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Administração Financeira com Foco em Investimentos SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 658.15 Curso on-line – Administração Financeira com foco em Investimentos – Brasília: SEST/SENAT, 2019. 32 p. :il. – (EaD) 1. Administração financeira 2. Finanças. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário 4 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Administração Financeira com Foco em Investimento! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 8 horas e foi organizado em 3unidades, conforme a tabela a seguir. 5 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) assistir as video-aulas, acessar a apostila; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certifi cado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 24 UNIDADE 1 | FLUXO DE CAIXA 7 Unidade 1 | Fluxo de Caixa f Qual é a função do fluxo de caixa? Como montá-lo? Quais elementos constam em um fluxo de caixa? Você é capaz de entender as informações contidas no fluxo de caixa? As decisões fi nanceiras devem ser tomadas adotando-se como base critérios que compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo. Qualquer comparação entre quantias de dinheiro deve ser referida a uma data, e sua transferência para outra data somente pode ser realizada considerando os juros envolvidos no período entre as datas. É impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em momentos diferentes. 8 1 O Fluxo de Caixa Os problemas de Gestão Financeira compreendem basicamente a fi xação de valores, como receitas e despesas, ao longo do tempo, que podem ser representadas em um diagrama ou em uma tabela denominada fl uxo de caixa. Na linha horizontal são representados os períodos de tempo (meses, semanas, trimestres, anos etc.). As receitas e desembolsos estão representados por setas no fi m de cada período. Não há escala para as setas — os valores envolvidos são indicados numericamente sobre as setas ou ao lado. Diversos valores consecutivos e iguais podem ser indicados por uma linha horizontal, no período correspondente, com indicação do valor comum. A seta para baixo representa um desembolso P, ou seja, um valor emprestado ou investido, também denominado Principal, Capital Inicial, Valor Atual, Valor de Aplicação ou qualquer outra denominação que indique claramente serem valores cedidos ou aplicados. A seta para cima representa uma receita F, ou seja, um Montante, Valor de Resgate, Valor Futuro, Valor capitalizado ou qualquer denominação que indique se tratar de um retorno. O diagrama de fl uxo de caixa depende do ponto de vista considerado, pois como toda receita corresponde a um desembolso em outro caixa, o mesmo fl uxo dá origem a dois diagramas simétricos, conforme o ponto de vista do investidor. 1.1 Elaborando um Fluxo de Caixa O fl uxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo, será necessário que todas as demonstrações fi nanceiras estejam disponíveis. 9 Para a elaboração do fluxo de caixa, pode-se utilizar a seguinte sugestão de Sebrae (2012): I. Separação e classificação de todas as despesas Nesta etapa, pode-se classificar as despesas de modo a ficarem facilmente reconhecidas por sua classe. A classificação pode seguir a seguinte estrutura: • Despesas com Produtos; • Despesas com Serviços; • Despesas Não Operacionais; • Despesas com Rh; • Despesas Operacionais; • Despesas de Marketing; e • Impostos e Investimentos. II. Separação e classificação das receitas Agora, do mesmo modo que nas despesas, deve-se fazer com as receitas, por meio da seguinte sugestão: • Receitas com produtos; • Receitas com serviços; e • Receitas não operacionais. III. Montagem de uma planilha contendo as informações mencionadas Nesta etapa, monta-se uma planilha do tipo Microsoft Excel, em que todos os dados mencionados devem estar inseridos, no período de tempo escolhido. IV. Visualização e análise dos dados. Nesta etapa, deve-se visualizar os dados da planilha e realizar as análises desejadas. 