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NPJ I SEÇÃO 3 CONSTITUCIONAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ROSANA – SP
PROCESSO Nº [...]	
 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, nos autos da Ação Civil Pública que move em face do município de Rosana no Estado de São Paulo, insatisfeito com a SENTENÇA proferida nos autos do Processo nº [...] em trâmite na Vara [...], que julgou improcedente o pedido de criação de vagas para a efetivação de matrículas no ensino fundamental gratuito municipal, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
 Com fundamento no artigo 1.009 da Lei nº 13.105/2015 do Código de Processo Civil. Desnecessário o preparo em se tratando de recurso interposto pelo Ministério Público Estadual. Requer-se o recebimento do presente recurso de apelação, oferecendo as razões em anexo, COM EFEITO SUSPENSIVO, na forma do art. 1012 do CPC, intimando-se a parte apelada para oferecer contrarrazões, no prazo de 15 dias, na forma do artigo 1010, §1ºII, do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rosana, São Paulo, data__/__/__.
_______________________________________
PROMOTOR DE JUSTIÇA
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – CÂMARA ESPECIAL
 
PROCESSO Nº [...]
APELANTE: Ministério Público
APELADO: Município de Rosana – São Paulo 
RAZÕES DE APELAÇÃO
I – DOS FATOS
 Trata-se de Ação Civil Pública nº [...] promovida pelo Ministério Público visando à criação de vagas para o ensino fundamental do município de Rosana em que foi requerida tutela de urgência em razão de as crianças não terem acesso à escola e correrem o risco de perderem o ano letivo e, ao final, integral provimento. O magistrado indeferiu a ação fundamentando a sua decisão no fato de que as partes deveriam ter se valido de ações individuais, não sendo a ACP o instrumento correto para a tutela desses direitos de forma coletiva, bem como, de que não cabe ao judiciário interferir na Administração Pública para concretizar tais direitos em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes previstos na norma constitucional. Merece reforma a decisão do magistrado de primeiro grau, pelas razões aduzidas nesta peça recursal.
II – DO DIREITO 
 A violação dos direitos básicos e fundamentais das crianças e adolescentes frequentemente tem sido observada no nosso país. A realidade desse fato jurídico verificada hoje vem se demonstrando nitidamente que os próprios Poderes Públicos, que, a princípio, deveriam adotar medidas urgentes e prioritárias para garantir a sobrevivência digna dos nossos jovens, desrespeitam o Estatuto da Criança e do Adolescente, proporcionando aos jovens em peculiar condição de pessoa em desenvolvimento situações que ofendem o princípio da dignidade humana. O Município de Rosana tem se mostrado absolutamente incapaz ao longo de gestões administrativas passada e presente de compreender a importância da educação no processo formador do cidadão, deixando criminosamente de implementar os investimentos devidos na manutenção e no desenvolvimento do ensino, bem como na oferta de vagas em creches e pré-escolas além da falta de esporte em todas áreas da rede municipal de ensino.
DAS RAZÕES RECURSAIS
· DO EFEITO SUSPENSIVO 
 O perigo da demora decorre claramente do desrespeito à obrigação constitucional de o município prover o atendimento no sistema educacional infantil, sendo notável o prejuízo que essas crianças estão sofrendo, inclusive de perderem o ano letivo em razão de reprovação por ausência dos dias letivos no patamar mínimo necessário à progressão curricular. 
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III – DO MÉRITO RECURSAL
· DA CORRETA VIA ELEITA
 Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
 I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
 II - zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
 III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
 IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
 A Ação Civil Pública é muito ampla e pode ser utilizada pelo Ministério Público para a proteção de qualquer direito difuso, coletivo e até mesmo os chamados individuais homogêneos.
 Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
 I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
 II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
 III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
 Logo, independentemente de tutela individual, as ações coletivas como as ações civis públicas são um instrumento eficaz de proteção, tendo o magistrado de primeiro grau entendido incorretamente de forma contrária.
· PRINCÍPIO DA PRIORIDADE AO ATENDIMENTO À CRIANÇA
 O artigo 227 da Constituição Federal prevê que o Estado, em conjunto com a família e sociedade tem o dever de assegurar, com absoluta prioridade a observância dos direitos das crianças e dos adolescentes, garantindo-lhes o bem-estar e a segurança necessária para o pleno desenvolvimento. Senão vejamos:
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
IV – DOS PEDIDOS
Diante o exposto requer:
a) Que seja conhecido e provido o presente recurso, com a reforma da sentença que indeferiu o pedido de que sejam criadas e disponibilizadas vagas do ensino fundamental infantil no município réu.
b) Que seja deferido o pedido de efeito ativo, intimando-se a parte recorrida para que cumpra imediatamente a ordem de criação das vagas na forma estabelecida na Ação Civil Pública.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rosana, São Paulo, data__/__/__.
_______________________________________
PROMOTOR DE JUSTIÇA

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