
 
72 
 
 
 Na teoria das comportas medulares, estímulos sensoriais ativam fibras 
não nociceptivas (fibras Aβ) que, por sua vez, ativam interneurônios que inibem 
a transmissão do impulso nervoso das fibras nociceptivas no corno posterior de 
medula espinal (fibras Aδ e C), gerando analgesia localizada 
 
 
(MELZACK E WALL, 1965) 
Toque ou 
estímulo não 
doloroso 
(c) A dor podeser modulada pela entrada 
somatossensorial simultânea 
Estímulo 
doloroso Estímulo 
doloroso 
diminuído 
73 
 
CUSTOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA 
 
 
 
Aproximadamente 90% dos custos indiretos estão relacionados com dor lombar 
 
Custos com tratamentos para dor lombar maior com pacientes crônicos 
Tulder et. al, 2006, Indrakanti et. al, 2012, Dagenais et. al, 2008 
 
> A dor aguda tem bom prognóstico, o problema é a dor crônica. 
 
ESCALAS DE AVALIAÇÃO DA DOR 
 
 
Costa et. al, 2008; Turk & Melzack , 1992 
> Escala Numérica (de 0 a 10). É comprovada que é a melhor para o brasileiro. Se 
não souber a intensidade e tipo de dor não há eficácia dos aparelhos como TENS. 
 
> Quanto a intensidade: 1 e 2 é um incômodo; grau 3 começa a sentir dor; grau 5 
é média; grau 10 é a pior da vida, por exemplo, em um trauma por acidente, cólica 
renal. 
100 bilhões 
de ddólares 
2 a 4 bilhões 
de euros 
Brasil 
74 
 
 
Barr et. al, 2004 
 
> EVA (sem números): A escala usa uma régua de 0 a 10cm. O paciente marca 
antes e depois. Mais usal para desconforto de corrente, não é aplicada para o 
brasileiro. 
 
GRÁFICO: 4 TIPOS 
 
 Emoji: usada em crianças. Na clínica é mais usada a numérica. 
75 
 
LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO 
 
 
Meeus et. al, 2010; Schenk et. al, 2007; O’Neill et. al,2011 
 
> Algômetro de pressão: R$ 15.000,00. Só serve para pesquisas. Ele faz uma 
pressão local. Ao sentir a pressão, o paciente aperta o botão. É a marca do início 
da dor no paciente. Para que serve? Exemplo: quem não tem dor, o limiar é alto, 
quem tem, é baixo. Indica alteração nas vias de modulação de dor (exemplo da 
dor crônica). 
 
> Consegue identificar o controle para melhorar o tratamento. Se melhorar é sinal 
que chegou nas vias modulatórias, como nos exercícios físicos. Exemplo: 
fibromialgia. 
 
SOMAÇÃO TEMPORAL DA DOR 
Sensibilização central 
 
 
Cathcart et. al, 2009 
76 
 
> Aparelho de U$150,00 (menor custo). É analógico. É a mesma coisa: avalia a 
limiar (vias modulatórias). Faz o teste 10 vezes no mesmo lugar, na 1ª, 5ª e 10ª 
vez, pergunta sobre a escala mínima de dor. 
 
> A primeira com dor soma mais a dor, pois a pessoa com dor crônica tem 
aumento da somação temporal. O cérebro está alterado, mais sensível à dor. 
 
> Cérebro sofre neuroplasiticidade: gera mais sensibilidade à dor. 
 
MODULAÇÃO CONDICIONADA DA DOR 
Vias descendentes de dor 
 
Knudsen et. al, 2009 
> Pé no balde à 3º à 4ºC 
 
> Fazer algometria. A pessoa só lembra do pé, não na pressão lombar. Com 
desequilíbrio na modulação, sente a pressão bombar. 
 
> A ideia é como funcionada o cérebro m relação á dor. 
 
 Os profissionais de saúde e os pacientes são capazes de compreender as 
informações atualmente disponíveis sobre a neurofisiologia da dor? 
 
> Lorimer Moseley. É um dos principais estudiosos da dor. Há vários livros 
gratuitos disponíveis para educar na dor. 
 
The Journal of Pain, Vol 4, No 4 (May), 2003: pp 184-189 
 
Unraveling the Barriers to Reconceptualization of the Problem in Chronic Pain: 
The Actual and Perceived Ability of Patients and Health Professionals to 
Understand the Neurophysiology 
77 
 
Lorimer Moseley 
 
 
> Carlos: cursos sobre dor crônica. 
 
AS PERGUNTAS DO ESTUDO: 
 
• (1) Por que é difícil reconceituar a dor para os pacientes portadores de dores 
crônicas? 
 
• (2) Os profissionais de saúde e os pacientes são capazes de compreender as 
informações atualmente disponíveis sobre a neurofisiologia da dor? 
 
• (3) Os profissionais de saúde estimam com precisão a capacidade dos 
pacientes para entender a neurofisiologia da dor? 
 