10 Pode-se, também, fazer gráfi cos para auxiliarem as análises, com vistas a se observarem linhas de tendência de variáveis específi cas como receitas, despesas etc. 1.2 O Fluxo de Caixa para Previsões A utilização do fl uxo de caixa para a realização de previsões é muito comum. A maneira de utilizar a ferramenta será a mesma, bastando trocar os dados — dos existentes para as variáveis desejadas (BREALEY; MYERS, 2015). e As previsões devem ser realizadas de acordo com as especificações teóricas existentes, estimando-se os fatores de maneira igualitária. Essa ferramenta é importante, pois permite a aplicação de análises diversas, como Valor Presente Líquido (VPL), Payback e Taxa Interna de Retorno. Importante: Aqui você terá uma visão consolidada do seu contas a pagar / receber. Observe que a Necessidade de Caixa é o valor que você precisa tem em caixa para conseguir honrar seus compromissos �nanceiros. 11 Resumindo Os problemas de Gestão Financeira compreendem, basicamente, a fixação de valores como receitas e despesas, ao longo do tempo. As decisões financeiras devem ser tomadas adotando como base critérios que compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo. É impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em momentos diferentes no tempo. O fluxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo, será necessário que todas as demonstrações financeiras estejam disponíveis. O diagrama de fluxo de caixa depende do ponto de vista considerado. Glossário Despesa: o que se gastou ou consumiu; expensa, custo, importe. Montante: soma, quantia; soma do capital e juros após um período de aplicação. Receita: renda, montante arrecadado, quantia recebida 12 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) A seta para baixo representa um desembolso no seu fluxo de caixa. b. ( ) O fluxo de caixa deve conter todas as entradas e saídas do caixa da empresa. c. ( ) O fluxo de caixa não pode ser utilizado por pessoas comuns, famílias ou pequenas empresas devido à sua complexidade. 2) O fluxo de caixa não deve conter informações referentes a impostos, já que, para isso, o governo detém legislação apropriada. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Alguns dos itens que podem constar no fluxo de caixa são: a. ( ) Receitas com Produtos. b. ( ) Receitas com Serviços. c. ( ) Receitas Não Operacionais. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. 4) O fluxo de caixa nunca pode ser utilizado para expor informações referentes a previsões, já que somente é utilizado para dados passados. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 5) O ponto de vista do investidor e do investimento são relativamente similares em relação ao fluxo de caixa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 31 UNIDADE 2 | DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO 14 Unidade 2 | Demonstrativo de Resultado de Exercício f Para que serve o demonstrativo de resultado de exercício? Sabe como fazê-lo? Qual é a sua estrutura? O Demonstrativo de Resultados do Exercício, ou DRE, é um relatório que fornece dados resumidos da situação fi nanceira e das atividades operacionais e não operacionais da empresa, em um período defi nido de tempo, confi rmando abertamente se houve lucro ou prejuízo. Mesmo que sejaelaborado anualmente, por obrigatoriedade de divulgação imposta pela legislação vigente, o demonstrativo é feito também mensalmente com objetivos administrativos e gerenciais, tendo se tornado uma importante ferramenta de análise para os gestores da empresa. 15 1 Objetivos do demonstrativo de resultado de exercício O objetivo principal do demonstrativo de resultado de exercício é particularizar cada fator que faz parte dos resultados da empresa em um exercício por meio da comparação entre as receitas, despesas e custos determinados, provendo informações importantes para a tomada de decisões. O demonstrativo de resultado de exercício defende tanto a avaliação geral do desempenho empresarial quanto a análise de efi ciência dos responsáveis em obter resultado positivo em seus respectivos departamentos. e O mais importante é que o DRE seja elaborado em uma sequência lógica que permita que até mesmo gestores de fora da área financeira interpretem corretamente as informações, entendam como é composto o lucro da empresa e se é possível melhorá-lo. g A necessidade de facilitar a compreensão do demonstrativo de resultado de exercício tem como causa a constante carência de adequação da empresa às variações do mercado em que atua, e possibilitar que mais pessoas participem da missão de fazer a empresa crescer. Como nem todas as pessoas integrantes do ciclo administrativo da empresa são capazes de entender as complexas análises sobre as fi nanças da empresa, cabe então a facilitação da compreensão desses dados. 