Buscar

Resumo O IMPÉRIO ROMANO APOGEU E DECLÍNIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
O IMPÉRIO ROMANO: APOGEU E DECLÍNIO 
A crise das instituições republicanas e a polarização entre aristocracia e 
a plebe favoreceram o surgimento de novos personagens na cena politica: os 
lideres militares, que, além de terras e vitorias contra os inimigos, 
conquistavam prestígios perante a população. Contando cada vez mais como 
apoio popular, esses lideres logo passaram a cobiçar o poder. Aos poucos, o 
senado iria perder sua influência e o poder politico se concentraria nas mãos 
de alguns dos chefes militares. Esse período ficou marcado como um momento 
de transição entre a República e o império. Após uma época turbulenta, 
pontuada por revoltas populares, guerras civis e assassinatos, teve início, com 
Otávio, o império Romano. Nesse período, Roma atingiria o apogeu e 
dominaria por vários séculos grande parte do mundo antigo. 
1. GRACO E A QUESTÃO AGRÁRIA:
A concorrência dos produtos vindos das regiões conquistas, que tinham 
valor mais baixo, e a produção dos latifúndios, com base no trabalho escravo, 
foram as principais razões que levaram os pequenos proprietários rurais a 
partir para a cidade. Praticamente expulsos da terra e sem meio para 
sobreviver, grande número de plebeus chegaram a Roma, onde recebiam 
alimentos, estratégia adotada pelo governo para atenuar os conflitos sociais. 
Esse cenário, na segunda metade do século II a.C., tornava a questão 
agrária um problema permanente e de difícil solução. Em 133 a.C., o nobre 
Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe. Sensível à grave situação social, o 
novo tribulo propôs a lei agrária. Essa lei instituía que as terras incorporada a 
Roma durante as conquistas fossem distribuída entre a plebe. Tais terras 
haviam sido ocupadas ilegalmente pelos patrícios. A proposta causou revolta 
entre os patrícios e Tibério foi assassinado. 
Dez anos depois, o projeto de reforma social seria retomado e ampliado 
por Caio Graco, irmão de Tibério, também eleito tribuno pela plebe. Além da 
reforma agrária, Caio Graco propôs a extensão dos direitos políticos aos povos 
aliados da península Itálica e reduzir o preço do trigo destinado a plebe 
romana. Patrícios e senadores, determinados a não perder privilégios, 
opuseram-se violentamente às reformas e eliminaram Caio Graco e seus 
2 
 
adeptos. Sem solução, os conflitos sociais iriam continuar por longo tempo, 
acirrando as disputas politicas na cidade. 
 
2. A ASCENSÃO DOS MILITARES: 
 
Com a vitória do exercito, os chefes militares conquistaram prestígios e 
começaram a ganhar popularidade. O primeiro a conseguir destaque foi Mário, 
que obteve projeção com a vitória sobre a Numídia, no norte da África, em 106 
a.C. Eleito cônsul no ano seguinte, instituiu o pagamento do soldo aos 
soldados, permitindo o ingresso de pessoas pobres no exercito (antes, os 
soldados não recebiam pagamento regular). Além disso, concedeu aos 
soldados o direito de participar dos espólios de guerra e de receber terras, 
após prestarem 25 anos de serviços militares. Membro da classe equestre e 
líder do partido popular, Mário foi reeleito cônsul varias vezes. Suas medidas 
descontentaram os conservados, liderados por Sila, outro chefe militar. Durante 
vários anos, os dois travaram diversos conflitos, alternando-se no poder. Em 82 
a.C., após a morte de Mário, Silas, apoiado pelo senado, impôs uma ditadura 
militar. Ele permaneceu no poder até 78 a.C. 
 
