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PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS DE VIAS AÉREAS SUPERIORES QUE ESTÃO PRESENTES NO AMBIENTE DOMICILIAR

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[endnoteRef:1]PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS DE VIAS AÉREAS SUPERIORES QUE ESTÃO PRESENTES NO AMBIENTE DOMICILIAR [1: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132006000800005] 
Uma grande diversidade de agentes ambientais e ocupacionais pode causar doenças nas vias aéreas superiores. Entre as principais funções das vias aéreas superiores, destacamos: a de filtro, removendo agentes infecciosos, alérgicos e tóxicos do ar inalado; defesa, através da mucosa que identifica, metaboliza e remove uma série de elementos xenobióticos; condução, aquecimento e umidificação de 10.000 a 20.000 litros de ar por dia; e contribuição importante para a audição, olfação, visão, gustação e fonação. 
Pode-se observar uma extensa relação de doenças das vias aéreas superiores relacionadas com o trabalho e seus agentes causais associados com a ocupação, ambiente e operações executadas.
Uma extensa relação de substâncias químicas consideradas como irritantes das vias aéreas superiores a partir das suas concentrações, em partes por milhão, pode ser consultada para uma melhor caracterização da exposição.
Uma série de substâncias sensibilizantes pode estar presente nos ambientes domésticos, de lazer e de trabalho, sendo as mais frequentes as proteínas animais e vegetais, enzimas, substâncias químicas de baixo peso molecular, poeira de madeiras.
PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS 
Pela sua localização, as fossas nasais ficam muito expostas a agentes nocivos, sejam eles gases, vapores ou aerodispersóides (poeiras, fumos, névoas, neblinas). Esses agentes podem ter ação desconfortante, irritante, alergênica ou corrosiva. No atendimento dos trabalhadores, muitas vezes fica difícil separar quais são os agentes de natureza ocupacional de quais não são.
Os agentes irritantes, por sua vez, provocam uma reação inflamatória não eosinofílica, com distúrbios dos mecanismos de defesa (movimento mucociliar), lesões celulares diretas e aumento da resistência ao fluxo aéreo nasal, devido à congestão e à secreção.
Devem ser anotadas todas as características do trabalho: ambiente, substâncias presentes, processo de trabalho e presença de ar condicionado, câmaras frias, tabaco, choques térmicos, etc. As visitas aos locais de trabalho são fundamentais para a caracterização do nexo causal.
Tratamento preventivo
Todo o empenho deve ser feito para se identificar os agentes causais e afastá-los do ambiente, eliminando a exposição.
 A exposição, principalmente a doméstica, deve ser também controlada, tanto a alérgenos, quanto a irritantes, inclusive o fumo tabágico, o ar condicionado e os poluentes do ar.
Medidas de proteção coletiva devem ser implantadas, como a instalação de sistemas de ventilação, enclausuramento de máquinas e uso de protetores individuais, como máscaras, luvas e roupas especiais. Medidas administrativas podem alterar o processo de trabalho, reduzindo a população exposta, com rodízios, redução do tempo de exposição, do tempo de permanência ou de passagem por áreas problemáticas, etc., além do ensino de noções de higiene ambiental e corporal. Podem contribuir positivamente, também, as campanhas de promoção de saúde, de controle do consumo tabágico e de higiene corporal e doméstica.
PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS DE VIAS AÉREAS INFERIORES QUE ESTÃO PRESENTES NO AMBIENTE DOMICILIAR
Tabagismo, poluição ambiental, alérgenos, agentes ocupacionais e algumas doenças como esquistossomose e doença falciforme podem ser citados como fatores de risco preveníveis para Doenças Respiratórias.
Os fatores de risco podem ser divididos em ambientais e próprios do paciente, como é o caso dos aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino (durante a infância). Os fatores ambientais são representados pela exposição à poeira domiciliar e ocupacional, baratas, infecções virais (especialmente vírus sincicial respiratório e rinovírus).
Orientações 
· Ação educativa e cuidados ambientais
· Cuidados de higiene e lavagem das mãos. 
· Reduzir a exposição a alérgenos do ácaro.
· Limpeza domiciliar.
· Instilação nasal.
· Prevenção primária: evitar contato de pacientes mais vulneráveis (menores de 3 meses, imunodeprimidos) com pessoas infectantes, especialmente em escolas e creches.
· Vacinação para vírus da influenza.
· Umidificação do ar em lugares muito secos.
· Evitar tabagismo (ativo e passivo).
ATRIBUIÇÕES DO FISIOTERAPEUTA 
• Realizar a avaliação fisioterapêutica respiratória. 
• Realizar anamnese incluindo atividades de vida diária (AVDs). 
• Avaliar o grau de dispneia por meio da aplicação de escalas/questionários. 
• Avaliar a capacidade funcional por meio de teste de caminhada. 
• Realizar a medida de pico de fluxo. 
• Identificar os fatores limitantes e os fatores de risco para a realização de exercícios.
• Definir e aplicar os exercícios respiratórios, visando a redução das alterações funcionais da respiração. 
• Relaxar, alongar e fortalecer as cadeias musculares envolvidas. 
• Ensinar estratégias respiratórias. 
• Definir e aplicar o condicionamento físico aeróbico, com monitorização adequada.
• Avaliar o resultado do tratamento por meio de testes e questionários de qualidade de vida.

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