16 1.1 Reforçando a Importância da DRE O DRE, juntamente com o fl uxo de caixa e o balanço patrimonial, é um dos três relatórios mais importantes para a gestão empresarial, além de ser um procedimento indispensável para avaliação da situação fi nanceira de todas as empresas, sem que seu tamanho ou área de atuação exerça infl uência (BRIGHAM; EHRHARDT, 2010). Com o demonstrativo de resultado de exercício, a empresa pode medir sua capacidade de gerar lucro ou prejuízo e, quando preciso for, efetuar mudanças na área administrativa para melhorar os resultados. Quando o DRE mostra a situação da empresa, faz com que seja possível uma administração focada na efi ciência e na competência de cada um de seus colaboradores e áreas de atuação, tornando-a fl exível aos interesses dos clientes em geral. Por ser um relatório amplamente detalhado e ter o dever de ser ao mesmo tempo intuitivo, o DRE oferece aos dirigentes importantes informações, que são fundamentais para uma correta tomada de decisão. Sem essas informações, a verifi cação do verdadeiro estado da empresa fi ca mais difícil, afetando inclusive as tomadas de decisão fundamentais. 1.2 O Embasamento Legal do DRE g Como dito anteriormente, a demonstração do resultado do exercício tem como principal objetivo apresentar, de forma resumida, o resultado de uma série de operações em um determinado período, que normalmente é de um ano (ROSS et al., 2007). 17 De acordo com a legislação vigente, as empresas deverão, obrigatoriamente, mostrar no DRE as seguintes informações, segundo o site portal da contabilidade: • A receita bruta das vendas e serviços; • As deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; • A receita líquida das vendas e serviços; • O custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; • As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; • O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; • O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; • As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; e • O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Quando se apura o resultado do exercício, são calculados em conformidade com o princípio da competência: • As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e • Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. b Veja um exemplo de DRE, acessando o link disponível a seguir. http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados- financeiros#topo 18 Resumindo O Demonstrativo de Resultados do Exercício, ou DRE, é um relatório que fornece dados resumidos da situação financeira e das atividades operacionais e não operacionais da empresa, em um período definido de tempo, confirmando abertamente se houve lucro ou prejuízo. O demonstrativo de resultado de exercício defende tanto a avaliação geral do desempenho empresarial, quanto a análise de eficiência dos responsáveis em obter resultado positivo em seus respectivos departamentos. O DRE, juntamente com o fluxo de caixa e o balanço patrimonial, é um dos três relatórios mais importantes para a gestão empresarial. Existe uma legislação específica que embasa juridicamente a elaboração do demonstrativo de resultado de exercício. A apuração do resultado do exercício, é calculada em conformidade com o princípio da competência. Glossário Debênture: Título de crédito ao portador, emitido por uma empresa em troca de empréstimo a juros e amortizável a longo prazo, cuja garantia é o valor do patrimônio e a confi abilidade (e não itens ou bens especifi cados); obrigação ao portador. Intuitivo: que se percebe por mera intuição. 19 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) O DRE, juntamente com o fluxo de caixa e o balanço patrimonial, é um dos três relatórios mais importantes para a gestão empresarial. b. ( ) Quando o DRE mostra a situação da empresa, possibilita uma administração focada na eficiência e na competência de cada um de seus colaboradores e áreas de atuação. c. ( ) Por ser um relatório amplamente detalhado e ao mesmo tempo intuitivo, o DRE oferece aos dirigentes informações importantes, fundamentais para uma correta tomada de decisão. 2) Com o demonstrativo de resultado de exercício, a empresa pode medir sua capacidade de gerar lucro. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) De acordo com a legislação vigente, as empresas deverão, obrigatoriamente, mostrar no DRE algumas das seguintes informações: a. ( ) A receita bruta das vendas e serviços. b. ( ) As deduções das vendas. c. ( ) Os abatimentos. d. ( ) Os impostos. e. ( ) Todas as alternativas anteriores. Atividades 20 4) As despesas com as vendas, as despesas financeiras deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e as outras despesas operacionais devem constar no DRE, de acordo com a legislação. