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Volume III Janeiro/2020 BOLETIM TÉCNICO Vacinação em � lhotes de cães: o que você deve saber! ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 1ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 1 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 Quando os filhotes devem iniciar sua vacinação? Quando devem terminar? Quais as razões para essas escolhas? 4 Ao nascimento, há a ingestão de colostro – filhotes recebem os Anticorpos Maternos (AM)1; 4 Até as 6 semanas de idade: amadurecimento gradativo do sistema imune do filhote; 4 Os AM geralmente persistem em níveis mais altos e até mesmo protetores contra desafios ambientais 1. 4 Filhotes geralmente já desmamaram e iniciam exploração territorial 1; 4 Haverá diminuição gradativa dos AM 1; 4 Idade que geralmente se iniciam os protocolos vacinais: as vacinas devem ser administradas sequencialmente a cada 2 a 4 semanas1.2. 4 Os AM estão cada vez mais baixos, chegando em níveis que não interferem com a vacinação entre 12 e 16 semanas (Figura 1 e 2)2; 4 Assim, é recomendado que a vacinação não termine antes das 12 semanas de idade e, preferencialmente, se estenda até as 16 semanas ou mais2. 0 a 6 semanas de idade 6 a 8 semanas de idade 8 a 16 semanas de idade Esses são alguns dos questionamentos comuns que os médicos-veterinários recebem no dia a dia da rotina clínica. Embora as respostas pareçam simples, na era digital, com o acesso à informação cada vez maior por parte dos tutores, devemos estar preparados para explicações mais detalhadas sobre os porquês das condutas clínicas. Lidar com possíveis objeções referente ao uso ou não de determinadas vacinas é outro ponto que pode ser questionado por tutores mais atentos ao que se pratica no restante do mundo. ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 2ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 2 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 O período que compreende a transição entre a queda dos AM e a elevação dos anticorpos produzidos pelo fi lhotes em resposta à vacinação, apesar de nenhum dos 2 níveis estarem adequados para garantir a proteção, é chamado de JANELA DE SUSCETIBILIDADE1 (Figuras 1 e 2). Nível de anticorpos necessário para proteção Nível de anticorpos que interfere com a vacinação 6 8 10 12 16 180 N ív el d e an tic or po s Idade em semanas Anticorpos maternos Janela de suscetibilidade Anticorpos fi lhotes FIGURA 1: Níveis de anticorpos maternos e níveis de anticorpos dos filhotes a partir do início do protocolo vacinal. Parte dos filhotes terão interferência dos AM apenas até 12 semanas de idade e poderão terminar o protocolo vacinal nessa idade 1,2. Nível de anticorpos necessário para proteção Nível de anticorpos que interfere com a vacinação 6 8 10 12 16 180 N ív el d e an tic or po s Idade em semanas Anticorpos maternos Janela de suscetibilidade Anticorpos fi lhotes FIGURA 2: Níveis de anticorpos maternos e níveis de anticorpos dos filhotes a partir do início do protocolo vacinal. Grande parte dos filhotes poderão ter a persistência dos AM até 16 semanas ou mais, motivo pelo qual as diretrizes de vacinação recomendam que não se termine o protocolo vacinal antes das 16 semanas 1,2,3. ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 3ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 3 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 Qual o protocolo ideal? A idade para cada vacina importa? 4 Parvovirose 4 Cinomose 4 Hepatite infecciosa canina 4 Raiva 4 Leptospirose* 4 Parainfluenza Virus 4 Bordetella bronchiseptica 4 Leishmaniose 4 Giardiase** Todos devem receber, independente das circunstâncias, proteção contra doenças severas, com alto risco de morte e que tem distribuição mundial. Animais devem ser vacinados mediante justificativas geográficas ou de fatores de risco que envolvam o agente etiológico. VACINAS ESSENCIAIS VACINAS COMPLEMENTARES PORTANTO, NÃO EXISTE PROTOCOLO ÚNICO E IDEAL, O QUE DEVE SER AVALIADO É O RISCO VERSUS O BENEFÍCIO PARA CADA ANIMAL E PARA CADA AGENTE ETIOLÓGICO QUE COMPÕE A VACINA EM QUESTÃO! *Leptospirose é considerada como essencial de acordo com o COLAVAC e complementar de acordo com o WSAVA e AHHA. **A vacina contra giárdia é considerada como complementar pelo COLAVAC e não recomendada ou não citada no WSAVA e AAHA. A escolha do protocolo deve ser baseada principalmente no risco envolvido com a exposição a doenças infecciosas 1,2,3. Por conta disso, os guidelines de vacinação (WSAVA - World Small Animal Veterinary Association, AAHA - American Animal Hospital Association / COLAVAC - Comitê Latinoamericano de Vacinologia de Animais de Companhia) recomendam dividir os protocolos, como descrito abaixo: ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 4ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 4 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 4 Devido à natureza das bacterinas, que geralmente são muito imunogênicas, algumas literaturas recomendam não utilizá-las em filhotes < 9 semanas de idade, já que as reações adversas, quando ocorrem, podem ser mais severas em animais muito jovens1. 