MÉTODO: 
 
• Testes de conhecimento sobre a dor foram aplicados em 276 pacientes com 
dor crônica e em 288 profissionais, antes (não treinados) e depois (treinados) 
de um processo de educação sobre a neurofisiologia da dor. 
 
• Os profissionais ainda estimaram qual seria o desempenho médio dos 
pacientes no teste. 
 
> Aula dele é baseada no livro dele. 
 
> Parâmetro: desempenho médio do paciente. 
 
78 
 
 
276 pacientes 
288 profissionais 
 
Resultados: 
 
Teste de conhecimento sobre a dor pré e pós aulas 
 Profissionais Pacientes 
Antes 55% (± 19%) 29% (± 12%) 
Depois 78% (± 21%) 61% (± 19%) 
Ganho 23% 32% 
 
• A pontuação dos pacientes estimada pelos profissionais (46% +/– 18%) foi 
menor do que a pontuação real que os pacientes obtiveram (61% ± 19%) (P 
<0,005). 
 
• Os resultados sugerem que os profissionais e os pacientes podem 
compreender a neurofisiologia da dor, mas os profissionais subestimam a 
capacidade dos pacientes de entende-la. 
 
Implicações práticas desses resultados: 
 
1. O conhecimento dos profissionais sobre as informações atuais acerca da dor 
é pobre; e 
 
2. Subestimar a capacidade dos pacientes em compreender essas informações 
e a própria falta de conhecimento dos profissionais são as principais barreiras 
para reconceituar o problema da dor crônica para os leigos. 
 
> Na prática, o paciente entende melhor porque está vivendo a dor crônica. 
 
> Não é simples reeducar o paciente. 
79 
 
 Em resumo: 
 
• Esse estudo constatou que, embora tantos os profissionais de saúde quanto 
os pacientes tenham um conhecimento pobre sobre a neurofisiologia da dor, 
fornecer informações a eles melhora significativamente o conhecimento em 
ambos os grupos. Os profissionais de saúde não devem subestimam a 
capacidade de seus pacientes de entender essas informações. 
 
Consequências da falta de informações dos profissionais: 
 
• Informações atuais e precisas sobre a neurofisiologia da dor não formam a 
base teórica do tratamento e não são apresentadas para os pacientes, como 
parte de um programa de gestão dos casos da dor crônica. 
 
• A falta de informações sobre a dor é barreira primária para a reconceituação 
do problema da dor crônica, tanto para clínicos quanto para leigos. 
 
A FALTA DE INFORMAÇÕES PROVAVELMENTE LIMITA 
A EFICÁCIA DE QUALQUER INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA. 
 
 
Por que é difícil (re) conceituar a dor para os pacientes 
portadores de dores crônicas? 
 
 
Principais barreiras para reconceituar o problema da dor 
crônica para os leigos. 
 
 
Subestimar a capacidade dos 
pacientes em compreender as 
informações. 
Não reconhecer a nossa própria 
falta de conhecimentos. 
 
80 
 
Outro problema: 
A cabeça do paciente não é uma caixa vazia 
 
 
 Mudar conceitos é diferente de aprender informações novas; implica em 
contestar o conhecimento já existente. 
 
> Não é simples reeducar o paciente. 
 
 
 Exige estratégias de aprendizagem que envolvam ensinar conceitos 
novos que são potencialmente desafiadores, até mesmo ameaçadores. 
 
 
Nós estamos reforçando isso o tempo 
Ver: S. Straube et al. PAIN 157 (2016) 2160-2172 
81 
 
> Se fala muito em biomecânica. Não é correto atacar o movimento fisiológico 
(flexão, extensão). É só um aspecto, mas não é o mais importante. 
 
> Correto é fazer atividade física, pois a coluna é muito forte. Qualquer atividade 
física é benéfica, tem que gostar. 
 
Modelo de Autorregulação via Senso Comum de Leventhal et al (2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
> Sensu comum. Está incorreto: o correto é fazer exercício mesmo com dor, 
progressivamente conduzir o paciente nos exercícios. Exemplo: inicia com 5 
minutos, sempre com movimentos fisiológicos. Se não fizer agravo o problema. 
 
http://pesquisaemdor.com.br/?p=683 
 
 
 
 
 
Sintomas 
Dor 
Lombar 
É uma 
hernia 
Percepção 
MRI, evite 
inclinar-se 
Coping 
A dor 
continua 
Avaliação 
Pergunta: o quanto nós, profissionais, temos de senso comum? 
CO
G
N
ITIO
N
S 
82 
 
Annemarie Frank no Facebook: 
 
• 28 de novembro às 19:13 
 
• Paciente hoje contando que dormiu por dois meses com pés e mãos 
amarrados com ataduras aos cantos da cama porque acreditava que dormir 
com os braços para cima ou de bruços lhe fazia mal. 
 
• Superem essa. 
 
 
Um parênteses: 
Alertas vermelhos e amarelos 
Sinais de Wadell 
 
Dor nas Costas 
– Sinais de Alerta – 
Sinais de Alerta ‘VERMELHOS’

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