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 5) Quando se apura o DRE são calculadas as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda. Esta afirmação é: a. ( ) Verdadeira. b. ( ) Falsa. c. ( ) Parcialmente verdadeira. d. ( ) Parcialmente falsa. 39 UNIDADE 3 | ANÁLISE DO DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO 22 Unidade 3 | Análise do Demonstrativo de Resultado de Exercício f Como analisar um demonstrativo de resultado de exercício? Qual a maneira correta de realizar essas análises? Saberia a importância da análise correta dos dados contidos no DRE? A importância da análise correta do demonstrativo de resultado de exercício é bastante grande para a administração da empresa. A devida interpretação dos dados possibilita uma maior compreensão das necessidades da empresa, bem como suas fragilidades. Para a compreensão da estrutura de custos e das margens de lucro do negócio, o volume de vendas da fi rma e a correta estruturação e análise do DRE se tornam de extrema importância para os administradores da empresa. 23 1 Entendendo Alguns Termos Para a correta interpretação do demonstrativode resultado de exercício, é necessária a compreensão de alguns termos e assuntos relacionados (ROSS et al., 2007). A seguir falaremos de alguns desses termos. Receita operacional A receita operacional da empresa demonstra a receita total das atividades que a empresa realiza, ou seja, das suas vendas normais. Significa o volume de produtos ou serviços vendidos pela instituição no período utilizado como amostra. Por exemplo, se uma empresa vende biscoitos, toda receita vinda das vendas dos biscoitos constará na receita operacional, porém, se a empresa vender algum veículo que possua, essa venda não entrará no DRE como receita operacional. h A receita operacional compreende somente as vendas da empresa. E caso a empresa venha a ter uma receita alta, isso não necessariamente significa que ela terá lucro, nem que está saudável do ponto de vista financeiro, pois os preços de venda normalmente variam durante determinados períodos devido a diversos fatores, como inflação, quantidade adquirida, oferta e demanda, entre outros. Dessa forma, será necessário que se subtraiam todas as despesas que a empresa teve no período. Quando subtrair essas despesas, a empresa chegará à receita líquida, e é a partir daí que irá começar a visualização de sua saúde fi nanceira. Quanto menos despesas ela tiver, maior será seu lucro líquido. 24 Custo dos produtos vendidos O custo do produto vendido abrange todos os gastos com a sua produção, tais como as matérias primas, a mão de obra, os custos indiretos, além de qualquer outro gasto essencial à produção da mercadoria ou à prestação do serviço. Em se tratando de uma empresa comercial, a aquisição do produto para a revenda é considerada um custo do produto. Em uma empresa que presta serviços, todos os gastos relacionados aos serviços serão considerados nessa conta. Muitas empresas que prestam serviços consideram seus gastos despesas operacionais, ou seja, não distinguem os custos relacionados à obtenção dos serviços e as despesas do exercício. Já quando se trata de uma empresa industrial e comercial, uma das abordagens para calcular o custo dos produtos é informar o custo do estoque no início do ano, depois, adiciona-se o custo do aumento do estoque durante o ano, e subtrai-se o valor do estoque no fi m do ano. Despesas operacionais As despesas operacionais compreendem aquelas relacionadas à atividade-fim da empresa, como as despesas com as vendas, as despesas administrativas, além daquelas para comercialização do produto, pesquisa, desenvolvimento, depreciação, amortização e outros gastos eventuais. Despesas administrativas gerais As despesas administrativas gerais são aquelas aquelas necessárias às atividades comerciais da empresa, como comissões sobre as vendas, salários dos funcionários, encargos, publicidade, aluguéis, material de escritório, gastos com viagem, entre outras. 