4 Vacinas inativadas (ex. Leptospira spp.) estão mais comumente associadas a reações adversas agudas3. 4 Embora haja poucos estudos publicados, alguns autores mencionam que as bacterinas podem interferir com a resposta sorológica a antígenos virais durante a série inicial de vacinação de filhotes1. Pontos de atenção na vacinação com cepas de Leptospira spp. em filhotes: Obs: No site do AAHA existe um “calculador de vacinação” (Lifestyle-based vaccine calculator) com base no estilo de vida do cão. Disponível em: https://www.aaha.org/aaha-guidelines/vaccination-canine-configuration/lifestyle-based-vaccine-calculator/ (Lembre-se que algumas combinações de vacinas não estão disponíveis no Brasil). Questionário de risco para auxiliar na escolha do protocolo vacinal3: 1. Qual o estilo de vida? Urbano ou rural? 2. Vive em apartamento ou casa? 3. Vive em casa com quintal, com grama, área verde? 4. Terá contato social (brincar/interagir) com outros cães? 5. Frequentará hotéis ou creches (daycare)? 6. Frequentará banho e tosa? 7. Terá contato ou frequentará locais com muitos cães, tais como abrigo ou canis de criação? 8. Participará de exposições de cães? 9. Terá acesso a parques onde outros cães têm acesso? 10. Visitará locais onde há criação de outras espécies animais, tais como fazendas, sítios onde tenham gado, ovelhas etc? 11. Terá acesso a rios, lagos? 12. Terá acesso a áreas com animais silvestres? ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 5ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 5 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 Intervalo entre vacinas 1ª dose 2ª dose 3ª dose 4ª dose 3 semanas ou 21 dias 6 semanas 9 semanas 12 semanas 15 semanas 3 semanas ou 21 dias 8 semanas 11 semanas 14 semanas 17 semanas Intervalo entre vacinas 1ª dose 2ª dose 3ª dose 4ª dose 4 semanas ou 28 dias 6 semanas 10 semanas 14 semanas 18 semanas 4 semanas ou 28 dias 8 semanas 12 semanas 16 semanas 20 semanas TABELA 1: Intervalo de 3 semanas (21 dias) entre doses. TABELA 2: Intervalo de 4 semanas (28 dias) entre doses. As tabelas 1 e 2 demonstram exemplos de idades possíveis de início e término da vacinação em filhotes. É recomendado que não se utilize intervalos menores do que 2 semanas ou maiores do que 4 semanas entre as doses1,2,3. *Agentes vivos atenuados podem induzir uma resposta vacinal com uma única dose, desde que não haja interferência de anticorpos maternos. Já agentes inativados (mortos) precisam sempre de, no mínimo, 2 doses para induzir a resposta imune. Importante na hora da decisão pelo uso de vacinas contendo cepas de leptospirose, por exemplo1,2. A escolha do início e do término do protocolo depende de vários fatores: 4 Avaliação de risco versus benefício para o paciente; 4 Interferência provável de anticorpos maternos; 4 Agente etiológicopara qual se almeja a proteção*; 4 Bula do produto escolhido. ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 6ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 6 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 Pontos de atenção: 4 Booster vacinal: aos 6 ou aos 12 meses de idade é imprescindível para que se garanta uma resposta imune adequada2. 4 Testes sorológicos: recomendado para as cepas essenciais para verificar a necessidade de doses adicionais3. 4 Embora as guidelines tragam a possibilidade de reforços bianuais ou trienais, é importante sempre se informar se o fabricante respalda essa prática em bula. Os guidelines deixam claro a necessidade de termo de consentimento, caso não haja respaldo em bula e se opte por práticas desse tipo1,2. ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 7ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 7 13/02/2020 15:5613/02/2020 15:56 4 PASSO 2: utilizando um procedimento in vitro, o cDNA é inserido dentro do genoma do vírus do canarypox produzindo um vírus de Cinomose Recombinante PASSO 3: O vírus de Cinomose Recombinante é propagado em cultura de fi broblastos de embrião de galinha para produzir vírus para vacina PASSO 1: O RNA é reversamente transcrito em cDNA (um DNA cópia do RNA) cDNA para Proteínas F e HA PASSO 4: A vacina de Cinomose Recombinante é utilizada para produzir a Recombitek O vírus é dado como vacina ao animal O vírus entra no hospedeiro. Ele tende a replicar, mas não consegue O macrófago engloba as proteínas HA e F, e apresenta ao linfócito Enquanto o vírus tenta replicar na célula, o DNA viral é transcrito, causando a produção de proteínas HA e F Proteínas HA e F manifestam-se na superfície da célula do hospedeiro O animal desenvolve tanto imunidade celular quanto humoral e estará protegido contra a Cinomose4. RNA Proteína HA (Hemaglutinina) Codifi cada RNA Proteína F (fusão) codifi cada Proteína F (fusão) Proteína HA Cinomose Canina TECNOLOGIA RECOMBINANTE PRODUÇÃO E MECANISMO DE AÇÃO4 ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 8ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 8 13/02/2020 15:5813/02/2020 15:58 Proteção precoce na presença dos anticorpos maternos6. 4 RECOMBITEK ® promove uma proteção rápida e constante contra cinomose mesmo na presença dos anticorpos maternos6. 120 100 80 60 40 20 0 6 dias antes da vacinação 3 34 77 103 3 14 dias após a segunda vacinação (Dia 35) V2 (2º vacinação) adaptado de Pardo MC, et al. 2007 V1 (1º vacinação com 7 – 9 semana de vida) Control ACPiP vaccine RECOMBITEK® rDACPiP M ea n CD V SN ti te rs ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 9ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 9 13/02/2020 15:5813/02/2020 15:58 4 Imunosupressão transitória8 4 Reversão para virulência8 4 Encefalite pós vacinal8 4 Transmissão viral8 Única vacina que protege contra cinomose sem utilizar o vírus inteiro, prevenindo: Fração Liofi lizada Diluente Cinomose – Vetor canarypox recombinante Adenovírus – Vírus vivo midifi cado tipo 2 Parainfl uenza – Vírus vivo modifi cado Parvovírus – Vírus vivo modifi cado, baixa passagem, alta titulação Coronavírus – MLV Água Estéril RECOMBITEK® C4 4 Tecnologia cinomose recombinante que induz imunidade na presença de anticorpos maternos4,6,8. 4 Alta concentração de parvovírus, garantindo uma excelente efi cácia, com proteção cruzada comprovada contra CPV-2c7. 4 Processo de fi ltração melhorado que promove a redução dos debris celulares e proteínas, geralmente relacionadas à dor e infl amação5. 4 Ciência avançada e específi ca sem a necessidade de adjuvantes5. ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 10ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 10 13/02/2020 15:5813/02/2020 15:58 1. Greene, C.; Levy, J. Immunoprophylaxis. In: Greene, C.;Sykes, J. Infectious Diseases of the Dog and Cat 4th Edition, Missouri, Saunders, 2011, p.1163 – 1205. 2. Day, M.D. et al. Guidelines for the Vaccination of Dogs and Cats compiled by the Vaccination Guidelines Group (VGG) of the World Small Animal Veterinary Association (WSAVA). Journal of Small Animal Practice Vol. 57 January 2016. 3. Ford, R. et al. 2017 AAHA Canine Vaccination Guidelines. In: www.aaha.org/aaha-guidelines/vaccination-canine-confi guration/vaccination-canine/ Guías de Vacunación COLAVAC-FIAVAC Compendio regional de estudios y recomendaciones inmunización en perros y gatos. In: www.fi avac.org/ guias.php. 4. Pardo MC, Bauman JE, Mackowiak M. Protection of dogs against canine distemper by vaccination with a canarypox virus recombinant expressing canine distemper virus fusion and hemagglutinin glycoproteins. Am J Vet Res. 1997;58(8):833-836. 5. RECOMBITEKR C3 product label. 6. Pardo MC, Bauman JE, Mackowiak M. Immunization of puppies in the presence of maternally derived antibodies against canine distemper virus. J Comp Path. 2007;137:S72-S75. 7. Spibey, N. et al. Canine parvovirus type 2 vaccine protects against virulent challenge with type 2c virus. Veterinary Microbiology 128 (2008) 48–55. 8. Larson LJ, Schultz RD. Effect of vaccination with recombinant canine distemper virus vaccine immediately before exposure under shelterlike conditions. Veterinary Therapeutics 2006;7:113-118. 9. Ford RB. Recombinant technology: Reducing the risk of injection-site infl ammation with adjuvant-free vaccines. Clinician’s Update; Clinician’s Brief. March 2006. Referências bibliográfi cas: As vacinas recombinantes oferecem uma excelente imunogenicidade sem utilizar organismos inteiros, mortos ou vivos modifi cados9. Richard B. Ford, DVM, MS, DACVIM, DACVPM (Hon), Professor of Medicine, College of Veterinary Medicine, North Carolina State University ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 11ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 11 13/02/2020 15:5913/02/2020 15:59 SAC 0800 888 7387 ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 12ms_0088_19_folheto_recombitek_filhotes_a4_v5_final.indd 12 13/02/2020 15:5913/02/2020 15:59
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