Cesar, Crasso e Pompeu: 
 
Após o governo de Silas, alguns territórios conquistados foram ameaçados 
por revoltas, exigindo grande grandes campanhas militares. Isso deu oportunidade 
para que alguns generais se destacassem e disputassem o poder. Dois dos mais 
influentes foram Crasso e Pompeu. 
O primeiro foi responsável pela vitória contra Espártaco, líder da maior 
revolta de escravos do mundo antigo. O segundo debelou uma rebelião popular 
comandada por Sertório, na península Ibérica, entre 78 e 72 a. C. 
Ao mesmo tempo, um sobrinho de Mario surgia como outro líder de 
prestigio, ligado ao partido popular, seu nome: Júlio César. Em 60 a.C., eleito 
senadores, Crasso e Pompeu e Júlio César começaram a disputa pelo poder. Em 
meio à crise, o senado elegeu Pompeu cônsul, outorgando-lhe plenos poderes, e 
ordenou a Júlio César que desmobilizasse seus exércitos. Recusando-se a acatar 
as ordens, César marchou sobre Roma em 49 a.C., Pompeu e seus fugiram para o 
Oriente. César os perseguiu e derrotou na Grécia. A seguir conquistou o Egito que 
foi transformado em protetorado romano. 
3 
 
Júlio César torna-se ditador. 
 
Retornando a Roma em triunfo César foi proclamado ditador perpétuo. 
No governo, promoveu a construção de obras públicas, reorganizou as 
finanças, distribuiu terras e fundou colônias. Com a intenção de unificar o 
mundo romano, estendeu o direito de “participação nas politicas públicas” aos 
habitantes das províncias conquistadas. Júlio César, com o apoio da plebe 
urbana e do exército, concentrava todo o poder em suas mãos. As medidas 
tomadas por ele caracterizavam-no como um verdadeiro monarca, o que era 
considerado pelos defensores da República como suprema traição. Sua 
trajetória foi interrompida por uma conspiração de senadores que o 
assassinaram no senado, em 15 de marco de 44 a. C. 
 
O segundo Triunvirato. 
 
Com a morte de César, a disputa pelo poder ficou polarizada entre dois 
de seus herdeiros políticos: Marco Antônio, general de grande popularidade, e 
o jovem Otávio, sobrinho e filho adotivo de César. Após vários conflitos, os dois 
se reconciliaram e se uniram a Lépido, banqueiro romano, para forma o 
segundo triunvirato, que governou durante cinco anos. 
Os três dividiram os domínios romanos entre si e trataram de eliminar 
todos os que haviam conspirado contra César. Pouco depois, Lépido foi 
afastado por Otávio. Em 31 a. C. Otávio voltou-se contra Maro Antônio, 
vencendo-o na batalha naval de Ácio, na Grécia. Em seguida, conquistou o 
Egito e retornou a Roma, onde recebeu sucessivamente do senado os títulos 
de primeiro cidadão (princeps), divino (Augustus) e supremo (imperador). 
Senhor absoluto do poder, Otávio – ou Augusto, como passou a ser chamado 
ao se tornar imperador de Roma. 
 
3. O IMPÉRIO ROMANO: 
 
Otávio Augusto governou Roma até a sua morte, aos 76 anos, em 14 
d.C. Nesse período acumulou os poderes civil, religioso e militar, com direito de 
interferir até mesmo no senado. Ao morrer, foi considerado um deus entre os 
deuses romanos. O estudo do império romano é, em geral, subdividido em dois 
períodos: 
4 
 
Alto império (27 a.C – 235). Nas fases iniciais (Otavio Augusto) e 
intermediaria, contou com certa estabilidade nas instituições e relativa paz 
entre as províncias. Baixo império (235 - 476). Período agitado por lutas pelo 
poder. Somada à crise de âmbito social e econômico, essas disputas abririam 
caminhos para a desintegração de grande parte do império romano. 
 
Alto Império. 
Após a morte e Otávio Augusto, Roma foi governada por quatro 
dinastias de imperadores: 
 Júlio-Claudiana (14-68) - Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. 
Cláudio, que aperfeiçoou a administração do império, fez talvez o 
melhor governo da dinastia. Governo de modo despótico, Tibério, 
Calígula e Nero foram responsáveis por períodos de grande 
instabilidade política. 
 Flávios (69-96) – Vespasiano, Tito e Domiciano. Governos 
relativamente tranquilos em que se verificou um reequilíbrio da 
economia e das instituições. 
 Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, 
Marco Aurélio e Comodo. Sob essa dinastia, Roma conheceu 
grande prosperidade. Trajano aumentou os domínios do império 
durante seu governo. Marco Aurélio promoveu um verdadeiro 
reflorescimento cultural. 
 Severos (193-235) – Septímio Severo, caracala e Severo 
Alexandre. Foi durante essa dinastia que teve inicio a decadência 
do Império, com a perda do controle econômico sobre as 
populações, além das crises ocasionadaspelas pressões dos 
povos inimigos nas fronteiras. 
Alto Império. 
 Em 235, iniciou-se um longo processo que se estenderia pelos dois séculos e 
culminaria com a desagregação de grande parte do Império romano. As 
principais características desse processo foram: 
 As crises politicas, já que não havia um critério definido de sucessão 
para o trono. Muitas vezes, a sucessão era marcada por guerras entres 
generais mais poderosos. 
5 
 
