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MATERIAL DO CURSO CADASTRADOR SOCIAL APOSTILA CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - CRAS A FAMÍLIA COMO CENTRALIDADE DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL • Atualmente a família representa um grupo de pessoas unidas por consanguinidade, afetividade, ou ainda,por solidariedade e não mais apenas para procriar, fazer sexo e conviver. Pessoas com grau de parentesco ou não compõem um sistema familiar. • Segundo a Política Nacional de Assistência Social,a família é definida como “espaço privilegiado e insubstituível de proteção socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros,mas que precisa ser cuidada e protegida”. Esta percepção reflete ao que está expresso na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Lei Orgânica de Assistência Social e no Estatuto do Idoso. • Apesar da família ser reconhecida pela Constituição Federal/88, a família brasileira, em especial a dos estratos mais baixos da sociedade, tem sofrido duras penalizações e o papel protetivo do Estado tem ficado em segundo plano. • A Política de Assistência Social passa a aferir à matricialidade sociofamiliar um papel de fundamental importância. O CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é: • A unidade pública estatal responsável pela oferta de serviços continuados De proteção social básica (objetiva prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos) de assistência social às famílias, grupos e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; • A unidade efetivadora da referência e contra- referência do usuário na rede Socioassistencial do sistema único de assistência social (SUAS) e unidade de referência para os serviços das demais políticas públicas; • A “porta de entrada” dos usuários à rede de proteção social básica do Suas; • Uma unidade pública que concretiza o direito socioassistencial quanto à Garantia de acessos a serviços de proteção social básica com matricialidade sociofamiliar e ênfase no território de referência; • Um equipamento onde são necessariamente ofertados os serviços e ações do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) e onde podem ser prestados outros serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica relativos às seguranças de rendimento, autonomia, acolhida, convívio ou vivência familiar e comunitária e de sobrevivência a riscos circunstanciais. LOCALIZAÇÃO • Na área de abrangência dos CRAS, existem famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, entre outros) e/ou da fragilização de vínculos afetivos-relacionais e de pertencimento social). A taxa de vulnerabilidade social, definida na NOB-SUAS, é um importante indicador da necessidade de oferta de serviços de Proteção Básica. Cada município deve identificar o(s) território(s) de vulnerabilidade social e nele(s) implantar um CRAS, de forma a aproximar os serviços dos usuários. NÚMERO DE CRAS POR MUNICÍPIO • Pequeno Porte I: município de até 20.000 habitantes/5.000 famílias (mínimo de 1 CRAS para até 2.500 famílias referenciadas); • Pequeno Porte II: município de 20.001 a 50.000 habitantes/de 5.000 a 10.000 famílias (mínimo de 1 CRAS para até 3.500 famílias referenciadas); • Médio Porte: município de 50.001 a 100.000 habitantes/de 10.000 a 25.000 famílias (mínimo de 2 CRAS, cada um para até 5.000 famílias referenciadas); • Grande Porte: município de 100.001 a 900.000 habitantes/de 25.000 a 250.000 famílias (mínimo de 4 CRAS, cada um para até 5.000 famílias referenciadas); • Metrópole: município de mais de 900.000 habitantes/mais de 250.000 famílias (mínimo de 8 CRAS, cada um para até 5.000 famílias referenciadas). AÇÕES DESENVOLVIDAS NO CRAS • Entrevista familiar; • Visitas Domiciliares; • Palestras voltadas à comunidade ou à família, seus membros e articulação e fortalecimento de grupos sociais locais; • Atividade lúdica nos domicílios com famílias em que haja criança com deficiência; • Produção de material para capacitação e inserção produtiva, para oficinas lúdicas e para campanhas socioeducativas; • Deslocamento da equipe para atendimento de famílias em comunidades quilombolas, indígenas, em calhas de rios e em zonas rurais, indivíduos; • Grupo: oficina de convivência e de trabalho socioeducativo para famílias, seus membros e indivíduos; ações de capacitação e de inserção produtiva; • Campanhas socioeducativas; • Encaminhamento e acompanhamento de famílias, seus membros e indivíduos; • Reuniões e ações comunitárias; Todo o trabalho visa promover a emancipação social das famílias, devolvendo a cidadania para cada um de seus membros Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: ESCON - Escola de Cursos Online Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)
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