25 Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas, maior será o benefício para a empresa. Se a empresa tem uma receita menor, sua receita operacional diminui, porém, no caso de as despesas continuarem sendo as mesmas, o resultado será um lucro líquido menor. Receitas não operacionais Podem ser consideradas receitas não operacionais, os lucros obtidos com as transações eventuais, ou seja, das transações que não fazem parte das atividades operacionais da empresa. Para exemplifi car, vamos considerar uma empresa que venda veículos e tem lucro com a venda de um imóvel que ela possui — esse lucro será classifi cado como uma receita não operacional, pois o imóvel não faz parte de sua atividade-fi m. Despesa não operacional Da mesma maneira que as receitas não operacionais, as despesas não operacionais também acontecem ocasionalmente – a empresa pode ter perdas com a venda de um bem, ou até mesmo com desastres naturais. Despesas financeiras Caso uma empresa contraia uma dívida qualquer, ela pagará juros durante a vigência do contrato. Apesar de ser possível que uma empresa receba mais juros do que paga, a maioria das instituições paga mais juros do que recebe. Esses juros são classificados como custos financeiros e não operacionais, pois não estão ligados aos processos produtivos da empresa. Quanto mais endividada, mais a empresa pagará juros. 26 e Essas são algumas das diversas outras variáveis que necessitam ser devidamente compreendidas para que se possa realizar uma análise correta do DRE. Além dessas variáveis, existem: • Lucro por ação; • Lucro líquido; • Imposto de renda; • Lucro antes dos impostos, contribuições e participações; • Lucro antes do resultado financeiro; • Resultado de equivalência patrimonial; • Outras receitas operacionais; • Outras despesas operacionais; e • Impostos. 27 Resumindo A receita operacional da empresa demonstra a receita total das atividades que a empresa realiza. O custo do produto vendido abrange todos os gastos com a produção do produto. As despesas operacionais compreendem aquelas relacionadas à atividade- fim da empresa. Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas, maior será o benefício para a empresa. Podem ser consideradas receitas não operacionais, os lucros obtidos com as transações eventuais. Glossário Atividade-fi m: conjunto de operações que uma instituição leva a efeito para o desempenho de suas atribuições específi cas. Infl ação: aumento generalizado e contínuo dos preços, causando uma grande desvalorização do dinheiro e acentuada queda no poder aquisitivo da população. 28 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) É irrelevante a análise do demonstrativo de resultado de exercício para a administração da empresa. b. ( ) Em se tratando de uma empresa comercial, a aquisição do produto para a revenda é considerada um custo do produto. c. ( ) Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas, maior será o benefício para a empresa. 2) As despesas operacionais são aquelas não necessárias às atividades comerciais da empresa, como comissões sobre as vendas, salários dos funcionários, encargos, publicidade, aluguéis, material de escritório, gastos com viagem, entre outras necessárias às atividades da empresa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) O custo do produto vendido abrange quase todos os gastos com a sua produção, como as matérias-primas, a mão de obra, os custos indiretos, além de qualquer outro gasto essencial à produção da mercadoria ou à prestação do serviço, excluindo os impostos e taxas governamentais. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) Existem poucos elementos em um DRE, logo, a missão de analisá-los é bastante simples. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 29 5) Caso uma empresa contraia uma dívida qualquer, ela pagará juros durante a vigência do contrato. Esta afirmação pode ser considerada: a. ( ) Falsa. b. ( ) Verdadeira. c. ( ) Parcialmente falsa. d. ( ) Parcialmente verdadeira. 30 Referências BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman, 2015. BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração fi nanceira. São Paulo: Cengage, 2010. MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>. Acesso em: 08 mai.2018. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração fi nanceira: corporate fi nance. São Paulo: Atlas, 2007. SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson, 2006. SEBRAE. Gestão fi nanceira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões fi nanceiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009 31 Gabarito
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