 O colapso do sistema escravista, causado pelo fim das guerras de 
conquistas a partir do governo de Adriano (117-138). Com o término 
das conquistas, perdeu-se a principal fonte de mão de obra – os 
prisioneiros escravizados. 
 Os problemas econômicos: para pagar suas despesas o governo era 
obrigado as aumentar os impostos e a emitir dinheiro gerando 
inflação e descontentamento. 
 As dificuldades para proteger e manter as inúmeras fronteiras do 
império. Sem dinheiro para pagar os soldados, extensas áreas 
ficaram desprotegidas, o que facilitou a invasão de povos inimigos, 
sobretudo de origem germânica. 
 A difusão do cristianismo, que pregava valores contrários à 
manutenção do trabalho escravo e à divinização dos imperadores. 
 
Todos esses aspectos provocaram o enfraquecimento do comércio e da 
produção em todo o império. Aos poucos, a população abandonaria as 
cidades para se abrigar no campo, onde encontraria maior proteção contra a 
invasão de povos inimigos, chamados de “bárbaros” pelos romanos. 
 
Reformas para salvar o Império. 
 
Ao longo do baixo Império, alguns imperadores tentaram introduzir 
reformas para superar a crise. Diocleciano (284-305) promoveu uma reforma 
monetária e instituiu um sistema politico de quatro governantes, a tetrarquia. 
Por esse sistema, o Império foi dividido em duas partes: uma ocidental e outra 
oriental. Cada parte passaria a ser governada por um imperador, chamado 
Augusto, auxiliado por um César. Após vinte anos Césares deveriam assumir 
o poder e nomear outros Césares. 
Com isso, Diocleciano pretendia evitar as disputas por ocasião da 
sucessão e facilitar a defesa dos territórios. Mas a tetrarquia foi abandonada 
por seus sucessores, e as guerras de disputa pelo poder voltaram a agitar o 
Império. Constantino (306-337) restabeleceu o poder centralizado e também 
efetuou reformas. Entre elas destaca-se a legalização do cristianismo, pelo 
Edito de Milão, em 313. Após promover a reunificação do império, transferiu a 
capital de Roma para Bizâncio, situada mais ao oriente, que passou a ser 
chamada de Constantinopla. Mais tarde, Teodósio, que governou de 378 a 395, 
6 
 
promoveu ainda outras medidas para contornar a crise. Em 391, instituiu o 
cristianismo como religião oficial do império. No âmbito administrativo, realizou, 
em 395, a divisão do império em duas partes, uma no Ocidente, com a capital 
em Roma, e outra no Oriente, sediada em Constantinopla. 
 
4. A fragmentação do império romano: 
 
As duas partes do Império conheceriam destinos históricos diferentes. 
No Ocidente, o poder central mostrava-se impotente para conter as sucessivas 
invasões das fronteiras por outros povos, que passaram a controlar extensas 
regiões do império Ocidental. Entre os séculos IV e v, a situação se agravaria 
com a chegada dos hunos à Europa. Temidos por suas habilidades na guerra, 
esse povo, vindo da região central da Ásia, provocava pânico entre os 
germanos, que invadiam o império para fugir de seus ataques. 
Em 476, após inúmeras invasões e acordos dos germanos com o 
império romano no Ocidente, Odoacro, rei dos hérulos, destronou Rômulo 
Augusto, ultimo imperador romano. Com esse ato, desintegrava-se o império 
Romano do Ocidente, em cujo território surgiriam diversos reinos germânicos. 
Enquanto isso, o império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, 
ainda que também enfrentado muitas invasões, conseguiria manter-se quase 
mil anos, ate 1453, quando seria conquistado pelos turnos.

Continue navegando